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ARLETE ARNALDO

SSPP

INDICE
Introdução ................................................................................................................................................. 2
Textualidade.............................................................................................................................................. 3
Factores de textualidade ............................................................................................................................ 3
Elementos da textualidade ........................................................................................................................ 5
COESÃO .................................................................................................................................................. 5
COESÃO INTERFRÁSICA ..................................................................................................................... 6
COESÃO POR PARALELISMO ESTRUTURAL .................................................................................. 8
COESÃO REFERENCIAL ...................................................................................................................... 8
Correcção dos textos ............................................................................................................................... 12
Exercícios................................................................................................................................................ 15
Conclusão................................................................................................................................................ 23
Referências.............................................................................................................................................. 24
ARLETE ARNALDO
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Introdução
O processo de produção textual desenvolve-se por meio da competência discursiva, em que o
sujeito pode ser capaz de utilizar a língua de diversos modos, de maneira a produzir diferentes
efeitos de sentido e a adequar o texto a diferentes situações de interlocução oral e escrita.

Neste trabalho dar-se-á maior atenção às modalidades de coesão textual denominadas coesão
frásica, coesão interfrásica, coesão referencial, coesão temporal e paralelismo estrutural. Essas
formas de coesão dizem respeito aos procedimentos linguísticos por meio dos quais se
estabelecem, entre segmentos do texto, diversos tipos de relações sintácticas, semânticas e/ou
pragmáticas, à medida que se faz o texto progredir.

A coesão textual está, entre outros mecanismos, relacionada aos conectores, pois, através deles,
podemos efectuar as relações de encadeamento no texto. No entanto, é necessário que o uso
destes elementos linguísticos seja coerente para que não constitua, com o mau uso, uma
incoerência local.

Conforme Halliday & Hasan (1976), a coesão refere-se às relações de sentido estabelecidas
através de elementos gramaticais e lexicais que se constroem no nível superficial do texto e que
são responsáveis pela sua estruturação. Por outras palavras, os recursos coesivos são necessários
(embora não suficientes) para fornecer a uma sequência linguística o carácter de texto.
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Textualidade
A textualidade é o conjunto de características capaz de garantir que algo seja percebido
como texto. Ela nos fornece os parâmetros necessários para realizar uma boa produção textual.
Por meio da influência de dois factores – o semântico e o pragmático –, a textualidade divide-se
em diversos elementos, que atuam conjuntamente na elaboração do texto, que é o seu produto
final. Assim, texto e textualidade se relacionam para a produção de discursos.

Segundo Cavalcante (2011), entende-se por texto toda e qualquer unidade de linguagem dotada
de sentidos, que realiza uma função comunicativa destinada a certo grupo de pessoas, levando-se
em consideração as especificações de uso, a época e os aspectos culturais dos envolvidos no
processo de enunciação.

Factores de textualidade
Os factores de textualidade são responsáveis por influenciar a produção e a interpretação dos
textos. Eles se dividem em duas categorias:

 Os factores semânticos;

 Os factores pragmáticos.

Cada um deles parte de perspectivas diferentes, porém complementares.

A princípio, no início dos estudos do texto, as pesquisas focavam somente nos aspectos inerentes
à língua. Com o desenvolvimento da linguística, compreendeu-se que a compreensão de um
texto não se explicava somente por seus aspectos estruturais, mas também contextuais, assim,
consolidaram-se dois factores de textualidade.

 Factores semânticos: são aqueles que privilegiam o estudo da estrutura textual, a língua,
ou seja, a sua concentração está no próprio texto. Dentro dessa categoria, apresentam-se
dois elementos da textualidade: coerência e coesão. A primeira foca nos sentidos
construídos e na não contradição entre as ideias, e a segunda, nas amarrações do texto,
nas relações estabelecidas entre as partes, para unificar o sentido.

 Factores pragmáticos: referem-se aos aspectos extratextuais, ou seja, a elementos que


estão fora da língua, mas que, no entanto, influenciam tanto a produção quanto a
recepção ou compreensão do texto. Esses factores continuam a ser estudados e novos
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elementos são descobertos, de modo que novas categorias, nem sempre tão conhecidas,
surgem no estudo da textualidade. As principais e mais reconhecidas são cinco:

- Intencionalidade;

- Aceitabilidade;

- Informatividade;

- Situcionalidade;

- Intertextualidade.

