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A contribuição da Neurociência no ensino dos alunos com deficiência
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PEDAGOGIA
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Até alguns anos atrás as pessoas com deficiência intelectual eram marginalizadas e desacreditadas. Era
comum ficarem em casa isoladas do mundo ou perambulando pelas ruas, sendo tachadas de “loucas”. A
família sem conhecimento não permitia seu desenvolvimento, tratando-as como crianças grandes, sem
qualquer autonomia e perspectiva de vida.
Hoje, sabemos que podem progredir, ter autonomia, estudar e trabalhar. Também compreendermos que
deficiência intelectual (antigamente conhecida como deficiência mental) nada tem a ver com doença mental
ou loucura, termo que muitos ainda utilizam. A pessoa com DI apresenta algumas particularidades, como o
funcionamento intelectual significativamente inferior à média, com manifestação antes dos dezoito anos e
limitações associadas a duas ou mais áreas de habilidades adaptativas, tais como: comunicação, cuidado
pessoal, habilidades sociais, utilização dos recursos da comunidade, saúde, segurança, dentre outros. Daí a
importância de frequentar o espaço escolar para desenvolver e aprimorar as habilidades necessárias para
conviver no meio social, sendo respeitadas e tendo oportunidades de crescimento.
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e, ao continuar navegando, você concorda com estas condições.
Quando um professor se depara com uma criança com DI em sala, sua primeira atitude é fazer uma
sondagem para saber se pelo menos escreve o próprio nome, se conhece os números,
OK se conhece cores,
formas, etc. Não que isso não seja importante, mas antes de tudo é necessário observar como a criança
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26/06/2021 A contribuição da Neurociência no ensino dos alunos com deficiência intelectual - Portal Educação
interage com os colegas, como se expressa, o que gosta e o que não gosta. Será que é necessário fazer uma
sondagem logo no início, ou o professor pode utilizar estratégias como atividades em grupos ou duplas
produtivas para avaliar as habilidades e dificuldades do aluno, conhecendo seu ritmo e forma de aprender?
Não é necessário mudar a rotina da sala, nem colocar a criança no canto fazendo atividade diferenciada de
pintura ou recorte, bem pelo contrário, o professor deve tratá-la como os outros alunos dando-lhe a
oportunidade de opinar, de escolher e participar das atividades mesmo com algumas limitações (seja na
coordenação, fala, raciocínio ou memória).
O problema é que muitos professores não tem compreensão sobre a deficiência intelectual e por isso se
limitam a tentar alfabetizar o aluno.
A pergunta que faço é a seguinte: estudamos Piaget e Vygotsky, assim como uma gama de pesquisadores e
teóricos da educação que nos deixaram grandes contribuições, para compreender como se dá a×
aprendizagem para os alunos ditos “normais”; então porque é tão difícil compreender como se dá a
aprendizagem nos alunos com deficiência
Querintelectual?
alavancarSesua é possível entender
carreira? 👨⚖️os👩⚖️
estágios de
desenvolvimento segundo Piaget, é possível entender qual a dificuldade apresentada por um aluno com DI,
uma vez que após observação atenta Baixe
percebemos que ele não está dentro do estágio esperado e sim em um
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estágio anterior. Levando em consideração que cada estágio tem sua própria organização, esquemas e
conquistar
aprendizado, a partir desse conhecimento seus objetivos
é possível saber oprofissionais!
que é preciso para auxiliá-lo.
Nos dias de hoje, falar em aprendizagem sem levar em consideração os mecanismos cerebrais responsáveis
pelo processo de aprender significa negar nossa evolução.
A Neurociência aplicada à aprendizagem não apenas contribui para a compreensão dos processos cerebrais,
mas veio nos mostrar o que realmente significa essa forma particular de aprender.
Tendo a compreensão de que a criança precisa desenvolver as habilidades motoras, para após desenvolver
as habilidades de escrita, o professor saberá como melhor direcioná-la, assim como elaborar estratégias de
ensino que desenvolvam sua capacidade de atenção, para a partir desse ponto auxiliar no processo de
memorização e compreensão do processo de leitura e escrita.
É importante saber que tudo está interligado, o aluno só resolverá uma situação problema se compreendê-la,
se fizer sentido para ele dentro de sua vivência, pois nosso cérebro precisa conhecer para entender seu
significado.
Assim como, um aluno com DI que não consiga relatar um fato ou acontecimento seguindo uma sequência
lógica só conseguirá tal feito se for colocado à prova, se tiver a oportunidade de se expressar, pois aos
poucos seu cérebro começará a processar essas informações se reorganizando e dando espaço a uma nova
aprendizagem.
Existem casos de alunos que devido ao grau de comprometimento não poderão ser alfabetizados, o que não
significa que devemos deixá-los de lado por se tratar de um caso perdido, esses alunos poderão desenvolver
outras habilidades que lhes garantirão uma vida digna.
Nosso cérebro nos permite constante aprendizagem e um fato importante a serOKlembrado é que o
conhecimento adquirido na infância até os oito ou dez anos em grande parte ocorre devido ao incentivo, às
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26/06/2021 A contribuição da Neurociência no ensino dos alunos com deficiência intelectual - Portal Educação
É incrível como nosso cérebro trabalha e ainda há muito para ser explorado.
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por
CRISTIANE CARMINATI MARICATO
Pedagoga, especializada em Psicopedagogia Clínica, Psicomotricidade e Educação Especial; cursando pós graduação em
Neuropsicopedagogia. Professora na rede municipal de Taboão da Serra; atualmente atuando no AEE (Atendimento
Educacional Especializado ou sala de recursos multifuncionais). Experiência em Educação na Empresa, Educação Infantil
e Ensino Fundamental I.
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