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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO PRIVADO WALINGA DO MOXICO

APROVADO PELO CONSELHO DE MINISTRO AOS 17 DE MAIO DE 2017

DECRETO PRESIDENCIAL Nº 132/2017, 19 DE JUNHO.

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS

CURSO DIREIRO

DISCIPLINA: MIC
1º ANO - DIREITO

UNIDADE CURRICULAR: METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO


CIENTÍFICA

DOCENTE: PAULINO PEREIRA

LUENA/MOXICO ANO 2022-2023

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NOTA INTRODUTÓRIA

Durante muito tempo o homem iniciou uma jornada em busca do


conhecimento para procurar possíveis respostas para questões relativas a
problemas do seu dia-a-dia. Algumas destas respostas eram, muitas vezes,
explicadas de forma mística à medida que utilizavam a mitologia para explicá-
las. Quando o homem passou a questionar estas respostas e a buscar
explicações mais aceitáveis, por meio da razão, excluindo suas emoções e
suas crenças religiosas, passou-se a obter respostas mais realistas, se
aproximavam mais da realidade das pessoas e por isto, talvez, passaram a ser
mais bem aceitas pela sociedade. Pode-se dizer que essa nova forma de
pensar do homem foi que criou a possibilidade do surgimento da ideia de
ciência e que sua tentativa de explicar os fenómenos, por meio da razão, foi o
primeiro passo para se fazer ciência.

A Metodologia Científica, mais do que uma disciplina, significa introduzir


o discente no mundo dos procedimentos sistemáticos e racionais, base da
formação tanto do estudioso quanto do profissional, pois ambos actuam, além
da prática, no mundo das ideias. Podemos afirmar até: a prática nasce da
concepção sobre o que deve ser realizado e qualquer tomada de decisão
fundamenta-se naquilo que se afigura como o mais lógico, racional, eficiente e
eficaz.

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1. OBJECTIVOS

1.1. Objectivo Geral


Doptar os estudantes de conhecimentos e habilidades técnicas e teóricas que
lhes permitam dominar os Principais elementos de pesquisa Científica e serem
capazes de desenvolver uma Investigação Científica a todos os níveis.
1.2. Objectivos Específicos
✓ OE1. Abordar sobre a Epistemologia de Investigação

✓ Abordar sobre Ética na pesquisa (plágio)


✓ OE2. Abordar os fundamentos teóricos sobre Conhecimento Científico,
Investigação Científica e Método Científico;
✓ OE3. Abordar os principais Trabalhos Académicos existentes;

✓ OE4. Discutir as etapas de um projecto de pesquisa e os tipos de


Investigação Científica;
✓ OE5. Apresentar instrumentos e técnicas de recolha, tratamento e
apresentação de dados.

2. Objectivos de Aprendizagem (Competências a Desenvolver


ao Longo do Semestre)
O estudante que termine com êxito esta disciplina deverá:
✓ OA1. Estar apto a conhecer o processo de uma investigação científica
(pesquisa empírica);
✓ OA2. Ser capaz de identificar e diferenciar os tipos de trabalho académico
existentes;
✓ OA3. Estar apto a compreender o método científico e os diferentes tipos
(classificação) de pesquisa;
✓ OA4. Ser capaz de elaborar a estrutura de um projecto de pesquisa ou
trabalho académico e desenvolver os seus elementos constituintes;
✓ OA5. Aplicar na prática os conhecimentos teóricos

✓ OA6. Criar/elaborar procedimentos/instrumentos/técnicas de recolha de


dados

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✓ OA7. Analisar dados estatísticos e fazer leitura de tabelas e gráficos de
dados/informações.

1.1 Epistemologia sobre Investigação

1.2. Conceitos Fundamentais

A palavra método deriva da palavra grega méthodus, formadas por duas


palavras:
Mét: significa no meio Hodus: significa caminho ou via

Método: é o caminho, via ou a trajectória que o pesquisador percorre para


conhecer o objecto ou fenómeno a ser investigado para o alcance de um
determinado fim, em como para se chegar ao conhecimento.

Método científico: é um conjunto de regras básicas dos procedimentos ou


técnicas que produzem o conhecimento científico, quer um novo conhecimento,
quer uma correcção ou aumento na área de incidência de conhecimentos
anteriormente existentes.

Metodologia: é uma palavra derivada de método que consiste no estudo dos


mais variados métodos.

Conhecimento: é a capacidade humana de entender, aprender e compreender


as coisas por meio da experiência e do raciocínio. A partir do que for
apreendido, pode-se criar como fazer as ciências e as artes.

Ciência
Etimologicamente a palavra ciência vem do latim (scientia) e significa
conhecimento, sabedoria, adquiridos através de práticas sistematicas.

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Metodologia de investigação científica: é a ciência que contem, métodos,
técnicas, categorias, leis e procedimentos que garantem soluções de
problemas científicos com máxima eficiência, bem como dos instrumentos
necessários para a elaboração de trabalhos científico-académicos.
1.3 Importância da disciplina para os estudantes do curso de
ensino primário.
➢ Tem como importância auxiliar os estudantes a compreenderem o
processo de construção da ciência e da pesquisa de modo geral;
➢ A adoptar o estudante com um conjunto de conhecimentos teórico e
prático sobre MIC tendo em conta as três funções básicas do ensino
superior:

Ensino: como ensino, a disciplina está empenhada em incentivar a reflexão


sobre a construção do conhecimento e desenvolver habilidades necessárias
para a actividade científica;

Como pesquisa: tem a finalidade de produzir conhecimentos;

Como extensão: permite que os estudantes, compartilhem com a comunidade


externa o conhecimento produzido dentro da universidade através de eventos
diversos.

2. Orientação de trabalhos em grupos

2.1 Trabalho corrente académico (estrutura e funcionalidade)


Definição: é um conjunto de informações recolhidas por um grupo de
estudantes entre 5-8, sobre um determinado tema para sua aprendizagem e
sob a orientação do professor. Estrutura: para a elaboração de um
trabalhocorrente académico há necessidade dos seguintes elementos que
serão descritos:

a) Pré-textuais
1) Capa modelo em (apêndice: A)
2) Página do Rosto em (apêndice: B)
b) Textual
1) Introdução (inclui, o tema, objectivos, justificação e estrutura).

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2) Enquadramento teórico (divididos em sessões e numerados).
c) Pós- textuais
1) Referências bibliográficas (Normas da APA1 6ª edição)
2) Apêndices (caso existe)
3) Anexos (caso existe)

Funcionalidade

1) Introdução: Introduz o trabalho dos aspectos a serem ou tratados no


trabalho para motivar o leitor.
2) Desenvolvimento: aborda os itens do trabalho divididos em sessões ou
subtítulos e devem ser numerados.
3) Conclusões: os objectivos elaborados na introdução devem fazer
sincronia ou ligação na conclusão.
4) Referências bibliográficas: Deve ser de acordo, as normas da APA.

3. Estratégias Didácticas para apresentação dos trabalhos.

O termo estratégia tem sido usado multiplicidade de contexto.


“Provavelmente por ser utilizado nos domínios militares, diplomáticos e
políticos e nos variados jogos”. Em educação como sinónimo de abordagem,
métodos, modelo e técnica (viera & Vieira, 2005, p. 15).
Entende-se com Estratégia em educação, como um plano concebido
pelo professor, em relação a um dado conteúdo promover determinadas
competências num contexto real.Existem várias estratégias de ensino-
aprendizagem dentre as mais conhecidas podemos citar a seguinte:
Seminário: Semente (semear ideias). É uma técnica de estudo que inclui
pesquisa, discussão e debate. Para Santos (2016, citado por Marconi e
Lakatos, 2017: 29), Como uma técnica de pesquisa, bem como um
procedimento didáctico que consiste em levar o educando a pesquisar a
respeito de um tema, afim de apresentá-lo e discuti-lo cientificamente.
Componentes

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1. Coordenador: O professor, na distribuição dos temas, indicar a bibliografia inicial,
agenda do trabalho e orientação;
2. Organizador: Quando é grupal, divide as tarefas do grupo, coordena a pesquisa,
reuniões e ajuda no material;
3. Relatador/es: Expõe os resultados dos estudos: pode ser um ou todos
elementos;
4. Secretário: Designado pelo professor para anotar as conclusões parciais e finais
do seminário;
5. Comentador: pode ser um estudante ou grupo, escolhido pelo professor para
aprofundar os temas e críticas adequadas ao trabalho, deve estudar os temas
com antecedência;
6. Debatedores: Corresponde a todos os estudantes da classe.