No que tange aos elementos de factor pragmático, apresenta-se um número maior de elementos,
alguns considerados os principais, por serem mais reconhecidos e consagrados, e outros que são
novas propostas para ampliar os estudos. Abaixo segue uma lista com os cinco primeiros
elementos de factor pragmático.

 Intencionalidade: refere-se ao modo ou à forma como o autor constrói o texto para


alcançar determinada intenção. Nesse sentido, cabem principalmente os textos
publicitários, nos quais a linguagem e o texto se moldam para convencer o consumidor.

 Aceitabilidade: refere-se à recepção do texto, à compreensão do interlocutor sobre a


mensagem.

 Situcionalidade: refere-se ao contexto no qual o texto está inserido, seja na produção,


seja na leitura. Esse elemento interfere no uso da língua, na escolha e polidez das
palavras, no tom de voz, etc. Graças às situações de uso, um texto pode ter sentido em um
contexto e não o ter em outro.

 Informatividade: refere-se aos dados que o texto apresenta, se são informações novas ou
conhecidas. Para que o texto tenha fluência, é importante que ele balanceie os dois tipos
de informação. Se o texto só apresentar informações conhecidas, pode ser redundante; se
apresentar só informações novas, pode ser incompreensível.
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 Intertextualidade: refere-se às relações discursivas entre diferentes textos. Mesmo que


não haja uma intertextualidade explícita no texto, ele precisa considerar informações
prévias à sua produção, desse modo, todo texto carrega outros textos em sua composição.

 Conectividade: é uma propriedade relacional que pode ser definida nos seguintes
termos: existe conectividade entre uma ocorrência textual A e uma ocorrência textual B
se as interpretações de A e B forem semanticamente interdependentes.

Elementos da textualidade
Os elementos da textualidade são um conjunto de aspectos que constroem os textos e
influenciam seu sentido, tanto no que se refere à produção quanto à compreensão. Existe um
número de elementos já aceitos e reconhecidos nos estudos do texto, entretanto é importante
ressaltar que pesquisas continuam sendo feitas, propondo a inserção de novos elementos.

Como dito, os elementos provêm dos factores da textualidade, que se dividem entre semânticos e
pragmáticos. Assim, cada elemento prioriza uma ou outra perspectiva, mas com um objectivo
final comum: a garantia da textualidade.

No que se refere aos elementos de factor semântico, destacam-se:

 Coerência: elemento responsável por garantir a fluência, clareza e não contradição das
ideias, foca-se no texto em seu aspecto semântico;

 Coesão: elemento responsável por garantir a amarração entre as ideias do texto,


evidenciando as relações estabelecidas e servindo para associar, retomar e conectar as
partes do texto.

COESÃO
A coesão designa o conjunto de processos linguísticos que asseguram as ligações na frase e entre
frases. A coesão, enquanto aspecto de gramaticalidade, está ligada à competência linguística dos
falantes.
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Segundo Halliday e Hansan (1976):

[...] a coesão ocorre quando a interpretação de algum elemento no


discurso é dependente da de outro. Um pressupõe o outro. Um
pressupõe o outro, no sentido de que não se pode ser efetivamente
decodificado a não ser por recurso ao outro. (p. 4). (KOCH, 2005,
p. 16).

COESÃO FRÁSICA

Assegura uma ligação significativa entre os elementos linguísticos que ocorrem a nível de
sintagmas e de orações na superfície textual.

Garantem nexos sequenciais entre os núcleos e os adjuntos e complementos através da


concordância nominal:

A) marcas idênticas de gênero e número

B) dependência de determinantes, quantificadores e adjetivos.

• Asseguram a identificação ou recuperabilidade da estrutura de argumentos: ordem natural e


lógica dos termos, uso casual de pronomes pessoais e as preposições que assinalam relações
gramaticais ( não-nocionais)

• Fenômenos de concordância que exprimem, através de marcas idênticas de pessoa e número, o


nexo relacional entre sujeito e verbo, entre sujeito e predicativo do sujeito, entre o objeto direto e
o predicativo do objeto.

COESÃO INTERFRÁSICA
Chamada também de “conjunção” por Halliday e Hansan (1976) e “conexão” por Van Dijk
(1977). Asseguram a conexão entre orações de um período. Há dois grandes processos que
realizam a coesão interfrásica: A) coordenação B) subordinação

Os elementos que operam a articulação entre frases são as conjunções.


