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Fundação Edson Queiroz – Universidade de Fortaleza

(Centro de Ciências da Saúde – CCS)

Curso: Psicologia (Teoria Comportamental e Cognitiva)

Turno: Tarde

Professora: Maira Gondim

AV3- trabalho parcial valendo 5,0 pontos

Análise do Episódio “Queda Livre” – série Black Mirror (episódio 1 da 3 temporada.)

Integrantes: Giovanna Pinto Neves (2221867)


● Reforçamento Positivo e Negativo

REFORÇO P/N

Existem dois tipos de consequências (reforçadores e punidores), o mundo contém


quatro tipos de contingência que podem dar origem a um comportamento operante . A
dependência entre trabalho e alimento é um exemplo de reforço positivo: reforço, porque a
relação tende a fortalecer ou a manter a atividade (trabalhar), e positivo porque a atividade
torna mais provável o reforçador (alimento). O reforço é positivo quando se adiciona um
estímulo ao ambiente e aumenta a resposta. A contingência entre escovar os dentes e
desenvolver cáries é um exemplo de reforço negativo: reforço, porque a relação tende a
manter a escovação dos dentes (a atividade), e negativo porque escovar torna a cárie (o
punidor) menos provável. O reforço negativo se dar por subtrair um estímulo do ambiente e
manter a resposta.

● Reforço natural x Reforço social

REFORÇO NATURAL x SOCIAL

A distinção entre estímulos reforçadores naturais e arbitrários podem ser visualizados


com algumas perguntas, como: Quais consequências deveriam manter o comportamento de
estudar? Notas, elogios, ganhar brinquedos, pontos. resolver problemas práticos do dia a dia?
Quais seriam as consequências quando temos um músico profissional tocando violão? O som
produzido pelo movimento das cordas do instrumento? O dinheiro recebido por cada
apresentação? O aplauso do público?

Bom, alguns pesquisadores, diriam que, se o comportamento do músico de tocar


violão é reforçado pelo som que sai do instrumento, o som produzido seria um estímulo
reforçador natural. E diriam ainda que, se esse mesmo comportamento fosse reforçado pelo
pagamento do cachê, talvez pudéssemos falar que o dinheiro seria um estímulo reforçador
arbitrário. Dessa forma, estímulos reforçadores naturais seriam aqueles produzidos
diretamente pelo comportamento, e estímulos reforçadores arbitrários seriam aqueles
mediados, de alguma forma, pelo comportamento de outra pessoa, algo externo.

É preciso reconhecer que boa parte dos comportamentos das pessoas, principalmente
em contextos sociais, geralmente acontece de forma arbitrária reforçada.
● Comportamentos de fuga e esquiva

COMPORTAMENTO DE FUGA E ESQUIVA

São dois tipos gerais de comportamentos operantes mantidos por contingências de


reforçamento negativo. Esses dois tipos de comportamento são diferenciados da seguinte
forma: a esquiva é tida como uma espécie de prevenção, e a fuga, como uma espécie de
remediação. Consideramos que um comportamento é uma fuga no momento em que
determinado estímulo aversivo está presente no ambiente e esse comportamento o retira do
ambiente, como no caso de um adolescente usar um creme para secar uma acne que já está
em seu rosto. Nesse caso, a resposta de usar o creme é uma fuga, mantida pela retirada da
espinha, que é um estímulo aversivo já presente. Outro exemplo, arrumar o quarto: durante a
fuga você só irá arrumar o quarto quando a sua mãe começar a brigar porque o quarto está
bagunçado, tendo como consequência a mãe parar de brigar.

Já a esquiva é um comportamento que evita ou atrasa o contato com um estímulo


aversivo, isto é, ocorre quando um determinado estímulo aversivo não está presente no
ambiente. Porém, a resposta de esquiva acontece diante de outros estímulos que sinalizam a
apresentação iminente dos estímulos aversivos. Emitir o comportamento de esquiva evita ou
atrasa a apresentação do estímulo aversivo. Por exemplo, o adolescente que costuma ter
espinhas faz uma dieta menos calórica ou passa um creme que reduz a oleosidade da pele e,
assim, evita que elas apareçam. No caso do quarto bagunçado você irá arrumar o quarto logo
quando acordar, evitando as reclamações da sua mãe.

É importante notar que os comportamentos de fuga e de esquiva só são estabelecidos


e mantidos em contingências de reforçamento negativo. Logo, não observaremos fuga e
esquiva em contingências de reforçamento positivo e de punição.

● Reforço x Punição

REFORÇO x PUNIÇÃO

Reforço ou estímulo reforçador, é a consequência de um comportamento que o torna


mais provável. O reforço poderá ser positivo ou negativo. Já as punições são consequências
do comportamento que tornam sua ocorrência menos provável. Essas consequências são
chamadas de punição positiva e negativa.

