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213185
ISBN 978-65-5821-318-5
786558
9
Código Logístico
I0 0 0 8 4 9
Fundamentos da
Educação Especial na
perspectiva inclusiva
IESDE BRASIL
2023
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Inclui bibliografia
ISBN 978-65-5821-318-5
CDD: 371.9
23-84713 CDU: 376
26/06/2023 30/06/2023
Aprendizagem humana
Aprendizagem pelos
aspectos sociais
Aprendizagem pelos
aspectos psicológicos
Desenvolvimento físico
1 O crescimento do corpo, do cérebro
e as habilidades motoras.
Desenvolvimento psicossocial
1 Baseia-se sobretudo nas relações sociais, que
são influenciadas também pelas emoções e
pela personalidade das pessoas.
1 - M-vector/Shutterstock / 2 - Abert/Shutterstock
Desenvolvimento cognitivo
1 Envolve os aspectos da memória, da
cognição do raciocínio e da criatividade.
O que mais nos interessa na teoria de Freud é que ele propôs o de-
senvolvimento infantil pelo olhar da sexualidade, ao considerar que a
criança também possui uma sexualidade.
Quadro 1
Estágios do desenvolvimento
Estágio Descrição
A criança leva tudo à boca e é sensorial, sua zona de prazer é a própria boca, utilizando-a para sua
Oral satisfação, como quando se alimenta. Esse estágio dura do nascimento até mais ou menos o primeiro
ou o segundo ano de idade.
Inicia-se por volta de um ano de idade até mais ou menos por volta dos três anos. Nele, a criança
aprende a controlar as necessidades fisiológicas, como os esfíncteres e a bexiga, por exemplo. É um
Anal
estágio muito delicado, pois é quando acontece o que chamamos de desfralde, e os pais precisam ter
muita cautela para não criar barreiras nas crianças, porque isso pode impedi-las de sair desse estágio.
Inicia-se por volta dos três anos de idade e encerra-se por volta dos seis anos. Nesse período acon-
Fálico tecem as fases das curiosidades e dos porquês, e as crianças começam a entender a diferença entre
meninos e meninas.
Inicia-se por volta dos cinco anos de idade. As energias libidinais ficam represadas, as crianças entram
De latência na escola e sua preocupação agora é com as habilidades sociais e acadêmicas, o entendimento e o
relacionamento com seus pares. As brincadeiras, as diversões e os esportes ganham mais espaço.
Esse período inicia-se na puberdade, com a busca por relacionamentos, desenvolvimento, pelo traba-
Genital
lho, pela carreira e família, e perdura até o fim da vida. O sujeito já reconhece seus desejos sexuais.
Para refletir
Aqui cabe uma discussão, será que a escola está preparada para o
fornecimento dessas condições, com o propósito de oferecer acesso
e permanência aos estudantes?
Essa discussão acerca das diferenças faz com que possamos perce-
ber um movimento pela cultura da paz nas escolas, ou seja, programas
formulados visando à diminuição do bullying e da própria violência es-
colar, que tanto assombram alguns estudantes.
(Continua)
(Continua)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pensar em aprendizagem e diversidade ao mesmo tempo não é uma
tarefa fácil, entretanto é uma tarefa necessária. A aprendizagem perpassa
os padrões normais e os patológicos, mas, independentemente de pos-
suirmos dificuldades ou não, temos o papel de realizar intervenções que
façam com que a aprendizagem seja efetiva e com uma boa qualidade,
bem como reflita na vida de nossos estudantes.
A aprendizagem da pessoa com deficiência não é uma aprendizagem
inexistente, mas sim precisa ser potencializada por meio de técnicas, mé-
todos e ferramentas. A congregação desses recursos faz com que poten-
cializemos essa aprendizagem.
A aprendizagem da pessoa com deficiência se torna cada vez mais impor-
tante e sua discussão se faz cada vez mais presente, tendo em vista que esse
sujeito não mais é considerado como incapaz, ao contrário, e isso se dá para
além das políticas públicas existentes, ou seja, por meio da força de vontade,
da mudança de perspectiva social e, sobretudo, em virtude da escola.
ATIVIDADES
Atividade 1
O que é a aprendizagem social?
Atividade 2
Qual é a importância da neurociência para a aprendizagem?
