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BIOGRAFIA

Diná Porfirio Santos :


Pedagoga
Coach individual e empresarial
Palestrante motivacional
Treinamento e capacitação de equipe com
certificado em educação inclusiva
Coordenadora escolar
neuropsicóloga
Coach motivacional
ENSINO DE HABILIDADES
ESCOLARES
Diná Porfírio Santos
Habilidades Básicas para o processo de leitura
por equivalência de estímulos
► As habilidades de leitura e escrita apresentam funções importantes na vida de
qualquer indivíduo e, ainda que pareçam muito naturais para qualquer leitor
proficiente, essas habilidades são complexas e exigem do aprendiz uma série de
requisitos.
► No caso de pessoas com Transtorno do Espectro Autista, para que o processo de
alfabetização ocorra, é muito importante que haja uma avaliação prévia cuidadosa
de alguns critérios.
► No caso do ensino de leitura por equivalência, a literatura (Gomes, 2015) tem
nos mostrado que existem algumas habilidades mínimas que as pessoas com
autismo precisam apresentar antes do início do ensino. Citaremos algumas delas
e explicaremos sobre a importância de cada uma nesse processo. Caso o
educando não apresentar esses requisitos, é necessário começar a ensiná-los
antes do ensino de habilidades de leitura.
1-Sentar e finalizar atividades simples

► Embora muitos possam dizer que uma pessoa consegue ler mesmo estando de pé,
permanecer sentado é uma habilidade requerida em diversas situações e que poderá
inclusive facilitar o manejo do educador com o aprendiz.
► A escola exige essa habilidade boa parte do tempo, o que pode ser difícil para uma
criança com TEA. Uma maneira de treinar esse tipo de comportamento é iniciar por
atividades bem simples, que necessitam de pouco tempo para serem realizadas, e ir
aumentando a complexidade delas gradativamente. Outra possibilidade é, de maneira
sistemática, colocar a resposta de sentar-se à mesa contingente ao acesso a um
objeto favorito da criança, continuando o procedimento até que ela consiga
permanecer sentada por 20 a 30 minutos
2-Emparelhar palavras impressas

Atividades de emparelhamento com modelo são recursos importantes para o


ensino de relações entre estímulos, incluindo relações de identidade, o que é
essencial para a leitura por equivalência. Quando o aprendiz consegue
relacionar estímulos que são idênticos, ele simultaneamente demonstra que
discrimina entre estímulos diferentes; essa é uma habilidade fundamental para a
leitura, já que para ler é necessário que o aprendiz perceba que palavras
escritas são diferentes uma das outras. Por exemplo, se o aprendiz não
percebe a diferença entre BOLA e BOLO, ele não será capaz de ler essas
palavras corretamente.

Vale destacar que, para um aprendiz que não é capaz de emparelhar palavras
impressas, é recomendável começar com emparelhamento entre figuras e
posteriormente passar para as palavras impressas.
3-Nomeação de figuras e vogais
A nomeação de figuras tem sido apontada em alguns estudos com participantes com autismo como
uma variável importante para a formação de classes de estímulos equivalentes (Gomes et al., 2010), o
que pode estar relacionada também à leitura com compreensão. De maneira bem simplificada, se o
aprendiz consegue nomear a palavra impressa BOLA (ler oralmente a palavra), mas não consegue
nomear a figura de uma bola, possivelmente ele não fará a relação entre a palavra impressa BOLA e
figura da bola, indicando que ele lê oralmente sem compreensão.

Para os aprendizes que não falam, leitura é uma habilidade difícil de ser aprendida, mesmo com o uso
de recursos de comunicação alternativa. Por isso costuma haver uma limitação na aquisição de leitura
oral por essas pessoas.

Pode-se perceber que leitura é uma habilidade complexa que envolve uma série de aspectos e etapas
que devem ser ensinados um a um e em pequenos passos. O ensino desses passos deve ser
gradativo e sistemático, começando desde as habilidades mais simples até as mais complexas. No
caso da criança com autismo, é recomendável que esse processo ocorra precocemente (entre 4 e 5
anos), antes das crianças típicas (sem autismo) de mesma idade. Tal estratégia reside na lógica que,
se a criança com autismo apresentar dificuldades nesse processo, ela terá mais tempo para aprender.
Como contribuir com o aprendizado de leitura e
escrita no autismo
Saber ler e escrever pode ser bastante difícil para as crianças. Mas, esse aprendizado é fundamental para qualquer

pessoa, pois além de ser útil para o dia a dia, é fundamental para autonomia, independência e até autoestima.

