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Psicologia Geral e Experimental em Comportamento Operante

O comportamento Operante é um conceito divulgado por B.F Skinner sobre nosso


comportamento e como as consequências positivas ou negativas. Aqui temos uma resposta
emitida pelo organismo que ira produzir uma alteração no ambiente: representado pelo R – C.
Nesse sentido podemos afirmar que o comportamento é afetado (controlado) por suas
consequências.
A experiencia realizada por Skinner para comprovar a teoria de aprendizado por meio do
condicionamento foi feito por meio de um rato e uma caixa, na qual chamamos da “Caixa de
Skinner”. Nela somos apresentados a uma caixa com uma alavanca, na qual se pressionada
oferecia ao rato alimento e consequentemente com o tempo esse aprendera como conseguir
alimento. Ou seja, o comportamento é aprendido em função de suas consequências em função
das modificações que produzem no ambiente. Dessa forma podemos analisar que: 1- o que
levou as pessoas a realizar determinada ação foi o histórico de atividades e suas consequências e
2- se os comportamentos são controlados por suas consequências, isso significa que ao
mudarmos as consequências o comportamento também ira de modificar.
Uma criança em casa com o pai pode começar a fazer birra para conseguir assistir televisão,
tendo atenção dele e tendo sua vontade atendida. A criança vê que seu comportamento
funcionou e a probabilidade dela o repetir para conseguir a mesma consequência ira aumentar, o
que a classificaria como uma consequência reforçadora. No exemplo anterior do rato, a
consequência reforçadora é a disponibilização de alimento e o estímulo reforçador é o alimento
propriamente dito. Todavia, as características físicas de um estímulo ou suas propriedades não
podem, por si só, qualificá-lo como reforçador. Se você está a dias sem comer, o alimento pode
se tornar um estímulo reforçador, no entanto se você comeu muito até mesmo seu prato
predileto pode se tornar aversivo a você. Outro exemplo é perguntar alguma coisa em classe
para o professor. Dependendo da resposta dele, o aluno pode se engajar a realizar mais
perguntas durante a aula ou em um contexto diferente possa levar o individuo a nunca mais a
fazer comentários durante a aula desse professor, e nesse caso não seria considerado um
estímulo reforçador. Concluímos então que para determinarmos se um estímulo é reforçador, ou
se uma consequência é reforçadora, devemos considerar, necessariamente o seu efeito sobre o
comportamento. Independente do estímulo, se o efeito de sua apresentação for o de aumentar a
probabilidade de ocorrência do comportamento que o produz, então será considerado
reforçador.
O reforçamento além de aumentar a probabilidade de comportamento também é responsável por
mais dois efeitos. O primeiro deles será a diminuição da frequência de outros comportamentos.
Se, em uma noite em um bar você se situa em um ambiente onde há pessoas bebendo e
comendo e uma pessoa se mostra interessada no que você tem a dizer, é provável que você
abandone as outras atividades e se concentre no que você está dizendo. Nesse caso a atenção
(interesse) é o estímulo reforçador e falar seria a resposta. A diminuição da frequência de outras
respostas seria uma decorrência desse reforço. O mesmo ocorreria caso os pais durante uma
birra diminuíssem a frequência desse comportamento, e reforçasse comportamentos mais
adequados. Ou seja, ao atender os pedidos da criança quando ela os realiza de forma mais
adequada, a frequência de realizar birras tende a diminuir.
O segundo efeito é a diminuição na variabilidade de topografia da resposta reforçadora. A
topografia seria as diversas formas que podem se ocorrer o mesmo comportamento. No caso do
rato da caixa de condicionamento operante, o roedor vai pressionar a barra de diversas
maneiras: com a pata direita, esquerda, com o focinho, até o comportamento ser reforçado tantas
vezes que passa a ocorrer apenas de uma forma.
Muitos se enganam quando é mencionado sobre reforço pois relacionam com comportamentos
adequados, no entanto as consequências não têm efeito somente sobre elas. Se somos chefes de
uma empresa por exemplo, um comportamento grosseiro apesar de não ser adequado, oferece
