Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
O conteúdo apresentado nesta sebenta serve para os alunos da 13ª classe dos cursos
técnicos de saúde ministrados nas Escolas de Formação dos Técnicos de Saúde.
A disciplina de Projecto Tecnológico visa à realização de projectos concretos por parte
dos alunos com o fim de:
Desenvolver nestes uma visão integradora do saber;
Promover a sua orientação escolar e profissional;
Integrar e articular as aprendizagens adquiridas, nomeadamente, nas disciplinas da
formação técnica, tecnológica e prática;
Facilitar a sua aproximação ao mundo do trabalho.
Tanto a ciência como a tecnologia partem do mesmo tipo de pensamento racional
baseado na observação empírica, ou seja, da realidade que nos circunda, e no conhecimento das
causas naturais (comprováveis que se podem demonstrar objetivamente, na prática).
Entretanto a tecnologia, que é a base de nossos cursos, não busca a verdade absoluta, a
explicação final sobre factos, mas, sim, a sua utilidade prática na solução de problemas do
quotidiano do trabalho: enquanto a ciência busca o saber, modelos académicos de pensamento e
investigação, paradigmas e referências universais, a tecnologia busca o controlo de fenómenos
e processos para viabilizar soluções no trabalho prático de empresas e organizações de acordo
com a realidade específica de cada contexto em que elas se inserem.
É por isso que o saber e o fazer de um tecnólogo são orientados por procedimentos
(métodos) científicos. A tecnologia se volta mais para a praticidade, escolhendo dentre os
procedimentos científicos aqueles que possam resultar em alguma utilidade, mudança de
realidade, resolução de problemas, criação de soluções e alternativas, etc. que possam
promover a
melhoria contínua ou a inovação nas organizações, serviços e comunidades.
Conhecer técnicas básicas de pesquisa científica para saber identificar e delimitar o foco
de seu trabalho (para ele não perder o senso de aplicabilidade), definir com clareza seus
objectivos e procedimentos de embasamento teórico (tais como a elaboração do referencial
bibliográfico, que é sucinto no Projecto Tecnológico, mas confere legitimidade ao trabalho,
caso contrário ele não seria numa produção de cunho académico/profissional, e, sim, apenas a
expressão de sua percepção pessoal).
6
O conteúdo desta sebenta está dividido em 5 capítulos.:
O primeiro capítulo é destinado a conceitos, objectivos da pesquisa científica e os tipos
de pesquisa.
O segundo capítulo é centrado no Projecto de Pesquisa e Protocolo de Pesquisa. Assim,
são abordados os passos a seguir na elaboração de um projecto de pesquisa científica e a
estruturação do mesmo, bem como os constuintes de um protocolo de pesquisa.
No terceiro capítulo aborda a regra para a estrutura do trabalho de conclusão de curso. O
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), que é a materialização do projecto que consiste na
elaboração de um trabalho com o mínimo de 30 páginas.
O quarto capítulo é dedicado às normas exigidas para citações e referências.
7
CAPÍTULO I
8
1.CONCEITOS
1.1. Problema
Problema é uma questão ou dúvida que se propõe para ser resolvido.
Na interpretação científica, problema é qualquer situação não resolvida e que é objecto
de discussão, em qualquer domínio do conhecimento.
1.2.Projecto
O termo projecto é utilizado desde o século XV, porém somente em meados do século
XX que o termo obteve consenso em diversos países, sendo definido pelo Project Management
Body of Knowledge (PMBOK, 2004, p.5) como: “Um projecto é um esforço temporário
empreendido para criar um produto, serviço ou resultado exclusivo”. (PEREIRA, 1997, apud
BITTENCOURT, 2003, p.3).
É um conjunto de actividades planificadas com vista a alcançar um determinado
objectivo através da utilização de recursos disponíveis. “(SILVA & MIRANDA, 1990, p.21)
Um projecto é um trabalho de pesquisa que tem como objectivo, resolver um problema
que se nos apresenta. No projecto, tratamos de situações concretas. O projecto é algo que nos
atira para o futuro, isto é, algo que pretendemos construir, a partir de uma ideia mais ou menos
definida. (Miudo,Wilson).
De acordo com Miranda (2008, p.4), "uma das características que distingue o conceito
de projecto o de mera actividade isolada, automática ou imposta, é o seu carácter intencional e
gerador, pois o projecto pode ser pensado como projectus, algo «lançado para a frente»".
1.3. Plano de Projecto
Define como o projecto será executado, monitorado, controlado e encerrado, para
alcançar os objectivos para os quais o projecto foi concebido.
1.4. Ciência é um conjunto de conhecimentos racionais, certos ou prováveis,
obtidos metodicamente, sistematizados e verificáveis, que fazem referência a objectos de uma
mesma natureza. “(Ander-Egg, 1978:15)”.
1.5. Pesquisa
É uma forma de procurar conhecimento para inquietações emergidas, com a finalidade
de diversas naturezas.
1.6. Pesquisa Científica
É um processo racional e sistemático de investigação de um problema, de qualquer
natureza, que procura descrever, compreender, explicar alguma coisa. É um procedimento que
gera novo conhecimento, corrobora ou refuta algum conhecimento pré-existente, trazendo
9
aprendizagem, tanto para o indivíduo que realiza a pesquisa como para a sociedade na qual ela
se desenvolve.
