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Processos Psicológicos Básicos

Motivação

Motivação
Motivação é um impulso que faz com Intenções comportamentais (ex: dançar
que as pessoas ajam para atingir seus bem).
objetivos.
Motivos fisiológicos
Envolve fenômenos emocionais,
biológicos e sociais e é um processo Presentes em humanos e outros animais.
responsável por iniciar, direcionar e Fome: contração dos músculos do estômago,
manter comportamentos relacionados dor e desconforto.
com o cumprimento de objetivos.
Sede: secura da boca.
Como a motivação funciona? Regulação da temperatura corporal.

Energizante: ativa comportamentos. Excreção.

Diretiva: orienta o comportamento para Necessidade de oxigênio e de sono..


atingir/satisfazer necessidades
especificas busca ou evitação. Motivos Sociais
Persistência: ajudam as pessoas a Aprendidos nas relações sociais
persistir até que atinjam os objetivos.
Realização: atingir objetivos, sucesso,
Força: depende de fatores internos e etc
externos.
Agressão: reagir de forma agressiva
frente a frustrações.
Objetivos
Poder: ter influência sobre os outros.
A motivação nos direciona a objetivos.
Aquisição
De que tipo?
Curiosidade: tendência a explorar coisas
Objetos específicos, que podem estar ligados
a aspectos fisiológicos (ex: comer quando
novas.
sinto fome). Socialização: criar e manter laços com
um grupo social.
Motivos pessoais 1. Teoria dos instintos de
Mcdougall (1930)
Ligados aos dois anteriores, são
bastantes particulares, específicos para a Ênfase evolucionista – destacam o papel
pessoa em questão. dos instintos na ativação dos
Força do hábito: uma vez formados, os comportamentos.
hábitos tendem a serem forças motivadoras Instintos: ações não aprendidas,
que nos levam a agir de forma automática.
desencadeadas por deixas externas.
Objetivos de vida
Impulso imediato de agir de forma
Níveis de aspiração: o grau de expectativa especifica. Exemplo: olhar na direção de
que temos em relação a atingir nossos barulhos;
objetivos. Exemplo: passar na prova com
nota 9.
Foi utilizado como conceito explicativo
para boa parte dos comportamentos até
Atitudes e interesses: levam-nos a ter mais os anos 1930
motivação para certas coisas do que outras.
Criticas: poucos seriam os
A função dos comportamentos comportamentos modificados pela
motivados experiência.

Nossa motivação tende a se orientar em O conceito estava sendo usado de forma a


explicar qualquer ação ou seu contrário.
direção a coisas agradáveis/prazerosas
(comidas e doces) e a evitar a “se ele vai com os companheiros, é o instinto
dor/desprazer. de rebanho; se ele vau sozinho é o instinto
anti-social
A motivação provoca comportamentos
que resolvem problemas adaptativos.. 2. Teoria da redução de
Função adaptativa: regulação impulsos de Clark Hull (1940)
(fisiológica) O que é um impulso?

Ajuda a manter a homeostase equilíbrio Estado de ansiedade ou urgência nos levam


a satisfazer as nossas necessidades.
das funções corporais.
Exemplo: quando prendemos a respiração,
Motivação de comportamentos que terão
sentimos o impulso de respirar.
o efeito contrário a alteração inicial
(feedback negativo).

Exemplo: calor suor

Se abanar, mudar de
roupa...
3. Teoria da excitação ótima
(arousal) – Daniel Berlyne
(1960)
Não obedece a uma ordem rígida, mas
A diminuição da excitação/energia e o diz respeito a uma preponderância das
retorno ao equilíbrio são capazes de necessidades.
explicar todos os nossos
comportamentos? Nível 1: necessidades fisiológicas
Em um lugar sem gota de água doce, chuck
Não. Parece que buscamos atingir um
tem que improvisar para não morrer de sede.
ponto ótimo de excitação buscamos
estímulos diferentes/excitação (músicas Nível 11: Segurança
de estilos diferentes).
Caverna escavada na rocha