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As relações significativas específicas entre elementos, orações ou parágrafos do texto são


assinaladas explicitamente por marcadores formais que correlacionam o que está para ser dito
com o que já foi dito. Trata-se dos diversos tipos de conectores e partículas de ligação como
conjunções e preposições.

Um mesmo tipo de relação pode ser expresso por uma série de estruturas semanticamente

equivalentes, como em:

1- Logo que terminem os exames orais, partirei para São Paulo a fim de gozar as minhas
férias.
2- Terminados os exames orais, partirei para São Paulo em gozo de férias.
3- Após os exames orais, partirei para São Paulo para gozar férias.
4- Assim que terminarem os exames orais, partirei para São Paulo em gozo de férias.

COESÃO TEMPORAL

São as conexões de seqüência temporal entre os períodos simples, compostos ( por subordinação
ou por coordenação) ou complexos( períodos mistos de coordenação e subordinação) que
garantem a coesão temporal.

Ex. Depois disso, logo depois, antes, durante, então, em seguida.

Há outros processos que asseguram esta seqüência.

1- Os verbos em utilização correlativa.


Ex. Quando nasci, a época do chorinho já tinha terminado

Expressões adverbiais ou preposicionais de valor temporal e datas.

Ex.1. Pela manhã acordei e, logo que tomei meu café, comecei a estudar. À tarde, porém,
fiquei assistindo a um bom filme em DVD.
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Ex.2. Estudei das oito até as quatorze horas. Ex.3. Em 7 de setembro de 1822, o Brasil
tornou-se independente da Coroa portuguesa. Somente foi proclamada a República em 15 de
novembro de 1889.

Expressões de valor temporal que assinalam a ordenação podem ter a função de exprimir a
ordem segundo a qual o enunciador teve a percepção do acontecimento ou conhecimento de uma
situação ou ordem em que são apresentados e desenvolvidos os assuntos.

Ex. O capítulo anterior aborda coerência, o seguinte aborda coesão. Primeiro você faz a
comida, segundo varre a casa e por último lava a roupa.

COESÃO POR PARALELISMO ESTRUTURAL


Vejamos a frase “ Estudantes do curso de Letras gostam de estudar Lingüística pelos livros de
Herculano de Carvalho e fundamentar suas teses pelos de gramática de Evanildo Bechara.

Os elementos de uma frase - sejam orações ou termos – coordenados entre si devem apresentar
estrutura gramatical idêntica. Só se pode coordenar frases com o mesmo comportamento
sintático ou semântico ( Chomsky) . Isso se chama paralelismo ou simetria de construção.
Contudo, o paralelismo não é forma rígida. Trata-se apenas de uma forma eficaz de escritura que
muitas vezes colabora para um bom entendimento do enunciado, anunciando um discurso coeso,
adequado e elegante.

Os termos sublinhados apresentam a mesma natureza sintática, ou seja, exercem a função de


objeto indireto da oração principal. Observe que ambas são orações subordinadas reduzidas de
infinitivo, o que colabora com o perfeito entendimento do texto e, portanto, promove a coesão
entre as orações do período complexo. Note, ainda, que a preposição de vem regendo a
coordenação e não cada oração, por isso não foi repetida na segunda oração.

COESÃO REFERENCIAL
São elementos de referência os termos que remetem a outros itens do discurso necessários à sua
interpretação.
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A referência pode ser situacional ( exofórica ) e textual (endofórica). A referência é exofórica


quando a remissão é feita a algum elemento da situação comunicativa, isto é, quando o referente
está fora do texto.

1. PRONOMES DEMONSTRATIVOS
Ex. Pedro será promovido, mas terá de se aposentar logo a seguir. Foi o que me
revelou um amigo do governador. Luís e Márcio trabalham no mesmo escritório de
advocacia. Este dedica-se a causas criminais, aquele a questões tributárias.
2. PRONOMES POSSESSIVOS
Ex. Esta é a minha opinião sobre o assunto. E a sua, qual é?
3. PRONOMES INDEFINIDOS
Ex. Trouxeram-lhe doces, flores e presentes. Foi tudo em vão.
4. PRONOMES INTERROGATIVOS
Ex. Vamos conhecer melhor o continente em que vivemos. Quantos e quais são
os países da América do Sul?
5. PRONOMES RELATIVOS
Ex. Cerca de mil pessoas compareceram à homenagem, dentre as quais se
destacavam políticos, artistas e esportistas célebres.
6. NUMERAIS
Ex. Antônio, José e Pedro estudam desde pequenos no Colégio de São Bento. Os
três pretendem formar-se em Medicina.
7. PRONOMES PESSOAIS
Ex. Pedro comprou uma camisa nova e usou-a na festa.
8. ADVÉRBIOS

Ex. Perto do parque há um pequeno restaurante. Lá se reúnem muitos jovens ao entardecer.