No caso de pessoas com o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) elas enfrentam desafios específicos em relação

ao processo de aprendizagem. Já falamos que é bastante comum que as crianças com autismo apresentem dificuldades

em aprender de formas tradicionais. Isso ocorre simplesmente porque seus cérebros processam as informações de

maneira diferente do que o de crianças neurotípicas. E quanto antes a criança for estimulada, mais fácil será sua

aprendizagem.
► A escrita é um desafio para muitos estudantes autistas porque envolve coordenação, força muscular,

planejamento motor, habilidades de linguagem, organização e questões sensoriais. Por isso, podem

apresentar uma caligrafia ilegível, não conseguem segurar o lápis ou a caneta e sentem dificuldade para

começar a escrever.

► No caso da leitura, algumas crianças com TEA não conseguem prestar atenção ou focar em algo por

muito tempo, o que dificulta o aprendizado. E também há a questão dos autistas terem dificuldade em

assimilar e memorizar sequências, como longas frases, números ou instruções em várias etapas. Tudo

isso se torna um desafio para a compreensão de textos.


Sejam quais forem as características da criança com autismo, há técnicas que podem ajudar no aprendizado, na

leitura e escrita. É possível realizar estímulos simples e estabelecer conexões com a rotina da criança para

envolvê-la no processo de aprendizado. Quando se trata de ensinar crianças com autismo, a abordagem tradicional

pode não funcionar – muitas delas são mais visuais, algumas dependem de sons para aprender, enquanto outras

requerem técnicas de aprendizagem multissensoriais.

Uma das situações mais importantes que você pode fazer para ajudar uma criança autista a ler é promover o

interesse na leitura. Cabe aos pais e cuidadores, incentivarem desde cedo as crianças a se interessar por livros e

leitura. Sempre que possível leia uma história para a criança com TEA e pergunte se ela gostou e entendeu o tema

proposto.
Apoiar o desenvolvimento de habilidades das pessoas com TEA requer estrutura e paciência, mas o mais
importante nesse processo é ter o reconhecimento de o quanto ela evoluiu. Veja, a seguir, algumas dicas.

– Foque no interesse da criança: é comum que as crianças autistas mostrem interesse por alguma área
específica. Por isso, invista em livros temáticos como brinquedos, animais, super-heróis, entre outros.

– Proporcione um bom ambiente de estudo: algumas crianças com TEA podem ser mais sensíveis aos
lugares, sons, luz e até imagens. Por isso, as crianças precisam de um local adequado para estudar, sem
distrações, onde possam se sentir relaxadas e confortáveis.

– Um passo de cada vez: é importante que a aprendizagem seja mais simples para os alunos no espectro.
Por isso, as orientações devem ser diretas e curtas. O aprendizado deve ser realizado em várias etapas
simples, sendo assim dê tempo e espaço para que a pessoa com TEA processe cada etapa.
– Estar presente e acompanhar o desempenho escolar: os pais precisam se atentar se os filhos
com TEA estão recebendo o melhor apoio dos professores e instituições de ensino. Por isso,
precisam ficar de olho na metodologia utilizada, se a criança está integrada com os alunos e
se suas limitações e dificuldades estão sendo atendidas. Sempre que possível participe das
reuniões e converse com os responsáveis pela educação da criança com TEA. O aprendizado
das crianças com TEA depende de profissionais capacitados e que podem ser de diferentes
áreas como psicopedagogos, fonoaudiólogos, neuropediatras, professores, entre outros.
– Conhecer as técnicas: é importante saber quais são os métodos utilizados pelas instituições
de ensino no processo de aprendizagem. A metodologia fônica, por exemplo, é um método
que se mostra bastante eficaz. Consiste em focar no som das letras e não apenas no nome. Por
isso, também são trabalhadas a sonorização das letras. Essa técnica costuma funcionar porque
a criança passa a assimilar o som de maneira mais eficiente.
Uma equipe interdisciplinar tem como objetivo atuar diretamente no
desenvolvimento da pessoa com autismo e também apoiar a família durante
esse processo. Assim como equipes transdisciplinares e multidisciplinares, o
objetivo principal é promover a qualidade de vida para quem está no
espectro e para o núcleo familiar.