Nível 111: Amor e relacionamento –


laços sociais
Wilson

Motivação extrínseca
Orientada por fatores externos –
dinheiro, fama, elogios, etc.
4. Teoria da hierarquia das Tende a cessar na ausência dos fatores
necessidades de Maslow externos (recompensa e punição)
Estados de carência/falta fisiológica. Busca recompensa/reforço ou evitação
Exemplo: carência de alimento ou ar. de punição.
Psicólogos sociais como Abraham O que vou ganhar ou evitar com isso?
Maslow (psicologia humanista)
Realizar um relatório no trabalho
expandiram o uso
Para ser promovido
As pessoas buscam a realização pessoal
e o auto aprimoramento. Pois senão serei penalizado

Para não ficar mal na empresa


O objetivo não é desfrutar o processo de Rato aperta uma alavanca. Surge
agir, mas de sua consequência. alimento. O comportamento de apertar a
alavanca se repete alimento é o
Pode-se não gostar da ação
reforçador positivo (recompensa)
Ex: ler um livro para não ser punido pela
minha mãe
Rato está sofrendo choques. Aperta uma
alavanca. O choque cessa. O
comportamento de apertar a alavanca se
repete reforço negativo (alivio)

Relembrando reforço
(condicionamento operante)
Condicionamento: processo que
aumenta a probabilidade de um
comportamento ser repetido.
Punição
Reforço: evento que se segue a um
comportamento e aumenta a Punição: diminui a probabilidade de
probabilidade de sua ocorrência. repetição de um comportamento.

Reforço é definido por suas conseqüências Por apresentação (castigo) – algo se


observáveis (≠ agradável ou desagradável) acrescenta a situação, que diminui a
probabilidade da ação se repetir.
Reforço positivo e reforço
Por remoção (penalidade) – algo é
negativo retirado da situação, diminuindo a
Reforço: aumenta a probabilidade de probabilidade de repetição de um
uma resposta. comportamento.

Reforço positivo: algo é adicionado a Exemplos de punição


situação e aumenta a probabilidade de
Por apresentação – rato aperta uma
uma resposta. (recompensa)
barra. Recebe um choque diminuição
Reforço negativo: algo é subtraído de do comportamento de apertar a barra.
uma situação e aumenta a probabilidade
Por remoção – rato aperta a barra e
de uma resposta. (alivio)
recebe comida. Se ele “perde tempo”
Exemplos de reforço positivo e lambendo os beiços, a comida é
removida diminuição da probabilidade
negativo
do comportamento de lamber os beiços.
Motivação intrínseca que fazemos pelo prazer, porque
gostamos.
Constante e duradoura; depende
Ex: estudar um assunto interessante
unicamente do sujeito e não de fatores
externos. Quando nos oferecem uma recompensa
exterior, passamos a justificar a nossa
Causada pelo prazer ou valor de uma
ação com base na recompensa
atividade
deixamos de entender a ação como algo
Porque gosto; para aprender; para sentir-me que nos dá prazer, e passamos a percebê-
útil la como um meio para um fim.
É uma realização interna Ex: estudar o mesmo assunto quando temos
uma prova
Para brincar: crianças e filhotes de
outros animais (especialmente Fatores que influenciam na
mamíferos); exploração de objetos;
conhecer como as coisas funcionam e
motivação
podem ser usadas (resolução de Auto-regulação (MURRAY, 1930)
problemas); aprendizado sobre o mundo
Processo de iniciação, ajustamento e
social.
finalização de ações para atingir algum
Há um gosto pela ação em si objetivo.

Exemplo: “vou ler um livro pois acho os objetos auxiliam na regulação do


prazeroso” comportamento

Auto-eficácia (BANDURA, 1970-1980)


Senso de autoestima ou valor próprio, o
sentimento de adequação, eficácia e
competência para enfrentar os problemas
(Bandura, 1982).

Crença de que se é capaz de atingir o sucesso


em uma tarefa

Teoria do controle e Auto-eficácia elevada:


autopercepção Imaginam-se capazes de vencer obstáculos;

Recompensas externas podem afetar Buscam desafios;


negativamente a motivação intrínseca. Persistentes
Quando fazemos algo e não temos um Alto grau de confiança na sua capacidade de
fator externo ao qual atribuir a origem êxito
do nosso comportamento, “supomos”
Motivação de realização
(MCCLELLAND)
Desejo de se sair bem, realizar um feito
significativo, atingir um padrão de
excelência.