Nome: P. L. A. Arlete

Texto 1

Redação sobre as minhas ferias


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eu sou pereira vou passar feira no Localidade de Benga primeiro quando chegar-la vou
comprimentar a minha familia outras famílias vou Jogar fotebol, quando acordar 5honra vou ir
capinar quando eu cabar agricultor-vou tir pequenas fruto massaroca, pepino, bananas, virdura
outras coisas quando chegar em casavou contar uma historia para minha tia diser a conteceu uma
traJedia coisas graves e nunca vi comoisso na minha vida, vou levar meus cadernos desciplina
basicos português e Matematica vou prepar-la eu quando-lo vou melbor disciplinas mais
importante e vou lembar os migos da escola euclides, Josés, Renildo outras pessoascontar uma
historia para meu migos e minha amigas vou dizer uma conversa muito agradavel cheguei
primeiro foi na machamba capinar tirei frutos banana, pepino, virduras outras coisas, etc.

Nome: C. P. S. Arlete

Texto 2

Redação Sobre as minhas ferias

Redacão

As minhas feria vou passar encasa de minha irma que e nu songo é oque eu acho as minhas irma
mais nova fica todos dias a chorar a falar que quer ir nu songo a minha mãe disse que nos vamos
pra la vai ser muito bom porque vou matar todo saudade que eu tenho da minha familia
principalmente dos meus amigos vou diverte-me emenço com minhas duas sobrinhas e vou mim
lembrar de todas as ferias que eu foi la com minha prima quando nois irr la acho que vamos
continuar a robar morango pecego encasa de dono, eque quando nois pedirmos ele negao mais
quando nois robarmos cães nus da corida , vou ter muita saudade da escola, das minhas amigos e
colegas, não vejo a hora de abraçar a minha sobrinha, eu adoro quando nois brincamos de
profição Eu sepre escolho doctora e minha amiga escolhe sempre mesma coisa Ela sonha ser um
jornalista e apresentadora e a Isabela Sonha ser uma princesa Eu sei que não vão se realizar ,
quando eu for vou ver novas coisas e isso que acabei da falar vai estar na minha mente e vou
fazer mesmo.

As minhas ferias vão ser assim


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O Fim

Nome T. I. Arlete

Texto 3

Rendação sobre as feria

Rendação

As minha feria vou bricar con minhas amigas e minhas irma ajudar minha mãe atrabalhar muito
porque é tempo de feria eu trabalhar muito porque eu quero fazer muitos trabahos porque eu
gosto muito de trabalhar, ler com os meus irmãos a ler porque quero ser aproveitada porque
quando vir na escola quero ser outras coisa saber um ponco outra coisas quero ser aproveitada
outra materia porque, e bon a saber um ponco de coisas é bon ser aproveitada outras trabalhos
com meus irmãos vou ser um ponco éntendida conos meus irma vou ler muito porque quando vir
na escola vou entender ountras coisas vou entender un pouco outras Cóias vou entender outras
palarras vou entender um pouco outras coisas vou ler com os meus irmãos é bom saber ler com
os irmãos e bom ser assim porque entraremos sem seber ler, não é bom.

Nome: S. R. Arlete

Texto 4

Redação das ferias

As minhas ferias vó passar no angonia onde tem meus avos e irmãos e titios e minhas tias e
minhas sobrinhas la vai ser tão legau porqui tem minhas Primas Para brincar e meus avós para
mim contar historia e meus tios para me mandar escinar a ler e ser intelligent e ser mmuito
brincalhona e a fender a respeitar os meus pais e meus avós e ir ver minha familia.