No entanto, apesar do objetivo ser o mesmo, a forma como essas equipes


trabalham é um pouco diferente. Neste artigo, explicamos mais sobre a
atuação de uma equipe interdisciplinar no tratamento do autismo.

Para começar, é importante falar que alguns dos profissionais que


compõem uma equipe interdisciplinar também podem estar presentes no
momento do diagnóstico de Transtorno do Espectro do Autismo (TEA).
Sendo assim, o processo de investigação da suspeita de autismo pode ser feito
por profissionais das seguintes áreas:

● Psiquiatria da infância e da juventude;


● Neuropediatria;
● Neuropsicologia;
● Fonoaudiologia;
● Psicologia;
● Neurologia;
● Terapia ocupacional.

Seguindo os critérios determinados por manuais diagnósticos, como o DSM


e o CID, esses profissionais vão observar o indivíduo, aplicar protocolos já
validados cientificamente e também conversar com a família para, enfim,
traçar o diagnóstico de TEA.
O que é uma equipe interdisciplinar?
Começar intervenções que vão ajudar no desenvolvimento da pessoa é essencial,
mesmo durante o processo de investigação para diagnóstico. Isso porque, uma vez
que se confirma que existem sinais de atraso no desenvolvimento, o indivíduo já
pode ser estimulado para aprender novos comportamentos e habilidades, se
socializar e se comunicar de maneira mais efetiva.

Assim, ter uma equipe interdisciplinar que vai ajudar nesse processo é de extrema
importância. Como explicamos no início, as áreas e especialidades que compõem
esse time são as mesmas das equipes multidisciplinares e transdisciplinares.
Equipe multidisciplinar
Ainda que haja um tema que norteie todo o planejamento (o autismo), cada profissional traz o conteúdo para dentro do seu
contexto ou especialidade. Assim, atuando de forma separada.
Equipe transdisciplinar
Formada por profissionais de diferentes áreas do conhecimento que atuam em conjunto. Não há divisão de conhecimento,
nem hierarquia entre eles. Isto é, os conhecimentos fazem parte do todo e nenhum é considerado mais importante do que o
outro.
Equipe interdisciplinar
Integra diferentes áreas do conhecimento com um objetivo comum. Diferente das outras duas, a equipe interdisciplinar é
formada por profissionais que
1. Compartilham seus olhares;
2. Realizam estudos de caso;
3. Conversam sobre os procedimentos
4. Elegem a maneira mais eficaz de cada profissional atuar para o desenvolvimento do outro.
Aqui, além do olhar com o indivíduo e seu núcleo familiar, a equipe também procura potencializar cada profissional que faz
parte dela, entendendo seus conhecimentos e forma de contribuição para atingir os objetivos definidos.
Quando falamos especificamente em equipe interdisciplinar no autismo, os ganhos para profissionais que atuam nesse time e
também da pessoa no TEA são inúmeros. Assim, esse modelo de trabalho é tão indicado quanto o das equipes
multidisciplinares e transdisciplinares.
O autismo é uma condição crônica, caracterizado pela presença de importantes prejuízos em áreas
do desenvolvimento, por esta razão o tratamento deve ser contínuo e envolver uma equipe
multidisciplinar
A eficácia de um tratamento depende da experiência e do conhecimento dos profissionais sobre o
autismo e, principalmente, de sua habilidade de trabalhar em equipe e com a família (Bosa, 2006).

Existem vários tipos de tratamento que podem ser usados para ajudar uma criança com autismo.
Independente da linha escolhida, a maioria dos especialistas ressalta que: o tratamento deve
começar o mais cedo possível; as terapias devem ser adaptadas às necessidades específicas de
cada criança e a eficácia do tratamento deve ser medida com os avanços da criança.

