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Introdução

O trabalho em causa faz abordagem à visão behaviorista no que diz respeito ao processo
da aprendizagem tendo como base o Behaviorismo radical. Fez-se menção de valiosos
contributos de B. F. Skinner e procurou-se aprofundar um pouco de todos eles.
Objectivos

Perceber a forma como os behavioristas analisam o processo de aprendizagem e


entender os sistemas de reforço e recompensa que usamos no dia-a-dia.

Metodologia

O trabalho foi feito sob consulta de manuais, sites de internet e vídeos explicativos
encontrados na plataforma Youtube.
Behaviorismo
O Behaviorismo também chamado de Comportamentalismo ou Psicologia
comportamental é uma teoria da Psicologia que avalia o comportamento de seres
humanos e animais, a partir de análises fundamentadas e da observação dos factos
práticos como, por exemplo, reacções aos estímulos.
O Behaviorismo originou-se nos Estados Unidos no início do século XX, como uma
ideia de oposição ao conceito de Psicologia introspectiva.
A teoria behaviorista ou comportamental defende uma psicologia mais objectiva. Os
behavioristas se opõem a estudos unicamente baseados em sentimentos, emoções e
pensamentos.
As principais manifestações da psicologia behaviorista surgiram pelas mãos de Jonh
Watson (1878-1958), o psicólogo americano que defendeu o estudo do comportamento
observável.
O Behaviorismo foi alvo de investigação por parte de vários estudiosos, ao longo das
pesquisas, foram desenvolvidas consoantes as conclusões e interpretações de cada um.
Deste modo, foram identificados diferentes tipos de behaviorismo, sendo os principaisː
o Behaviorismo metodológico e o Behaviorismo radical.
Condicionamento Operante
O condicionamento operante, às vezes chamado de condicionamento instrumental, é um
método de aprendizado que emprega recompensas e punições para o comportamento.
Por meio do condicionamento operante, é feita uma associação entre um
comportamento e uma consequência (seja negativa ou positiva) desse comportamento.

Operantes
Operantes são acções que os animais iniciam, ou respostas voluntárias. São exemplos de
operantes humanos comoː andar, dançar, sorrir, beijar, escrever poemas, beber cerveja,
assistir a televisão, fofocar e jogar video games.
O sistema nervoso central (SNC), que exerce controle sobre os movimentos dos
músculos esqueléticos medeia os operantes. Embora os operantes pareçam espontâneos
sob pleno controle do animal, são altamente infuenciados por seus efeitos. Em alguns
casos, são também controlados por eventos precedentes.

Condicionamento operante
O condicionamento operante ocorre sempre que os efeitos que se seguem a um operante
aumentam ou diminuem a probabilidade de o operante voltar a ser desempenhado em
uma situação similar. Em outras palavras, a frequência relativa ou intensidade de uma
acção é modificada durante o condicionamento operante.
O princínpio básico do condicionamento operante é simples. Se um comportamento
operante é repetidamente seguido de resultados agradáveis ao aprendiz, o acto tende a
ser desenpenhado com maior frequência sobre condições similares. Se, entretanto, o
comportamento for geralmente seguido de consequêcias desagradáveis, tende a ser
repetido com menor frequência sobre circunstâncias semelhantes.
Ao longo da vida cotidiana, os operantes estão sendo continuamente condicionados, em
geral sem nosso conhecimento. Por exemplo, uma rapariga que, enquanto ela descreve o
encontro que teve com o namorado ontem à noite, a mãe (cujo ela respeita e valoriza)
fica inquienta e olha para o lado. Como resultado, ela tenderá a falar menos à sua mãe
sobre este e outros eventos similares. Se ela confidencia sentimentos pessoas com um
amigo e a relação torna-se mais afectiva e mais interessante, há grande probabilidade
dela continuar a conversar de maneira íntima nas futuras relações.
Outro exemplo é o caso de usar uma nova técnica de estudo que produz boas notas, a
pessoa provavelmente continuará a usá-la. Em qualquer dos casos, a probabilidade de
ocorrer um determinado operante em uma situação específica foi modificada por seus
efeitos.

História do Condicionamento Operante


A história deste condicionamento teve dois pioneiros que tiveram especial influência
nos avanços e no entendimento do mesmoː Edward Thorndike e Burrhus Frederic
Skinner.
Este condicionaamento primeirante estudado por Edward Thorndike, que observou
gatos famintos para descobrir como eles resolviam os problemas. Ele colocou esses
gatos desprovidos de alimentos em caixas quebra-cabeças, Thorndike observou como os
gatos aprendiam a escapar das diversas caixas. Mas tarde reuniu suas impressões,
ʺQuando colocam em uma caixa, o gato exibe sinais evidentes de desconforto e um
impulso para fugir ao confinamento. Ele tenta expremer-se para atravessar qualquer
abertura dos pontos, arranha e morde as barras ou o arrameː estende as patas para fora
através de qualquer abertura e arranha o que estiver ao seu alcance […] simplesmente
luta de forma instintiva para fugir ao confinameto […]ʺ (THORNDIKE,1898, p.13).
Thorndike acreditava que os animais – incluindo o homem – resolviam problemas por
tentativa e erro. No princípio, o animal tentava várias respostas ʺinstitivasʺ. Os
comportamentos bem sucedidos tornam-se mais frequentes, ʺinstaladosʺ,
presumivelmente pelo prazer do sucesso. Ao mesmo tempo, os actos mal sucedidos são
ʺeliminadosʺ por não produzirem o resultado desejado. O prazer das consequências, em
outras palavras, é uma influência fundamental na aprendizagem, uma ideia conhecida
como lei do efeito.