Senhor Professor vo ter saudades e saudade de meu ermão e meus amigos e minhas amigas e
colegas eu a conquistar suas amizade professor e de mais vó ter saudade de meus Pais e amigos.
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Fim de Redaccão

Nome: A. P. R. Arlete

Texto 5

As redação sobre a feria

As minhas ferias eu vou passar em chimoio emcasa da minha tia e do meo tio quando eu chegar
la vou esprementar os meus tios quando eu acabar de esprementar tios vou trabalhar quando eu
acabar vou cozinhar e quando eu acabar as minhas ferias vou indo na parage subir camião
quando eu vou ir encaza na quinta fera quando eu chegar emcasa vou brincar com as minhas
amiga quando eu acabar de brincar vou lavar a loiça cozinhar quando eu acabar vou dormindo e
quando amanhecer vou lavar inoforme quando acabar vou fazer batabios para comer vou no
mercado comprar carili para cozinhar e quando eu acabar vou engomar inoforme e quando
anoiteçer vou comer massa com carrapau e vou dormir quando amanhecer do domingo vou
preparar para a escola e na segunda vou para aqui na escola estudar as minhas aulas coversar
com a minha amiga Biyuti e izabel.

Fim

Correcção dos textos


Texto 1

- Eu sou Pereira vou passar férias no localidade de Benga.


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Nesta sentença não há concordância em género. "Localidade" é um substantivo feminino e por


isso não pode ser introduzido pela preposição "no", más sim pela preposição" na".

- Quando chegar lá vou cumprimentar a minha família outras família vou jogar futebol.

Nota se a gramaticalidade de coesão frásica nesta sentença, onde não se acha coerência na
sentença devido a inserção desnecessária, talvez de " outra família". Na minha opinião a frase
devia estar dá seguinte maneira: Quando chegar lá vou cumprimentar à minha família depois vou
jogar ao futebol.

Quanto ao futebol ao futebol, sabe se segundo a regência que o verbo jogar rega a preposição "
a" / ao. Por isso ao invés de jogar futebol, diz-se jogar ao futebol.

A mesma situação de referência acontece com o verbo " ir em" quando acordar 5 horas vou ir
capinar, onde o verbo ir não rege o mesmo verbo.

- Quando eu acabar agricultor vou tirar pequenas frutas.

Nesta sentença não há concordância em número e em género, logo há agramaticalidade de


coesão frásica.

E a frase na sua forma correta seria: Quando eu acabar. Vou tirar pequenas frutas.

- Quando chegar em casa vou contar uma história para minha tia dizer aconteceu uma tagedia.

Além da falta de coerência nesta sentença, há omissão de preposição atendendo que o verbo
dizer quanto a regência selecciona uma preposição.

- Contar uma história para meu amigo e minha amiga.

Nesta sentença nota se a falta de concordância, quer em género, quer em número. E essa
sentença devia estar da seguinte maneira: <Contar uma história para os meus amigos e minhas
amigas.>

Texto 2

-Eu acho as minhas irmãs mais novas.


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A situação é a mesma que tem acontecido em outras sentenças, não há concordância entre o
pronome possessivo (meu) e o substituto (irmã) neste caso há concordância em número. E outa
questão, não menos importante é a pontuação que de certa forma acaba alterando o sentido das
frases ou sentença.

- Vamos continuar a roubar morango, pêssego em casa de dono e que quando nós pedimos ele
negam más quando nós roubamos cães nós damos corridas.

Há nesta sentença agramaticalidade, no que diz respeito a coesão frásica, devido a discordância
em número entre o substituto e o verbo. Em " os cães nós dá corrida" .

- Vou ter muita saudade dá escola, das minhas amigas amigos.

Nesta sentença não há concordância em género.

- Eu sempre escolho doutora e a minha amiga escolhe sempre a mesma coisa. Ela sonha ser um
jornalista e apresentadora.

Nesta sentença, além da falta de concordância em género, em " ela sonha em ser um jornalista".
Há também agramaticalidade nó que diz respeito a coesão de paralelismo estrutural. Em " a
minha amiga escolhe sempre a mesma coisa" ela sonha em ser jornalista e apresentadora. Porém
a coesão estrutural encontra-se gramaticalmente correta.

Texto 3

- Eu trabalhar muito porque é tempo.

Geralmente os verbos não flexionados no infinitivo vem acompanhado de uma outro verbo
auxiliar. Assim sendo não há coesão frásica.

- Quando vir na escola quero ser outra coisa.