Sabe-se que uma boa intervenção consegue reduzir comportamentos inadequados e minimizar os
prejuízos nas áreas do desenvolvimento. Os tratamentos visam tornar os indivíduos mais
independentes em todas as suas áreas de atuação, favorecendo uma melhoria na qualidade de vida
das pessoas com autismo e suas famílias.

Neste artigo tentarei explicar ao leitor um pouco sobre a metodologia ABA, que é usada como um
método de intervenção comportamental no tratamento dos sintomas do autismo.
A análise do comportamento aplicada, ou ABA (Applied Behavior Analysis, na sigla em inglês)
é uma abordagem da psicologia que é usada para a compreensão do comportamento e vem
sendo amplamente utilizada no atendimento a pessoas com desenvolvimento atípico, como os
transtornos invasivos do desenvolvimento (TIDs). ABA vem do behaviorismo e observa, analisa
e explica a associação entre o ambiente, o comportamento humano e a aprendizagem (Lear,
K., 2004)

As origens experimentais da terapia comportamental trouxeram algumas vantagens


importantes ao clínico: ele foi treinado na observação de comportamentos verbais e não
verbais, seja em casa, na escola e/ou no próprio consultório, o que é fonte de dados
relevantes. Ele estuda o papel que o ambiente desempenha – ambiente este onde é possível
interferir e verificar as hipóteses levantadas. Outra habilidade é o entendimento do que é
observado como um processo comportamental, com contínuas interações e, portanto, sujeito a
mudanças (Windholz, 2002).

As técnicas de modificação comportamental têm se mostrado bastante eficazes no tratamento,


principalmente em casos mais graves de autismo. Para o analista do comportamento ser
terapeuta significa atuar como educador, uma vez que o tratamento envolve um processo
abrangente e estruturado de ensino-aprendizagem ou reaprendizagem (Windholz, 1995).
Um dos princípios básicos da ABA é que um comportamento é qualquer ação que pode ser observada e contada, com
uma freqüência e duração, e que este comportamento pode ser explicado pela identificação dos antecedentes e de
suas consequências. É a identificação das relações entre os eventos ambientais e as ações do organismo. Para
estabelecer estas relações devemos especificar a ocasião em que a resposta ocorre, a própria resposta e as
conseqüências reforçadoras (Meyer, S.B., 2003).

Estes comportamentos são motivados, de forma prazerosa. Eles têm uma função: servem para conseguir algo que se
deseja.

Sabemos que todos os comportamentos de um modo geral são aprendidos, bem como os comportamentos problemas.
Isso não significa que alguém intencionalmente nos ensinou a exibir este tipo de comportamento problema, apenas que
aprendemos que eles são eficazes para conseguirmos o que queremos.

O método ABA pode intencionalmente ensinar a criança a exibir comportamentos mais adequados no lugar dos
comportamentos problemas.

Comportamentos estão relacionados a eventos ou estímulos que os precedem (antecedentes) e a sua probabilidade de
ocorrência futura está relacionada às conseqüências que os seguem.

Todo comportamento é modificado através de suas conseqüências (Moreira e Medeiros, 2007). Tentamos fazer coisas e
se elas funcionam faremos novamente; quando nossas ações não funcionam é menos provável que as realizemos
novamente no futuro.
Os objetivos da intervenção são:

1. Trabalhar os déficits, identificando os comportamentos que a criança tem dificuldades ou até


inabilidades e que prejudicam sua vida e suas aprendizagens.

2. Diminuir a freqüência e intensidade de comportamentos de birra ou indesejáveis, como, por exemplo:


agressividade, estereotipias e outros que dificultam o convívio social e aprendizagem deste indivíduo.

3. Promover o desenvolvimento de habilidades sociais, comunicativas, adaptativas, cognitivas,


acadêmicas etc.

4. Promover comportamentos socialmente desejáveis

A intervenção é baseada em uma análise funcional, ou seja, análise da função do comportamento


determinante, para eliminar comportamentos socialmente indesejáveis. Este é um ponto central para
entendermos qual é o propósito do comportamento problema que a criança está apresentando e, com
isso, montarmos a intervenção para modificá-lo. Se o comportamento é influenciado por suas
consequências, podemos manipulá-las para entendermos melhor como essa sequência se dá e
também modificar os comportamentos das pessoas, programando conseqüências especiais para tal
(Moreira e Medeiros, 2007).
O primeiro passo para se resolver um comportamento problema é identificar a sua função. Se não
soubermos por que uma criança deve se engajar em um comportamento adequado (qual a função
ou propósito), será difícil saber como devemos ensiná-la.