A investigação em saúde em um processo sistemático de descoberta de novos
conhecimentos em saúde, uma abordagem crítica dos factores que afectam a saúde, um
instrumento para ultrapassar os obstáculos ao desenvolvimento sanitário (THEOPHILE, 2004).
2. OBJECTIVOS DE PESQUISA CIENTÍFICA
Os objectivos fundamentais da Pesquisa Científica são:
- Tentar conhecer e explicar os fenómenos que ocorrem no mundo existencial (TRUJILLO,
1982)
- Produzir conhecimentos e o desenvolvimento de habilidades que permitam descobrir
respostas para questões, mediante a aplicação de métodos científicos (SELLTIZ, 1974).
3. TIPOS DE PESQUISA
Os tipos de pesquisa classificam-se quanto aos objectivos e quanto aos procedimentos
técnicos. Gil (2008)
a) Quanto aos objectivos. Gil (2008)
1. Pesquisa exploratória: proporcionar maior familiaridade com o problema (explicitá-lo).
Pode envolver levantamento bibliográfico, entrevistas com pessoas experientes no problema
pesquisado.
2.Pesquisa descritiva: descrever as características de determinadas populações ou fenómenos.
Uma das suas especificidades está na utilização de técnicas de coleta de dados, tais como o
questionário e a observação. Ex.: Pesquisa referente à idade, sexo, procedência, eleição, etc…
3. Pesquisa explicativa: identificar os factores que determinam ou que contribuem para a
ocorrência dos fenómenos. É o tipo que mais aprofunda o conhecimento da realidade, porque
explica a razão, o porquê das coisas.
b) Quanto aos procedimentos técnicos. Gil (2008)
1. Pesquisa bibliográfica
É desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros
e artigos científicos; actualmente com material publicado na Internet, apesar de não ser
recomendável.
2. Pesquisa documental
Quando é elaborada a partir de materiais que não receberam tratamento analítico. É
muito parecida com a bibliográfica. A diferença está na natureza das fontes, pois esta forma
vale-se de materiais que não foram submetidos numa análise cautelosa e dedutiva. Por
10
exemplo, manuscritos, processos dos pacientes, registos sonoros, registos audiovisuais,
correspondências pessoais, fotografias, etc…
3. Pesquisa experimental
Quando se determina um objecto de estudo, selecciona-se as variáveis que seriam
capazes de influenciá-lo, define-se as formas de controlo e de observação dos efeitos que a
variável produz no objecto. Portanto é toda pesquisa que envolve um experimento. Ex.: Colocar
ácido numa placa de metal para se observar o resultado.
4. Levantamento
É a interrogação directa das pessoas cujo comportamento se deseja conhecer. Procede-
se à solicitação de informações a um grupo de pessoas acerca do problema estudado para, em
seguida, mediante análise quantitativa, obterem-se os resultados correspondentes aos dados
colhidos.
5. Estudo de caso
Consiste em uma pesquisa descritiva, que visa estudar um caso particular ou um sistema
determinado, buscando o entendimento ou compreensão do funcionamento ou da evolução
deste caso ou sistema, sem visar a generalização deste entendimento para outros casos ou
sistemas. O estudo de caso é geralmente realizado com um indivíduo único. Exemplo. um
paciente, uma figura histórica para uma biografia; ou, com alguns poucos indivíduos que são
estudados um a um.
11
CAPITULO II
PROJECTO DE PESQUISA E PROTOCOLO DE PESQUISA
12
2.1 PROJECTO DE PESQUISA
O projecto de pesquisa é um plano ou caminho para abordar certa realidade. Deve
oferecer respostas do tipo: O que pesquisar?(problema) Por que pesquisar? (Justificativa) Para
que pesquisar? (Objetivos) Como pesquisar? (Metodologia) Quando pesquisar? (Cronograma)
Por quem?(grupo alvo). Barreto; Honorato (1998, p.59).
Para Martins e Theóphilo (citado em Medeiros, 2013), Projecto de Pesquisa é um texto
que define e mostra, com detalhes, o planejamento do caminho a ser seguido na construção de
um trabalho científico de pesquisa. É um planejamento que impõe ao autor ordem e disciplina
para a execução do trabalho de acordo os prazos estabelecidos. (p.190).
A pesquisa científica precisa ser bem planeada. O planeamento não assegurará, por si
só, o sucesso da monografia, mas, com certeza, é um bom caminho para uma monografia de
qualidade.
2.1.1. PASSOS DA ELABORAÇÃO DE UM PROJECTO DE PESQUISA CIENTÍFICA
Para a selecção do problema deve se ter em conta nos critérios seguintes: a relevância,
fuga à duplicação, exequibilidade, aceitação política, considerações éticas.
- Fuga à duplicação: Antes de se decidir levar a cabo um estudo, é importante saber se o tema
sugerido já foi investigado.
-Exequibilidade: Em primeiro lugar, devem pensar nos recursos humanos, tempo, equipamento
e o orçamento disponíveis localmente.