Nesta sentença não há concordância em número em ( outra coisas). Violando assim o princípio
da coesão frásica.

- É bom ser aproveitada Outras trabalhos.


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Não há concordância em género entre outras e trabalho. Outras designam, coisas no feminino e
trabalho é substantivo no masculino.

- Vou ser um pouco atendida com os meus irmãos.

Nesta sentença não há concordância em número e em género. A frase devia estar da seguinte
maneira vou ser um pouco atendida com os meus irmãos, ou... Com as minhas irmãs, ou ainda
com o meu irmão/ minha irmã.

Outro aspecto que pude perceber neste texto é a repetição do verbo ir (vou...vou.ou) e pontuação,
que contribui bastante para a coesão.

Texto 4

- As minhas férias vou passar no agonia.

Angonia é um substituto que geralmente é feminino e logo a preposição " no" não se adequa na
sentença, apesar de está na referência se considerar até certo ponto admissível dependendo da
situação. A questão mais notória neste texto dá pontuação que acaba afectando a coerência do
texto.

Textos 5

Primeiro: o texto tem vários problemas de pontuação que acaba afectado o sentido do mesmo.

Segundo: Há muita repetição de " quando eu acabar" que na minha opinião devia ser substituído
por outras expressões.

Exercícios
Complete as frases seguintes com as conjunções/ locuções coordenativas adequa das ecaracterize
o tipo de coordenação presente em cada uma delas.

a) Fui esperá-lo à estação mas (adversativa) ele não veio. O comboio ora chega tarde ora
(disjuntiva) não vem.
b) Ele está doente, por isso não virá (conclusiva). Porém não sei se arranja forças para vir à
Universidade. (disjuntiva)

c) Ele estudou e conseguiu fazer os exercício no entanto (adversativa) alguns estivessem errados.
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d) A equipa nem jogou bem, nem ganhou. (disjuntiva)

e) Ou entra ou sai. (disjuntiva)

f) O Manuel foi ao cinema e (copulativa) a Paula foi ao teatro não só o Manuel foi ao

teatro mas também a Paula foi ao cinema? (copulativa)

g) Cheguei, vi e venci. (disjuntiva)

h) O Pedro apresentou uma proposta na reunião, que a Ana também. (copulativa)

i) Está a chover por isso deves levar uma gabardina. (conclusiva)

j) Nem o Pedro nem a Maria (disjuntiva) e o João estão disponíveis (copulativa).

k) Eu ora leio livros, ora revistas (disjuntiva, e jornais. (copulativa)

l) Ele não conhece o caminho, pode, portanto enganar-se. (conclusiva)

Utilizando sempre formas do verbo «beber» e o susbstantivo «água», forme quatro

frases, com as seguintes locuções: por conseguinte; pelo que; não obstante e ainda

assim.

a) O João não bebe água tratada, por conseguinte este doente

b) O João sabe da importância de tratar água, não obstante ele não faz.

c) Bebi tanta água, pelo que estou satisfeito

d) Ela bebe água do poço , ainda assim paga muito carro pela factura de água.

Escreva três frases em que utilize um conector com valor inferencial.

a) sou cheinha e sou feliz

b) Estou sem emprego e não peco nada de ninguém


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c) Você faz o maior esforço e nada dá certo

Classifica as orações subordinadas, nas frases que se seguem.

a) Ela transitou de ano porque estudou. (causal)

b) Não digas mais que já percebi (causal)

c) Como já estudei, vou sair. (concessiva)

d) Depois que fui estudar, começou a chover. (temporal)

e) Antes que anoiteça, vou estudar. (temporal)

f) Sempre que a vejo, falo-lhe. (integrante)


g) Sublinhei o livro à medida que fui lendo. (complectiva)

h) Se estudares, terás bons resultados. (condicional)

i) Perguntei-lhe se ela não vinha. (integrante)

j) Mais do que as palavras, falavam os olhos. (complectiva)

k) Fez tudo quanto pôde. (complectiva)

l) Embora estude, não consegue bons resultados. (concessiva)

m) Choveu tanto que as ruas ficaram alagadas. (consecutiva)

n) Houve uma inundação tal que as ruas ficaram alagadas. (causal)

o) Vou ao cinema mesmo que chova. (concessiva)

p) A casa, que era da minha avó, foi vendida. (relativa)

q) Comeu tanto que ficou indisposto. (consecutiva)

r) Demorei mais tempo do que era minha intenção. (concessiva)

s) Tudo se passou, conforme estava previsto. (complectiva)