● Punição Positiva e Negativa

PUNIÇÃO P/N

Existem dois tipos de consequências punitivas: a positiva e a negativa. A punição


positiva é uma consequência que consiste na apresentação de um estímulo ao ambiente que
reduz a probabilidade da ocorrência futura do comportamento produzido. Por exemplo, uma
pessoa alérgica a camarão passa mal ao comê-lo. A partir dessa reação, não come mais
camarão. No caso, o comportamento de comer camarão produziu a apresentação de sintomas
aversivos, como dificuldade para respirar, manchas vermelhas na pele, coceira, etc. Sendo
assim, houve uma diminuição na frequência desse comportamento, logo ele foi positivamente
punido.

A punição negativa, por sua vez, é uma consequência que consiste na retirada,
subtração (ou perda) de reforçadores no ambiente. Essa consequência tornará o
comportamento que a produziu menos provável no futuro. Por exemplo, uma pessoa que
acessa sites não confiáveis na internet pode danificar seu computador, de forma que ele pare
de funcionar. Assim, ela deixa de acessar esses sites. Nesse caso, a consequência do
comportamento de acessar sites não seguros foi a perda dos reforçadores disponibilizados
pelo computador funcionando (tiramos um estímulo do ambiente). Houve assim, uma
diminuição na frequência do comportamento de acessar sites perigosos pela retirada dos
reforçadores associados ao computador funcionando, concluímos que houve uma punição
negativa.

É importante enfatizar que a punição, seja positiva, ou negativa, resulta, na redução da


frequência ou da probabilidade do comportamento. Os termos positivo e negativo indicam
apenas apresentação (adição) ou retirada (subtração) de estímulos, respectivamente. Em
Análise do Comportamento, positivo não é bom e negativo não é ruim.

Punição positiva: diminui a probabilidade de o comportamento ocorrer novamente pela


consequente adição de um estímulo aversivo ao ambiente.
Punição negativa: diminui a probabilidade de o comportamento ocorrer novamente pela
consequente retirada de um estímulo reforçador (de outros comportamentos) do ambiente.

● Extinção

EXTINÇÃO

Quando falamos em extinção nos referimos ao enfraquecimento gradual de uma


resposta condicionada que resulta no decréscimo ou desaparecimento do comportamento. Em
outras palavras, o comportamento condicionado eventualmente para.

● Resistência à extinção

RESISTÊNCIA À EXTINÇÃO

Resistência à extinção é a própria demora, é o fenômeno propriamente dito.

Está relacionado ao número de exposições à contingência de reforçamento. Diz


respeito ao número de vezes em que um determinado comportamento foi reforçado até a
suspensão do reforçamento. Quanto mais vezes um comportamento for reforçado, mais
resistente à extinção ele será.

Cabe ressaltar, que, quanto mais esforço é necessário para emitir um comportamento,
menor será a sua resistência à extinção; em outras palavras, “se for mais difícil, desisto mais
rápido”. Por exemplo, ao término de um namoro, quanto mais difícil for para o “namorado
teimoso” falar com a namorada, mais rapidamente ele parará de insistir em retomar o
relacionamento.

Quando um comportamento às vezes é reforçado e às vezes não, ele se tornará mais


resistente à extinção do que um comportamento reforçado todas as vezes que ocorre. É mais
fácil, por exemplo, extinguir o comportamento que é reforçado todas as vezes em que ocorre,
do que extinguir aqueles que são reforçados apenas ocasionalmente.
● Modelagem

MODELAGEM

Modelagem é um procedimento utilizado para se ensinar um comportamento novo por


meio de reforço diferencial de aproximações sucessivas do comportamento-alvo.

Pais e parentes reforçam e extinguem sucessivamente o balbuciar dos bebês, exigindo


sequências de sons cada vez mais parecidas com os sons das palavras da sua língua materna.
● Referências bibliográficas

BAUM, William M. Compreender o behaviorismo: comportamento, cultura e evolução. [Digite o


Local da Editora]: Grupo A, 2019. E-book. ISBN 9788582715246. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582715246/. Acesso em: 07 dez. 2022.

MOREIRA, Márcio B.; MEDEIROS, Carlos A D. Princípios básicos de análise do comportamento.


[Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2019. E-book. ISBN 9788582715161. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582715161/. Acesso em: 07 dez. 2022.

MOREIRA, Márcio B.; MEDEIROS, Carlos A D. Princípios básicos de análise do comportamento.


[Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2019. E-book. ISBN 9788582715161. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582715161/. Acesso em: 07 dez. 2022.

MOREIRA, Márcio B.; MEDEIROS, Carlos A D. Princípios básicos de análise do comportamento.


[Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2019. E-book. ISBN 9788582715161. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582715161/. Acesso em: 07 dez. 2022.

MOREIRA, Márcio B.; MEDEIROS, Carlos A D. Princípios básicos de análise do comportamento.


[Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2019. E-book. ISBN 9788582715161. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582715161/. Acesso em: 07 dez. 2022.

MOREIRA, Márcio B.; MEDEIROS, Carlos A D. Princípios básicos de análise do comportamento.


[Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2019. E-book. ISBN 9788582715161. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582715161/. Acesso em: 07 dez. 2022.

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