-Aceitação política: Em geral, é aconselhável pesquisar um tema que tenha o interesse e apoio
das autoridades. Isto aumentará a possibilidade do resultado do estudo a ser implementado.
Além disso, para se trabalhar uma pesquisa é preciso ter um mínimo de prazer nesta
actividade. A escolha do tema está vinculada, portanto, ao gosto pelo assunto a ser trabalhado.
Trabalhar um assunto que não seja do seu agrado tornará a pesquisa num exercício de tortura e
sofrimento.
13
2.1.1.2. Revisão bibliográfica
O Objectivo geral de um estudo expõe o que se espera realizar em termos gerais com o
mesmo. Aconselha-se dividir o objectivo geral em partes menores, logicamente relacionadas.
Estas denominam-se objectivos específicos.
Objectivos específicos -
14
Deve-se elaborar o plano de pesquisa pois:
Terá uma idéia clara das tarefas a serem efectuadas, quem as fará e a sua duração.
Poderá minimizar os erros e atrasos que podem resultar de uma falta de planificação.
Ex. População não estar disponível.
- Que o pesquisador identifica os fundos necessários e fazer pedidos atempados para evitar
paragens inoportunas durante a implementação do projecto.
15
2.2.3. Elementos pós-textuais
2.2.3.1. Referências
2.2.3.2. Glossário
2.2.3.3. Apêndice
2.2.3.4. Anexos.
A realização do Trabalho de Conclusão do Curso (TCC) é antecedida por elaboração de
Projecto de Pesquisa que deve ser submetido à uma revisão e aprovação.
Depois de se aprovar o Projecto de Pesquisa em si, para que a recolha de dados seja
autorizada, é necessário constituir o Protocolo de Pesquisa que também está sujeita à
aprovação.
16
CAPITULO III
REGRA PARA ESTRUTURA DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
17
3.1. TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (TCC)
Para iniciar o TCC o aluno deve ter um tema, que deverá ser escolhido com base em
determinados critérios que incluem: afinidade com o tema; relevância para a comunidade
científica e para a sociedade; existência de bibliografia suficiente; inovação resposta a uma
questão ou dúvida que ainda persiste.
O TCC, consiste na implementação do projecto elaborado que após a elaboração do
projecto de pesquisa, para implementá-lo, requere uma outra estrutura composta por partes
definidas que devem obedecer a uma ordenação lógica pré-estabelecida, sendo algumas dessas
partes consideradas obrigatórias e outras opcionais.
O mesmo compreende: elementos pré-textuais, os quais que antecedem o texto com
informações que ajudam na identificação e utilização do trabalho; elementos textuais, que
constituem a parte do trabalho em que é exposta a matéria e elementos pós-textuais, que
complementam e fornecem as referências do trabalho.
3.1.1.1. ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS
3.1.1.1.1. CAPA
É uma protecção externa do trabalho e sobre a qual se imprimem as informações
indispensáveis para a sua identificação. É um elemento obrigatório e deve conter as seguintes
informações: nome da instituição, nome do curso, título do trabalho, nome do autor, nome da
disciplina, nome da cidade, o mês e o ano.
18
3.1.1.1.2. FOLHA DO ROSTO
19
devem ser indicadas as palavras-chave, ou seja, palavras representativas do conteúdo do
trabalho.
Deve ser redigido em parágrafo único.
Dar preferência ao uso da terceira pessoa do singular.
Evitar o uso de citações bibliográficas. Espaçamento 1 cm.
3.1.1.1.9. LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Elemento opcional, que deve ser apresentada de acordo com a ordem dos itens no texto,
indicando seu nome específico (se houver) e acompanhado do respectivo número da página.
Quando necessário, recomenda-se a elaboração de lista própria para cada tipo de
ilustração/figura (desenhos, fotografias, gráficos, mapas, organogramas, plantas, quadros,
retratos e outros).
3.1.1.1.10. LISTA DE TABELAS
Da mesma forma que a Lista de Ilustrações, é elaborada segundo a necessidade do
trabalho e de acordo com a ordem apresentada no texto, com cada item designado por seu nome
específico, acompanhado do número da página.
3.1.1.1.11. LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
Elemento opcional que apresenta, em ordem alfabética, as abreviaturas e siglas
utilizadas no trabalho, seguidas das correspondentes palavras ou expressões, por extenso.
Exemplos de abreviatura: Dr., Inj., Obs.
Exemplos de sigla: OMS, TA, TCC.
3.1.1.1.12. SUMÁRIO (obrigatório)
A finalidade do sumário é dar uma visão geral do trabalho e facilitar a localização dos
assuntos. O Sumário deve conter os indicativos numéricos de cada secção, alinhados à
esquerda, comos títulos das secções alinhados pela margem do título do indicativo mais
extenso e o algarismo relativo à paginação, separados por uma linha pontilhada, todos
alinhados à direita
3.1.1.2. ELEMENTOS TEXTUAIS
Os elementos textuais são o desenvolvimento do conteúdo do trabalho propriamente
dito. Têm três partes fundamentais: introdução, desenvolvimento e conclusão.
