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Motivação

Processos Psicológicos Básicos


Motivação

 Motivação é uma necessidade ou desejo que energiza o comportamento e o


direciona para um objetivo.”

 Nossas motivações surgem da interação entre natureza (o “empurrão”


corporal) e educação (os “puxões” de nossos processos de pensamento e
cultura);
Para que agimos?

Incentivo: um estímulo ambiental positivo ou negativo que motiva o comportamento

Para buscar felicidade/alegria


Para evitar sofrimento
Para o bem-estar
Para fugir dos problemas
Teorias da Motivação

Evolucionista Autotederminação Hierarquia das


Redução do Drive Excitação (arousal)
(Instinto) e Autopercepção Necessidades
 Instinto é um comportamento complexo que deve apresentar um padrão fixo
em uma espécie inteira e não ser aprendido (Tinbergen, 1951).

 A suposição básica de que os genes predispõem o comportamento típico da


espécie permanece mais forte do que nunca - epigenética: interação gene e
ambiente;
Redução do Drive

A ideia de que uma necessidade fisiológica cria um estado de excitação


aumentada (um drive) que motiva o organismo a satisfazer essa necessidade.;

Quando uma necessidade fisiológica aumenta, também aumenta o drive


(impulso) psicológico – um estado de excitação motivado.

Redução da Homeostase: manutenção de um sistema interno estável; a


regulação de qualquer aspecto da química corporal, como a glicose no
sangue, em um nível específico.;

Necessidade Drive Comportamentos


de redução do
(ex: ar, comida, (impulso, fome, drive (comer,
sexo) sede) beber, etc)
 Incentivos: estímulos positivos ou negativos que nos atraem ou
repelem
 Quando há tanto uma necessidade quanto um incentivo, nos sentimos
impulsionados intensamente. Exp. fome e cheiro de pão assando;

 Motivação intrínseca: valor ou prazer associado a uma atividade em


vez de a algum objetivo externo.

 Motivação extrínseca: é direcionada a um objetivo externo,


normalmente uma recompensa.
Teoria da Excitação (arousal)

 A motivação humana não busca eliminar a excitação, mas encontrar


seus níveis ótimos

 Excitação Ótima: Alguns comportamentos motivados, na verdade,


aumentam a excitação. Sem estimulação, nos sentimos entediados e
procuramos um modo de aumentar a excitação até um nível ótimo.

 No entanto, com estimulação em demasia vem o estresse, e então


procuramos um meio de diminuir a excitação.
Teoria da Excitação (arousal)

 lei de Yerkes-Dodson: o princípio de que o desempenho


aumenta com a excitação somente até certo ponto, além do
qual o desempenho diminui.
AUTOEFICÁCIA E MOTIVO PARA A
REALIZAÇÃO

 Albert Bandura (1977) argumentou que as expectativas pessoais das


pessoas para o sucesso desempenham um papel importante na motivação.

 A autoeficácia é a expectativa de que seus esforços vão levar ao sucesso.


Essa expectativa ajuda a mobilizar suas energias.

 Se você tem baixa autoeficácia – isto é, se você não acredita que seus
esforços serão recompensados – pode se sentir muito desanimado até
mesmo para estudar.

 As pessoas com alta autoeficácia muitas vezes estabelecem objetivos


desafiadores que levam ao sucesso. Outras vezes, porém, as pessoas cujas
ideias sobre si mesmas são infladas estabelecem objetivos que não podem
alcançar.
AUTOEFICÁCIA E MOTIVO PARA A
REALIZAÇÃO

 Objetivos que sejam desafiadores, mas não opressivos, geralmente


são mais propícios ao sucesso.

 O motivo para a realização é o desejo de fazer bem em relação a


padrões de excelência. Em comparação àqueles com baixa motivação
para a realização, os alunos ricos em motivação para a realização se
sentam mais na frente da sala de aula, têm maior pontuação nos
exames e obtêm melhores notas em cursos relevantes para seus obje-
tivos de carreira (McClelland, 1987).

