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Lakatos (1983, p. 33) diz que o conhecimento científico depende de investigação metó-
dica, já que o mesmo:
a) é planejado. O cientista não age ao acaso: ele planeja seu trabalho, sabe o que
procura e como deve proceder para encontrar o que almeja.
b) o problema
e) experimentação
f) analisar as informações
g) tirar as conclusões
Oliveira (1997,p. 59) aponta que o método leva-nos a examinar de uma maneira mais
ordenada as questões do Por que ocorre? Como ocorre? Onde ocorre? Quando ocorre?
E o que ocorre?
Diante do exposto podemos definir Método como etapas dispostas ordenadamente para
investigação da verdade, no estudo de uma ciência para atingir determinada finalidade,
e Técnica como o modo de fazer de forma mais hábil, segura e perfeita alguma atividade,
arte ou ofício.
Com o passar do tempo, foram surgindo vários métodos que auxiliaram e auxiliam o
cientista nas suas investigações. Abordaremos agora alguns desses métodos.
Método Indutivo – a indução parte de registros menos gerais para enunciados mais
geral. Podemos tomar como exemplo a Classificação da Contabilidade como ciência
social.
Exemplo:
Se a Contabilidade trata do patrimônio das células sociais (menos geral)
E se as células sociais se inserem no todo social (mais geral)
Concluir-se que a Contabilidade seja uma ciência social. (LOPES SÁ,1998, P. 37).
O que relatamos é comum no uso do raciocínio indutivo. A partir da observação de
alguns fatos, a mente humana tende a tirar conclusões gerais. O argumento indutivo fun-
damenta-se em premissas.
Exemplo: 90% dos Contabilistas no Brasil, de pequenas e médias empresas não realizam
escrita mercantil. Logo, 90% da Contabilidade não são realizadas.
A dedução já está implícita nos princípios e a sua forma mais importante é o silo-
gismo, composto de três juízos ou proposições: duas premissas – maior e menor e uma
conclusão.
Segundo Salmon apud Lakatos (1983, p.55), as duas características básicas que distin-
guem os argumentos dedutivos dos indutivos são:
DEDUTIVOS INDUTIVOS
Método Dialético – pela etmologia da palavra de origem grega dialektos, que significa
debate, forma de discutir e debater.
Na dialética, ocorre a negação da negação como algo positivo, pois essa polaridade
entre negação e afirmação implica negação, mas a negação da negação surge afirmação.
Quando se repete a negação, isto significa sim. Segunda negação. O resultado será algo
positivo. É com essa lei do pensamento que a dialética tem como definição do debate a
Tese, proposição positiva; se nega a sua contrária, negando a primeira que é a antítese,
por sua vez negada, obtém, assim, a síntese, que é a negação da tese e antítese.
Nos relatos históricos quem muito utilizava este método era Sócrates que com a força
da argumentação confundia os seus adversários. Para Engels, a dialética não há nada de
definitivo, de absoluto, de sagrado; apresenta a caducidade de todas as coisas e em todas
as coisas e, para ela, nada existe além do processo ininterrupto do devir e do transitório.
É com Hegel ( 1770-1831) que surge a dialética contemporânea, que entende que os
sentidos, a razão e a intuição como elementos na formação do conhecimento, ou seja,
em nosso cotidiano através dos sentidos obtemos imagens dos objetos concretos com
Popper apud Lakatos (1983, p. 63) diz que “ umas vezes realista crítico no sentido
moderno da palavra, no sentido de acreditar que um mundo material existe inde-
pendente da experiência; outras vezes racionalista crítico”, portanto seu método “é de
enunciar claramente o problema e examinar, criticamente, as vezes soluções propostas”.
Portanto, Popper apud Lakatos (1983, p. 65) defende os seguintes momentos no pro-
cesso investigatório:
1) problema, que surge, em geral, de conflitos frente a expectativas e teorias
existentes;
2) solução proposta consistindo numa conjectura (nova teoria); dedução de conse-
qüências na forma de proposições passíveis de teste;
3) testes de falseamento: tentativas de refutação, entre outros meios, pela observa-
ção e experimentação.
É o método da tentativa e erro. O seu uso permite identificar os erros da hipótese para
posterior correção. Ela não imuniza a hipótese contra a rejeição, mas, ao contrário, ofe-
rece todas as condições para, se não for correta, que seja refutada.
MÉTODO CIENTÍFICO
HIPOTÉTICO - DEDUTIVO
+
PROBLEMA
Imagina (duvida) CONTEXTO DE
DESCOBERTA
HIPÓTESES
CONTEXTO DE
Interpretação e avaliação da testagem das hipóteses JUSTIFICAÇÃO
nova teoria
novo problema
Os passos que são utilizados na compreensão do método tem a sua primeira etapa na
identificação do problema que irá desencadear a pesquisa. A Investigação Científica ini-
cia-se com um problema teórico ou prático. Através do problema, abordar-se-á o que
é relevante observar, que dados deverão ser selecionados e, daí, surgem hipóteses e as
conjecturas.
A Conjectura, como segunda etapa, seria uma solução proposta em forma de proposição
passível de teste, direto ou indireto, tendo como conseqüências “Se... então.” Verificando-
-se que o antecedente (“se”) é verdadeiro, também o será forçosamente o conseqüente
(“então” ), isto entendendo que o antecedente consiste numa lei geral que o conseqüente
é deduzido dela.
Como exemplo podemos citar: um estudo sobre as causas das Falências das pequenas e
médias empresas nas regiões brasileiras comparando as variáveis que pode ter levado a
tal ocorrência. A partir da análise e comparações das variáveis levantadas em diversas
regiões podemos identificar motivos gerais que tem ocasionado no Brasil a falência das
pequenas e médias empresas.
Yin (2001, p.32) ao comentar sobre o método estudo de caso afirma que o mesmo é uma
investigação empírica que: investiga um fenômeno contemporâneo dentro de seu con-
texto da vida real, especialmente quando os limites entre o fenômeno e o contexto não
estão claramente definidos.
Outros métodos poderiam ser citados no presente livro porém só o fizemos daqueles que
aproxima-se de uma aplicabilidade para a Ciência Contábil, contudo não isentamos da
utilização de outros métodos.