3.1 Ética na pesquisa (plágio)


Antes de desenvolvermos o tema proposto, definiremos alguns conceitos
e termos. Quando se diz “ética”, logo vem à mente o termo “moral”. Os dois
termos são sinónimos? Obviamente, não.

Ética significa, em primeiro lugar, o ramo da filosofia que fundamenta


cientificamente e teoricamente a discussão sobre valores, opções (liberdade),
consciência, responsabilidade, o bem e o mal, o bom e o ruim etc.

O termo (moral) refere-se principalmente aos hábitos, aos costumes, ao


modo ou maneira de viver. Assim, qualifica-se um certo hábito ou costume de
virtuoso ou vicioso e um certo modo de agir ou viver de moral ou imoral.

3.2 Plágio académico


consiste na cópia parcial de trechos, frases ou parágrafos integral de
uma obra e artigo. É usar conteúdo produzido por outra pessoa e colocá-lo
como se fosse de sua autoria intelectual. É mais comum do que se imagina,
principalmente entre alunos de graduação. Em muitos casos o plágio é feito de
forma não intencional por falta de conhecimento dos universitários sobre o
assunto.

3.3 Tipos de plágio académico

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Há várias formas de cometer plágio académico. Os tipos mais comuns
são:

Plágio total: quando o trabalho académico ou obra é feita a partir da cópia


completa de livro, artigo trabalho académico de um autor. Ou seja, quando se
cópia uma obra completa, omite-se o verdadeiro autor e publica-se como se
fosse de sua autoria.

Plágio parcial: quando é feita uma cópia de partes ou parágrafos de uma ou


mais obras sem mencionar a fonte.
Plágio conceitual: é a apropriação de uma ideia ou conceito como se de sua
autoria fosse. É escrever com suas palavras as ideias de outros autores sem
citá-los no texto.

Como evitar o plágio académico?

Faça citação direta: ao copiar um trecho, parágrafos de uma obra faça a


citação direta informe o sobrenome do autor, ano da publicação e a pagina de
onde a informação retirada.

Faça citação indireta: ao escrever com suas palavras as ideias de autores


consultados não se esqueça de mencionar o sobrenome do autor e o ano de
publicação.

Informe a fonte: de imagens, gráficos, tabelas e outros elementos visuais que


não foram elaborados por você.

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Capa (apêndice: A)

INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO PRIVADO WALINGA DO MOXICO


((tamanho 14)
APROVADO PELO CONSELHO DE MINISTRO AOS 17 DE MAIO DE 2017

DECRETO PRESIDENCIAL Nº 132/2017, 19 DE JUNHO. (Tamanho 8)

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS(Tamanho 12)

CURSO:DIREITO(Tamanho 12)

Título do trabalho (tamanho 16

Autor(a)
João xxxxxxxx (Tamanho 12)

Luena, Novembro de 2022 (Tamanho 12


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Página de Rosto (apêndice B)

Autor(es)
Nomes do membro do subgrupo
Nº de estudante Nome completo Nº de participação %
111777 João da Cruz 4
111778 Maria dos Céus 3

Título do trabalho

Trabalho submetido ao Departamento de


Ciências sociais e Humaas do Instituto
Superior Politécnico Privado Walinga do
Moxico como parte dos requisitos de
avaliação na disciplina de MIC, no curso
de Direito do 1º Ano.
Orientador: (título Acadêmico; Lic.,
MSc e
Ph.D.) depois o nome (Tamanho 12)

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4. Ciência e tipos de conhecimentos

Desde os primórdios da humanidade o homem procurou sempre saber o


porquê dos acontecimentos dos fenómenos naturais e dessa forma, surgiu a
ciência (Lakatos e Marconi, 2003, pag 84 ). Para entender melhor esse
assunto, precisamos compreender o que é ciência e, também, distinguir ciência
e senso comum.

Ciência

Etimologicamente, ciência significa conhecimento. Mas, nem todos tipos


de conhecimento pertence à ciência, como é o caso do conhecimento do senso
comum entre outros.

Para Ferrari (1974, citado apud Marconi Lakatos pag 62), ciência é um
conjunto de atitudes e actividades racionais, dirigidas ao sistemático do
conhecimento com objectivo limitado, capaz de ser submetido à verificação e a
confiabilidade.

4.1 Características da Ciência

➢ Objectividade: consiste na descrição da realidade investigada;


➢ Racionalidade: A razão é utilizada durante todo o processo de pesquisa
desde o desenho do estudo, a colecta dos dados, até a sua análise;
➢ Sistematicidade: As ideias devem ser construidas e organizadas
racionalmente, pautadas na lógica isto é: os conhecimentos
apresentados sãoobservadosna totalidade;
➢ Generalidade: o conhecimento gerado deve ser analisado sob
apossibilidade de ser ou não aplicado a outros contextos, explicando o
fenómeno em diferentes situações;
➢ Verificabilidade: os conhecimentos produzidos são são mensuraveis
com fundamentos teoricos e práticos;
➢ Falibilidade: os conhecimentos produzidos estão sujeitos a erros.

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4.2 Tipos de conhecimentos e suas características

Segundo Oliveira (2003, p. 37-41), somado às contribuições de Galliano,


classificaram os conhecimentos em 4 tipos:

❖ Senso comum (popular)


❖ Filosófico
❖ Religioso ou teológico
❖ Científico

Definição e características básicas de quatro tipos de


conhecimento

Tipos de conhecimento Características


Senso comum (popular) ➢ Fundamenta-se em hipótises que
não podem ser submetidas à
Basea-se em informações obtidas observação;
na convivência familiar e social. ➢ Não é verificável, pois as
hipóteses não podem ser nem
confirmadas nem refutadas;
➢ Reflexivo, não pode ser reduzido a
uma formula
➢ Assistemático, baseia-se na
organização de quem promove o
estudo, não possui uma
sistematização das ideias que
explique os fenómenos.
➢ Inexacto, conforma-se com a
aparência e com o que ouvimos
dizer a respeito do objecto ou
fenómeno.
Filosófico ➢ Fundamenta-se em hipóteses que
não podem ser submetidas
Basea-se no uso da razão pura àobservação;
para questionar os problemas ➢ Não é verificável, pois as
humanos e para destinguir sobre o hipóteses não podem ser
certo e o errado. confirmadas e nem refutadas;
➢ É racional, já que os enuciados
têm correlação lógica;
➢ É sistemático, pois as hipóteses e
enuciados representam
umarealidade coerente,
➢ É infálivel e exato, pois os seus