Alta motivação de realização objetivos


desafiadores, mas realizáveis

Tendem a assumir coisas demais e não


delegar Hipotálamo, motivação e fome
Baixa necessidade de realização objetivos Dois centros hipotalâmicos:
fáceis ou impossíveis
Lados do hipotálamo (hipotálamo lateral)
Gratificação adiada –Walter despertam a fome.
Mischel Estimulação = comer (mesmo animal bem
alimentado)
Experimento com crianças:
Se a área for destruída, mesmo um animal
Esperar para receber um brinquedo ou
faminto não se interessa por comida..
alimento preferido ou receber imediatamente
algo menos desejado? Região média inferior do hipotálamo
(hipotálamo ventromedial) deprime a
Algumas conseguem adiar melhor a
fome.
gratificação
Estimulação = parar de comer
Se tornam adultos mais competentes e
capazes de lidar com frustração Se a área for destruída come com maior
freqüência e se torna extremamente gordo.
Você prefere um intervalo curto, de cinco
minutos, no meio da aula, ou sair meia hora
mais cedo?
Motivação alimentar

O hipotálamo
Respostas fisiológicas

Homeostase

Papel importante em comportamentos


motivados

Lesão no hipotálamo anormalidades


motivacionais na alimentação, agressão
ou comportamento sexual
Instituto Kinsey: 1.000
homossexuais e 500
heterossexuais
Avaliaram quase todas as
Motivação sexual causas psicológicas prováveis para a
A motivação da fome e do sexo são homossexualidade (relações parentais,
experiências sexuais na infância,
diferentes (Necessidade) X (Impulso)
relacionamentos com pares, experiências de
Semelhanças: namoro) (Bell et al., 1981; Hammersmith,
1982).
Ambas dependem de fatores fisiológicos
internos. Se existe algum fator ambiental que
influencia a orientação sexual, ainda não se
Ambas influenciadas por estímulos externos
sabe qual é.
e imaginários, assim como por expectativas
culturais
“Só a heterossexualidade é
normal na natureza?”
Bruce Bage- mihl (1999):

Algum grau de homossexualidade


parece algo natural no mundo animal;

Pinguins, ursos-pardos, gorilas,


macacos, flamingos, corujas... centenas

Carneiros 6 a 10% atração pelo mesmo


sexo, evitando as ovelhas e procurando
outros machos (Perkins e Fitzgerald,
1997).

Resolução 01/1999
CONSIDERANDO que na prática
profissional, independentemente da área
em que esteja atuando, o psicólogo é
frequentemente interpelado por questões
ligadas à sexualidade.

CONSIDERANDO que a forma como


cada um vive sua sexualidade faz parte
da identidade do sujeito, a qual deve ser
compreendida na sua totalidade;
CONSIDERANDO que a proponham tratamento e cura das
homossexualidade não constitui doença, homossexualidades.
nem distúrbio e nem perversão;
Art. 4° - Os psicólogos não se
CONSIDERANDO que há, na pronunciarão, nem participarão de
sociedade, uma inquietação em torno de pronunciamentos públicos, nos meios de
práticas sexuais desviantes da norma comunicação de massa, de modo a
estabelecida sócio culturalmente; reforçar os preconceitos sociais
existentes em relação aos homossexuais
CONSIDERANDO que a Psicologia
como portadores de qualquer desordem
pode e deve contribuir com seu
psíquica.
conhecimento para o esclarecimento
sobre as questões da sexualidade,
permitindo a superação de preconceitos
e discriminações;

Resolução 01/1999
Art. 1° - Os psicólogos atuarão segundo
os princípios éticos da profissão
notadamente aqueles que disciplinam a
não discriminação e a promoção e bem-
estar das pessoas e da humanidade.

Art. 2° - Os psicólogos deverão


contribuir, com seu conhecimento, para
uma reflexão sobre o preconceito e o
desaparecimento de discriminações e
estigmatizações contra aqueles que
apresentam comportamentos ou práticas
homoeróticas.

Art. 3° - os psicólogos não exercerão


qualquer ação que favoreça a
patologização de comportamentos ou
práticas homoeróticas, nem adotarão
ação coercitiva tendente a orientar
homossexuais para tratamentos não
solicitados.

Parágrafo único - Os psicólogos não


colaborarão com eventos e serviços que

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