Pais, terapeutas e professores tendem a imaginar ou achar um motivo para o comportamento e


isso incorrerá no insucesso da intervenção. A avaliação comportamental é a fase da descoberta, e
visa à identificação e o entendimento de alguns aspectos relativos à criança com autismo e seu
ambiente. Alguns dos objetivos da avaliação são:

Entender o repertório de comunicação da criança: presença ou não de linguagem funcional,


contato visual, atendimento de ordens, entre outros;
Como ela se relaciona em seu ambiente: brinquedos preferidos, apresenta birras frequentes,
como reage às pessoas;
Qual a função de seus comportamentos;
Em que circunstâncias certos problemas ocorrem ou deixam de ocorrer com maior freqüência
ou intensidade?
Quais as conseqüências fornecidas a esses comportamentos problema?
Com base nestas informações, o segundo passo é traçar pequenos objetivos a curto prazo, visando à
ampliação de habilidades e eliminação de comportamentos inadequados, realizando a manipulação dos
antecedentes (estratégias de prevenção).
É importante que a modificação de comportamentos desafiadores seja feita gradualmente, sendo a redução da
ansiedade e do sofrimento o objetivo principal. Isto é feito pelo estabelecimento de regras claras e consistentes
(quando o comportamento não é admitido ou permitido); uma modificação gradativa; identificação de funções
subjacentes, tais como ansiedade ou incerteza; modificações ambientais (mudança nas atitudes ou tornar a
situação mais previsível) e transformação das obsessões em atividades adaptativas (Bosa, 2006).
Modificando os antecedentes podemos prevenir que o comportamento problema aconteça.
Isto é realizado de diferentes maneiras:
1. Evitando situações ou pessoas que sirvam como antecedentes para o comportamento problema;
2. Controlando o meio ambiente – no decorrer da vida do indivíduo o ambiente modela, cria um repertório
comportamental e o mantém; o ambiente ainda estabelece as ocasiões nas quais o comportamento acontece,
já que este não ocorre no vácuo (Windholz, 2002).
3. Dividindo as tarefas em passos menores e mais toleráveis, o que chamamos de aprendizagem sem erro.
Toda a intervenção está baseada na aprendizagem sem erros, ou seja, deixamos de lado o histórico de
fracassos e ensinamos a criança a aprender.
Esta aprendizagem deve ser prazerosa e divertida para a criança, podendo-se usar reforçadores
para manter a criança motivada. Um reforço é uma conseqüência que aumenta a probabilidade
de esta resposta acontecer novamente. Quando um comportamento é fortalecido, é mais provável
que ele ocorra no futuro.
Além do reforço, usamos a hierarquia de dicas: quando iniciamos o ensino de qualquer
comportamento, ajudamos a criança a realizá-lo com a dica necessária, que pode ser verbal (total
ou parcial), física, leve, gestual, visual ou auditiva – e planejamos a retirada dessa dica até que a
criança seja capaz de realizar o comportamento de maneira independente.
O terceiro passo é a elaboração de programas de ensino. Os programas de ensino são
individualizados, geralmente ocorrem em situação de “um para um” e envolvem as diversas áreas
do desenvolvimento: acadêmica, linguagem, social, verbal, motora, de brincar, pedagógica e
atividades de vida diária.
A metodologia ABA e seus procedimentos são constantes e padronizados, o que possibilita que
mais de um professor (pessoa que realiza os programas) trabalhe com a criança.
Este é um programa intensivo e deve ser feito de 20 a 30 horas por semana. É importante
ressaltar que este programa não é aversivo e rejeita qualquer tipo de punição.
A participação dos familiares da criança no programa é de grande contribuição para seu sucesso
e assegura a generalização e manutenção de todas as habilidades aprendidas pela criança.
ABRAÇOS

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