Tema

Unidade II – Investigação Científica

2.1- Características da Investigação Científica

Introdução

O pensamento evolutivo: Conhecimento, Raciocínio e Metodologia Científica

Conhecimento

Onde se inicia a capacidade humana de pensamentos, de conhecimentos e descobertas?

Há centenas de anos, no início das civilizações as explicações para os fenómenos era de

natureza mítica, para acalmar a curiosidade do homem na época, pois, desde sempre o
homem procurou entender a realidade que o circunda. Mais tarde o homem sente-se
insatisfeito com as respostas de nível mitológico, com isto procurar explicações
racionais, daí o surgimento da filosofia. A palavra filosofia vem do grego, philos +
sophia, philos deriva de philia = amor fraterno, amizade, respeito entre iguais. Sophia
significa sabedoria; compreende-se como amor à sabedoria. Do ponto de vista real a
filosofia vai se definir como o conjunto de aspirações racionais, sistemáticas e lógicas
sobre a natureza e humanidade.

Contudo, a filosofia hoje tem uma explicação diferente da de antigamente. Antes ela
congregava todas as disciplinas, aprofundava os conhecimentos de todas as áreas do
saber. Hoje ela é apenas a interrogação sobre as causas e consequências de tudo o
quanto existe.

Raciocínio Lógico

Raciocínio lógico é o processo lógico em que se encadeiam 2 mais juízos em busca de

um outro; de duas premissas se tiram uma conclusão.

O Raciocínio Lógico pode ser dedutivo ou indutivo.

Dedução: Raciocínio Lógico que parte de ideias gerais e conclui sobre o particular.

Indução: Raciocínio Lógico que parte de ideias particulares e conclui sobre o geral.

Metodologia Científica:

O conhecimento científico procura atingir um objectivo, procura o porquê das coisas. É

a metodologia que vai fornecer as ferramentas, as técnicas facilitadoras que garantem o
investigador chegar ao seu fim.

A metodologia científica é muito importante, pois é ela que vai nortear todo o trabalho
do pesquisador através dos vários métodos e meios que oferecem.

Existem vários tipos de trabalhos científicos:

 1- Resenha: resumo que fazemos em torno de uma obra. Esse resumo pode ser
crítico ou apenas descritivo. É típico dos trabalhos sugeridos numa dada
disciplina, ou ainda servem para publicações em artigos.
2- Monografia: Normalmente é solicitado no final do curso de graduação ou de pós
graduação.
A monografia é um estudo exaustivo em torno de um determinado tema. Aqui é
muito necessário fazer uma revisão bibliográfica, pois, deverá seleccionar de
todas as informações disponíveis, aquela que interessa para o seu trabalho, vai
construir um modelo teórico a respeito de um determinado assunto. Pode no
final fazer algumas críticas inovadoras e terminar com uma conclusão a respeito
do tema.
3- Dissertação: é o relato de uma pesquisa. Neste trabalho científico o estudante
começa com o projecto de pesquisa (tema, objectivos, problema, hipótese, etc.) e
faz uma revisão bibliográfica a respeito do assunto, deve também fazer um
cronograma. No final deve-se também fazer uma comparação entre os dados
teóricos, bibliográficos com os resultados práticos, empíricos da sua pesquisa. É
uma pesquisa solicitada a nível de mestrado.
4- Tese: tem muitos pontos em comum com a dissertação, contudo, o que se exige
é que ela seja inédita e é solicitada a nível do curso de doutorado.

QUE É INVESTIGAR?

Etimologicamente o termo investigação provem do latim in (em) e vestigare que

significa encontrar, inquirir, indagar, seguir vestígios. Dai o uso mais elementar do
termo, no sentido de "averiguar ou descrever alguma coisa".

Reconhecem-se duas maneiras de ver a investigação: a INVESTIGAÇÃO COMUM

ou quotidiana e a INVESTIGAÇÃO RACIONAL OU CRÍTICA.

A primeira, é a actividade humana de busca de conhecimentos, de indagação de

soluções e de interrogantes. A segunda, é uma actividade reflexiva, sistemática e
metódica que tem por finalidade obter conhecimentos e solucionar problemas
científicos, filosóficos, e empírico-técnicos.

É REFLEXIVA, porque requer o exame profundo, atento e minucioso de diferentes

elementos: das fontes de conhecimento, quer dizer, dos dados que se encontram na
realidade; dos problemas assumidos; dos modelos de comprovação das hipóteses; dos
planos para desenvolver todas e cada uma das actividades da investigação.

É SISTEMÁTICA, porque o importante é vincular ou relacionar os nossos

pensamentos com os dados derivados da análise crítica das fontes de conhecimento;
porque integra, mediante relações de coordenação e subordinação, os novos
conhecimentos adquiridos, no sistema dos conhecimentos já existentes.
É METÓDICA, porque requer de processos lógicos para adquirir, sistematizar e
transmitir os conhecimentos; quer dizer, de métodos que permitam realizar da melhor
maneira a indagação da realidade.