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Psicologia Experimental I

Prof. Esp: Ana Paula Ribeiro Gomes


Aprendizagem pelas
consequências.
Controle aversivo

C
Reforço negativo

Estímulo aversivo

Punição positiva e negativa

Comportamento de fuga

Comportamento de esquiva

Contracontrole

Título da apresentação
Controle Aversivo
Quase todos os seres vivos agem buscando livrar-se de contatos
prejudiciais...Provavelmente, esse tipo de comportamento desenvolve-se devido ao seu valor
sobrevivência. Skinner, 1983.
Aversivo porque o indivíduo se comporta para que algo não aconteça. Os organismos tendem
a evitar ou fugir daquilo que lhes é aversivo.
Estímulo Aversivo – é um conceito relacional e funcional. Não existem estímulos
eminentemente aversivos que serão aversivos para todas as pessoas.
Diz respeito a modificação na frequência do comportamento utilizando-se o reforço negativo
(aumento na frequência) e punição positiva ou negativa (diminuição na frequência).
A extinção segue ao reforçamento contínuo do comportamento (isto é, todas as respostas
eram seguidas de reforço).

Título da apresentação 3
Estímulo aversivo
É um conceito relacional e funcional. Não existem estímulos
eminentemente aversivos que serão aversivos para todas as pessoas.
Serão definidos como aqueles que reduzem a frequência do
comportamento que os produzem (estímulos punidores positivos), ou
aumentam a frequência do comportamento que os retiram (estímulos
reforçados negativos).

Título da apresentação 4
Contingências de reforço negativo
Quando tomamos com dor de cabeça, podemos tomar um analgésico. Nesse caso,
concluímos que o comportamento de tomar um remédio é provável de ocorrer em
circunstâncias semelhantes no futuro., pois o comportamento teve como
consequência a retirada de um estímulo do ambiente: a dor de cabeça.
Exemplos: - Usar óculos de sol - Passar protetor solar

Título da apresentação 5
o
CS -> CR

Título da apresentação 6
Aprendizagem pelas consequências

Reforço positivo Reforço negativo Punição


Reforços positivos Reforço negativo envolve Punições aplicam
aplicam consequências a retirada de estímulos consequências
desejadas para aumentar aversivos para aumentar indesejadas para
a frequência ou a a ocorrência ou a diminuir a frequência ou
intensidade de um intensidade de um a intensidade de um
comportamento. comportamento. comportamento.

Título da apresentação 7
FUGA ESQUIVA
Quando o comportamento precede a retirada Quando o comportamento precede a
de um estímulo aversivo, a probabilidade evitação do estímulo aversivo, a
desse comportamento ocorrer é maior. probabilidade desse comportamento
ocorrer é maior.

EX: Você esta em meio a uma sessão de


psicoterapia e a psicóloga te faz uma
pergunta que te gera extrema ansiedade e
EX: Após o evento descrito (fuga), você
com isso voce se levanta e vai embora no
sempre inventa uma desculpa para não ir
meio da sessão.
a terapia.

Título da apresentação 8
REFORÇO POSITIVO REFORÇO NEGATIVO

Aumenta a probabilidade de Aumenta a probabilidade de o


o comportamento voltar a comportamento voltar a acontecer
acontecer pela adição de um pela retirada de um estímulo
estímulo reforçador ao aversivo (punitivo) do ambiente
ambiente. (comportamento de fuga e
esquiva).

Título da apresentação 9
Punição
Punição Positiva: diminui a probabilidade de o comportamento ocorrer
novamente pela adição de um estímulo aversivo (punitivo) ao ambiente.

Exemplos de punição positiva (adição de um estímulo aversivo)


• Um rato, modelado a pressionar a barra para obter água, recebe, além da água,
um choque quando age assim e para de faze-lo.
• Jogar bola dentro de casa, “levar uma surra” e não jogar mais bola nesse local.
• Ultrapassar o sinal vermelho e ser multado e não infringir mais essa regra.

Título da apresentação 10
Punição
Punição Negativa: diminui a probabilidade de o comportamento ocorrer novamente pela
retirada de um estímulo reforçador do ambiente.

Exemplos de punição negativa (retirada de um estímulo reforçador de outro comportamento


do ambiente)
• Fazer traquinagem e perder a mesada, diminui a chance de aprontar novamente.
• cometer um assalto e ser preso, e não cometer mais crimes.
• Dirigir embriagado, perder a carteira de motorista e não mais dirigir embriagado.

