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Sugestões para auxiliar no processo de alfabetização

Alfabetização e psicomotricidade

O que é alfabetização?

Somos seres sociáveis. Partindo desta afirmação, o processo de alfabetização é o início da


introdução na sociedade e desenvolvimento da visão de mundo da criança. Neste processo
cada ser humano possui características de aprendizado diferentes que serão levados em conta
durante a alfabetização. Alfabetização é a instrução e aprendizado de um sistema linguístico
de maneira a utilizá-lo na sociedade. Em resumo, é um processo que está relacionado com
grafemas (letras) e fonemas (pistas sonoras), ensinado geralmente nos primeiros anos de
escola do aluno ou dentro do ambiente familiar. Uma criança alfabetizada é a que sabe ler e
escrever, estando apta a desenvolver os outros conhecimentos da língua ensinada, como a
ortografia, por exemplo.

No caso de crianças autistas que estão sendo alfabetizadas é importante conhecer a fundo a
respeito do TEA com a finalidade de estimular a comunicação e expressão, diminuindo
barreiras levantadas pelo Espectro.

Pré-requisitos para alfabetização

Antes de chegar à fase de alfabetização propriamente dita é importante que o aluno autista
tenha sido estimulado de maneira correta no pré escolar. Além disso, é necessário que a
criança esteja pronta intelectualmente, emocionalmente e neurobiologicamente para que
ocorra o avanço escolar de maneira tranquila. Habilidades orais, fonológicas, viso motoras,
esquema corporal, orientação temporal e espacial, lateralidade são pré-requisitos importantes
para serem trabalhadas antes da alfabetização.

Três pré-requisitos básicos: (Fialho, 2005)

1. Atender estímulos solicitados, como olhar para materiais de sala de aula exibidos pelo
professor.
2. Dispor de habilidades e interesses visuais como letras, números, textos, livros, sendo
importante para diferenciá-los, como é o caso do p e b, por exemplo.
3. Possuir habilidades de discriminação espacial, como um objeto que está virado para
cima ou para baixo, por exemplo.

Esquemas corporais: entenda a importância para a criança autista


O esquema corporal é construído por meio de sensações externas e internas, que
implicam os aspectos motores, cognitivos e afetivos de nosso corpo. Não ter esse
conhecimento corporal pode gerar possíveis dificuldades enfrentadas principalmente durante
o período escolar, comprometendo a aprendizagem da escrita, leitura, ou cálculo, por
exemplo.

Como trabalhar os esquemas corporais em crianças diagnosticadas com TEA?

Trabalhar os esquemas corporais em crianças com autismo nem sempre é uma tarefa
fácil. Pode ser que às vezes você ache que a criança não está aprendendo ou entendendo,
mas, de forma respeitosa e carinhosa, persista na atividade. Atividades com uso de bonecos,
fotos de pessoas ou jogos que envolvam o corpo, podem ser inseridas no dia a dia familiar ou
escolar para trabalhar os esquemas corporais da criança autista, confira algumas dicas:

1. Se a criança não tiver hipersensibilidade ao toque, durante o banho, os pais podem ir


nomeando as partes do corpo em que passam o sabão, shampoo ou condicionador,
por exemplo.
2. Ao fazer uma massagem na criança, fale o nome da parte do corpo em que está
tocando.
3. Jogue uma bola grande e incentive que a criança chute ou pegue a bola com as mãos e
nomeie a parte corporal utilizada na atividade.
4. Brincadeiras de imitação (como brincar de sombra) podem ajudar a consciência
corporal. Explore a criatividade.
5. Dançar músicas que falam do corpo, como a da Xuxa (cabeça, ombro, joelho e pé),
podem ajudar a criança a ter maior conhecimento corporal.

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