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Professor Marcos de

Oliveira - Especialista em
Gestão Escolar: MBA - FGV
https://www.youtube.com/watch?v=L11TCIzd068
Professor Marcos de
Oliveira - Especialista em
Gestão Escolar: MBA - FGV
Qual seu maior desafio nas práticas de letramento e
alfabetização com aluno portadores de deficiência
intelectual?
https://www.youtube.com/watch?v=NzZUdJAVw1w&t=62
2s
Pais e professores de crianças com Deficiência Intelectual costumam encarar o processo de
alfabetização como um desafio. Afinal, as crianças com DI aprendem a ler e a escrever?

É muito comum escutar essa pergunta de pais e professores de


crianças com Deficiência Intelectual. Elas serão capazes de aprender a leitura e a escrita? Se
sim, como se dá o processo de alfabetização?

Seguramente, são muitos os desafios encontrados na aprendizagem, mas é papel da escola


encontrar os melhores métodos para que todos os alunos aprendam a ler e escrever. Inclusive
aqueles com DI. Eles podem demorar mais tempo para se alfabetizar, mas com as estratégias
adequadas, irão aprender.
O que é Deficiência Intelectual (DI)
O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais — DSM-5 — define a
Deficiência Intelectual como “um distúrbio com início no período de desenvolvimento
que inclui déficits de funcionamento intelectual e adaptativo conceitual, social e domínios
práticos”.
Em outras palavras, é um distúrbio que afeta o desenvolvimento intelectual e a
capacidade de usar com eficácia as habilidades para a vida.
A Deficiência Intelectual pode ocorrer isoladamente ou em comorbidade com outras
síndromes e transtornos do neurodesenvolvimento, como a Síndrome de Down e o
Transtorno do Espectro Autista — TEA.
A Deficiência Intelectual na escola

A Deficiência Intelectual tem suas causas em fatores biológicos, mas historicamente as


pessoas com DI carregam os preconceitos que giram em torno da sua condição.
A escola precisa estar atenta a isso para desfazer equívocos que impeçam a inserção social do
sujeito, além de propiciar o desenvolvimento da criança, inclusive a alfabetização.
A criança com DI pode aprender a ler e escrever, mas possui uma forma de aprender
diferenciada. Ou seja, o jeito que ela constrói conceitos é diferente das crianças neurotípicas,
por isso ela precisa de estratégias pedagógicas que respeitem essa característica.
No processo de ensino aprendizagem da criança com DI, o professor precisa considerar as
lacunas em seu desenvolvimento.
É muito comum que ela tenha dificuldades na comunicação, linguagem e outras funções, o que
significa que precisa de mais tempo para aprender, assim como de repetição e estímulo.
As estratégias de aprendizagem devem ser aplicadas de acordo com as demandas e necessidades da
criança, inclusive a maneira como ela será avaliada.
Assim, devem ser elaboradas de forma que possibilite o aprendizado da criança com DI,
contemplando também as suas habilidades.
O aluno com Deficiência Intelectual precisa de ações que o ajude em sua autonomia e interação
social.
Os conteúdos trabalhados na escola precisam ter impacto ou fazer sentido em sua vida cotidiana, para
que sejam melhor assimilados. Se a criança com DI consegue conectar o conteúdo aprendido com as
situações do cotidiano, ele se torna muito mais significativo.
Flexibilização do currículo
A flexibilização do currículo é muito importante no processo de aprendizagem das crianças com
DI.
O professor precisa contar com o apoio da coordenação pedagógica e da família do aluno, para que
juntos possam identificar as dificuldades e potencialidades da criança. Esse conhecimento é
fundamental para as adaptações curriculares.
Da mesma forma, o apoio de profissionais que atendam a criança fora da escola (fonoaudiólogos,
psicólogos, psicopedagogos, entre outros) ajuda o professor a conhecer a fundo seu aluno e a
elaborar as melhores estratégias pedagógicas.
O processo de alfabetização da criança com Deficiência Intelectual

A criança com DI é perfeitamente capaz de aprender a leitura e escrita. No entanto, o professor


precisa saber que ela precisa de um tempo maior para a alfabetização.

Dessa forma, ela nunca deverá ser comparada com os colegas em relação ao seu desenvolvimento.

O professor precisa adequar a sua prática pedagógica ao nível em que se encontra seu aluno com DI.

Isso porque uma aprendizagem depende da outra, há uma hierarquia, sem a experiência da
percepção, não se forma a imagem.

A alfabetização depende da imagem mental e a sua formação se refere às informações e sensações já


percebidas, já aprendidas e está relacionada à memória.
O professor deve construir estratégias que atendam às necessidades dos seus alunos, criando
situações de aprendizagem num contexto educativo.
O processo de alfabetização de crianças com DI é um desafio, mas é fundamental que o professor
aceite esse desafio. Esse é o primeiro passo, depois é despertar em seus alunos a vontade de
aprender a ler e escrever.
A Deficiência Intelectual não significa impossibilidade. É muito importante que os professores
saibam disso e busquem as melhores práticas pedagógicas para ensinar seus alunos com DI a
escrita e leitura. Focar nas potencialidades do aluno e não em suas debilidades, é o primeiro passo
para o sucesso do processo de alfabetização
https://www.youtube.com/watch?v=NOrudP95jOc&t=15s

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