3.1.1.2.1. INTRODUÇÃO
É na introdução que o pesquisador deve destacar a sua motivação para escolha do tema
proposto; situar o leitor quanto à importância do tema escolhido. Portanto, nesta parte do
trabalho levanta-se os antecedentes da problemática que se deseja trabalhar, ou melhor, a
evolução histórica do mesmo problema, a epidemiologia (se tratar-se de uma doença); quais
20
autores já trataram deste tema, mostra-se tanto as controvérsias entre os autores, quanto as
questões similares e actuais sobre o assunto (BASTOS, PAIXÃO, FERNANDES, DELUIZ,
1995). Isto é, faz-se a formulação do problema, a justificativa, bem como o objectivo geral e
o seu desdobramento em objectivos específicos.
3.2.2.1.1 Formulação do problema de pesquisa.
Em geral, o problema se refere a algum obstáculo, a alguma barreira a ser enfrentada,
enfim, a algo que denota sentido negativo. Tratando-se da pesquisa científica, o “problema”
precisa ser concebido como algo que irá auxiliar o pesquisador a ter uma visão mais ampla
daquilo que se dispõe a descobrir, a investigar, podendo, por meio dos “frutos” colhidos, até
obter maior visibilidade junto ao mundo acadêmico.
Dessa forma, como todo problema deve partir sempre de um questionamento. Este tópico deve
determinar a questão de pesquisa, prioritariamente através de uma pergunta.
Exemplo: Todo ser humano necessita de uma alimentação sadia e equilibrada tanto em
quantidade como em qualidade. O momento da alimentação deve tornar-se prazeroso e fornecer
combustível adequado para o crescimento e actividade muscular.
A fruta é um importante integrante da alimentação saudável e seu consumo regular está
associado à diminuição de mortalidade e redução da ocorrência de doenças crónicas.
Se pararmos e pensarmos a respeito da história da alimentação e nutrição, bem como os
benefícios do consumo de frutas, nasceu em nós uma questão pertinente:
Que conhecimentos, atitudes e práticas os alunos da Escola de Formação de Técnicos de Saúde
de Luanda têm sobre o consumo de frutas?
3.2.2.1.2. Justificativa
Nesta etapa o pesquisador irá reflectir sobre “o porquê?” da realização do trabalho
procurando identificar as razões da preferência pelo tema escolhido…, as vantagens que o
trabalho pressupõe proporcionar. A justificativa deverá convencer a quem for ler o projecto,
com relação à importância e à relevância do trabalho proposto. Como relatam Marconi e
Lakatos (2008, p.221), a justificativa é uma “exposição sucinta, porém completa, das razões de
ordem teórica e dos motivos de ordem prática que tornam importante a realização do trabalho”.
21
Sabendo que a fruta faz parte dos alimentos reguladores, que têm a função da
manutenção do organismo, fornecem energia, nutrientes saudáveis alem de retardarem o
processo de envelhecimento celular.
22
2. Saber os conhecimentos que os alunos têm sobre as frutas, a sua preferência de frutas ou
outros alimentos, os benefícios que a fruta trás e alguns componentes de algumas frutas.
3.1.1.2.2. DESENVOLVIMENTO
3.1.1.2.2.1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA (Revisão da literatura)
A revisão de literatura ou o marco conceitual é um elemento obrigatório em que se
contextualiza teoricamente o problema a ser pesquisado. Demonstra o que tem sido investigado
sobre o tema, esclarecendo os pressupostos teóricos que dão suporte à pesquisa e as
contribuições proporcionadas por outros estudos anteriores realizados.
O “marco conceitual não pode ser constituído apenas por referências ou sínteses dos
estudos feitos, mas por discussão crítica do ‘estado actual da questão” (GIL, 2002, p. 162).
Seu papel é “salientar o que foi estudado até a actualidade, o quanto esses estudos são
adequados e confiáveis e quais as falhas existentes no corpo da pesquisa” (POLIT; BECK;
HUNGLER, 2004, p. 146).
3.1.1.2.2.2. METODOLOGIA
Metodologia é o conjunto de métodos e técnicas utilizadas para a realização de uma
pesquisa. Existem duas abordagens de pesquisa, a qualitativa e a quantitativa.
Método é “o conjunto de etapas e processos a serem vencidos ordenadamente na
investigação dos factos ou na procura da verdade”
Na metodologia de pesquisa, encontramos meios e técnicas utilizadas para atingir os objectivos
anteriormente apresentados e as perguntas que podemos fazer são: Como? Com quê/quem?
Onde? Quanto? Quando?
Como fazer? Esta pergunta nos leva a descrever quais métodos e variáveis iremos
utilizar para alcançarmos nossos objectivos. Em seguida: onde fazer? Onde estão as
informações, as pessoas ou mesmo objectos que precisamos investigar?
Se estiverem em material impresso, utilizaremos o método de levantamento
bibliográfico por meio de livros, revistas, jornais, dicionários, internet, atas de reuniões,
documentos, censos etc. trata-se de tipo de estudo exploratória.
