Especialista em Farmacologia 1999 EFOA Especialista em Psicologia 2011 UFJF Mestre em Ciência da Nutrição 2004 UFV Doutor em Biologia Molecular 2011 UFV IMAGEM CORPORAL: CONCEITOS
A imagem corporal desenvolve-se paralelamente à
identidade do indivíduo e do corpo. Sua construção envolve uma interação e inter-relação entre fatores pessoais, fisiológicos, neurais, psicológicos, sociais e emocionais. Além disso, ocorre uma mistura de emoções, intenções, aspirações e tendências (TAVARES, 2003). Para SCHILDER (1994), a imagem corporal é a figura de nosso próprio corpo que formamos em nossa mente. McNAMARA (2002) afirma que crenças culturais determinam normas sociais na relação com o corpo humano. Práticas de embelezamento, manipulação e mutilação, fazem do corpo um terreno de significados simbólicos.
A realidade atual de fervor pela magreza e temor à
obesidade, de modo geral, pode criar distorções e insatisfações seguidas de comportamentos que proporcionam maiores riscos ao desenvolvimento de transtornos, sobretudo os alimentares (NUNES ET al., 2001; VILELA ET al., 2004). De acordo com ADAMS (1977), percebe-se que o mundo social claramente discrimina os indivíduos não- atraentes, numa série de situações cotidianas importantes. Pessoas julgadas pelos padrões vigentes como atraentes parecem receber mais suporte e encorajamento no desenvolvimento de repertórios cognitivos socialmente seguros e competentes e assim, indivíduos tidos como não- atraentes, estão mais sujeitos a encontrar ambientes sociais que variam do não-responsivo ao rejeitador e que desencorajam o desenvolvimento de habilidades sociais e de um autoconceito favorável. BODY SHAPE QUESTIONNAIRE – BSQ:
A avaliação das alterações na imagem e no nível de
satisfação dos pacientes com relação à sua imagem corporal pode ser feita através do Body Shape Questionnaire – BSQ (COOPER ET AL., 1987). O questionário consiste em um teste de autopreenchimento que verifica o grau de preocupação com a forma do corpo e com o peso, a autodepreciação relacionada à aparência física e alguns possíveis comportamentos adotados em razão desta autodepreciação no último mês. Contém 34 perguntas respondidas segundo uma legenda com seis opções de respostas, conforme versão traduzida para o português por CORDÁS E CASTILHO (1994). FIGURA DE SILHUETA CORPORAL OU BODY FIGURE SILHOUETTE – BFS :
As escalas de silhueta são comumente usadas para
avaliar distorções na imagem corporal dos indivíduos, especialmente nas pesquisas de avaliação da imagem corporal, pois permitem verificar as diferenças entre corpo atual e ideal e a percepção da imagem corporal no momento do estudo (THOMPSON; GRAY, 1995; BELING, 2008). Existem várias opções de escalas de silhuetas propostas na literatura, comumente usada para avaliar distorções na imagem corporal do indivíduo. Uma delas, previamente validada por STUNKARD, SORENSEN e SCHULSINGER (1983) em estudo sobre imagem corporal em indivíduos de diversas etnias, consiste em uma escala visual composta por cinco silhuetas corporais organizadas em tamanho crescente da esquerda para direita, desde um corpo muito magro, correspondendo ao número um, até um corpo obeso que corresponde ao número cinco. Os números intermediários correspondem às silhuetas intermediárias entre a magreza extrema (número 1) e a obesidade extrema (número 5). No estudo realizado por NEUMARK-SZTAINER et al. (2006) constatou-se uma associação entre maiores taxas de insatisfação corporal entre os pacientes que realizam mais frequentemente dietas, apresentam maior taxa de compulsão alimentar e, ao mesmo tempo, baixos níveis de atividade física. Foi também observado que a insatisfação corporal, ao invés de motivar os indivíduos a melhorarem os comportamentos relacionados à insatisfação com o peso, com a adoção de estratégias saudáveis, predispõe os mesmos a adotarem atitudes maléficas em relação à saúde, que podem levar ao ganho ponderal e ao desenvolvimento ou manutenção de transtornos alimentares. TRANSTORNOS DE PERDA DE CONTROLE
Pacientes que apresentam comportamentos repetidos
até o extremo do prejuízo social, físico ou psicológico foram registrados pela Psiquiatria desde os seus primórdios (ESQUIROL, 1838; KRAEPELIN, 1915; BLEULER, 1924; STEKE, 1968; ORFORD, 1985).