REFERÊNCIAS
ARANHA, M. S. F. (org.). Programa Educação inclusiva. Brasília: SEESP/MEC, 2004. v. 3.
Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/aescola.pdf. Acesso em: 2
jun. 2023.
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DF, 25 jul. 1991. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm.
Acesso em: 2 jun. 2023.
BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Diário Oficial da União, Poder Legislativo,
Brasília, DF, 23 dez. 1996. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.
htm. Acesso em: 2 jun. 2023.
BRASIL. Lei n. 13.146, de 6 de julho de 2015. Diário Oficial da União, Poder Legislativo,
Brasília, DF, 7 jul. 2015. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-
2018/2015/lei/l13146.htm. Acesso em: 2 jun. 2023.
COUTO, D. P. Freud, Klein, Lacan e a constituição do sujeito. Psicologia em Pesquisa, v. 11,
n. 1, p. 1-10, jun. 2017.
ENAP – Escola Nacional de Administração Pública. Teoria e prática dos estilos de
aprendizagem. Brasília: ENAP, 2015. (Módulo 2)
FERREIRA, A. B. H. Novo Aurélio Século XXI: o dicionário da Língua Portuguesa. 3. ed. São
Paulo: Nova Fronteira, 1999.
FOULQUIÉ, P. Dicionário de pedagogia. Barcelona: Oikos-tau, 1976.
GAMEZ, L. Psicologia da educação. Rio de Janeiro: LTC, 2013.
GARCIA SÁNCHEZ, J. N. Dificuldades de aprendizagem e intervenção psicopedagógica. Porto
Alegre: Artmed, 2004.
GASPARIN, J. L. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. 2. ed. Campinas: Autores
Associados, 2003.
ILLERIS, K. Uma compreensão abrangente sobre a aprendizagem humana. In: ILLERIS, K.
(org.). Teorias contemporâneas da aprendizagem. Porto Alegre: Penso, 2013.
LENT, R. Neurociência da mente e do comportamento. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018.
MICHAELIS. Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa. 2023. Disponível em: https://
michaelis.uol.com.br. Acesso em: 2 jun. 2023.
MOOJEN, S. Caracterizando os transtornos de aprendizagem. In: BASSOLS, A. M. S. et al. (org.).
Saúde mental na escola: uma abordagem multidisciplinar. Porto Alegre: Mediação, 2003.
PAPALIA, D. E.; FELDMAN, R. D. Desenvolvimento humano. 12. ed. Porto Alegre: AMGH, 2013.
ROTTA, N. T.; OHLWEILER, L.; RIESGO, R. S. Transtorno da aprendizagem: abordagem
neurobiológica e multidisciplinar. São Paulo: Artmed, 2016.
ROUDINESCO, E.; PLON, M. Dicionário de psicanálise. Rio de Janeiro: Zahar, 1998.
Para refletir
Nsit/Shutterstock
guerrear, caçar e pescar.
Oleksandra Klestova/Shutterstock
altos funcionários, artesãos, agricultores, escravos). A arte egíp-
cia, os afrescos, os papiros, os túmulos e as múmias estão re-
pletos dessas revelações. Os estudos acadêmicos baseados em
restos biológicos, de mais ou menos 4.500 a.C., ressaltam que as
pessoas com nanismo não tinham qualquer impedimento físico
para as suas ocupações e ofícios, principalmente de dançarinos
e músicos. (GUGEL, 2023)
2.3.1 Segregação
O período de segregação inicia-se principalmente com a transição
entre as questões do extermínio e o surgimento/difusão da fé cristã,
isto é, inicia-se um movimento assistencialista com relação às pessoas
com deficiência, que não eram mais simplesmente mortas ao primeiro
sinal, mas removidas do convívio da sociedade e levadas para casas de
repouso ou outros ambientes que as mantinham isoladas.
2.3.2 Integração
O período de integração ainda é caracterizado pela transição do pe-
ríodo de segregação, mas a grande diferença é que nesse momento
percebemos uma tentativa de normalização dos sujeitos e um reco-
nhecimento das pessoas com deficiência, mesmo que muito limitado.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Educação Especial na perspectiva inclusiva é um movimento de luta
contínua, que tem como principais agentes as famílias das crianças e as
próprias pessoas com deficiência.