Título da apresentação 11
Suspensão da contingência punitiva: recuperação
da resposta.
Um comportamento que outrora fora punido pode deixar de sê-lo e talvez tenha
sua frequência restabelecida.
Uma menina que namora um rapaz que implicava com suas minissaias pode deixar
de usa-las. Sendo assim, o comportamento de usar minissaia era positivamente
punido pelas brigas com o namorado. Caso ela troque esse namorado por outro
menos chato, que não implique com suas roupas, seu comportamento de usar
minissaia talvez volte a ocorrer. Nesse caso, houve uma suspensão da contingência
de punição onde em que o comportamento de usar minissaia produzia brigas e
agora não produz mais. Definidos nesse caso, que houve recuperação da resposta.

Título da apresentação 12
Título da apresentação 13
Punição x Extinção

Um ponto que gera muita confusão entre estudantes de Análise do Comportamento é a distinção entre extinção e punição
negativa. Os dois casos são similares porque, em ambos, não se tem acesso a reforçadores outrora disponíveis. Entretanto, na
extinção, um comportamento produzia uma consequência reforçadora, e, por algum motivo, esta deixa de ocorrer – o que é
diferente da punição negativa.
Por exemplo, o comportamento de telefonar para a namorada era reforçado por sua voz do outro lado da linha quando ela o
atendia. Caso o namoro acabe e a ex-namorada se recuse a atender aos telefonemas, o comportamento de telefonar estará em
extinção. Ou seja, não produz mais a consequência reforçadora que produzia.
Já na punição negativa, um comportamento passa a ter uma nova consequência, que é a perda de potenciais reforçadores de
outros comportamentos. Porém, a contingência de reforçamento que mantém esse comportamento permanece intacta.
Retomando nosso exemplo, digamos que esse namorado era infiel e que algumas de suas traições foram descobertas pela
namorada, ocasionando o fim da relação. Se, em namoros futuros, esse rapaz deixar de trair, teremos um exemplo de punição
negativa, pois o comportamento de ser infiel foi punido pela perda dos reforçadores associados ao namoro. Essa consequência
reduziu a frequência do comportamento de ser infiel. Note que as consequências que mantinham o comportamento de ser
infiel permaneceram intactas, como, por exemplo, o reforçamento social advindo de seus amigos quando ele relatava os casos
de traição. Se o rapaz emitir novamente comportamentos de infidelidade, seus amigos ainda reforçarão o seu comportamento.
Portanto, não podemos falar em extinção nesse exemplo. O que houve foi a apresentação de uma nova consequência: a
retirada dos reforçadores contingentes a outros comportamentos relacionados ao namoro.

Título da apresentação 14
Contracontrole
As respostas de contracontrole talvez representem a maior limitação do uso do controle aversivo como
forma de se alterar a probabilidade de um dado comportamento de um organismo. As respostas de
contracontrole são aquelas mantidas por evitarem que outro comportamento do organismo seja
controlado aversivamente. As respostas de contracontrole são, portanto, mantidas por reforçamento
negativo. Um exemplo de contracontrole ocorre quando um motorista freia o carro próximo a um radar
medidor de velocidade, reduzindo a velocidade do automóvel para a permitida para aquela via. Ao fazê-
lo, o motorista evita que o departamento de trânsito puna o seu comportamento de dirigir acima do
limite de velocidade. Na realidade, a função punitiva da multa seria a de suprimir o comportamento dos
motoristas de excederem a velocidade permitida. A resposta de frear na presença apenas do radar é
negativamente reforçada, ou seja, evita a aplicação da multa e permite que o motorista trafegue acima
da velocidade da via. A resposta de frear, portanto, é uma resposta de esquiva que exemplifica uma
resposta de contracontrole. Esta é chamada de contracontrole justamente por impossibilitar que o agente
punidor exerça controle sobre o comportamento que seria punido caso a resposta de contracontrole não
ocorresse.

Título da apresentação 15
Título da apresentação 16
Por que punimos tanto?
Imediaticidade da consequência. Quem aplica a punição como procedimento de
controle tem o seu comportamento de punir negativamente reforçado de forma
quase sempre imediata. Digamos que Homer, outro personagem do desenho
animado Os Simpsons, esteja assistindo a um jogo de futebol americano na TV
enquanto Lisa, a sua filha de 8 anos, pratica seu saxofone. O som do instrumento
o incomoda, isto é, representa um estímulo aversivo, e cessá-lo reforçará
negativamente seu comportamento. Homer prontamente pune o comportamento
de Lisa, gritando: “Lisa, pare de tocar esse maldito saxofone!”. A garota
interrompe o seu treino de imediato, reforçando de modo negativo o
comportamento do pai.