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posturados e hipóteses não são
submetidos ateste de observação
ou experimentação
Religioso ou teológico ➢ Fundamenta-se em doutrinas que
contêm presssupostosagrados;
Basea-se em verdades que são ➢ É inspiracional, pois as doutrinas
infalíveis indiscutíveis por revelarem são revelaas pela divindade;
o sobrenatural. ➢ É infalivel, pois adopta
pressuposto indiscutiveis eexatos,
➢ É sistematico, pois o
conhecimento organizado do
mundo é obra do criador divino;
➢ Não é verificável, pois o que é
reveladoimplica uma atitudede fé.
Científico ➢ Fundamenta-se em fatos reais, e
suas hipóteses e proposições têm
Basea-se na ocorência de fatos, a veracidade ou falsidade
que se manifestão de algum modo, dosfatos;
tendo em conta a sistematização ➢ É sistemático, pois o saber é
dos fenómenos, obtido segundo ordenado logicamente,
determinado método, que aponta a construindo um sistema de ideias
verdade dos fatos experimentados e teorias, e não conhecimento
e sua aplicação prática. desconexos,
➢ É verifiável, pois as hipóteses são
examindasatravés da observação
eexperimentação para serem
comprovadas ou refutadas;
➢ É falível, pois o conhecimento não
é definitivo, absoluto ou final;
➢ É aproximadamente exato, já que
novas proposições podem
reformular uma teoria já existente.
Fonte: Adaptado de Marconi Lakatos, 2010
NB:
O conhecimento científico difere dos outros tipos de conhecimento –
empírico, filosófico e teológico –, pois procura conhecer além do fenómeno e
resultado de uma investigação metódica e sistemática da realidade, buscando
as causas dos fatos e as leis que os regem. Tem a característica de
verificabilidade, isto é, suas hipóteses podem ser comprovadas. É um
conhecimento falível, porque não é definitivo, absoluto e final, já que está em
constante renovação e construção.

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5. Métodos Científicos

5.1 Tipos de Métodos Científicos

Partindo da concepção de que método é um procedimento via ou


caminho para alcançar determinado fim e que a finalidade da ciência é a busca
do conhecimento, podemos dizer que o método científico é um conjunto de
procedimentos adoptados com o propósito de atingir o conhecimento.

De acordo com Trujillo Ferrari (1974), o método científico é um traço


característico da ciência, constituindo-se em instrumento básico que ordena,
inicialmente, o pensamento em sistemas e traça os procedimentos do cientista
ao longo do caminho até atingir o objectivo científico preestabelecido.

Método Científico:é o conjunto de etapas e instrumentos pelo qual o


pesquisador científico, direciona seu projeto de trabalho com critérios de
caráter científico para alcançar dados que suportam ou não sua teoria inicial
(CIRIBELLI, 2003).

Desta forma, o pesquisador, tem toda a liberdade de definir quais os


melhores instrumentos vai utilizar para cada tipo de pesquisa a fim de obter
resultados confiáveis e com possibilidades de serem generalizados para outros
casos.

Lakatos e Marconi (2007) afirmam que a utilização de métodos científicos


não é exclusiva da ciência, sendo possível usá-los para a resolução de
problemas do quotidiano. Destacam que, por outro lado, não há ciência sem o
emprego de métodos científicos.

Dada a diversidade de métodos, alguns autores costumam classificá-los


em:método dedutivo, indutivo, hipotético dedutivo, dialéctico e fenomenológico.

Método dedutivo

Acordo com o entendimento clássico, é o método que parte do geral e, a


seguir, desce ao particular. A partir de princípios, leis ou teorias consideradas
verdadeiras e indiscutíveis, prediz a ocorrência de casos particulares com base
na lógica. “Parte de princípios reconhecidos como verdadeiros e indiscutíveis e

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possibilita chegar a conclusões de maneira puramente formal, isto é, em virtude
unicamente de sua lógica.” (GIL, 2008, p. 9).

Exemplo:Todo homem é mortal ........................ (premissa maior)

Pedro é homem .................................................. (premissa menor)

Logo, Pedro é mortal ...........................................(conclusão)

Método indutivo

É um método responsável pela generalização, isto é, partimos de algo


particular para uma questão mais ampla, mais geral. Para Lakatos e Marconi
(2007, p. 86),

A Indução é um processo mental por intermédio do qual, partindo de


dados particulares, suficientemente constatados, infere-se uma verdade geral
ou universal, não contida nas partes examinadas. Portanto, o objectivo dos
argumentos indutivos é levar a conclusões cujo conteúdo é muito mais amplo
do que o das premissas nas quais se basearam.

Nesse método, partimos da observação de fatos ou fenómenos cujas


causas desejamos conhecer. A seguir, procuramos compará-los com a
finalidade de descobrir as relações existentes entre eles. Por fim, procedemos
à generalização, com base na relação verificada entre os fatos ou fenómenos.

Exemplo1:António é mortal. João é mortal.

Paulo é mortal. ... Carlos é mortal. Ora, António, João, Paulo ... e Carlos são
homens. Logo, (todos) os homens são mortais;

M. hipotético – dedutivo

O método hipotético-dedutivo foi definido por Karl Popper a partir de


críticas à indução, expressas em A lógica da investigação científica, obra
publicada pela primeira vez em 1935 (GIL, 2008).

A indução, conforme Popper, não se justifica, “pois o salto indutivo de


‘alguns’ para ‘todos’ exigiria que a observação de fatos isolados atingisse o
infinito, o que nunca poderia ocorrer, por maior que fosse a quantidade de fatos
observados.” (GIL, 2008, p. 12)

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O método hipotético-dedutivo inicia-se com um problema ou uma lacuna
no conhecimento científico, passando pela formulação de hipóteses e por um
processo de inferência dedutiva, o qual testa a predição da ocorrência de
fenômenos abrangidos pela referida hipótese.

Quando os conhecimentos disponíveis sobre determinado assunto são


insuficientes para a explicação de um fenômeno, surge o problema. Para tentar
explicar as dificuldades expressas no problema, são formuladas conjecturas ou
hipóteses. Das hipóteses formuladas, deduzem-se consequências que deverão
ser testadas ou falseadas. Falsear significa tornar falsas as consequências
deduzidas das hipóteses. Enquanto no método dedutivo se procura a todo
custo confirmar a hipótese, no método hipotético-dedutivo, ao contrário,
procuram-se evidências empíricas para derrubá-la. (GIL, 2008, p. 12).

M. dialéctico

O conceito de dialética é bastante antigo. Platão o utilizou no sentido de


arte do diálogo. Na Antiguidade e na Idade Média, o termo era utilizado para
significar simplesmente lógica.

Lakatos e Marconi (2007) apontam as leis da dialética. A Ação Recíproca


informa que o mundo não pode ser entendido como um conjunto de “coisas”,
mas como um conjunto de processos, em que as coisas estão em constante
mudança, sempre em vias de se transformar: “[...] o fim de um processo é
sempre o começo de outro.” (LAKATOS; MARCONI, 2007, p. 101). As coisas e
os acontecimentos existem como um todo, ligados entre si, dependentes uns
dos outros.

NB:
O método dialético parte da premissa de que, na natureza, tudo se relaciona,
transforma-se e há sempre uma contradição inerente a cada fenômeno. Nesse
tipo de método, para conhecer determinado fenômeno ou objeto, o pesquisador
precisa estudá-lo em todos os seus aspectos, suas relações e conexões, sem
tratar o conhecimento como algo rígido, já que tudo no mundo está sempre em
constante mudança. De acordo com Gil (2008, p. 14)

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M. Fenomenológico
O método fenomenológico não é dedutivo nem indutivo. Consiste em
mostrar o que é dado e em esclarecer esse dado. “Não explica mediante leis
nem deduz a partir de princípios, mas considera imediatamente o que está
presente à consciência: o objeto.” (GIL, 2008, p. 14). Consequentemente, tem
uma tendência orientada totalmente para o objeto. Ou seja, o método
fenomenológico limita-se aos aspectos essenciais e intrínsecos do fenômeno,
sem lançar mão de deduções ou empirismos, buscando compreendê-lo por
meio da intuição, visando apenas o dado, o fenômeno, não importando sua
natureza real ou fictícia.

NB:

O método dedutivo: relaciona-se ao racionalismo


O indutivo –ao empirismo
O hipotético – dedutivo:ao neopositivismo
O dialéctico –ao materialismo dialéctico
O fenomenológico – à fenomenologia

Consultar o manual de apoio


Livro:Metodologia do Trabalho Científico
Métodos de procedimentos – meios técnicos da investigação pag. 36 à 39
Autor: Cleber Cristiano Prodanov

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5.2. Pesquisa Científica

5.3 Agentes da pesquisaCientíficano ambito académico

O que é pesquisa?