Ou será que as informações que desejamos somente serão obtidas por meio de conversa
com pessoas? Neste caso, utilizaremos o método de entrevista em profundidade, por telefone,
on-line, por questionários ou dinâmica de grupo. Trata-se de uma pesquisa descritiva. Se
23
conseguirmos mensurar estatisticamente os resultados, a pesquisa é descritiva quantitativa; caso
contrário, se tivermos a oportunidade de apenas fazer uma análise interpretativa dos resultados,
a pesquisa será descritiva qualitativa.
Se escolhermos o caminho da observação para concluirmos nossa pesquisa,
encontraremos os seguintes métodos: observação sistemática, estudo de caso, análise de fotos,
filmes, vídeos, fitas e experimentos. Por meio da observação, descrevemos uma situação e uma
pesquisa descritiva provavelmente será qualitativa, considerando-se que, a partir de uma
imagem, filmes ou observação ficará difícil quantificarmos estatisticamente as respostas.
Poderemos, também, em último caso, trabalhar com pesquisa explicativa, pois, através
de experimentos, poderemos fazer uma explicação interpretativa do que o correu durante o
tempo da observação sistemática estipulada.
Com o que fazer? Para colecta de dados e a realização de qualquer um dos métodos
citados acima, precisamos de instrumentos de aplicação da pesquisa, tais como: gravadores,
papeis, laboratórios, filmadores, sons, etc.
24
2.2.2.1. Tipos de estudo
A escolha do tipo de estudo depende da forma como o autor participa na investigação,
que pode ser passiva, ou seja, como um mero observador ou, uma participação activa, fazendo
alguma intervenção ou experimento.
A classificação geral utilizada para tipos de estudo compõe-se de:
Estudos observacionais
Estudos experimentais.
Estudos observacionais
Procuram descrever uma observação, directa ou indirecta, do fenómeno sem a
possibilidade do o investigador interferir no mesmo.
Sua principal característica é que o pesquisador apenas observa o que acontece e não faz
nenhuma intervenção. Podem ser subdivididos em estudos transversais, coorte e caso-controlo.
Os estudos transversais (cross-sectional) são aqueles no qual a determinação dos
parâmetros é feita de uma só vez, sem nenhum período de acompanhamento, ou seja, num
ponto determinado do tempo. O pesquisador delimita uma amostra da população e avalia todas
as variáveis dentro dessa amostra. Os estudos transversais são importantes para desenvolver
análises de prevalência de determinada doença ou evento.
Os estudos de coorte (cohort) envolvem o seguimento de grupos de indivíduos
considerando um determinado período de tempo. Os estudos de incidência de doenças estão
nessa categoria, além daqueles que analisam as associações entre factores de risco ou a
exposição e o próprio desfecho estudado. Os estudos de coorte podem ser prospectivos ou
retrospectivos.
Os estudos caso-controlo tentam identificar os factores de risco para as doenças. Partem
da doença (casos) ou ausência (controlos) de doenças e avaliam retrospectivamente na tentativa
de encontrar associação. Estão indicados principalmente quando a doença é rara estudos
prospectivos, como coorte, seriam caros e não efectivos.
OBS: Prevalência é o número de casos (novos e antigos) de um determinado evento, em um
determinado período de tempo. Incidência é o número de casos novos de um determinado
evento, em um determinado período de tempo.
Metanálise (quantitativo) é o método estatístico utilizado para tornar possível a
integração de vários estudos obtidos com a revisão sistemática em um determinado período de
tempo.
25
Estudos experimentais
Estudo Intervencional no qual se manipula uma ou mais variáveis.
Empregados para avaliar tratamento, intervenção. O pesquisador aplica um tratamento
(intervenção) e analisa os resultados obtidos. Os estudos do tipo ensaios clínicos randomizados
permitem a diminuição da influência dos factores de confusão, dando a cada sujeito a mesma
oportunidade de participar de um grupo ou outro de tratamento e dos ensaios cegos, eliminando
a possibilidade de os efeitos observados terem sido influenciados por outros factores além do
efeito do tratamento em questão.
Para o nosso caso em particular recomenda-se os “estudos observacionais descritivos”,
sobretudo para cumprimento dos objectivo dos alunos que é a obtenção do grau de Técnicos de
saúde.
Porém, a profundidade da nossa abordagem prende-se ao facto de que muitos
professores, coordenadores ou orientadores, poderão realizar outros tipos de estudos que
possam incluir a participação dos alunos. Vide esquema de tipos de estudo no ANEXO A
3.2.2.2.2. Local de estudo
Descrição do espaço (da área) onde foi realizada a pesquisa (o cenário do estudo numa
clínica, laboratório, população em meio livre, etc.)
Exemplo: O estudo será realizado no Hospital Pediátrico David Bernardino. Sita na Rua
Amilcar Cabral, Maianga/Luanda.
3.2.2.2.3. População em estudo: População (ou universo da pesquisa) é a totalidade de
indivíduos ou objectos que possuem características comuns definidas para um determinado
estudo.
Exemplos: Eleitores de Angola,
Estudantes da EFTSL,
Material perfuro-cortante.
3.2.2.2.4. Amostra: A amostra é parte da população ou do universo, selecionada de acordo
com uma regra ou plano. Qualquer subconjunto de um universo de população ou de objectos.