Skinner e o Condicionamento Operante


O psicólogo americano B.F.Skinner foi quem provavelmente mais contribuiu
individualmente para nosso entendimento do condicionamento operante.
Como John Watson, Skinner ficou conhecido por sua visão Behaviorista. Ele sempre
insistiu em que o comportamento observável é o único interesse apropriado do
psicólogo.
No fim da década de 1920, Skinner começou a investigar o comportamento operante.
Ele frequentemente treinava pequenos grupos de pombos ou ratos privados de comida
para bicar uma chave ou pressionar uma barra. Cada vez que o animal faminto
desempenhava a acção correcta, uma bola de alimento era liberada para dentro de seu
comedor. Por que estudar o comportamento simples de organismos simples em
ambiente simples? Skinner pressupunha que era esta a táctica mais eficiente para
descobrir as leis básicas do aprendizado operante.

Sistema de Recompensas
É uma série de estruturas cerebrais e vias neuronais diferentes que tem como função
gerar comportamentos relacionados com a motivação e o prazer.
A recompensa está mais relacionada com a aprendizagem do valor de algum
comportamento e o prazer tem a ver com se sentir bem tendo um certo comportamento.
O sistema de recompensas utiliza aspectos positivos de emoções como o prazer e o
desejo para criar a motivação necessária para a realização de comportamentos
específicos, como comer, trabalhar, etc.

Sistemas de Reforços
No condicionamento operante o reforçamento fortalece o comportamento. O
reforçamento sucede o acto fortalecido do condicionamento operante, na natureza do
procedimento de reforçamento os operantes são reforçados pelas consequências
agradáveis para o aprendiz. Além disso, os psicólogos falam sobre dois tipos de
reforçamento operanteː positivo e o negativo.

 Reforçamento Positivo
Sempre que um operante é fortalecido pela apresentação de um evento que se lhe
sucede, os psicólogos chamam ao processo e consequência de reforçamento positivo. A
consequência é também conhecida como reforçador positivo.
O calão (jargão) de condicionamento é difícil para os estudantes, porque os seus termos
entram em conflito com o uso comum. O adjectivo ʺpositivoʺ refere-se ao facto de que
uma consequência foi apresentada, em vez de, removida. O substantivo ʺreforçamentoʺ
significa que o comportamento condiciondo foi fortalecido, em vez de enfraquecido.
Seguem vários exemplos de reforçamento positivo: As palhaçadas de Sammy em classe
são seguidas por atenção e aumentam em frequência; os concertos que Edna faz pela
casa recebem profundos elogios e tornam-se mais prováveis; o professor substituto olha
fixamente toda vez que Edy, conversa com um colega vizinho, e Edy conversa cada vez
mais em aula. Observe que olhar fixamente, um evento em geral considerado
desagrável, pode funcionar como um reforçamento positivo. Observe também que o
comportamento irritante – fazer palhaçadas e conversar com os colegas em aula – pode
ser reforçado.
É ensencial lembrar que o reforçamento positivo é definido em termo de seus efeitos.
Assim, nem sempre podemos prever o que operará como reforçador positivo. Em cada
caso, precisamos ver o que acontecerá.

 Reforçamento Negativo
Enquanto que no reforçamento positivo as consequências são apresentadas ou
acrescentadas à situação, no reforçamneto negativo elas são removidas ou subtraídas.
Em termos mais formais, sempre que um operante é fortalecido pela remoção,
adiamento ou redução de um evento posterior, chamamos ao processo e à consequência
(remoção do evento) de reforçamento negativo. A consequência removida no
reforçamento negativo é chamada de estímulo punitivo, definido pelos psicólogos como
um enfraquecedor de comportamento. Assim, podemos dizer que os reforçadores
negativos fortalecem a conduta pela remoção dos estímulos punitivos.
O conceito de reforçamento negativo pode gerar uma confusão. Para entender, o
ʺnegativoʺ refere-se ao facto de que a consequência foi removida.
Não significa que foi uma ʺmáʺ resposta. Como sempre, reforçamento diz que o
comportamento foi fortalecido. O reforçamento negativo fortalece comportamentos que
livram os animais de irritações, um resultado agradável.
Os psicólogos fazem distinção entre dois tipos de reforçamento negativoː
condicionamnto de fuga e condicionamento de esquiva.
 Durante o condicionamento de fuga, os operantes são fortalecidos porque fazem
cessar algum evento ocorrente que o organismo considera desagrável. Seguem
alguns exemplos deste condicionamentoː hábitos como tapar os ouvidos durante
tempestades com trovão, afastar o fone do ouvido para evitar conversas
telefónicas desagrável e limpar salas bagunçadas para não ouvir mais as broncas
de alguém.
 Durante o condicionamento de esquiva, os operantes são fortalecidos porque
adiam ou evitam algo que o organismo antecipa como desagrável. Seguem
alguns exemplos deste condicionamentoː Francisca evita o sermão dos pais
sobre os seus péssimos hábitos de estudo deixando seu material na escola. Joana
põe o cinto de segurança antes de ligar o carro para evitar o som irritante da
campanhia-lembrete. Os estudantes estudam para evitar notas vermelhas.
Crianças obedecem aos pais para não levar porrada. Da mesma, muitos adultos
cumpridores das leis agem assim para evitar acidentes, multas e prisão.