Título da apresentação 17
Eficácia independente da privação. Para modificar a probabilidade de um comportamento com o uso de
reforçamento positivo, temos que identificar quais eventos serão reforçadores para diferentes comportamentos
do indivíduo. Além disso, mesmo os reforçadores primários não são eficazes independentemente de outros
fatores ambientais. Caso o organismo não esteja privado do estímulo reforçador em questão, este não será
eficaz. Desse modo, a manipulação de reforçadores positivos como forma de intervenção dependerá do
manejo direto de seu valor reforçador, o que pode ser muito custoso, demorado ou mesmo inacessível para
quem lida com tais contingências. Esse fato também nos ajuda a entender o que torna o comportamento de
punir tão provável. Por exemplo, uma palmada será aversiva independentemente de privação, ou seja, será
eficaz para punir ou para reforçar de modo negativo o comportamento de uma criança, provavelmente, em
qualquer situação. É provável que pais tentem interferir de diferentes modos no ambiente de seus filhos para
que façam o dever de casa, por exemplo. Eles podem reforçar positivamente o comportamento de fazer a lição
disponibilizando doces contingentemente à sua ocorrência. Entretanto, se a criança não estiver privada de
doces, estes não serão eficazes como estímulos reforçadores, ou seja, não aumentarão a probabilidade do
comportamento de fazer o dever. Porém, se os pais derem-lhe uma palmada caso não faça o dever de casa, é
provável que ela venha a fazê-lo, evitando as palmadas. Note que, para a palmada reforçar negativamente o
comportamento de fazer o dever de casa, não foi necessário privar a criança de nenhum estímulo.

Título da apresentação 18
Quais as alternativas ao controle aversivo?
Reforçamento positivo em substituição ao reforçamento negativo. Caso queiramos aumentar a probabilidade de emissão
de um comportamento, podemos fazê-lo por reforçamento positivo ao invés de negativo. Um professor de boxe pode elogiar
os golpes corretos de seus alunos em vez de criticar os incorretos, por exemplo. Uma garota pode ser mais carinhosa com
seu namorado quando ele consegue combinar o sapato com o cinto, em vez de ficar emburrada toda vez que ele usa pochete
na cintura.
Extinção em substituição à punição. Um procedimento alternativo comum é o uso da extinção para diminuir a frequência
do comportamento, em vez de punição. Esse procedimento é menos aversivo que a punição, o que não quer dizer que deixe
de eliciar certas respostas emocionais. O experimento de Azrin, Hutchinson e Hake (1966) com pombos ilustra esse ponto.
A Figura 4.7 mostra uma típica caixa de condicionamento operante para esses animais. Um pombo, cujo comportamento de
bicar um disco de respostas é reforçado pela apresentação de alimento, foi subsequentemente submetido ao procedimento de
extinção – ou seja, as respostas de bicar o disco deixaram de serem seguidas por alimento. Além disso, a caixa de
condicionamento operante desse estudo era modificada. Dentro dela, havia um compartimento que continha outro pombo, o
qual tinha os seus movimentos restringidos por um aparato. O animal, cujo comportamento de bicar estava em extinção,
passou a atacar o pombo que estava preso no compartimento. Azrin e colaboradores interpretaram os resultados de seu
estudo afirmando que a transição da contingência de reforçamento para a extinção foi um evento aversivo que produziu as
respostas agressivas no animal. Um exemplo cotidiano dos efeitos emocionais decorrentes do procedimento de extinção
ocorre quando uma criança joga seu carrinho de bombeiros na parede quando ele deixa de funcionar.

Título da apresentação 19
Facilidade no arranjo das contingências. Existem procedimentos alternativos ao controle
aversivo, como discutiremos a seguir. Esses procedimentos são mais aconselháveis do que o
controle aversivo devido aos efeitos colaterais deste último. Entretanto, sua aplicação é mais
trabalhosa do que a dos procedimentos baseados em controle aversivo. No caso do exemplo do
Homer e da Lisa, Homer poderia sentar-se perto da filha para ouvi-la quando tocasse o saxofone
em outro horário que não o do jogo; elogiá-la nessas ocasiões; ou sair com ela para tomar um
sorvete quando acabasse o ensaio. Esses procedimentos provavelmente fariam a pequena Lisa
parar de tocar o instrumento na hora do jogo e evitariam os efeitos colaterais da punição. No
entanto, Homer teria mais trabalho para diminuir a frequência do comportamento de Lisa de tocar
o saxofone na hora jogo, dessa forma, ele teria que: 1) ouvir o som do instrumento, o que pode ser
aversivo para ele; 2) levá-la para tomar sorvete, considerando a sua privação de sorvete; e 3) estar
presente nos momentos em que Lisa estivesse tocando. Em comparação ao comportamento de
“dar um berro”, o controle do comportamento por reforçamento positivo envolve a emissão de
mais respostas que, em geral, são mais custosas e levarão mais tempo para produzir seus efeitos