O entendimento de como as pessoas com deficiência eram vistas ao
longo da história faz com que consigamos ter um discernimento de como
tudo começou e de como essas pessoas eram tratadas na Antiguidade.
O movimento de integração, que, por conseguinte, evoluiu para inclusão,
perpassou por diferentes legislações, as quais inicialmente não davam
conta de suprir as demandas oriundas da escola e das especificidades
das crianças com deficiência.
Essas demandas foram aumentando ao longo do tempo, por isso foi
sendo cada vez mais necessário entender como desenvolver políticas pú-
blicas capazes de promover acesso, permanência e qualidade de vida e de
aprendizagem para os estudantes.
Atividade 2
Como podemos caracterizar o período de segregação?
Atividade 3
Como podemos caracterizar o período da inclusão?
REFERÊNCIAS
BERGAMO, R. B. Educação Especial: pesquisa e prática. Curitiba: Ibpex, 2010.
BRASIL. Constituição Federal (1988). Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 5
out. 1988. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.
htm. Acesso em: 6 jun. 2023.
BRASIL. Declaração de Salamanca: sobre princípios, políticas e práticas na área das
necessidades educativas especiais. Brasília, DF: Ministério da Educação, 2023. Disponível
em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf. Acesso em: 6 jun. 2023.
BRASIL. Decreto n. 72.425, de 3 de julho de 1973. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília,
DF, 4 jul. 1973. Disponível em: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1970-1979/
decreto-72425-3-julho-1973-420888-publicacaooriginal-1-pe.html. Acesso em: 6 jun. 2023.
BRASIL. Lei n. 4.024, de 20 de dezembro de 1961. Diário Oficial da União, Poder Legislativo,
Brasília, DF, 27 dez. 1961. Disponível em: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1960-1969/
lei-4024-20-dezembro-1961-353722-publicacaooriginal-1-pl.html. Acesso em: 6 jun. 2023.
BRASIL. Lei n. 5.692, de 11 de agosto de 1971. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília,
DF, 12 ago. 1971. Disponível em: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1970-1979/lei-
5692-11-agosto-1971-357752-publicacaooriginal-1-pl.html. Acesso em: 6 jun. 2023.
BRASIL. Lei n. 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Diário Oficial da União, Poder Legislativo,
Brasília, DF, 23 dez. 1996. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.
htm. Acesso em: 6 jun. 2023.
(Continua)
Um corpo que precisa lutar por seus direitos, uma luta para serem
notados e percebidos dentro de uma sociedade que em muitos momen-
tos se torna extremamente competitiva, a qual não é capaz em muitos
momentos de parar para perceber o seu entorno, incapaz de observar
que ao seu lado existe uma pessoa com uma gana de aprendizagem.
A LBI (BRASIL, 2015), em seu artigo 1º, afirma que a legislação foi
promulgada com o intuito de assegurar e promover com igualdade o
exercício da cidadania e os direitos das pessoas com deficiência.
Sassaki (2011) traz uma lista (Quadro 1) de termos que não devem
ser utilizados na contemporaneidade:
Quadro 1
Lista de termos inadequados
Leitura
Termos inadequados referentes Termos inadequados por
A leitura do artigo Termi- a deficiências serem capacitistas
nologia sobre deficiência na
era da inclusão, de Romeu • Aleijado
Kazumi Sassaki, é impres- • Mudinho
cindível para conhecermos
• Paralítico
os termos adequados • Adolescente normal
usados atualmente.
• Ceguinho
• Apesar de deficiente, ele é um ótimo aluno
• Retardo mental
Disponível em: https://www2. • Aquela criança não é inteligente
• Pessoa manca
camara.leg.br/a-camara/ • Classe normal
estruturaadm/gestao-na-camara- • Pessoa mongoloide
• Fronteira da normalidade
dos-deputados/responsabilidade- • Criança excepcional
social-e-ambiental/acessibilidade/ • Pessoa normal
• Deficiência mental
glossarios/terminologia-sobre- • Pessoa dita normal
• Doente mental
deficiencia-na-era-da-inclusao. • Portador
Acesso em: 16 jun. 2023. • Inválido
• Defeituoso
• Incapacitado
Fonte: Elaborado pelo autor com base em Sassaki, 2011.
