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PSICOPEDAGOGIA
CABO FRIO
2020
DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGEM: A DISLEXIA COMO CASO ESPECÍFICO.
Declaro que sou autora¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo
foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou
integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente
referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por
mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos
direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços).
RESUMO
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karinasgarcia@yahoo.com.br
1. INTRODUÇÃO
A dislexia não tem cura, mas tem tratamento e quanto mais cedo for feito o
diagnóstico mais positivos serão os resultados.
O Tratamento exige a participação de mais de um especialista, devido à
complexidade de diagnóstico e acompanhamento. Médicos, psicólogos,
fonoaudiólogos, psicopedagogos, pedagogos contribuem para facilitar a rotina do
disléxico.
Segundo a associação Brasileira de Dislexia, o transtorno acomete 0,5% a 17%
da população mundial e pode persistir na vida adulta.
Devido à falta de políticas educativas direcionadas para a problemática dos
distúrbios de aprendizagem como a dislexia, muitos alunos de menor poder aquisitivo
que possuem esse transtorno não são diagnosticados. A falta de informação sobre o
distúrbio nas classes menos favorecidas contribui para o alto índice de reprovação e
evasão escolar, uma vez que sem o diagnóstico, são mais prejudicados por não serem
tratados como disléxicos e em muitos casos, sequer sabem que sofrem de um
transtorno.
O diagnóstico deve ser feito por exclusão de deficiências visuais e auditivas,
escolarização inadequada, imaturidade, problemas emocionais e psicológicos, déficit
de atenção ou problemas socioeconômicos que possam interferir no desenvolvimento
adequado da aprendizagem.
Uma vez diagnosticado, o aluno deve frequentar escolas regulares, amparado
pela LBI (Lei Brasileira de Inclusão Social) 13.146/2015, que assegura a inclusão e
direito a usufruir de adaptações no ensino para atender as necessidades do aluno
portador de alguma deficiência, neste caso a dislexia, como a elaboração e aplicação
adaptada de atividades e avaliações.
Algumas recomendações para adaptações nas escolas, devidamente
acompanhadas pelo corpo docente e baseadas na proposta da International Dyslexia
Association¹ (in Ciasca e Rodrigues, 2016), que buscam adequar o ensino para alunos
diagnosticados com dislexia são:
• Fornecer glossário dos conteúdos e guia para ajudar o aluno a compreender a leitura.
Esse último pode ser desenvolvido parágrafo a parágrafo, página a página ou por
seção;
• Usar dispositivo de gravação. Textos, livros, histórias e lições específicas podem ser
gravadas. Assim, o estudante pode reproduzir o áudio para esclarecer dúvidas. O aluno
pode, ainda, escutar e acompanhar as palavras impressas e, assim, pode melhorar sua
habilidade de leitura;
• Manter rotinas diárias, pois muitos alunos com problemas de aprendizagem têm
dificuldade em organizar-se com autonomia;
• Fornecer uma cópia das notas de aula (ou esboço) para aqueles que têm dificuldade
em realizá-la com autonomia;
• Enfatizar revisão diária. Este tipo de estratégia pode ajudar os alunos a fazer ligações
com conhecimentos prévios;
• Alterar o modo de resposta. Para aqueles que têm dificuldade de coordenação motora
fina e/ou com a escrita manual, permitir diferentes modos de exposição do conteúdo
(espaço extra para escrever, sintetizar conteúdos, atividades de múltipla escolha,
exposição por meio de desenhos, respostas orais, etc.);
• Estimular o uso de sinais para indicar itens importantes ou não dominados pelo aluno.
Tal conduta pode, ainda, ajudar o monitoramento do tempo em testes, bem como o
estado atual da sua aprendizagem;
IANHES, M. E. ; NICO M.A. Nem sempre é o que parece: Como enfrentar a dislexia
e os fracassos escolares. Rio de Janeiro: Elsevier, p.21-22, 2002 apud BOSSO, F.
E.F.; RICHART, M.B. Detecção dos sintomas da dislexia e contribuições
pedagógicas no aspecto ensino aprendizagem para alunos do ciclo I do ensino
fundamental. Lins: São Paulo, 2009.