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Universidade do Estado da Bahia – UNEB

Departamento de Ciências Humanas – Campus IX – Barreiras-BA


Bacharelado em Ciências Contábeis

DISCENTE: VÍTHOR DOS ANJOS CABRAL

RESUMO DOS CAPÍTULOS 1, 2 E 4: COMO ELABORAR


PROJETOS DE PESQUISA

BARREIRAS
2022
DISCENTE:
Víthor dos Anjos Cabral

RESUMO DOS CAPÍTULOS 1, 2 E 4: COMO ELABORAR


PROJETOS DE PESQUISA

Orientador: Pedro Cerqueira

BARREIRAS
2022
RESUMO: Capítulos 1;2 e 4 do Livro de Gil: “Como elaborar
projetos de pesquisa”
Aluno: Víthor dos Anjos Cabral
Curso: Contábeis, 2022.2

Capítulo 1: Como encaminhar uma pesquisa

Uma pesquisa é um procedimento racional que visa alcançar conclusões


precisas ou parciais sobre determinado assunto, problema ou questão. A
incitação investigativa e a busca pelo conhecimento são elementos
invariavelmente presentes na conduta humana desde as épocas mais remotas.
Um clássico exemplo é o dito de Aristóteles (ARISTOTELES, 2002):
“Todo homem, por natureza, deseja
conhecer [...]”.

Sem embargo, toda a contribuição ao conhecimento realizado pelas


investidas intelectivas humanas tornou-se, a partir de uma tendência
racionalista, configurada a um modelo comum, o que mais tarde tomou o
caráter próprio da ciência moderna e seus inúmeros âmbitos. A pesquisa é
parte fundamental neste processo, urge pelo curso normal dos trabalhos
científicos, a pesquisa objetiva resolver problemas teóricos e práticos por meio
de mecanismos investigativos, e certamente não propõe esgotar nenhuma área
do conhecimento, portanto, há sempre espaço para novos trabalhos e
proposições, entende-se assim a pesquisa como ferramenta indispensável e
sempre presente.
O desenvolvimento da pesquisa inicia-se, como bem observa Antônio
Carlos Gil (GIL, 2002), mediante o concurso dos conhecimentos disponíveis,
isto é, a pesquisa deve partir do status quaestionis, a síntese dos
conhecimentos adquiridos na área em questão que já são comuns e aceitos
pela comunidade científica. Esta mesma prerrogativa foi também defendida por
Aristóteles (ARISTOTELES, 2002), evidentemente com mais recurso e polidez
literária:
“O ponto de partida para toda e
qualquer investigação é a consulta do
repertório das opiniões dos sábios”.

A investigação inicial da pesquisa já figura potencialmente como


apresentação futura dos resultados, compreendendo que todo o estudo
especializado percorre por inúmeras fases, todas visando um objetivo comum,
este é, a conclusão dos exames dos fatos e o desenvolvimento de uma
contribuição científica fidedigna e original.
É correto afirmar que para coordenar eficientemente um projeto de
pesquisa necessita-se apontar e detalhar os métodos e técnicas a serem
empregados, do contrário, não é possível realizar uma análise concisa dos
fatos e dados recolhidos e consequentemente de encontrar-se em
conformidade com as normas científicas. Alguns elementos indispensáveis na
formulação de uma pesquisa são, de acordo com Gil (GIL, 2002):

“a) formulação do problema;


b) construção de hipóteses ou especificação dos objetivos;
c) identificação do tipo de pesquisa;
d) operacionalização das variáveis;
e) seleção da amostra;
f) elaboração dos instrumentos e determinação da estratégia de coleta de
dados;
g) determinação do plano de análise dos dados;
h) previsão da forma de apresentação dos resultados;
i) cronograma da execução da pesquisa;
j) definição dos recursos humanos, materiais e financeiros a serem alocados.”.

Todas estas fases são indispensáveis na esquematização do plano de


pesquisa. É conveniente ressaltar que estas não são propriamente normas
fixas, as fases de um projeto podem variar de acordo com a sua natureza,
todavia, a esquematização proposta por Gil e acima delineada é uma
importante síntese do processo. Garantindo a plena aplicabilidade dos
elementos anteriormente expostos têm-se a base preliminar necessária para
iniciar os trabalhos de pesquisa científica e, posteriormente, a garantia dos
mais seguros resultados.

Capítulo 2: Como Formular um Problema de Pesquisa?

O que é mesmo um Problema?


Toda pesquisa deve partir de problema específico. É necessário
desenvolver uma pergunta-chave que aprofundará o tema escolhido através de
uma resposta cientificamente válida.
É fundamental frisar, como detalha Gil (GIL, 2002) que a pesquisa
científica não pode dar respostas a questões de “engenharia”, como por
exemplo: Como fazer para melhorar os transportes urbanos? O que pode ser
feito para melhorar a distribuição de renda? Como aumentar a produtividade no
trabalho? Pois, estas questões não possibilitam a investigação segundo os
métodos próprios da ciência, mas são de cunho puramente prático e técnico.

Por que formular um problema?