Título da apresentação 20
Em resumo, a extinção é preferível à punição como forma de diminuir a frequência de um comportamento
considerado socialmente indesejável pela durabilidade de seus efeitos. Porém, a extinção como única
alternativa ao uso da punição também tem as suas limitações, o que a torna menos eficaz que outras opções,
como é o caso do reforçamento diferencial, que será descrito a seguir.
Reforçamento diferencial. Mais uma vez iremos nos referir ao reforçamento diferencial. Sem dúvida, esse é
um procedimento de fundamental importância para explicação, predição e controle do comportamento. Vamos
começar relembrando o que vimos no Capítulo 3: o reforçamento diferencial envolve sempre reforçamento e
extinção. Como alternativa à punição, poderíamos extinguir a resposta socialmente indesejada e reforçar
comportamentos alternativos. Nesse caso, as respostas emocionais produzidas pelo procedimento de extinção
teriam sua força diminuída, uma vez que o organismo continuaria a entrar em contato com os reforçadores
contingentes a outros comportamentos. Além disso, o reforçamento diferencial poderia resultar no aumento da
probabilidade de emissão de comportamentos socialmente desejáveis. No exemplo do cliente cujos
comportamentos são característicos de um quadro depressivo, descrito anteriormente, o terapeuta poderia
colocar em extinção os relatos queixosos e, ao mesmo tempo, reforçar relatos acerca de outros temas que não
os problemas de relacionamento do indivíduo. Assim, o cliente aprenderia a emitir outros comportamentos
socialmente mais desejáveis mantidos pelos mesmos reforçadores outrora produzidos pelos relatos queixosos.

Título da apresentação 21
Aumento da frequência de reforçamento para respostas alternativas. O
reforçamento diferencial também envolve o procedimento de extinção e, em
decorrência disso, padece, em menor medida, dos mesmos efeitos colaterais
indesejáveis da extinção. Uma alternativa ao uso de reforçamento diferencial
seria, portanto, aumentar a frequência de reforçamento para os comportamentos
socialmente desejáveis, em vez de extinguir os indesejáveis. Nesse procedimento,
os reforçadores aos comportamentos alternativos seriam mais frequentes que
aqueles apresentados ao comportamento que se objetiva enfraquecer. Essa
disparidade entre as frequências de reforçamento resultaria em um
enfraquecimento do comportamento cuja frequência deva ser diminuída, bem
como em aumento na frequência dos comportamentos alternativos.

Título da apresentação 22
Algumas conclusões importantes
Com base no que vimos neste capítulo, fica claro, para analistas do comportamento, que o controle
aversivo, como procedimento destinado a alterar a probabilidade de emissão de um comportamento,
deve ser aplicado apenas em último caso – o que não significa que devamos parar de estudar esse tipo
de controle tão frequente em nosso dia a dia. Além disso, o controle aversivo não é somente social.
Caso coloquemos o dedo na tomada, o choque é uma punição positiva que provavelmente diminuirá a
probabilidade de recorrência desse comportamento no futuro. Assim, por mais que o evitemos, o
controle aversivo é parte constituinte da nossa vida cotidiana e continuará existindo em nossa
interação com o mundo inanimado e com os demais organismos. Por fim, não podemos confundir a
recomendação de evitar o controle aversivo com a noção de que tudo é permitido. Por exemplo,
muitos pais, nas décadas de 1970, 1980 e 1990, confundiram o conselho de “não punir” com o de
“deixe seu filho fazer tudo o que quiser”. Sem dúvida, uma educação sem limites é quase tão
prejudicial quanto uma educação fortemente baseada em procedimentos aversivos. Alguns
comportamentos precisam ter sua a frequência reduzida; entretanto, se tivermos alternativas à punição,
estas devem sempre ser as escolhidas.

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Título da apresentação 24
Título da apresentação 25

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