Exemplos:
Eleitores da Cidade do Huambo,
Estudantes do curso de radiologia,
Agulhas.
A amostra pode ser probabilística e não-probabilística
26
- Amostragem Probabilística
A amostragem probabilística, ou aleatória, ou ao acaso, é “aquela em que cada elemento
da população tem uma chance de ser selecionado para compor a amostra.” (MATTAR, 2001).
- Amostragem não probabilística
“Aquela em que a selecção dos elementos da população para compor a amostra depende ao
menos em parte do julgamento do pesquisador ou do entrevistador no campo. Não há nenhuma
chance conhecida de que um elemento qualquer da população venha a fazer parte da amostra”
(MATTAR, 2001).
3.2.2.2.5. Critérios de inclusão e de exclusão
Critério de inclusão – Define as principais características da população alvo e acessível. É
importante tomar decisões que: 1) possam ser usadas durante o estudo; 2) possam ser
generalizadas para outras populações; 3) caracterização geográfica e temporalmente a
população acessível, envolvendo decisões sobre objectivos práticos e científicos.
Critérios de exclusão – Indica o subgrupo de indivíduos que, embora preencha os critérios de
inclusão, também apresenta características ou manifestações que podem interferir na qualidade
dos dados, assim como na interpretação dos resultados.
3.2.2.2.6. Procedimentos éticos
Após a aprovação do Projecto de Pesquisa pela área encarregue para o efeito, neste caso
paras as instituições de formação média técnico-profissional o GIVA (Gabinete de Inserção à
Vida Activa), a direcção dos inquiridores dirige uma carta à autoridade da instituição ou
comunidade aonde será objecto dos inquiridores, solicitando a autorização para a recolha de
dados na referida instituição ou comunidade. Quando se tratar de pesquisa que envolva seres
humanos, é necessário contar com o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) do
sujeito da pesquisa e/ou representante legal. E, prover procedimentos que assegurem a
confiabilidade e a utilização de informações sem prejuízo das pessoas. O participante ou o seu
responsável estarão cientes de que poderá desistir a qualquer tempo, se assim o entender. Vide
modelos de TCLE nos Apêndices B e C.
É importante ressaltar que o texto do TCLE deve ser elaborado utilizando-se uma
linguagem acessível ao sujeito da pesquisa, e é inserido no Projecto de Pesquisa e no Trabalho
de Conclusão de Curso (TCC), como apêndice.
27
elaborados para garantir o registo das informações, o controlo e a análise dos dados":
Questionário, Entrevista. Vide Ficha de Inquérito no Apêndice A.
28
Variável Contínua.
Uma variável Xi é denominada continua, quando entre dois de seus valores inteiros
admitirem valores intermediários.
Exemplos.
a) Xi = Temperaturas da Cidade WYZ
Xi = 18o; 18,3o; 18.7o;.......
b) Yi = Capacidade em litros de uma máquina.
Yi = 6l; 6,4l; 6,8l; 6,9; 7l; 7,4l;...
Variáveis Qualitativas (ou categóricas): são as características que não possuem
valores quantitativos, mas, ao contrário, são definidas por várias categorias, ou seja, -
representam uma classificação dos indivíduos. Podem ser nominais ou ordinais.
Variáveis nominais: não existe ordenação dentre as categorias. Exemplos: sexo, cor
dos olhos, fumante/não fumante, doente/sadio.
Variáveis ordinais: existe uma ordenação entre as categorias. Exemplos: escolaridade
(1o, 2o, 3o graus), estágio da doença (inicial, intermediário, terminal), mês de
observação (Janeiro, Fevereiro, Março..., Dezembro).
Temos a considerar, variáveis sociodemográficas e variáveis de estudo.
As variáveis sociodemográficas têm a ver com a identificação da população em estudo.
Exemplo: sexo, idade, nível de escolaridade,....
29
Processamento de dados
Principais variáveis.
Faixa etária/anos f %
15 - 20 125 69
21 - 26 46 25
27 - 32 6 4
33 - 38 3 2
Total 180 100%
Fonte : Fichas de Inquérito
Interpretação: de acordo com os dados da tabela 1, podemos constatar que dos 180 alunos
inqueridos 125 (69%) referiram ter idade entre 15 e 20 anos e 3 (2%) referiram ter idades
compreendidas entre 33-38 anos.
30
O objectivo é de organizar sistematicamente os dados de forma que possibilitem o
fornecimento de respostas ao problema de pesquisa.
3.1.1.2.2. 3.1. ALGUNS ASPECTOS SOBRE A TABULAÇÃO DOS DADOS
Distribuição de frequência.
Em estatística, a distribuição de frequência é um arranjo de valores que uma ou mais
variáveis que tomam em uma amostra. Cada entrada na tabela contém a frequência ou a
contagem de ocorrências de valores dentro de um grupo ou intervalo específico, e deste modo,
a tabela resume a distribuição dos valores da amostra.
Dados Brutos.
São dados brutos (raw data) designam dados/valores recolhidos e estocados tal qual foram
adquiridos, sem terem sofrido o menor tratamento.