A pesquisa é a actividade básica da ciência, e por meio dela que


descobrimos a realidade. Assim, ciência e pesquisa andam de mãos dadas.
Uma não pode existir sem a outra. Só se faz ciência e se produz conhecimento
fazendo pesquisa.

Nos cursos, em todos os níveis, tem se exigido da parte do estudante,


alguma actividade de pesquisa. Esta, efectivamente, tem sido quase sempre
mal compreendida quanto à sua natureza e à finalidade por parte de alguns
alunos e professores. Muito do que chamamos de pesquisa não passa de
simples compilação ou cópia de algumas informações desordenadas ou
opiniões várias sobre determinado assunto e, o que é pior, não referenciadas
devidamente.

Para Demo (2000, p. 20), “Pesquisa é entendida tanto como


procedimento de fabricação do conhecimento, quanto como procedimento de
aprendizagem (princípio científico e educativo), sendo parte integrante de todo
processo reconstrutivo de conhecimento.”

A finalidade da pesquisa é “resolver problemas e solucionar dúvidas,


mediante a utilização de procedimentos científicos” (BARROS; LEHFELD,
2000, p. 14) e a partir de interrogações formuladas em relação a pontos ou
fatos que permanecem obscuros e necessitam de explicações plausíveis e
respostas que venham a elucidá-las.

A pesquisa científica

É a realização de um estudo planejado, sendo o método de abordagem


do problema o que caracteriza o aspecto científico da investigação. Sua
finalidade é descobrir respostas para questões mediante a aplicação do
método científico. A pesquisa sempre parte de um problema, de uma
interrogação, uma situação para a qual o repertório de conhecimento disponível
não gera resposta adequada.

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Para solucionar esse problema, são levantadas hipóteses que podem
ser confirmadas ou refutadas pela pesquisa. Portanto, toda pesquisa se baseia
em uma teoria que serve como ponto de partida para a investigação. No
entanto, lembre-se de que essa é uma avenida de mão dupla: a pesquisa pode,
algumas vezes, gerar insumos para o surgimento de novas teorias, que, para
serem válidas, devem se apoiar em fatos observados e provados. Além disso,
até mesmo a investigação surgida da necessidade de resolver problemas
práticos pode levar à descoberta de princípios básicos.

A pesquisa científica

É uma actividade humana, cujo objectivo é conhecer e explicar os


fenómenos, fornecendo respostas às questões significativas para a
compreensão da natureza. Para essa tarefa, o pesquisador utiliza o
conhecimento anterior acumulado e manipula cuidadosamente os diferentes
métodos e técnicas para obter resultado pertinente às suas indagações.
Segundo Lakatos e Marconi (2007, p. 157),

Para Demo (2000, p. 20), “Pesquisa é entendida tanto como


procedimento de fabricação do conhecimento, quanto como procedimento de
aprendizagem (princípio científico e educativo), sendo parte integrante de todo
processo reconstrutivo de conhecimento.”

Para Gil (2008, p. 26), a pesquisa tem um caráter pragmático, é um


“processo formal e sistemático de desenvolvimento do método científico. O
objetivo fundamental da pesquisa é descobrir respostas para problemas
mediante o emprego de procedimentos científicos.”

Para os iniciantes em pesquisa, o mais importante deve ser a ênfase, a


preocupação na aplicação do método científico do que propriamente a ênfase
nos resultados obtidos. O objetivo dos principiantes deve ser a aprendizagem
quanto à forma de percorrer as fases do método científico e à
operacionalização de técnicas de investigação. À medida que o pesquisador
amplia o seu amadurecimento na utilização de procedimentos científicos, torna-
se mais hábil e capaz de realizar pesquisas (BARROS; LEHFELD, 2000)

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A pesquisa científica faz parte de toda a vida académica, seja na
graduação, pós-graduação ou extensão. Para a sua realização é ecessário que
ajá:

➢ Tempo disponível para sua realização;


➢ Espaço onde será realizado;
➢ Recursos materiais necessários;
➢ Recursos humanos disponíveis

Para o desenvolvimento de qualquer pesquisa, há a necessidade de se


elaborar um projecto. No ambito académicoele é realizado por:

a) Alunos de graduação – no desenvolvimento de projecto de monografia,


relatório ou participação em Programas de Iniciação Científica;

b) Alunos de pós-graduação – no desenvolvimento de projecto de trabalhos


de especialização ou projecto para ingresso nos cursos de mestrado ou
doutorado;

c) Professores – no desenvolvimento de projectos de pesquisa para serem


apresentados a agências de fomento, a fim deobter recursos financeiros.

6. Trabalhos Académicos
6.1 Estrutura dos trabalhos Académicos
Ao longo de nossa vida como estudante, principalmente a partir da
graduação, realizamos diversos tipos de trabalhos académicos. Os mesmos
diferenciam-se em tamanho, nível de complexidade e objectivos com que são
realizados. Em comum, todos têm seu valor para a transmissão de dados de
carácter científico.

6.2 Trabalhos Científicos-acadêmicos

Trabalhos científicos ou acadêmicos consistem em escritos que resultam


do desenvolvimento de pesquisas realizadas tanto em Curso de Graduação
quanto de Pós-graduação.

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6.3 Classificação dos Trabalhos Científicos-Acadêmicos

Os diferentes tipos de trabalhos académicos – científicos estão


classificados em:

➢ Trabalhos de Graduação(monografia, relatório, aula prática ou


simulada);
➢ Trabalhos de Pós- Graduação(dissertação e tese)
➢ Públicação Científica(artigo, comunicação, ensaio, relatório de
pesquisa);

1.Trabalhos de Graduação (monografia, relatório, aula prática ou


simulada);

Monografia

Éum dos tipos mais populares de trabalho académico.Trabalho


académico mais comum nas entregas para conclusão de cursos degraduação
e especialização, e consequente obtenção dos títulos de bacharel e
especialista, a monografia normalmente tem característica recapitulativa de
uma base bibliográfica consolidada, não exigindo originalidade de pesquisa ou
apresentação de resultados vindos de experimentos.

Relatório

É um documento técnico que revela o andamento de uma pesquisa ou


estágio. Os relatórios são exigidos por instituições de ensino ou agências de
fomento à pesquisa. Dentre suas funções, um relatório serve para conseguir e
manter financiamentos de projectos e bolsas de estudo, e como documento
para exames de qualificação.

2.Trabalhos de Pós- Graduação (dissertação e tese)

Dissertação

Dissertação significa falar, discutir, debater, reflectir, informar alguém a

respeito de um determinado assunto. Ou seja, aDissertação pressupõe a

capacidade do autor em expor, reflectir, analisar e interpretar fatos, iformações

e opniões a respeito de um determinado tema.Trabalho académico que


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representa o resultado de um trabalho experimental ou exposição de um

estudo científico retrospectivo, de tema único e bem delimitado em sua

extensão, com o objectivo de reunir, analisar e interpretar informações através

(observação sistemática, entrevistas, colecta de dados)É feito sob a orientação

de um orientador [doutor], visando à obtenção do título de mestre.

Tese
Do grego thesis, significa proposição intelectual. Por proposição,
entende-se aquilo que se pensa e se busca alcançar.
A tese é um tipo de trabalho académico que apresenta o resultado de
um trabalho de tema único e bem limitado. Deve ser elaborado com base em
investigação original, constituindo-se em real contribuição para a especialidade
em questão. É feito sob a coordenação de um orientador [doutor] e visa à
obtenção do título de doutor.
A tese é basicamente seu ponto de vista sobre o assuto proposto. Pode
apresetá-la no seu texto por meio de afirmações positivas ou rgativas.

