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Análise do Comportamento

COMPORTAMENTALISMO

“Os Homens agem sobre o mundo,


modificam-no e, por sua vez são
modificados pelas conseqüências de sua
ação” (SKINNER, 1978, p.15)
Análise do Comportamento
COMPORTAMENTO – é relação entre organismo e seu
ambiente. Ex: Falar, Pensar, Sentir, Fazer são atividade
de um organismo interagindo com seu ambiente.

AMBIENTE – tudo que é capaz de influenciar/afetar


nosso comportamento.

COMPORTAMENTO OPERANTE (respostas


operantes) ação da pessoa que opera sobre o
ambiente gerando consequências, e tanto a pessoa
como o seu ambiente são influenciados por essas
consequências.
O que é comportamento? É relação
Comportamento
Público Encoberto
Evento público Evento privado
Comportamento é diferente do produto do comportamento
Ex: estudar é comportamento, tirar 10 é produto (consequência)

Público ou manifesto - São observados e registrados por qualquer indivíduo


além da própria pessoa que está executando o comportamento.
Ex. caminhar, dirigir, responder uma prova, falar, etc.

Encoberto (privado, interno ‘mentais’) - São atividades que ocorrem “dentro


da pele”, exigem instrumentos especiais para que outras pessoas, além da
que está engajada em tais atividades, as observem. Ex. sentimentos,
emoções, pensamentos (chamados também de comportamentos
cognitivos).
Duas relações comportamentais:

Respondente (S-R) Watson

elicia
Estímulo
incondicional
ou condicional
R
Resposta
(ação da Operante (R-S)
pessoa) Skinner

Produz …
Estímulo
consequente

Créditos dos slides é do prof Helder do departamento de


Psicologia- UFSC
Contigencia de reforçamento

Ação do
Aspectos do Consequências
organismo,
contexto (4 tipos)
da pessoa.
5 CONTINGÊNCIAS DE REFORÇO
1. Contingência de reforço
Consequências que positivo (R+)
fortalecem cpto

Produzir algo gratificante


C 2. Contingência de reforço
O negativo (R-)
N Escapar de algo aversivo
T Ação
E
X Produzir algo aversivo
cpto
que supreme
Consequências

T 3. Contingência de punição
O positiva (P+)
Perder algo gratificante

4. Contingência de punição
negativa (P-)

Nenhuma consequência 5. Contingência de extinção


gratificante ou aversiva
CONTINGÊNCIAS DE REFORÇO
1. Contingência de reforço
Conseqüências que positivo (R+)
fortalecem cpto
Produzir algo gratificante
C 2. Contingência de reforço
O negativo (R-)
N Escapar de algo aversivo
T Ação
E
X Produzir algo aversivo
T 3. Contingência de punição
O positiva (P+)
Perder algo gratificante
Conseqüências que 4. Contingência de punição
suprimem cpto negativa (P-)

Nenhuma conseqüência Contingência de extinção


gratificante ou aversiva
Estímulo aversivo
Um estímulo é chamado
aversivo quando aumenta a
probabilidade do
comportamento que o
remove, podendo também
ser chamado de um
reforçador negativo”
(Sant’Anna, 2004, p.51)
Controle Aversivo
é uma invenção
humana? NÃO
“A fuga e a esquiva de condições
aversiva parecem ter se desenvolvido em
função do papel que desempenharam na
sobrevivência das espécies” (Sant’Anna,
2004, p.50)
Reforçamento Negativo
• FUGA: Diante do estímulo aversivo (já presente),
indivíduo se comporta para eliminar o estímulo.

• ESQUIVA: Diante da sinalização de que estímulo


aversivo será apresentado (não presente),
indivíduo se comporta para evitar ou atrasar
apresentação do estímulo.
• Mas será o controle aversivo uma invenção
humana?
• Sabemos que não, pois o ambiente físico está
repleto de condições aversivas às quais os
organismos, desde seu nascimento, estão aptos
a responder no sentido de se libertar delas. (...).
Tais comportamentos são parte da constituição
genética dos organismos e parecem ter se
desenvolvido em função do papel que
desempenharam na sobrevivência das
espécies” (Sant’Anna, 2004, p.50)
O PRINCÍPIO DA PUNIÇÃO
• Evento punitivo ou estímulo aversivo é algo que
ocorre imediatamente após um comportamento e
tem o efeito de REDUZIR a frequência de
ocorrência desde comportamento.