São comportamentos como ingerir excessivamente
bebidas alcoólicas ou outras substâncias psicoativas, comer excessivamente, engajar-se excessivamente em jogos de azar, atividade sexual, compras ou outra atividade de caráter gratificante (TAVARES, 2000). VIGOREXIA
Ao contrário da Anorexia Nervosa, que é mais prevalente
nas mulheres, a Vigorexia é mais comum no sexo masculino, tendo como característica principal o desejo de ficar cada vez mais musculoso e forte, sem que o indivíduo tenha limites para os exercícios físicos e para o uso de anabolizantes e esteróides em busca de um corpo perfeito. A Vigorexia estreita-se com a Anorexia no aspecto tangente à imagem corporal distorcida e à vergonha do próprio corpo. Os indivíduos com Vigorexia consideram-se magros e fracos, chegando a se sentir esqueléticos, na busca de lidar com esta questão tentam transformar seus corpos. VIGOREXIA
Transtorno psiquiátrico caracterizado pelo culto ao
corpo, com um obsessão por torná-lo musculoso, nunca se satisfazendo com o estado alcançado (Transtorno dismórfico corporal, presente também nos anoréxicos) INTRODUÇÃO
• Transtorno da Compulsão Alimentar Periódica (TCAP)
CARACTERIZAÇÃO CLÍNICA DO TCAP Behaviorismo postulava que o comportamento é passivamente controlado pelas influências ambientais, ou seja, resume sua essência com a seguinte afirmação: “Uma pessoa não age sobre o mundo; o mundo age sobre ela”. Já a teoria social cognitiva, ainda conhecida como teoria da aprendizagem social, que tem como fundador Albert Bandura. Para ele, o homem é agente do seu próprio desenvolvimento operando mudanças em sua vida. O agenciamento ocorre dentro das estruturas sociais existentes. O desenvolvimento humano, sob essa perspectiva, é fruto de uma tríade que envolve determinantes ambientais, pessoais e comportamentais. Ela vem mostrar que o comportamento pode ser adquirido ou modificado independente da ação de reforços do ambiente. Portanto, não há ligação entre um estímulo e uma resposta, ou entre comportamento e reforço, como havia no caso do sistema de Skinner. Em vez disso, há um mecanismo mediador interposto, entre os dois, esse mecanismo são os processos cognitivos da pessoa. Uma grande gama dos nossos comportamentos foi adquirida ao longo do processo de socialização através da observação e imitação dos outros. Tal aprendizagem por observação e imitação também chamada aprendizagem social ou por modelação. E muitas vezes ocorrem com o aprendizado uma o adaptação e inovação. TERAPIA COGNITIVA: PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
A Terapia Cognitiva utiliza o conceito da estrutura
“biopsicossocial” na determinação e compreensão dos fenômenos relativos a psicologia humana, no entanto constitui- se como uma abordagem que focaliza o trabalho sobre os fatores cognitivos da psicopatologia . Vem demonstrando eficácia em pesquisas científicas rigorosas além de ser uma das primeiras a reconhecer a influência do pensamento sobre o afeto, o comportamento, a biologia e o ambiente (Shinohara,1997; Shaw & Segal, 1999). De acordo com a Terapia Cognitiva os indivíduos atribuem significado a acontecimentos, pessoas, sentimentos e demais aspectos de sua vida, com base nisso comportam-se de determinada maneira e constroem diferentes hipóteses sobre o futuro e sobre sua própria identidade. As pessoas reagem de formas variadas a uma situação específica podendo chegar a conclusões também variadas. No processo de psicoterapia cognitiva ocorre algo muito semelhante a testagem empírica das teorias científicas: os sistemas de crenças pessoais são testados com relação à suas conseqüências e funcionalidade para a vida do paciente dentro de contextos específicos (Lima & Wielenska, 1993).
Existe nos indivíduos uma predisposição a fazerem
construções cognitivas falhas e isto denomina-se “vulnerabilidade cognitiva”. Em decorrência da especificidade cognitiva uma vulnerabilidade cognitiva específica predispõe a pessoa a uma síndrome específica.
Os significados maladaptativos, dos quais resultam a
psicopatologia, são construídos em relação ao que é denominado de “Tríade Cognitiva” ou seja em relação ao self, ao ambiente (experiência atual) e ao futuro (objetivo). Este processo de testagem empírica ocorre a partir da aplicação de técnicas e conceitos desenvolvidos na teoria cognitiva e por esta razão é imprescindível, para a realização de uma terapia com bases verdadeiramente científicas, que o terapeuta tenha um embasamento teórico sólido bem como um domínio das técnicas e uma boa interação com a pessoa que buscou o tratamento, já que deve haver uma parceria terapeuta-paciente nesta investigação cognitiva (Rangé, 1998; Beck & Alford, 2000). COMPORTAMENTO ALIMENTAR: Aspectos neurobiológicos PROPOSTA DE TRATAMENTO: Da Dispensação Farmacológica à Intervenção Psicológica Adams, G.R. - Physical Attractiveness Research: toward a Developmental Social Psychology of Beauty. Human development 20:217-239, 1977. APA-American Psychiatric Association (1994). 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