3. Públicação Científica (artigo, comunicação, ensaio, relatório de pesquisa);

Artigo Cientifico: é um documento científico que expressa os dados de uma

pesquisa em andamento ou já concluída. Um artigo pode ter origem a partir de

um estudo bibliográfico, de uma pesquisa experimental ou mesmo “derivar” de

trabalhos maiores e mais complexos, sendo um resumo dos resultados de uma

dissertação de mestrado ou tese de doutoramento. É dividido por duas partes:

Artigo de revisão: parte de uma publicação que resume, analisa e discute

informações já publicadas oudados secundários.

Artigo original:parte de uma publicação que apresenta temas ou abordagens

originais, informações que ainda não foram publicadas.

22
6.4 Estrutura dos Trabalhos de Graduação
Estruturalmente os Trabalhos de Graduação são constituidos por três elemetos
principais:
➢ Elementos Pré-textuais
Capa – obrigatória,Contracapa/Folha de rosto – obrigatória, Errata – opcional
Folha de aprovação – obrigatória,Dedicatória – opcional,Agradecimento –
opcional,Epígrafe – opcional,Resumo em língua vernácula –
obrigatório,Resumo em língua estrangeira – obrigatório,Lista de ilustrações
– opcional, Lista de tabelas – opcional,Lista de abreviaturas e siglas –
opcional,Lista de símbolos – opcional e Sumário – obrigatório.

Capa (elemento obrigatório)

É a cobertura que reveste o trabalho e deve conter todos os elementos


necessários à sua identificação como:
❖ Nome da Instituição em cima da folha, centralizado, em caixa alta, letras
maiúsculas e negrito tamanho 14;
❖ O título do trabalho com letras maiúsculas centralizado em caixa alta em
negrito e deverá ocupar o meio da folha ;
❖ Nome do autor escrito com letras comuns sem negrito;
❖ Abaixo centralizado deverá vir o nome do local, província ou país e o
ano. Obs: A impressão deverá ser a cores e na folha de A4.

23
Exemplo de capa

3 cm

INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO PRIVADO WALINGA DO MOXICO

APROVADO PELO CONSELHO DE MINISTRO AOS 17 DE MAIO DE 2017

DECRETO PRESIDENCIAL Nº 132/2017, 19 DE JUNHO. (Tamanho 8)

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS

CURSO DIREITO

Tamanho 14 centralizado e negrito

RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO /TRIBUNAL SIMULADO

AUTOR XXXX

Tamanho 16 centralizado e negrito

3 cm 2 cm

TÍTULO DO TRABALHO: XXXX

Tamanho 16 centralizado e negrito

Tamanho 12 centralizado e negrito

LOCAL/PAÍS
ANO
2 cm

Fonte: APA 2016 1ª edição

24
Contracapa/folha de rosto – obrigatória

Contem os elementos essenciais à identificação do trabalho:


❖ Nome do autor centralizado com letras maiúsculas e negrito;
❖ Título centralizado, negrito e localizado no meio da folha;
❖ A natureza do trabalho, na lateral direita da folha (Relatório apresentado ao
Departamento de Ciências Sociais e Humanas do Instituto Superior Politécnico
Privado Walinga do Moxico, com vista à obtenção do Grau de Licenciatura em
xxxx). Orientador a/ Prof. Dr. Msc. Phd. xxxx.

Exemplo defolha de rosto

3 cm

NOME DO AUTOR
xxxxxx
Tamanho 14 centralizado e negrito

Espaço simples 13

3 cm TÍTULO DO TRABALHO 2 cm
Tamanho 14 centralizado e negrito

Espaço simples 7

Relatório apresentado ao Departamento de Ciências Sociais e


Humanasdo Instituto Superior Politécnico Privado Walinga do Moxico,
com vista à obtenção do Grau de Licenciatura em xxxxxxxx.

8cm Orientador/a: Prof. DR. Msc. PHD. xxxxxxxx

(fonte - 10 normal – espaço simples, justificado

LOCAL/PAÍSANO

2cm
Fonte: APA 2016 1ª edição

25
Folha de Aprovação

NOME DO AUTOR(A)

(Fonte 12 – negrito - centralizado) (3 três espaços 1,5)

TÍTULO DO TRABALHO

(Fonte 12 – negrito - centralizado) (3 três espaços 1,5)

Relatório apresentado ao Departamento de Ciências Sociais e


Humanas Instituto Superior Politécnico Privado Walinga do
Moxico, com vista à obtenção do Grau de Licenciatura em
xxxxxxxxxx.
Orientador/a: Prof. Dr. Msc. Phd. Xxxx

(fonte - 10 normal – espaço simples, justificado)

Assinatura dos Membros da Banca Examinadora

Presidente:

1.____________________
Arguente:
2.____________________
Orientador:
3.____________________
Secretário:
4.____________________

LOCAL/PAÍSANO

2 cm

Fonte: APA 2016 1ª edição

26
Resumo – obrigatório

O resumo é a apresentação concisa dos pontos relevantes de um


documento, elaborado pelo próprio autor. Deve ser apresentado em um único
parágrafo.

Para os trabalhos académicos, a recomendaque seja redigida pelo


resumo informativo, que deve apresentar: a repescagem do tema, a
enunciação do problema, objectivos, procedimentos metodológicos, resultados
e conclusões, não deve ultrapassar 500 palavras e o mínimo 250 palavras. Por
baixo do resumo deverá aparecer as palavras-chave, que representam o
conteúdo do trabalho, não devem ultrapassar seis palavras mínimo 4 palavras.

Sumário – obrigatório

O sumário é o último elemento pré-textual do trabalho.

Trata-se da enumeração dos capítulos, secções e outras partes do


trabalho, devendo ser elaborado, indicando os itens na ordem em que se
sucedem no texto, com indicação da página inicial.

Exemplo de sumário

1.INTRODUÇÃO…………………………………………..………………………….07
1.1 Enunciado do Problema………………………………………………………08
1.2 Hipótese da pesquisa…………………………………………………………08
1.3 Objectivo geral…………………………………………………………………08
1.4 Específicos…………………..………………………………………………..09
1.5 Justificativa……………………………………………………………..……..09
1.6 Metodologia……………………………………………………………………09
1.7 Estruturação do trabalho……………………………………………………09
2.REFERENCIAL/ABORDAGEM/FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICO……..……..10
2.1Definição de Termos e Conceitos…………………………………………….10
3. CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL DA INVESTIGAÇÃO ………………..…….20
4.ANÁLISE PRÁTICO………………………………………………..…………........25
CONCLUSÃO…………………………………………………………………………..30
DIFICULDADES ENCONTRADAS…………………………………………………..31
RECOMENDAÇÕES/SUGESTÕES……… ……………………………………......32
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS………………………………………………….33
ANEXOS………………………………………………………………………………...34

27
6.5Elementos Textuais

❖ Introdução;
❖ Desenvolvimento;
❖ Conclusão.

Introdução
É aparte integrante do trabalho,onde o autor expõe o tema do projecto, a
justificativa, o problema a ser abordado, a hipótese, os objectivos gerais e
específicos a serem atingidos. A introdução deve responder algumas
perguntas: o que é? Porque? Como? Onde? e quando?

Ou seja: Parte inicial do texto, onde devem constar: a delimitação do assunto


tratado; problema (pergunta) de pesquisa; objectivos; método (tipo de
pesquisa, instrumento de colecta de dados, universo e amostra investigada e
forma de abordagem dos dados) e justificativa.

Delimitação do tema
A escolha do tema é o primeiro passo em um trabalho científico e um
dos mais difíceis. Isso porque existem muitos temas para a pesquisa e a
escolha pode ser decisiva para a carreira profissional. Assim, “o tema de uma
pesquisa é qualquer assunto que necessite melhores definições, melhor
precisão e clareza do que já existe sobre o mesmo. Maria Alves (2012, p. 36).