31
Dados do exemplo 1 tabulados:
Sexo f %
Masculino 35 41
Feminino 50 59
Total 85 100
Fonte: Fichas de inquérito
Interpretação: a tabela acima revela que dos 85 pacientes inquiridos que foram a procura dos
serviços de estomatologia 50(59%) eram do sexo feminino e 35(41%) eram do sexo masculino.
Exemplo2: Dados brutos de idades (em anos) de 85 pacientes atendidos no laboratório de
Estomatologia da Escola de Formação de Técnicos de Saúde de Luanda em Novembro de
2019.
23 29 18 37 24 18 64 18 28 22
26 21 33 23 61 24 26 19 37 18
18 21 19 31 18 23 34 22 18 58
32 18 25 22 32 18 24 18 24 18
22 39 26 27 20 24 19 32 18 24
55 20 24 18 32 18 28 23 25 18
18 18 18 41 18 25 30 25 34 26
18 30 35 18 18 23 32 18 36 20
26 18 24 51 25
32
Dados de exemplo 2 tabulados:
Tabela 2. Distribuição dos pacientes atendidos no laboratório de Estomatologia da Escola de
Formação de Técnicos de Saúde de Luanda na identificação dos tipos de dentes mais afectados
pela cárie dentária, quanto à idade. Novembro de 2019.
Faixa etária/anos f %
18-24 49 57,6
25-31 17 20
32-38 12 14,1
39-45 2 2,3
46-52 1 1,1
53-59 2 2,3
≥ 60 2 2,3
Total 85 100
Interpretação: a tabela acima revela que dos 85 pacientes inquiridos que foram a procura
dos serviços de Estomatologia 49 (57,6%) estavam na faixa etária dos 18-24 anos e 1 ±(1,1%)
estavam na faixa dos 46-52 anos.
33
Tabela 3. Distribuição dos pacientes atendidos no laboratório de Estomatologia da Escola de
Formação de Técnicos de Saúde de Luanda quanto aos grupos dentários mais afectados pela
cárie dentária. Novembro de 2019.
Interpretação: a tabela 3 revela que dos 85(100%) pacientes inquiridos que foram a
procura dos serviços de estomatologia 40 (47%) tinham como grupo dentário mais afectado os
molares, e 7 (8,2%) tinham como o grupo dentário menos afectado os caninos.
3.1.1.2.3. CONCLUSÃO
Elemento obrigatório.
Conforme França (1996, p.35), a conclusão constitui resposta à hipótese enunciada na
introdução e nos objectivos (geral e específicos) propostos para o desenvolvimento do trabalho.
É a resenha de apresentação, análise e interpretação dos resultados da pesquisa
científica.
Parte final do texto, onde o conteúdo corresponde com os objectivos ou hipóteses.
Na conclusão deve se fazer referência, se foram concretizados ou não todos os objectivos, ou,
se não foi possível concretizar, explicar o porquê.• Referir a importância para o conhecimento
ou aprofundamento do tema, para o teu crescimento pessoal ou para a sociedade.
Não se permite na inclusão de dados novos nesse capítulo que não tenham sido referenciados
nos objectivos.
34
3.1.1.3.ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS
3.2.3.1. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
35
3.2.3.2. GLOSSÁRIO
Elemento opcional. É a relação de palavras ou de expressões, em ordem alfabética, de
uso restrito, empregadas no texto e acompanhadas das respectivas definições.
Exemplos:
AEDES AEGYPT: mosquito transmissor da febre amarela e do dengue.
ANOFELINOS: família de mosquitos transmissores de malária.
DESNUTRIÇÃO: estado patológico causado pela falta de ingestão ou absorção de nutrientes.
3.2.3.3. APÊNDICE
Consiste em um texto ou documento elaborado pelo autor, colocado ao final do texto
para não alongá-lo, com o intuito de complementar sua argumentação, sem prejuízo do
trabalho.
São organizados pela ordem em que são citados e referenciados no texto, utilizando-se
para isto letras sequenciais do alfabeto.
Exemplo: APÊNDICE A – Ficha de Inquérito
APÊNDICE C – Orçamento
3.2.3.4. ANEXO
Elemento opcional, que consiste em um texto ou documento não elaborado pelo autor,
que serve de fundamentação, comprovação e ilustração. Os anexos são nomeados com letras
maiúsculas em sequência que respeite a ordem alfabética, seguidas de travessão e o título do
mesmo.
OBS: A estrutura de TCC adoptada para os cursos médios técnicos de saúde está no
APÊNDICE F
36
CAPÍTULO IV
37
4.1.1 CITACÃO
Uma citação expressa uma idéia ou opinião de um texto de um autor em concreto, sendo
que o autor deve sempre ser identificado. Quando não se conhece o autor, normalmente a
expressão "autor desconhecido" é inserida juntamente com a citação.
Primeiramente, para fazer uma citação de acordo com as normas ABNT, precisa-se saber
que existem 3 tipos diferentes de citação. São elas:
Citação directa
Citação indirecta
Citação de citação.
Citação directa
A citação directa é a transcrição de um trecho de alguma obra consultada por você, feito
na íntegra, fiel ao conteúdo original. Essa transcrição deve ser feita entre aspas duplas (“), e
pode acontecer das seguintes formas:
Exemplo:
38
Referenciando e, depois, citando: quando se começa uma citação pelo seu autor, a
ABNT determina que o sobrenome dele deva estar apenas com a letra inicial em maiúscula (o
restante em minúsculas).
