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PUNIÇÃO

Profº. Msª. Tamyres Tomaz Paiva


O QUE VOCÊS ENTENDEM COMO
PUNIÇÃO?
PUNIÇÃO

• O termo punição pode ser definido funcionalmente como a consequência que

reduz a frequência do comportamento que a produz.

Punição

Relação de contingência entre a


Consequência + comportamento

O estímulo que for consequência dessa resposta é denominado de estímulo punitivo.

Para dizermos que houve uma punição, é necessário que se observe uma diminuição na frequência do comportamento.
PUNIÇÃO

• Punição é um tipo de consequência do comportamento que torna


a sua ocorrência menos provável;

• Punição positiva- estímulo é acrescentado no comportamento;

• Punição negativa- estímulo é retirado no comportamento;


PUNIÇÃO POSITIVA

• Punição positiva: diminui a probabilidade de o comportamento ocorrer


novamente pela consequente adição de um estímulo aversivo ao
ambiente;

• Exemplo:
• Um rato que tem o comportamento de pressionar a barra mantido pela
liberação de água passa a receber, além da água, um choque quando
emite esse comportamento. Em decorrência do choque contingente ao
comportamento de pressão à barra, este deixa de ocorrer.
APRESENTAÇÃO DO VÍDEO

• https://www.youtube.com/watch?v=ku1hE2hfNBE
PUNIÇÃO NEGATIVA

• Punição negativa: Diminui a probabilidade de o comportamento


ocorrer novamente pela consequente retirada de um estímulo
reforçador (de outros comportamentos) do ambiente.

• Exemplo:

• Dirigir após ter consumido álcool, perder a carteira de motorista e não mais

dirigir nessas condições quando recuperar a carteira.


S U S P E N S Ã O D A C O N T I N G Ê N C I A P U N I T I VA:
R E C U P E R AÇ Ã O D A R E S P O S TA

• Quando um comportamento punitivo para de ser dado; o comportamento pode volta ao nível
operante, e a isso denominamos de recuperação da resposta;

• Por exemplo:

• Uma jovem que namora um rapaz que implica com suas minissaias pode parar de usá-las.

• Assim, o comportamento de usar minissaia é positivamente punido pelas discussões com o


namorado.

• Caso ela troque esse namorado por outro menos machista e ciumento, que não implique com suas
roupas, seu comportamento de usar minissaia talvez volte a ocorrer.
Vejamos outo exemplo a seguir...
EXPERIMENTO

• Skinner (1938) tem um estudo clássico sobre a suspensão da


contingência de punição, no qual dois grupos de ratos tiveram o
comportamento de pressionar a barra modelado e mantido pela liberação
de alimento.

• 1* Grupo controle não recebeu a punição;

• 2* Experimental recebeu a punição (choque toda vez que pressionava a


barra);
Número de respostas
GRUPO CONTROLE

10 Sessões 20 30
GRUPO EXPERIMENTAL

Choque desligado
Número de respostas
PUNIÇÃO VERSUS EXTINÇÃO
QUAL A DIFERENÇA?
PUNIÇÃO VERSUS EXTINÇÃO
QUAL A DIFERENÇA?

• Na extinção, o comportamento passa a não ter a contingência reforçadora;

• Na punição negativa um comportamento passa a ter uma nova consequência, que é


a perda de potenciais reforçadores de outros comportamentos;

• A contingência de reforçamento que mantém esse comportamento permanece


intacta;

• Nem sempre a punição leva a extinção do comportamento;


Vejamos o exemplo a seguir...
SITUAÇÃO A SER RESOLVIDA

• Imagine que não temos condições de desligar o bebedouro, mas temos que fazer o rato parar de pressionar
a barra. O que iremos fazer?

• PUNIÇÃO- Se assim o fizéssemos, a frequência do comportamento de pressão à barra reduziria, mesmo


com a contingência de reforçamento em vigor.
EM OUTRAS PALAVRAS....

Vejamos o exemplo a seguir...


SITUAÇÃO A SER RESOLVIDA

• João estuda em uma escola;

• Quando Joãozinho fala palavrões, seus colegas riem bastante com ele.

• A risada de seus amigos é uma consequência reforçadora para seu


O que a mãe de joãozinho aplicou a extinção ou a punição?
comportamento de falar palavrões.