Assim, aescolha do tema deve apresentar as seguintes características:

❖ Escolha um tema que gostes pois a pesquisa é longa;


❖ O tema deve ser actual, pertinente e de impacto social;
❖ O tema não deve ser longo e ambíguo;
❖ O tema deve ser objectivo e circunscrito;
❖ O tema deve ser aceite como tema científico pelos outros investigadores
da área.

Problema de pesquisa
Após a escolha e a delimitação do tema, o próximo passo é a
transformação do tema em problema. “Problema é uma questão que envolve

28
intrinsecamente uma dificuldade teórica ou prática, para a qual se deve
encontrar uma solução”. A primeira etapa de uma pesquisa é a formulação do
problema, que deve ser na forma de pergunta (CERVO & BERVIAN, 2002, p.
84). “Formular o problema consiste em dizer, de maneira explícita, clara,
compreensível e operacional, qual a dificuldade com a qual nos defrontamos e
que pretendemos resolver, limitando o seu campo e apresentando suas
características. Desta forma, o objectivo da formulação do problema é torná-lo
individualizado, específico, inconfundível.

Segundo Lakatos & Marconi (1992), para ser considerado apropriado, o


problema deve ser analisado sobre os seguintes aspectos de valoração:

❖ Viabilidade,
❖ Relevância,
❖ Novidade,
❖ Exequibilidade
❖ Oportunidade.

Hipóteses

Hipótese é uma suposta resposta ao problema a ser investigado. A


origem das hipóteses poderia estar na observação assistemática dos fatos, nos
resultados de outras pesquisas, nas teorias existentes, ou na simples intuição.

O papel fundamental das hipóteses na pesquisa é sugerir explicações para os


fatos. Podem ser verdadeiras ou falsas, mas, sempre que bem elaboradas,
conduzem à verificação empírica - que é o propósito da pesquisa científica.

Segundo Marconi e Lakatos (2004, p. 141), há várias maneiras de formular


hipóteses, mas a mais comum é: Se “x, então y”. Onde x é a causa e y, o
efeito.

Definição dos objectivos


Por meio dos objectivos, indicam-se a pretensão com o desenvolvimento
da pesquisa e quais os resultados que se buscam alcançar. “A especificação
do objectivo de uma pesquisa responde às questões para que? E para quem?”
(LAKATOS & MARCONI, 1992, p. 102).

29
Segundo Cervo & Bervian (2002), os objectivos definem a natureza do
trabalho, o tipo de problema, o material a colectar, etc.

Objectivo geral

Refere-se a uma visão global e abrangente do tema de pesquisa. Ele


está relacionado com o conteúdo intrínseco dos fenómenos, dos eventos ou
das ideias estudadas (LAKATOS & MARCONI, 1992). Cervo & Bervian (2002,
p. 83) complementam afirmam que, no objectivo geral, procura-se determinar
com clareza e objectividade, o propósito do estudante com a realização da
pesquisa.

Observe a lista de verbos que podem ser utilizados para a construção


dos objetivos do seu estudo, segundo diferentes níveis de análises
metodológicas, que serão detalhadas adiante.

ESTUDOS VERBOS

Exploratórios_________________ Conhecer, descobrir, identificar, levantar...

Descritivos_____________caracterizar, descrever, traçar, relacionar, verificar...

Explicativos_______________________________analisar, avaliar, explicar….

Outros estudar_______________________________diagnosticar, observar..

Objectivos específicos
De acordo com Lakatos & Marconi (1992), os objectivos específicos
apresentam um carácter mais concreto. A sua função é intermediária e
instrumentalizar porque auxilia no alcance do objectivo geral e, ainda, permite
aplicá-lo em situações particulares. Para Cervo & Bervian (2002, p. 83).

Definir objectivos específicos significa aprofundar as intenções


expressas nos objectivos gerais, as quais podem ser: mostrar novas relações
para o mesmo problema e identificar novos aspectos ou utilizar os
conhecimentos adquiridos para intervir em determinada realidade. “Na
definição dos objectivos deve-se utilizar uma linguagem clara e directa como:
meu objectivo com esta pesquisa é....

30
Justificativa

Para Lakatos & Marconi (1992 p. 103), é a parte do trabalho que apresenta
respostas à questão do porquê da realização da pesquisa. É de suma
importância para conseguir financiamento para a pesquisa e para demonstrar a
relevância da mesma. Deve enfatizar:

❖ As contribuições teóricas que a pesquisa pode trazer;


❖ Importância do tema do ponto de vista geral;
❖ Importância do tema para os casos particulares em questão;
❖ Descoberta de soluções para casos gerais ou particulares etc.

Referencial teórico – Desenvolvimento do Trabalho


Também chamado por alguns metodólogos de “corpo de trabalho.É o
elemento textual que sucede a introdução e antecede a conclusão, pois é ai
que é descrita a investigação.

Para a realização desta parte do trabalho faz-se uma adequada revisão


bibliográfica referente ao objecto de estudo. Descreve-se a metodologia
utilizada e os trabalhos de campo realizados, assim como inquérito (por
questionários ou entrevistas) bem como outras formas de pesquisa utilizadas.

No desenvolvimento deve haver coerência e sistematização na


discussão, assim como as relações entre os argumentos apresentados, deve
conter citações textuais ou livres, com indicação dos autores conforme norma
(ABNT, NBR e AAP.Dependendo da abordagem – teórica ou teórico-empírica –
o desenvolvimento do trabalho constitui-se em capítulos Parte principal do
texto, que contém a exposição ordenada e pormenorizada do assunto e em
secções e subsecções, que variam em função da abordagem do tema e do
método. Maria Piedade Alves (2012 – pag 60:63).

NB:
A revisão da literatura apresenta as citações dos autores consultados,
bem como, deverá respoder algumas questões:
a) Quem já escreveu e o que já foi publicado sobre o assunto?
b) Que aspectos já foram abordados?
c) Quais as lacunas existentes na literatura?

31
Conclusão
A conclusão inicia com o resgate do tema e do problema de pesquisa
que norteou a construção do trabalho, seguidos da síntese que foi discutida e
da conclusão a que se chegou, isto é, a resposta ao problema e aos objectivos
específicos ou das hipóteses.É a recapitulação sintética dos resultados e da
discussão do estudo ou pesquisa. É onde o autor faz uma autocrítica de seu
trabalho, apresenta de uma forma clara e ordenadamente as deduções tiradas
dos resultados do trabalho ao longo da discussão do assunto e apresenta
sugestões de aspectos do tema a serem pesquisados.

É uma síntese de toda a reflexão do pesquisador, com a apresentação das


conclusões confrontadas aos objectivos ou hipóteses, traçados no início do
trabalho. Na conclusão não deve aparecer dados quantitativos nem citações.

6.6 Pós-Textuais

❖ Referências (obrigatório)
❖ Glossários (opcional)
❖ Apêndices (opcional)
❖ Anexos (opcional)

Referências

Referências é o conjunto de elementos que identificam as obras


consultadas ou citadas no texto. É um elemento obrigatório conforme as norma
NBR, ANBT e AAP.

As referências devem ser apresentadas em uma única ordem alfabética,


independentemente do suporte físico (livros, periódicos, publicações
electrónicas ou materiais audiovisuais) alinhadas somente à esquerda, em
espaço simples, e espaço duplo entre elas.

Nas Referências devem constar obrigatoriamente todas as obras citadas no


trabalho. Documentos utilizados como suporte para a elaboração do trabalho,
como dicionários gerais, normas para apresentação, entre outros não devem
ser referenciados.

32
Ao se colocar a referência de uma obra bibliográfica temos de seguir os
seguinte passos:

❖ Sobrenome do autor nome do autor;


❖ Título da obra;
❖ Número de edição;
❖ Cidade de edição: Editora, ano de edição

Exemplo:LAKATOS, Eva Maria e MARCONI, Maria de Andrade. Fundamentos


de metodologia cientifica. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 200.