• Alguém faz alguma coisa que é imediatamente


seguida de um evento punitivo (apresentação de
um estímulo aversivo ou retirada de estímulo
agradável) a pessoa tem MENOR probabilidade
de fazer a mesma coisa novamente quando se
encontrar em uma situação semelhante.
Punição (será que funciona?)
Punição = aplicação de uma consequência imediata ao
comportamento de uma pessoa, com efeito, de REDUZIR a
probabilidade de futuras ocorrências de tal comportamento.
uso no cotidiano e no código penal

1-Punição é mandar alguém para a prisão por ter cometido um


crime (ir para a prisão não é uma consequência imediata do
crime cometido);
2- Punição ser proporcional ao crime (maior crime, sentenças
mais severas);
3- Punição é aplicada, em parte, como uma forma de
intimidação para os potenciais transgressores.
• Evento punitivo ou estímulo aversivo é algo
que ocorre imediatamente após um
comportamento e tem o efeito é a REDUZIR
a frequência de ocorrência desde
comportamento.

• Alguém faz alguma coisa que é


imediatamente seguida de um evento
punitivo (apresentação de um estímulo
aversivo ou retirada de estímulo agradável) a
pessoa tem MENOR probabilidade de fazer a
mesma coisa novamente quando se
encontrar em uma situação semelhante
Controle Aversivo na cultura
• Forma mais usual de
controle do
comportamento.
• Instituições legais,
governamentais,
educacionais,
religiosas, familiar
etc..
• Supõe-se que
suprime ou evita
certos
comportamentos.
Estímulo aversivo, o que é?
varia ....

Devemos olhar para a função, e classificar o


tipo de consequência
Gratificante ou aversivo?
Receber flores no local de trabalho
Receber tele mensagem no estacionamento na sua
universidade/escola
Ganhar barra de chocolate “talento” “prestígio”
Características das consequências
• O que é reforçador para um sujeito, pode não ser
para outro.
• O que é reforçador em um momento, pode não ser
em outro (saciação).
• Só podemos afirmar que um estímulo é reforçador, se
ele altera a probabilidade de ocorrência da resposta.
Nenhum evento ambiental é reforçador em si.
Punição
Estímulos aversivos que sinalizam a punição
evocam respostas denominadas ansiedade.

• S-R – elicia medo, ansiedade

• R-S – produz agressão, isolamento etc.


“Punimos pessoas baseados na crença de
que as levaremos a agir diferente.
Usualmente queremos parar ou evitar ações
particulares. Punimos alguém cuja conduta
consideramos má para a comunidade, má
para algum outro indivíduo, ou mesmo má
para a própria pessoa. Queremos colocar um
fim à conduta indesejável” (Sidman, 1989,
p.80)
‘Vantagens’ da punição
• Parece funcionar (comportamento indesejado
‘encerra’, diminui, reduz).
• Intensidade do estímulo aversivo tem efeito sobre
a resposta
• Evidencia desequilíbrio na relação de poder entre
sujeito que pune e sujeito que é punido.
• Supressão temporária por estímulo fraco cria
contexto para ensinar outros comportamentos
• Suprime comportamento, mas não o extingue
Desvantagens da punição
• Frequência aumenta com retirada do estímulo sinalizador
da contingência de punição.
• Só funciona em relações de poder desequilibradas entre
sujeito que pune e o que é punido.
• Produz subprodutos colaterais (emocionais)
• Pode desenvolver comportamentos ”patológicos”
(ansiedade, depressão, masoquismo...)
• Produz apatia ‘a vida perde o colorido’
• Altera função dos estímulos reforçadores (ex:
desinteresse)
• Altera função dos estímulos aversivos (ex: autolesão)
• Produz “contra controle”: revoltas, brigas, fugas etc.
“A punição é o método mais sem sentido,
indesejável e mais fundamentalmente
destrutivo de controle da conduta.”
(Sidman, 1989, p.91)
Alternativas à punição
1.Extinção (ação não produz consequência)
2.Reforçamento positivo de outros
comportamentos que ocorrem na mesma
situação
3.Criação de ambientes alternativos em que
novas fontes de reforçadores estejam
disponíveis para comportamentos
incompatíveis com os que precisa suprimir.
Referências
• Sant’Anna, H.H.N. (2004). O Controle
Aversivo, eficácia e efeitos colaterais: Uma
Abordagem do Ponto de Vista da Análise do
Comportamento. Em: Costa, C.E., Luzia, J.C.,
Sant’Anna, H.H.N. Primeiros Passos em
Análise do Comportamento. Santo André,
SP: ESETec Editores Associados.
• Skinner, B. F. (1957). Verbal Behavior.
• Sidman, M (1989/2003). Coerção e suas
implicações. Campinas: Livro Pleno.

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