• A mãe de Joãozinho quer que ele pare com isso; para tanto, ela retira sua

“mesada”, e, em função dessa consequência, ele para de falar palavrões.


EFEITOS COLATERAIS DO CONTROLE
AVERSIVO

• Podem provocar:

• Eliciação de respostas emocionais;

• Supressão de outros comportamentos além do comportamento punido;

• Ocorrência de respostas incompatíveis com o comportamento punido;


ELICIAÇÃO DE RESPOSTAS EMOCIONAIS

• No momento em que os organismos entram em contato com estímulos aversivos, é possível que haja a
eliciação de várias respostas emocionais, como tremores, taquicardia, palpitações, choro, etc.

• Temos reações diversas para quem pune e para quem é punido;

• Podemos ter o sentimento de culpa por quem foi punido e sentimentos de culpa por quem pune;

• Exemplo: Criança que faz birra para ganhar um pirulito >>>>> chora >>>>> recebe carinho ou o
pirulito;

• Os pais recebe o reforço negativo >>>>retirada do choro >>>> reforça o comportamento de chorar na
criança para obter o que quer no futuro;
SUPRESSÃO DE OUTROS
COMPORTAMENTOS

• Outros comportamentos que estiverem ocorrendo temporalmente próximos ao


momento da apresentação do estímulo punitivo podem também ter a frequência
reduzida;

• Vejamos o exemplo a seguir...


EXEMPLO

• Imagine a situação que um cliente está em terapia e há varias semanas não bate no filho;

• O terapeuta crítica o cliente >>>>gera:

• >>>>>diminuição da frequência de bater

>>>>>o cliente não contar mais sobre esse fato

>>>>>exclusão de outros comportamentos;


O C O R R Ê N C I A D E R E S P O S TA S I N C O M PAT Í V E I S C O M O
C O M P O RTA M E N TO P U N I D O .

• Após a punição de um comportamento, é possível que os organismos passem a emitir uma


segunda resposta que torne improvável a repetição do comportamento punido;

• Essa segunda resposta é chamada de resposta incompatível com o comportamento;

• A resposta incompatível é negativamente reforçada por aumentar a probabilidade de sua


ocorrência e por diminuir a probabilidade de emissão de um comportamento punido;

• Vejamos o exemplo a seguir...


EXEMPLO

• O caso do rapaz que, às 3h da manhã, depois de ingerir muita cerveja, telefona para a ex-namorada
fazendo juras de amor.
• Para infelicidade do jovem, quem atende o telefonema, com voz de sono, é o novo namorado da
garota.
• Tem a função de uma punição positiva, a qual diminuirá a probabilidade de o rapaz telefonar outras
vezes em situações similares.
• Entretanto, ao beber novamente de madrugada, ele pode “sentir-se tentado” a fazer o telefonema.
• O ex-namorado pode, então, entregar o celular a um amigo que o devolverá só no dia seguinte,
evitando fazer a ligação para ex-namorada.
• Entregar o celular ao amigo é um exemplo de resposta incompatível ao comportamento de telefonar,
uma vez que o torna menos provável.
POR QUE PUNIMOS TANTO?

• Imediaticidade da consequência.

• Quem aplica a punição como procedimento de controle tem o seu comportamento de punir negativamente
reforçado de forma quase sempre imediata.

• Eficácia independente da privação.

• Para modificar a probabilidade de um comportamento com o uso de reforçamento positivo, temos que
identificar quais eventos serão reforçadores para diferentes comportamentos do indivíduo.

• Facilidade no arranjo das contingências

• Esses procedimentos são mais aconselháveis pois emprega alternativas de para parar o comportamento
indesejável.
REFERÊNCIA

• MOREIRA, M. B.; MEDEIROS, C. A. Aprendizagem pelas consequências: o


controle aversivo. IN: MOREIRA, M. B.; MEDEIROS, C. A. (Orgs). Princípios
básicos de análise do comportamento, 8ª ed. São Paulo: Thompson
Learning, 2019,pp. 76-99.
OBRIGADA PELA ATENÇÃO.
D Ú V I DA S P O R FAVO R E N V I A R E - M A I L PA R A
TA M Y R E S . PA I VA @ FAC E N E . C O M . B R

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