NB:

Trabalhos que não possuem referências bibliográficas não são


considerados de cunho científico. Por não possuírem embasamento teórico,
são tratadas como obras de ficção.

Glossários – opcional

Lista em ordem alfabética que fornece o significado de palavras ou


expressões, com o objectivo de esclarecer os termos da especialidade técnica,
utilizadas no texto.

Apêndice – opcional
Textos ou documentos elaborados pelo autor, que servem como
comprovação de sua argumentação. Ex: Questionário aplicado, roteiro de
entrevista (aberto /fechado e misto).

Exemplo:

APÊNDICE A – Questionário aplicado aos alunos;

APÊNDICE B – Questionário aplicado aos professores.

Anexo – opcional

Textos ou documentos não elaborados pelo autor, que servem como


comprovação de sua argumentação. Exemplos: Imagens/ilustrações, figuras,
fichas,leis etc etc.

33
Obs:
Pesquisar a estrutura dos traalhos de:
➢ Pós- Graduação (dissertação e tese)
➢ Públicação Científica (artigo, comunicação, ensaio, relatório de
pesquisa).

7. Processo/Etapas do Projecto de Investigação Científicos


7.1 Etapas da pesquisa científica

a) Escolha do tema (objecto de pesquisa)


b) Formulação do problema – questões norteadoras ou problemática
c) Levantamento de hipóteses ou pressupostos
d) Especificação ou definição dos objectivos (gerais e específicos)
e) Justificativa da pesquisa ou da escolha dotema
f) Orçamento e Cronograma
g) Fundamentação teórica/enquadramento ou revisão da literatura
h) Enquadramento metodológico(definição da metodologia a ser
empregada
i) Coleta de dados
j) Tabulação de dados
k) Análise e interpretação dos resultados
l) Conclusões Sugestões/Recomendações
m) Referências bibliográficas
n) Anexos e Apêndices
o) Publicação dos resultados finais

Etapas da pesquisa científica devem responder algumas questões:

O que pesquisa? Definição do problema e levantar hipóteses.


Por que pesquisar? Justificar a escolha do problema.
Para que pesquisar? Descrever os objectivos da pesquisa.
Como pesquisar? Definir uma metodologia mais apropriada à questão do
problema suscitado.
Quando pesquisar? Definir uma cronologia das acções a serem
desenvolvidas.
Quais os recursos que se dispõe para a realização da pesquisa? Fazer um
orçamento de custos do projecto, incluindo RH e materiais etc.
Onde investigar? Definir locais, lugares arquivos, – referencias e fontes.

34
8. Regras Gerais de Formataçãode Trabalhos Científicos
Com o objectivo de padronizar os trabalhos científicos e académicos
recorre-se nas seguintes normas:

APA – Associação Americana dos Psicólogos

ABNT –Associação Brasileira de Normas Técnicas

NRB – Normas de regulamentos Brasileira

Manual para padronização de trabalhos de graduação e pós –


graduação, Rio Verde.2021.

8.1 Papel

Papel branco, formato A4 (21 cm x 29,7 cm).

8.1.1 Fontes

Times New Roman, tamanho 12 para o texto, título, resumo, abstract,


citações e referências. Com excepção para “Notas” com fonte tamanho 10.
Negrito só é utilizado para dar ênfase a uma frase e/ou palavra. Itálico é
utilizado para palavras em língua estrangeira.

8.2.2 Margens

Para as margens utiliza: Superior e esquerda, 3 cm. Inferior e directa, 2 cm.

8.2.3 Parágrafos, espaçamentos e alinhamentos

Para o texto, deve-se iniciar com recuo na primeira linha em 1,25 cm,
com alinhamento justificado, e espaçamento 1,5 (usado também no Resumo,
Abstract e Resumen).

8.2.4 Paginação

Todas as folhas de um trabalho académico devem ser contadas


sequencialmente, mas não numeradas. A numeração é colocada a partir da
primeira folha da parte textual, ou seja, da secção referente à introdução do
trabalho.

35
Incluir o número de páginas (todas são numeradas em algarismos
arábicos) no canto superior direito.

OBS: Consultar as normas APA, ABNT, NRB e o Manual para padronização de


trabalhos de graduação e pós – graduação, Rio Verde.2021.

9. Tipos de Pesquisa e sua classificação

segundo Lakatos & Marconi (2001) consideram que existem,


basicamente, três tipos de pesquisa:

9.1.Classificação quanto ao objectivo da pesquisa

9.1.1 Exploratória – Campo

❖ Aproximação com o tema;


❖ Definir a natureza de um problema (fatos/fenómenos);
❖ Descobrir, modificar, desenvolver e esclarecer os conceitos de novas
ideias.
❖ Abordagem qualitativa e amostra é pequena.

É feito através de:

❖ Levantamentos bibliográficos;
❖ Entrevistas com profissionais da área;
❖ Visitas de campo e pesquisas de Web sites etc.

9.1.2 Descritiva – Laboratório:

Descreve com exactidão os fatos e fenómenos de determinada realidade


é utilizado quando a intenção do pesquisador é conhecer determinada
comunidade, suas características, valores e problemas relacionados à cultura e
não só. Não têm o compromisso de explicar os fenómenos que descreve,
embora sirva de base para tal explicação, apenas captura e mostra o cenário
de uma situação. Ou seja as suas hipóteses são especulativas que não
especificam relações de causalidade.

É feita através de:

❖ Observação sistemática, imagens e colectas de dados etc.

36
9.1.3 Explicativa – Causal, experimental e Bibliográfica:

A pesquisa explicativa tem como objectivo básico a identificação dos


factores que determinam ou que contribuem para a ocorrência de um
fenómeno. É o tipo de pesquisa que mais aprofunda o conhecimento da
realidade, pois tenta explicar a razão e as relações de causa e efeito dos
fenómenos. A pesquisa experimental é mais frequente nas ciências
tecnológicas e nas ciências biológicas. Tem como objectivo demonstrar como e
por que determinado fato é produzido.

É feita através de:

❖ Observação directa;
❖ Estudo de caso;
❖ Levantamento de dados.

Bibliográfica

Quandoelaborada a partir de material já publicado, constituído


principalmente de: livros, revistas, publicações em periódicos e artigos
científicos, jornais, boletins, monografias, dissertações, teses, material
cartográfico, internet, com o objectivo de colocar o pesquisador em contacto
directo com todo material já escrito sobre o assunto da pesquisa.

9.2 Classificação quanto à natureza da pesquisa;

As pesquisas científicas podem ser classificadas, quanto à natureza, em


dois tipos básicos: qualitativa, quantitativa e um misto (quanti-qualitativa).

9.2.3 Pesquisa qualitativa


Não se preocupa com relação aos números, não requer o uso de
métodos e técnicas estatísticas. O ambiente natural é a fonte directa para
colecta de dados e o pesquisador é o instrumento-chave. Tal pesquisa é
descritiva. Os pesquisadores tendem a analisar seus dados indutivamente. O
processo e seu significado são os focos principais de abordagem. A análise
dos dados tende a seguir esse processo indutivo. Os pesquisadores não se
preocupam em buscar evidências que comprovem as hipóteses definidas antes
do início dos estudos.

37
Exemplo:Em Administração, a pesquisa qualitativa é utilizada como ferramenta
para determinar o que é importante para os clientes e por que é importante, e
não para saber quantos clientes avaliam positivamente ou não um determinado
produto ou serviço.

As técnicas de colecta de dados mais utilizadas no método qualitativo de


pesquisa é a entrevista e a observação. No entanto, a análise documental, bem
como a história de vida, a história oral e o registo das informações no diário de
campo são também empregados nessa abordagem.

9.2.4 Pesquisa quantitativa

O método quantitativo preocupa-se com representatividade numérica,


isto é, com a medição objectiva e a quantificação dos resultados. Tem,
portanto, o objectivo de generalizar os dados a respeito de uma população,
estudando somente uma pequena parcela dela.