Exemplo:
Segundo Anderson (2006, p. 19) “obviamente, essa é a função da economia: ela busca
desenvolver modelos simples e facilmente compreensíveis que descrevam os fenómenos do
mundo real.”
Recomenda-se que, para as citações directas, nos casos em que elas são muito extensas,
e apenas o começo e o fim interessam ao seu trabalho, a ABNT recomenda a supressão de parte
da citação. Para isso, inclua um sinal de colchetes com reticências […] que representará o
trecho não utilizado.
Exemplo:
Citação indirecta
A citação indireta deve ser feita quando, após pesquisa e leitura do conteúdo de um
autor, você nota ter uma argumentação muito semelhante a dele, mas prefere expressar isso do
seu jeito, com suas próprias palavras, mesmo seguindo a estrutura e linha de raciocínio
originais.
Segundo as normas ABNT, na citação indireta, assim como na citação direta, devem
constar o autor do trecho usado e o ano de publicação da obra original, com o número de
página sendo opcional.
Exemplos:
39
Soares (2009, p. 16) diz que numa sociedade que se divide em classes, a ideologia que
domina, de acordo com a ideologia marxista, é a ideologia da classe dominante.
Em uma sociedade que se divide em classes, a ideologia que domina, de acordo com a
ideologia marxista, é a ideologia da classe dominante (SOARES, 2009).
Citação de citação
Quem tem o hábito da pesquisa sabe bem que nem sempre é possível ter acesso a uma
obra original. É comum encontrarmos autores que citam outros autores, e exatamente esses
trechos citados podem ser extremamente relevantes ao nosso trabalho.
Quando isso acontecer, você também pode utilizar em sua pesquisa a citação de citação.
Mesmo não sendo o modelo ideal, já que o recomendado é sempre citar a obra original, as
normas ABNT preveem a citação de citação, que pode ser feita de forma direta ou indireta.
Veja os exemplos:
Exemplo de citação de citação (forma directa):
Segundo Shinzato (1998), citado por Menezes e Paschoarelli (2009, p. 15), “sua origem
é atribuída à China e tem três denominações: Senshi, Sanshi e Kokushi”.
ou
“A origem do Kirigami é atribuída à China, e tem três denominações: Senshi, Sanshi e
Kokushi”. .(SHINZATO,1998, apud MENEZES; PASCHOARELLI (2009, p.15)
Exemplo de citação de citação (forma indireta):
Segundo Shinzato (1998), citado por Menezes e Paschoarelli (2009, p. 15), a origem do
Kirigami é atribuída à China, e tem três denominações: Senshi, Sanshi e Kokushi.
ou
Para Shinzato (1998, apud MENEZES; PASCHOARELLI, 2009, p. 15), a origem do
Kirigami é atribuída à China, e tem três denominações: Senshi, Sanshi e Kokushi.
40
CAPITULO V
41
5.1.1. MEDIDAS DE FORMATAÇÃO DO TCC EM WORD
42
5.1.3 PAGINAÇÃO DE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
Segundo a norma ABNT, a página deve ser contada a partir da folha de rosto, mas a
numeração só poderá aparecer a partir da introdução.
É de relembrar que o TCC é dividido em três grandes blocos: os elementos pré-textuais,
textuais e pós-textuais. Se o seu trabalho possuir dez folhas de elementos pré-textuais e a sua
introdução iniciar na décima primeira folha, o primeiro número de página da introdução a
aparecer será o 10 (já que a capa não deve ser considerada para cálculo).
Os números de páginas devem aparecer no canto superior direito da página, com espaço
de 2 cm da borda direita e da borda superior. Recomenda-se que a fonte usada seja a mesma do
restante do trabalho (Arial ou Times New Roman), e o tamanho do número é o 10,
preferencialmente.
43
REFERÊNCIAS
1.BITTENCOURT, R.M. A função do projeto nos cursos de engenharia: um discurso ou
uma necessidade? In: XXXI Congresso Brasileiro de Engenharia, 2003, Rio de Janeiro-RJ.
Anais do XXXI COBENGE, 2003.
2. CORLIEN M.V. & al. Série de Módulos para Treino em Investigação em Sistemas de
Saúde..Vol. 2. Parte I.
5. GIL, António Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
13. SILVA, J.B. Estatística para Ciências Humanas. 3ª Edição. Luanda, Angola: Lito – Tipo,
2012.Luanda-Angola.
44
16. THÉOPHILE, Josenando. Elementos da Metodologia de Investigação em Ciências de
Saúde. Luanda-Angola. 2004.
17. UNESP. Modelos de Citação com base nas Normas da ABNT. Br. 2014
45
GLOSSÁRIO
SIGLA: Sequência formada pelas letras iniciais ou silabas iniciais de palavras que constituem
uma expressão. Por exemplo: VIH (para “Vírus de Imunodeficiência Humana”), OMS ( para
“Organização Mundial da Saúde”), MinSa (para “ Ministério da Saúde”) .
46