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t) Caso não venha, começa-se sem ele. (concessiva)

u) Assim que chegares, avisa-me. (temporal)

v) Convidou-o para que ele não ficasse zangado. (final)

w) Podes sair, contanto que tenhas terminado o trabalho. (condicional)

x) Penso que ela não virá. (integrante)

Classifica as orações das seguintes frases:

a) a) Antes que um amigo parta, costumamos dar uma festa de despedida /Antes de um amigo
partir, costumamos dar uma festa de despedida. (temporal)

b) Depois que o jogo acabou, eles festejaram no balneário /Depois do jogo acabar, eles
festejaram no balneário. (temporal)

c) Terminado o jogo, o público aplaudiu a equipa /Quando o jogo terminou, o público aplaudiu a
equipa /Tendo terminado o jogo, o público foi aplaudir a equipa. (temporal)
d) A equipa venceu, mesmo jogando mal /Apesar de ter jogado mal, a equipa venceu /A equipa
venceu, embora jogasse mal. (concessiva)

e) Vencido o jogo, a equipa foi comemorar /Como venceu o jogo, a equipa foi
comemorar.(consecutiva)

f) Eu comprei um livro para que ela se distraísse /Eu comprei um livro para ela se distrair. Final

Não atravessou o rio porque este era fundo /Não atravessou o rio por este ser fundo. (causal)

h) É preciso confiarmos nele /É preciso que confiemos nele. (integrante)

i) Sempre julguei que fosses tu o escolhido /Sempre julguei seres tu o escolhido. (integrante)

j) Se não for assim, prefiro os sábados /A não ser assim, prefiro os sábados. (condicional)
k) Mesmo sem saber, adivinhou a resposta. (complectiva)

l) Mesmo brincando, consegui o que queria. (complectiva)


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m) Chegando o Verão, tudo mudará. (complectiva)

Opte pela forma correcta. Justifique a sua opção.

a) A avareza e a preguiça devem ser castigados/castigadas.

A avareza e a preguiça devem ser castigadas.

A avareza e a preguiça, são dois substantivos femininos, por isso não podem ser colocados no
masculino.

b) Uma grande porção de conchas veio/vieram dar à praia.

Uma grande porção de conchas veio dar à praia.

Apesar de se tratar de muitos peixes, a expressão ″ porção″, que indica um conjunto, deve ser
tratado no singular.
c) Fui eu quem te salvei / salvou.

Fui eu quem te salvou.

Apesar de se tratar da primeira pessoa do singular, a expressão ″quem″, se reflecte na 3ª pessoa,


por isso invés de salvei, diz se salvou.

d) Aquilo era/eram desculpas esfarrapadas.

Aquilo eram desculpas esfarrapadas.

Sendo que desculpas então no plural, deve concordar com o verbo, também no plural

e) Eles são alvo da admiração e do afecto público/públicos

Eles são alvo da admiração e do afecto, públicos

As duas coisas (admiração e afecto), convergem no mesmo ponto (publico), acabam, formando
um plural.
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Complete os espaços com as palavras entre parênteses usadas na forma adequada.

b) Já li o primeiro e o segundo volume (volume) da obra.

c) Disse ele à Directora: ―V. Ex.ª é muito compreensiva (compreensivo).

d) O desejo de perdoar, de harmonia, de paz, tudo são (ser) falsas promessas.

e) O Rui foi um dos que partiram (partir) primeiro.

f) Uma parte dos detidos acabou (acabar) por fugir.

g) A Carolina, a Diana, a Mariana e o Vítor são espertos (esperto).

h) Fui eu quem a viu (ver) primeiro.

Vamos corrigir os erros de concordância nas frases que se seguem:

a) Fazem quatro anos que não nos vemos

Fazem quatro anos que não nos vemos

b) Já chegou os livros encomendados.

Já chegaram os livros encomendados.

c) Vão haver muitos animais no Zoo.

Vai haver muitos animais no Zoo.

d) Um dos alunos que estava na sala saiu.

Um dos alunos que estavam na sala saiu.

e) A Joana e eu gosto de Matemática.

A Joana e eu gostamos de Matematica

f) Tratam-se de questões sem importância.