 Os alunos com alta motivação para a realização são mais realistas em


suas aspirações de carreira do que aqueles com baixa.
Autotederminação

 De acordo com a teoria da autodeterminação, as pessoas são motivadas a sa-


tisfazer as necessidades por competência, relacionamento com os outros e
autonomia, que é um senso de controle pessoal.

 As recompensas extrínsecas podem reduzir o valor intrínseco, porque minam


a sensação das pessoas de que estão optando por fazer algo para si próprias.
Em contraste, os sentimentos de autonomia e competência fazem com que
as pessoas se sintam bem consigo mesmas e as inspiram a fazer o seu
trabalho mais criativo (Deci & Ryan, 1987).

 As pessoas raramente são conscien- tes de seus motivos específicos. Elas


fazem inferências sobre seus motivos, de acordo com o que parece fazer
mais sentido (Bem, 1967).
Teoria da Hierarquia de Necessides
de Maslow

 Principal teoria da Motivação desenvolvida por Abraham Maslow (1970);

 Algumas necessidades têm prioridade sobre outras.

 Fonte da motivação nas necessidades: biológicas ou institivas;

 Vida como busca de satisfação de necessidade;

 Próximo ao final de sua vida, Maslow sugeriu que algumas pessoas também
atingem um nível de autotranscendência. No nível da autorrealização, as
pessoas procuram realizar seu próprio potencial. Na autotranscendência, as
pessoas buscam o significado, o propósito e a comunhão que estão além do
self, que é transpessoal (Koltko-Rivera, 2006);
Teoria da Hierarquia de Necessides
de Maslow

 A hierarquia de Maslow é um tanto arbitrária; a ordem de tais


necessidades não é universalmente fixa. Pessoas já passaram fome
como uma forma de protesto político. A cultura também importa: a
autoestima tem maior importância em países individualistas cujos
cidadãos tendem a focar mais as realizações pessoais e não a
identidade comunitária e familiar (Oishi et al., 1999).

 Embora concordem com os níveis básicos de necessidades de


Maslow, os psicólogos evolucionistas atuais notam que ganhar e
preservar parceiros e gerar proles também são motivos humanos
universais (Kenrick et al., 2010).
Fome

 Manutenção da reserva de energia em um nível


suficiente.
 Inanição no final das guerras mundiais...
 Experimento Keys (1950): quantidade mínima de
alimento para manutenção do peso de soldados
por 6 meses e redução de 50%.
 Apatia, perda de interesse por qualquer atividade
ou estímulo que não fosse comida.
 Quando privados de algo importante, nada mais
nos importa.
 Quando satisfeitos, os estímulos não aparentam
ter nenhuma importância.
Fisiologia da Fome

 O que provoca a fome?


 Contrações estomacais diante da ausência de comida
 Produção do suco gástrico
 Grelina: hormônio secretado pelo estômago que dá fome quando está
vazio;
 Glicose: nível menor aumenta a fome e nível maior, junto da insulina,
reduz comportamento alimentar;
 Leptina: hormônio liberado por
adipócios que regula a massa
corporal atuando diretamente no
Hipotálamo;
Fisiologia da Fome

 Hipotálamo: monitora as informações sobre a concentração química


na corrente sanguínea e sinais do estômago, intestinos e fígado.
 O centro hipotalâmico lateral desperta a fome.
 O centro hipotalâmico ventromedial deprime a fome.
 Tumores cerebrais nestas estruturas podem afetar o
comportamento alimentar.

 Metabolismo e ponto de equilíbrio: ajuste do termostato, com


aumento do apetite e redução da taxa metabólica quando há
diminuição do peso.
 Taxa metabólica basal: gasto de energia com o corpo em repouso.
Glicose e Cognição

 Esgotamento do ego e motivação


 É possível resistir aos efeitos do esgotamento quando se está muito
motivado. Em experimentos, quando os participantes sabiam que
receberiam uma boa recompensa.