Uma problemática de pesquisa pode ser definida por questões de ordem


geral (prática) ou ordem intelectual (teórica), ou seja, os problemas de ordem
geral e prática auxiliam na resolução de questões práticas em diferentes
campos do saber, os problemas de ordem intelectual são aqueles que visam
aprofundar indagações teóricas, como por exemplo problemas que estudam
um objeto pouco conhecido.
São inúmeros e de certa forma inabarcáveis os interesses para escolha
de problemas de pesquisa e, são determinados por diversos fatores, como:
valores sociais do pesquisador e os incentivos sociais.

Como formular um problema?

Realizar a formulação de um problema científico não constitui uma tarefa


simples, portanto, o treinamento desempenha um papel essencial nesse
processo. A sua elaboração não se faz por meio da mera observação de
procedimentos rígidos e sistemáticos, todavia, alguns procedimentos como o
estudo da literatura existente e experiencia prática, facilitará bastante essa
tarefa.
A experiência reunida dos pesquisadores em uma fórmula sintética a ser
considerada possibilita o desenvolvimento de certas regras básicas para o
delineamento de problemas científicos, como por exemplo: o problema deve
ser formulado como questionamento (isso facilitará sua identificação por parte
de quem consulta o seu trabalho) o problema deve ser claro e preciso (Um
problema não pode ser solucionado se não for apresentado de maneira clara e
precisa); o problema deve ser empírico, propriamente relativo à experiência
real (Os problemas científicos não devem referir-se a valores, percepções
pessoais, pois conduzem inevitavelmente a julgamentos morais e,
consequentemente, a considerações subjetivas, invalidando os propósitos da
investigação científica, devem se referir-se a fatos empíricos); o problema deve
ser suscetível de solução.
Por fim, vale ressaltar que, em alguns casos, o problema proposto não se
adequa a essas regras, isso não quer dizer que o problema deve ser
abandonado, e sim passar por uma reformulação, reconsideração e novo
esclarecimento.

Capítulo 4: Como classificar as pesquisas

Adiante, Gil (GIL, 2002), expõe resumidamente as três principais


classificações das pesquisas:
“Com relação às pesquisas, é usual a
classificação com base em seus objetivos
gerais. Assim, é possível classificar as
pesquisas em três grandes grupos: exploratórias,
descritivas e explicativas.”

Sendo as primeiras (pesquisas exploratórias), pesquisas em que o


objetivo é proporcionar maior tacto para com o problema, como o próprio nome
da classe das pesquisas sugere (exploratórias), visam promover um maior
reconhecimento do terreno teórico sob qual se trabalha. Este modelo de
pesquisa normalmente envolve levantamentos biográficos, registros de
entrevistas, análise de exemplos práticos e afins.
As pesquisas descritivas, no que lhes concerne, tem por objetivo
primordial a descrição das características e peculiaridades de um grupo ou
fenômeno. Questionários e observações sistemáticas são as técnicas mais
utilizadas neste modelo de pesquisa. As pesquisas descritivas são amplamente
utilizadas na investigação da situação de grupos populacionais e, também, em
levantamentos estatísticos econômicos de preferências, rendimentos e Etc.
Por fim, ainda se compreende as pesquisas explicativas, estas têm por
escopo a identificação etiológica dos fatores e influências contribuintes para a
ocorrência de determinados fenômenos. Para Gil (GIL, 2002):
“Esse é o tipo de pesquisa que mais
aprofunda o conhecimento da realidade, porque
explica a razão, o porquê das coisas. Por isso
mesmo, é o tipo mais complexo e delicado, já
que o risco de cometer erros aumenta
consideravelmente.”
O conhecimento científico é predominantemente embasado nas
pesquisas descritivas, pois são estas as amplamente utilizadas no curso
comum do desenvolvimento técnico e tecnológico que o conhecimento
científico produz. As pesquisas descritivas estão em maior conformidade com
os métodos investigativos utilizados desde a emergência da ciência moderna e
certamente necessita de atenção especial.
Ademais, também é possível classificar as pesquisas conforme seus
procedimentos técnicos, classificações como pesquisas bibliográficas,
pesquisas documentais e pesquisas experimentais. Quanto a estas
subdivisões, compreende-se que cada um destes modelos é adequado para
seus temas e objetivos específicos. Um exemplo: A investigação de um novo
composto químico certamente deverá envolver uma pesquisa experimental, no
campo dos estudos químicos a experimentação laboratorial é indispensável
para o teste e verificação de resultados. Da mesma forma, um trabalho que se
propõe a analisar a vida intelectual de algum personagem histórico e
apresentar suas contribuições deverá embasar-se em documentos
bibliográficos que atestem os fatos discorridos.
Outras modalidades úteis para pesquisas são as chamadas ex-post
facto, tipo de pesquisa a qual o estudo é realizado após a ocorrência dos fatos
e fenômenos a serem abordados, uma investigação a posteriori muito utilizada
na pesquisa histórica, justamente por se tratarem de fatos passados e
consagrados no curso da civilização humana.
Pode-se explicitar, também, os ramos de pesquisa mais práticos e
vivenciais como as pesquisas de campo, por exemplo as realizadas por
agrônomos em terras cultiváveis, ou por biólogos em territórios de reserva. Em
contraste aos estudos mais generalizantes tem-se o estudo de casos, que são
pesquisas que elegem um objeto específico de estudo (um caso) e investem
seus esforços no profundo e exaustivo exercício investigativo dele (do objeto).
Os estudos de caso são comumente utilizados em pesquisas sociológicas,
análises criminológicas e, outrossim, produções da ciência biomédica.

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