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Trata-se de questões sem importância.

g) Foste tu que partiu o copo.

Foste tu que partiste o copo

h) Quem fez o trabalho fui eu.

i) Fomos nós quem fizemos o trabalho.

Fomos nós que fizemos o trabalho.

j) Casos como este acontece com frequência.

Casos como este acontecem com frequência.

k) Sou eu que vai dizer o que hás-de fazer.


Sou eu que vou dizer o que hás-de fazer

l) Foste um dos que o aconselhou a ficar em casa.

Foste um dos que o aconselharam a ficar em casa.

m) O João e tu gostaram do filme.

O João e ti gostaram do filme.

n) Nas paredes daquela sala haviam muitos quadros.

Nas paredes daquela sala havia muitos quadros.


Corrige as frases que estiverem erradas.

a) Ele é um dos rapazes que mais colaboram.

b) São os colegas quem deve decidir o que fazer aos testes.

c) O Rui é um daqueles que acredita cegamente em tudo o que lhe contam.

R. O Rui é um daqueles que acredita cegamente em tudo o que lhe contam.

d) Há apenas três obras de Saramago em minha casa, mas poderão haver outras em casa
ARLETE ARNALDO
SSPP

da minha avó.

R. Há apenas três obras de Saramago em minha casa, mas poderá haver outras em casa

da minha avó.

e) Não falta neste país pessoas trabalhadoras.

f) Já não existe, na minha aldeia, jovens.

g) Um grupo de alunos apresentaram queixa ao director de turma.


ARLETE ARNALDO
SSPP

Conclusão
Sabemos que a produção de textos no âmbito escolar é uma prática ainda longe de alcançar os
padrões desejados, que seria o de indivíduos com uma habilidade comunicativa capaz de
produzir, pelo menos, os textos de uso mais frequente na sociedade em que vivemos

Como vimos, os conceitos textualidade de coesão do discurso da Linguística Textual. O foco


deste trabalho foi analisar os enunciados sobre coesão nas diferentes enunciações em que foram
produzidos nessas diferentes esferas. Assim, coesão e coerência entram para as actividades
didácticas como critérios para correcção de textos. Em nossa análise, mostramos que, quando se
fala de coesão, já não se pensa em uma tessitura competente do texto, senão no emprego das
conjunções prototípicas. Os processos de coesão textual são eminentemente semânticos, e
ocorrem quando a interpretação de um elemento no discurso depende da interpretação de outro
elemento. Embora seja uma relação semântica, a coesão envolve todos os componentes do
sistema léxico-gramatical. Portanto há formas de coesão realizadas através da gramática, e outra
através do léxico. Deve-se ter em mente que a coesão não é condição necessária nem suficiente
para a existência do texto. Podemos encontrar textualidade em textos que não apresentam
recursos coesivos; em contrapartida a coesão não é suficiente para que um texto tenha
textualidade.
ARLETE ARNALDO
SSPP

Referências
KOCH, Ingedore Grunfield Villaça. A coesão textual, 20. ed.- São Paulo: Contexto, 2005.

KOCH, Ingedore. G. Villaça. (2003). Coesão Textual. 18ª: ed. Contexto. São Paulo.

JUNIOR, Luis Carlos Viana. Coesão e Coerência, ARARAQUARA – S.P. 2013.

NASCIMENTO, Eliane Ferreira. Aprendizagem da escrita em Português Europeu por falantes


do Português Brasileiro, FACULDADE DE LETRAS DA UNIVERSIDADE DE LISBOA,
2008.

HALLIDAY, M.A.K. & HASAN, R. (1976). Cohesion in English. London: Longman.

SIMON, Maria Lúcia Mexias. A CONSTRUÇÃO DO TEXTO COESÃO E COERÊNCIA


TEXTUAIS CONCEITO DE TÓPICO.

FÁVERO, L. L. e KOCH,. Linguística textual; introdução. São Paulo, 1. V. 1983 Cortez.

NASCIMENTO, Eliane Ferreira do, Aprendizagem da escrita em Português Europeu por


falantes do Português Brasileiro, 2008.

DUARTE, Paulo Mosânio Teixeira, Elementos para um estudo da paráfrase Revista Letras, 2003

OLIVEIRA, Inês da Conceição Pinto de, Coesão interfrásica os conectores discursivos em


produções escritas de alunos de PLE, Porto 2010.

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