 Esgotamento do ego e consumo de glicose:


 Consumo maior de glicose em tarefas de alto esforço cognitivo. Logo, o
esgotamento pode ser evitado com ingestão de glicose.

 Outro experimento de Baumister: assistir a um filme com legendas


atentando-se à linguagem corporal de uma pessoa e,
posteriormente, realizar tarefas de raciocínio . Os voluntários que
tomaram limonada adoçada antes do estudo apresentaram menos
erros intuitivos.
Influências biológicas

Comportamento
Influências psicológicas
Alimentar

Influências socioculturais
Motivação Sexual

 Sobrevivência da espécie (natureza)

 Os hormônios estão envolvidos na produção e cessação de comportamentos


sexuais.

 Os hormônios afetam o comportamento sexual humano de duas maneiras: o


desenvolvimento físico do cérebro e do corpo durante a puberdade e
influenciam o comportamento sexual por meio da motivação.

 Papel do hipotálamo em controlar a liberação de hormônios na corrente


sanguínea, não é nenhuma surpresa que ele seja a região do encéfalo
considerada mais importante para estimular o comportamento sexual
Hormônios

 Os hormônios sexuais são liberados das gônadas (testículos e ovários), e os


homens e as mulheres têm uma determinada quantidade de todos os
hormônios sexuais. Mas os homens têm maior atividade de andrógenos do
que as mulheres, e estas têm maior atividade de estrogênios e
progesterona.

 Em homens e mulheres, a testosterona – um tipo de andrógeno – está


envolvida no funcionamento sexual (Sherwin, 2008).
 Níveis de testosterona aumentam engajamento sexual em homens e
mulheres

 Outro hormônio importante em homens e mulheres é a oxitocina, que é


liberada durante a excitação sexual e orgasmo. Alguns pesquisadores
acreditam que a oxitocina pode promover sentimentos de amor e apego
entre os parceiros; também parece estar envolvida no comportamento
social em termos mais gerais (Bartels & Zeki, 2004).
Neurotrasnmissores

 Os receptores dopaminérgicos do sistema límbico estão


envolvidos na experiência física do prazer, e os receptores
dopaminérgicos do hipotálamo estimulam a atividade sexual
(Pfaus, 2009).
 Os tratamentos farmacológicos mais comuns para a depressão
melhoram a função serotoninérgica, mas reduzem seriamente o
interesse sexual, especialmente nas mulheres.
 O aumento no óxido nítrico promove o fluxo sanguíneo para o
pênis e clitóris e, subsequentemente, desempenha um
importante papel na excitação sexual, especialmente na ereção
peniana. Quando esse sistema falha, os homens não são capazes
de manter uma ereção - Viagra
Motivação Sexual

 Ciclo da resposta sexual


(Masters e Johnson):
monitoramento de 10.000
ciclos em laboratório.

 Período refratário: o
período de descanso após
o orgasmo, durante o
qual o homem não é
capaz de atingir outro
orgasmo.
Psicologia do Sexo
Orientação Sexual

 Uma teoria evolutiva é que as lésbicas e os gays muitas vezes agem como pais
“sobressalentes” à descendência de seus irmãos. Dessa maneira, podem garantir a
continuação dos genes da família. Obviamente muitos gays e lésbicas são pais, às vezes de
casamentos anteriores e às vezes por meio da inseminação artificial ou de adoção.

 A melhor evidência disponível sugere que a exposição a hormônios, especialmente a andró-


genos, no ambiente pré-natal pode desempenhar algum papel na orientação sexual
(Mustanski, Chivers, & Bailey, 2002). Estudos com gêmeos forneceram algum apoio à ideia
de que há um componente genético na orientação sexual, especialmente entre os homens.