respeito dos funcionários, o que fará com que o chefe repita o comportamento quando quiser
uma atenção maior de seus subordinados, o que faz dessa consequência uma reforçadora. Assim
devemos ter consciência que a decorrência é por conta que a resposta tem essa consequência e
não por outra razão qualquer. Ao desejar muito ir em uma festa podemos ter a notícia que há
uma pessoa que você não quer encontrar, esse seria o contexto, e a resposta seria não ir a festa
que seria reforçada pelo fato de não querer encontrar alguém.
Como dito anteriormente, temos que analisar o contexto e não somente os aspectos físicos para
determinar se alguma coisa se encaixa como um reforçador, porém no caso do dinheiro, esse se
torna um reforçador generalizado, pois esse se aplicará a maior parte das pessoas e em
diferentes situações. Um sorriso por outro lado se torna um reforçador em situações sociais, pois
nos incentiva a engajar em situações sociais e demonstra receptividade.
Vamos então apresentar o conceito de Extinção Operante para então abordarmos outros fatores
de reforçadores. A extinção seria suspender o reforçamento de um comportamento para que
assim termos a diminuição de um comportamento, voltando assim ao seu nível operante, isto é,
retornando a frequência com que ocorria antes de ser reforçado. A suspensão do
reforçamento é um processo de extinção operante! Esse processo vai gerar uma diminuição
gradual na frequência de ocorrência podendo até chegar ao seu nível zero, no entanto seus
efeitos são temporários. Temos alguns efeitos que acompanham a extinção. O primeiro seria o
aumento na frequência de resposta, ou seja, durando o processo de extinção antes da frequência
diminuir ela aumenta bruscamente – lembrando que esse comportamento pode ocorrer mas não
necessariamente ocorrera em todos os casos de extinção. Podemos utilizar o exemplo da
campainha. Quando estamos esperando na porta de alguém e esse não nos atende rapidamente,
podemos ter o comportamento de apertar diversas vezes até sermos atendido. Ou quando
mandamos uma mensagem e não obtemos uma resposta imediata, fazendo com que
mandássemos mais.
Aqui diferente do processo de reforço temos o aumento na variabilidade da topografia de
resposta, ou seja, logo no início do processo de extinção a forma na qual vamos nos
comportando muda. No mesmo exemplo da campainha podemos pressionar mais forte, com a
mão toda, bater na porta ou bater palmas. No caso da mensagem podemos ligar, ou até mesmo ir
até a casa de alguém se desejamos receber uma resposta.
A reposta emocional é uma decorrência muito comum da extinção operante. Podemos ficar
frustrados, com raiva, ansiedade, irritação...
No exemplo do celular anteriormente mencionado podemos ficar tão frustrados que joguemos o
celular na parede. Outro exemplo é o da própria caixa de Skinner, onde o rato ao ser submetido
ao processo de extinção exibe uma resposta emocional de morder a barra.
Como visto anteriormente durante o processo de extinção a frequência do comportamento
diminui, no entanto temos um tempo até que ele volte a ser operante. Por quanto tempo a pessoa
continuaria apertaria a campainha? Por quanto tempo continuaria mandando a mensagem até a
pessoa responder? – Essa é uma indagação sobre a resistência á extinção, que é o tempo ou
número de vezes que o comportamento continua ocorrendo depois da suspensão do
reforçamento, ou seja, quanto maior o tempo/número, maior é a resistência a extinção. Dizer
que um comportamento tem alta resistência a extinção não é a explicação, pois quando estamos
falando de resistência estamos falando apenas da demora, ou seja o fenômeno propriamente
dito.
Pessoas que apresentam alta resistência à extinção são rotuladas como perseverantes, teimosas,
e pessoas que desistem facilmente são consideradas desanimadas no senso comum, são aquelas
que apresentam baixa resistência a extinção.
Quais os fatores que influenciam essa resistência a extinção?
O número de exposições a contigência de reforçamento, ou seja o numero de vezes em que um
determinado comportamento foi reforçado até a suspensão dele. Quanto mais vezes um
comportamento for reforçado, mais resistente à extinção ele será. Dessa forma, quanto mais
cedo diminuímos a frequência do comportamento

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