(Continua)
Para refletir
Para refletir
A cada ano que passa, precisamos pensar cada vez mais em possibi-
lidades mais assertivas voltadas ao estímulo dos processos de inclusão
das pessoas com deficiência, nos mais diferentes âmbitos da sociedade
– educacional, social, trabalho e individual.
ATIVIDADES
Atividade 1
De acordo com a Lei Brasileira de Inclusão (LBI), quem é a pessoa
com deficiência?
Atividade 2
Quais são os principais tipos de barreiras existentes que impedem
a pessoa com deficiência de participar efetivamente da sociedade?
Atividade 3
O que é a acessibilidade?
Tipos de
deficiência
visual
Grafvish/Shutterstock
Baixa
Cegueira
visão
1 2 3
Blamb/Shutterstock
3A
1A
3B
3C
1B
2A
1C
(Continua)
Leve De 26 a 40 dB
Moderada De 41 a 60 dB
Severa De 61 a 80 dB
Profunda Acima de 81 dB
4.1.3 Surdocegueira
Outra concepção é a de surdocegueira. De acordo com Brasil (2021),
“é uma deficiência que compromete, em diferentes graus, os sentidos
da visão e audição. A privação dos dois canais responsáveis pela recep-
ção de informações a distância afeta o desenvolvimento da comunica-
ção e linguagem, a mobilidade, a autonomia, o aprendizado”.
sua eficiência.
Importante
• originalidade e racionalidade;
• aprendizagem veloz;
• gosta de detalhes;
(Continua)
Importante
Importante
• vocabulário empobrecido.
Importante
(Continua)
Importante
• repetições de sons;
• repetições de sílabas;
• interrupção de palavras;
• tensão física.
Importante
• na produção de histórias;
Importante
• interesses fixos;
Importante
• esquecimentos constantes;
• agitação;
Importante
• erros ortográficos.
Importante
Importante
ATIVIDADES
Atividade 1
Quais são os tipos de deficiência visual?
Atividade 2
Quais são os níveis de deficiência intelectual?
Atividade 3
Quais são os tipos de transtornos específicos de aprendizagem?
REFERÊNCIAS
APA – Associação Americana de Psiquiatria. Manual diagnóstico e estatístico dos transtornos
mentais. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.
BRASIL. Decreto n. 5.296, de 2 de dezembro de 2004. Diário Oficial da União, Poder
Executivo, Brasília, DF, 3 dez. 2004. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_
ato2004-2006/2004/decreto/d5296.htm. Acesso em: 19 jun. 2023.
Equipamentos
2 Computadores
2 Estabilizadores
1 Impressora multifuncional
1 Roteador Wireless
1 Acionador de pressão
1 Lupa eletrônica
1 Notebook
Mobiliários
1 Mesa redonda
2 Cadeiras giratórias
1 Armário
1 Quadro branco
1 Esquema corporal
1 Sacolão criativo
1 Bandinha rítmica
1 Material dourado
1 Memória de numerais
1 Caixa tátil
1 Alfabeto Braille
1 Dominó tátil
1 Memória tátil
1 Impressora multifuncional
1 Material dourado
1 Caixa tátil
1 Dominó tátil
1 Memória tátil
1 Alfabeto Braille
1 Caixinha de números
1 Lupa eletrônica
1 2
iswannawi/Shutterstock
80’s Child/Shutterstock
Tapete alfabético encaixado. Alfabeto Braille.
3 4
Kolpakova Daria/Shutterstock
Reshetnikov_art/Shutterstock
Caixinha de números. Mouse estático de esfera.
Costa et al. (2019) comentam que por meio das tecnologias as coisas
tornam-se mais acessíveis para as pessoas com deficiência, tornando
sonhos possíveis. As tecnologias assistivas (Figura 2) são instrumentos
para os mais diversos setores da vida dessas pessoas, na escola, no
trabalho, na família e na sociedade como um todo.
Figura 2
Exemplos de tecnologia assistivas
1 2
GUNDAM_Ai/Shutterstock
Andrey_Popov/Shutterstock
Garoto usando uma prótese auditiva. Auxílio para a vida diária e a realização de atividades
práticas do cotidiano.
MyImages - Micha/Shutterstock
3 4
Roman Zaiets/Shutterstock
Exemplar de uma cadeira adaptada para crianças com Auxílio visando à mobilidade e adaptação de veículos.
deficiência.