 Em uma revisão de estudos anteriores, Mustanski e colaboradores (2002) relataram que a


herdabilidade da orientação sexual era maior para os homens do que para as mulheres, mas
com um componente genético significativo para ambos. Ainda não está claro como a orien-
tação sexual humana pode estar codificada nos genes.

 O neurocientista Simon LeVay (1991) constatou que uma área do hipotálamo que
normalmente difere entre homens e mulheres tinha apenas metade do tamanho em homens
homossexuais do que em homens heterossexuais – o tamanho dessa área em homens
homossexuais foi comparável ao seu tamanho em mulheres heterossexuais.
Necessidade de Pertencimento

 Aristóteles: “Animal social”


 Ajudando a sobrevivência
 Sobrevivência: cooperação em grupo
 Auto-Estima = incluídos, aceitos e amados;
 Longevidade, saúde física e mental.

 Querendo pertencer
 Inclusão social, aceitação e autoestima.
Necessidade de Pertencimento

 Mantendo relacionamentos:
 Para evitar sofrimento e solidão
 Riscos: submissão a abusos e violência
(machismo)
 Aumento da ansiedade frente a possíveis
rompimentos de laços
 Migrantes, imigrantes, crianças adotadas,
refugiados

 Ostracismo: exclusão social provocada pela


rejeição.
 Evitar uma pessoa, tratá-la com frieza ou
indiferença, desviar os olhos dela.
 Ciberostracismo e dor social: pessoas rejeitadas
em chats apresentam maior ativação do córtex
cingulado anterior (área que reage à dor física)
Dor Social
TED The lethality of loneliness

http://tedxtalks.ted.com/video/The-Lethality-of-Loneliness-Joh
Necessidade de Auto Estima

 Considerar-se capaz, competente, decente;

 Necessidade de manter a boa imagem de si mesmo;

 Distroção da interpretação da realidade para sentirmos melhores conosco


mesmo - necessidade de justificar os nossos atos - Dissonância Cognitiva;

 Teoria da comparação social, de Leon Festinger (1954), somos motivados a


ter informações precisas sobre nós mesmos e os outros. Comparamo-nos
àqueles que nos rodeiam para testar e validar crenças pessoais e respostas
emocionais. O efeito ocorre especialmente quando a situação é ambígua e
podemos nos comparar com pessoas relativamente semelhantes a nós.

 Reconhecimento;
Auto Realização

 senso comum: felicidade e dinheiro;

 Desenvolver todas as potencialidades: necessidade de crescimento;

 Henry Murray (1938) definiu a motivação para realização da primeira pessoa como um
desejo de realização significativo, de dominar habilidades ou ideias, de controlar e de
alcançar um alto padrão.

 Maslow:
 Satisfeitas todas as outras necessidades: Moralidade, criatividade, espontanidade,
ausêcia de prconceitos, aceitação dos fatos;

 diferente das outras: aumenta cada vez mais;

 um processo de desenvolvimento;

 saúde psicológica final;


Motivação para o Trabalho

 O trabalho dignifica o homem (Benjami Franklin).


 Origem latina tripalium = instrumento de tortura.

Fonte de auto realização e autoestima


Obrigação

Fluxo: um estado de consciência em


que a pessoa está completamente
concentrada e envolvida, com uma
percepção reduzida de si mesma e do
tempo, resultando em um excelente
Carreira Vocação
uso de suas habilidades.
Necesidade de Autotranscedência

 Metamotivações, dedicando-se a chamados ou vocações "além de si


mesmos" (Maslow, 1967 / 1993a, p. 291) isto é, dedicando-se a
aspectos de autotranscendência;

 Propósito e vida com sentido - Esforço tem que ter objetivo ara o
cérebro;

 Saliência da Mortalidade: Ao contemplar a mortalidade aumenta o


seu desejo de ter filhos, nível de patriotismo, fé religiosa e
compromisso com parceiros românticos. Em suma, aumentando a
consciência da morte aumenta esforços para encontrar e preservar
significado transcendente.

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