Reforçadores
Saber o que é um reforçador durante o condicionamento operante depende do indivíduo
e de suas circunstâncias correntes. O elogio pode ser um bom estímulo reforçador para
Paulo atender quando é chamado, embora possa não fortalecer seu estudo de piano.
Yolanda talvez não mova um dedo para evitar uma discussão, enquanto Jeremias pode
aumentar a frequência de qualquer acto que impeça um mero franzir de sobracenlhas.
Os reforçadores são às vezes divididos em duas classes geraisː intrínsecos e
extrínsecos.

 Reforçadores intrínsecos
Um reforçador é considerado intrínseco quando o simples acto de engajar no
comportamento o fortalece. Em outras palavras, o próprio acto é uma fonte de
sentimentos agradáveis, sendo automaticamente reforçado toda vez em que ocorre.
Respostas intrinsecamente reforçadoras incluem aquelas que satisfazem motivos de base
fisiológica, como a fome por exemplo. Actividades que fornecem estimulação sensorial
agradável (como dançar, tocar instrumentos musicais, cantar, entre outros) também são
intrinsecamente reforçadoras, assim como o senso de progresso ou domínio proveniente
da conquista de uma meta ou quebra de um mau hábito.
Durante o reforçamento negativo, comportamentos que permitem a pessoa evitar ou
escapar do perigo ou dor (desde fugir do inimigo, até desinfectar um arranhão) são
intrinsecamente reforçadores.

 Reforçadores extrínsecos
Os reforçadores extrínsecos costumam ser divididos em três categorias:
 Reforçadores primários ou não aprendidos – são poderosos em fortalecer o
comportamento desejado e não precisam de qualquer treinamento anterior.
Ex: A limpeza do quarto por uma criança poderia ser fortalecida oferecendo-lhe
doces como recompensa.
 Reforçadores sociais – são aqueles que dependem de outras pessoas. Os
reforçadores sociais comuns incluem afecto, atenção, aprovação,
reconhecimento, respeito, etc. A retirada da rejeição, raiva, desaprovação e do
desrespeito são também reforçadores sociais comuns no reforçamento negativo.
 Reforçadores secundários ou condicionados – são repetidamente pareados
com outros reforçadores até que se tornem valorizados.
Ex: O dinheiro é associado com a aquisição de alimento e confortos de toda
espécie.

Vantagens e Desvantagens
De acordo com a leitura feita sobre os sistemas de reforço, é muito vantajoso usar o
sistema de reforços para a aprendizagem porque todo o ser humano é muito capaz de
usa-lo e aprender com ele tanto de forma positiva como de forma negativa, isto é, um
indivíduo aprende a atingir suas metas em um ambiente potencialmente complexo. Este
é um método de tentativas e erros, quando um individuo a executa uma tarefa de forma
correcta, ele vai receber uma recompensa, caso contrário vai receber uma punição.

Analisando os dois sistemas acima abordados (sistema de recompensas e sistemas de


reforços), achamos melhor o uso do sistema de reforços para o processo de
aprendizagem.
Embora o sistema de recompensas funcione muito e quase sempre, ele torna-se
desvantajoso na medida em que a pessoa passa a aprender para receber alguma coisa e
não para adquirir conhecimento.
Ex: Uma mãe oferece brinquedos ao filho sempre que ele tira 20 valores na prova, isso
faz com que a criança se esforce para tirar 20 valores não para orgulhar a mãe ou
adquirir conhecimento, mas para receber brinquedos. Ou seja, nesse caso a recompensa
desvia o objectivo da criança (que é adquirir conhecimento) e abre espaço para o vício
(que é receber algo em troca sempre que fizer bem alguma actividade).
Enquanto o sistema de reforços permite que o indivíduo aprenda tanto de forma positiva
como de forma negativa, isto é, um indivíduo aprende a atingir suas metas em um
ambiente potencialmente complexo. Este é um método de tentativas e erros, quando um
indivíduo executa uma tarefa de forma correcta, ele vai receber uma recompensa, caso
contrário vai receber uma punição.
Conclusão
Feito este trabalho concluímos que estamos constantemente a aprender, com base nas
experiências e comportamentos que vamos tendo diariamente e independentemente do
efeito que isto tem nas nossas vidas.
Referências bibliográficas
 DAVIDOFF, Linda L., Introdução à Psicologia, 3ª ed., São Paulo:
Pearson Makron Books, 2001

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