5 Órteses e próteses.
9 Audiodescrição.
12 Esportes adaptados.
É importante que tudo ministrado no quadro seja lido em voz alta para que
Leitura integral todos consigam entender do que está sendo tratado. Se possível, passar o
mesmo conteúdo de maneira visual.
Mas por que estamos abordando isso? Justamente pelo fato de que
a avaliação perpassa por muitas dimensões e não apenas pela dimen-
são nota e aspectos quantitativos. Nesse sentido, cabe a definição de
Leite (2006 apud SANTOS; GUIMARÃES, 2017) sobre avaliação, que signifi-
ca atribuir importância, reconhecer seu mérito e torná-lo digno. A avalia-
ção está relacionada à construção de significados e conhecimentos sobre
pessoas, objetos, atividades e instituições, dentro de um contexto educa-
cional ou profissional ao longo de determinado período.
Possibilitar aos estudantes com cegueira o uso do sistema Braille para realização
6
das atividades e avaliações.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O AEE, a SRM, a tecnologia assistiva, a comunicação alternativa e um
currículo inclusivo e adaptado desempenham um papel crucial na pro-
moção da educação inclusiva para alunos com deficiência. Essas abor-
dagens e recursos fornecem suporte individualizado e personalizado,
permitindo que os alunos desenvolvam suas habilidades e participem
plenamente do processo educacional, sem que se sintam excluídos.
Por meio de um processo avaliativo democrático e adaptável garan-
timos que cada aluno seja valorizado e tenha a oportunidade de desen-
volver todo o seu potencial. Logo, ao investirmos nessas abordagens e
recursos, estamos construindo uma sociedade mais inclusiva, que reco-
nhece a diversidade e o talento de cada indivíduo por meio da promoção
de práticas educativas inclusivas.
ATIVIDADES
Atividade 1
O que é AEE?
Atividade 3
Qual a importância da SRM na Educação Especial?
REFERÊNCIAS
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Identidades, v. 9, 2011.
BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CEB n. 4, de 2 de outubro de
2009. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 5 out. 2009. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/rceb004_09.pdf. Acesso em: 27 jun. 2023.
BRASIL. Decreto n. 3.298, de 20 de dezembro de 1999. Diário Oficial da União, Poder
Legislativo, Brasília, DF, 20 dez. 1999. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
decreto/d3298.htm. Acesso em: 27 jun. 2023.
BRASIL. Decreto n. 6.571, de 17 de setembro de 2008. Diário Oficial da União, Poder
Legislativo, Brasília, DF, 18 set. 2008. Disponível em: https://www2.camara.leg.br/legin/
fed/decret/2008/decreto-6571-17-setembro-2008-580775-publicacaooriginal-103645-pe.
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Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. Brasília: MEC; Seesp, 2001.
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LORENZATO, S. Para aprender Matemática. Campinas: Autores Associados, 2006.
LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez, 2006.
MICHAELIS. Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa. 2023. Disponível em: https://
michaelis.uol.com.br/. Acesso em: 27 jun. 2023.
PEDRA, J. A. Currículo, conhecimento e suas representações. Campinas: Papirus, 2000.
ROPOLLI, E. A. et al. A Educação Especial na perspectiva da inclusão escolar: a escola comum
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RUSSELL, M. K.; AIRASIAN, P. W. Avaliação em sala de aula: conceitos e aplicações. 7. ed.
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SACRISTÁN, J. G. O currículo: uma reflexão sobre a prática. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
SANTOS, M. R.; VARELA, S. A avaliação como um instrumento diagnóstico da construção
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SANTOS, P. K.; GUIMARÃES, J. Avaliação da aprendizagem. Porto Alegre: Sagah, 2017.
SOUSA, A. M. A informática educativa na Educação Especial – software educativo Hercules
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WUNSCH, L. P.; FERNANDES JUNIOR, A. M. Tecnologias na educação: conceitos e práticas.
Curitiba: InterSaberes, 2018.
3. O que é a acessibilidade?
Possibilidades e ofertas de condições para que a pessoa com
deficiência consiga alcançar com plenitude, segurança e sobretudo
autonomia os espaços públicos, urbanos, meios de transporte,
equipamentos, informações e comunicações.
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