Assim, as pesquisas quantitativas utilizam uma amostra representativa


da população para mensurar qualidades através do uso de recursos e de
técnicas estatísticas (percentagem, média, moda, mediana, desvio-padrão,
coeficiente de correlação, análise de regressão etc.). A primeira razão para a
escolha desse método de pesquisa é descobrir quantas pessoas de uma
determinada população compartilham uma característica ou um grupo de
características.

Por exemplo1: quantas pessoas que moram na cidade do Luena do sexo


masculino e quantas são do sexo feminino. A pesquisa quantitativa é
apropriada para medir tanto opiniões, atitudes e preferências como
comportamentos.

Exemplo2: Se pretendemos saber quantas pessoas usam um produto ou


serviço ou têm interesse em um novo conceito de produto, a pesquisa
quantitativa é a opção mais acertada.

Essa forma de abordagem é empregada em vários tipos de pesquisas,


inclusive nas descritivas, principalmente quando buscam a relação causa-efeito
entre os fenómenos.

38
Neste tipo de pesquisa utiliza-se diferentes técnicas e instrumentos para
colectar dados. O mais utilizado é o questionário. No entanto, é possível
trabalhar com a entrevista estruturada, a análise documental e a observação
directa.

9.3 Classificação quanto à escolha do objecto de estudo.

Quanto à escolha do objecto de estudo, as pesquisa podem ser


classificadas em: estudo de caso único, estudo de casos múltiplos, estudos
censitários ou estudos por amostragem. As amostragens se dividem em dois
tipos: probabilística e não probabilística. Pesquisar este conteúdo

Obs: Cada um trata o problema de maneira diferente.

9.4 Classificação quanto aos Instrumentos e Técnica de Colecta de Dados


As técnicas de colecta de dados são um conjunto de regras ou
processos utilizados por uma ciência, ou seja, corresponde à parte prática da
colecta de dados (LAKATOS & MARCONI, 2001).

Durante a colecta de dados, diferentes técnicas podem ser empregadas,


sendo as mais utilizadas: a entrevista, o questionário, a observação, pesquisa
documental e bibliográfica.

9.4.1Entrevista

Segundo Cervo & Bervian (2002), a entrevista é uma das principais


técnicas de colectas de dados e pode ser definida como conversa realizada
face a face pelo pesquisador junto ao entrevistado, seguindo um método para
se obter informações sobre determinado assunto. É muitoutilizada nas
pesquisas sociaispara a obtenção de informações acerca do que as pessoas
sabem, crêem, esperam e desejam, assim como suas razões para cada
resposta.

As entrevistas podem ser classificadas em três tipos principais:

❖ Entrevistas estruturadas ou padronizadas


❖ Não estruturadas ou despadronizadas,
❖ Semi-estruturadas ou semi-padronizadas – é amais usual.

39
9.4.2Questionário
Segundo Cervo & Bervian (2002, p. 48), o questionário refere-se a um
meio de obter respostas às questões por uma fórmula que o próprio informante
preenche. Ele pode conter perguntas abertas e fechadas.

As abertas possibilitam respostas mais ricas e variadas e as fechadas maior


facilidade na tabulação e análise dos dados.

9.4.3 Observação
Segundo Cervo & Bervian (2002, p. 27), “observar é aplicar atentamente
os sentidos físicos a um amplo objeto, para dele adquirir um conhecimento
claro e preciso”. Para esses autores, a observação é vital para o estudo da
realidade e de suas leis. Sem ela, o estudo seria reduzido à simples conjectura
e simples adivinhação”. A observação também obriga o pesquisador a ter um
contacto mais directo com a realidade.

Com base em Marconi & Lakatos (1996) conclui que a técnica de


observação tem diversas modalidades, aplicáveis de acordo com as
circunstâncias. Dentre elas, destacam-se:

1 – segundo os meios utilizados: observação assistemática registar os fatos


da realidade sem a utilização de meios técnicos especiais é empregado em
estudos exploratórios sobre o campo a ser pesquisado - e observação
sistemática ou estruturada, planejada e controlada é o inversa.

2 – segundo a participação do observador: observação não-participante - O


observador presencia o fato, mas não participa dele. E observação participante
ele passa a fazer parte do objecto ou do grupo de pesquisa.

3 – segundo o número de observações: observação individual - é um tipo de


observação realizado em pesquisas com o objectivo da obtenção de títulos
académicos. Observação em equipa é o inverso.

4 – segundo o lugar onde se realiza: observação na vida real é a observação


da realidade, colhendo-se os dados à medida que vai acontecendo o
fenómeno, de modo natural . E a observação em laboratório: tem carácter
artificial, Como nas ciências sociais se trabalha muito com aspectos humanos,

40
e como a vida humana não pode ser observada sob condições idealizadas em
laboratório, fica difícil a sua utilização.

9.4.4 Pesquisa documental ebibliográfica

A pesquisa documental, segundo Gil (1999), é muito semelhante à


pesquisa bibliográfica. A diferença essencial entre ambas está na natureza das
fontes: enquanto a bibliográfica se utiliza fundamentalmente das contribuições
de diversos autores, a documental vale-se de materiais que não receberam,
ainda, um tratamento analítico, podendo ser reelaboradas de acordo com os
objectos da pesquisa.

Segundo Lakatos e Marconi (2001), a pesquisa documental é a colecta


de dados em fontes primárias, como documentos escritos ou não, pertencentes
a arquivos públicos; arquivos particulares de instituições e domicílios, e fontes
estatísticas.

Obs: conteúdo por anexar


9.4.5 Dados: tipos e fontes
9.4.6 População, amostra e amonstragem

9.5 Classificação quanto aosInstrumentos e Técnica deTratamento de


dados

A análise dos dados/tratamento de dadosé uma das fases mais


importantes da pesquisa, pois, a partir dela, é que serão apresentados os
resultados e a conclusão da pesquisa, conclusão essa que poderá ser final ou
apenas parcial, deixando margem para pesquisas posteriores (MARCONI &
LAKATOS, 1996).

Há diversas técnicas de análise de dados que podem ser utilizadas em


pesquisas de natureza qualitativa ou quantitativa. As principais técnicas de
análise de dados são:

1. Análise de conteúdo (em pesquisa qualitativa)


2. estatística descritiva e inferncial (em pesquisa quantitativa)
3. Instrumentos de tratamentos de dados (software, spss, excel etc)

41
4. Formas de apresetação de dados (gráficos, tabelas, quadros etc)

9.5.1 Análise de conteúdo


A análise de conteúdo é um conjunto de técnicas de análise das
comunicações que tem por objetivo enriquecer a leitura e ultrapassar as
incertezas, extraindo conteúdos por trás da mensagem analisada. Esta técnica
é aplicada na pesquisa qualitativa.

42
8. Bibliografia

1. SOUSA, Maria José; BAPTISTA, Cristina Sales. Como Fazer Investigação,


Dissertações, Teses
e Relatórios.
2. LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. 1992. Metodologia
do Trabalho
Científico: procedimentos básicos, pesquisa bibliográfica, projecto de
relatório, publicações
e trabalhos científicos. 4ª Ed.. São Paulo: Atlas Editora.
3. QUIVY, Raimond; CAMPENHOUDT, LucVan. 2005. Manual de
Investigação em Ciências
Sociais. 4ª ed.: Gradiva.
4. OLIVEIRA, Maxwell Ferreira de. Metodologia científica: um manual para a
realização de
pesquisas em Administração. Catalão: UFG.
5. MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. 2003. Fundamentos
de <metodologia
Científica. 5ª Ed.. São Paulo: Atlas Editora.
6. PRODANOV, Cleber Cristiano; FREITAS, Ernani Cesar de. 2013.
Metodologia do Trabalho
Científico: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico. 2ª
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7. GIL, António Carlos. 2002. Como Elaborar Projectos de Pesquisa. 4ª ed.
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