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Estratégias e

práticas cognitivo-
comportamentais
para o
desenvolvimento de
Habilidades
Socioemocionais
Prof. Ma. Priscila Alves Costa
Prof. Ms. Priscila Alves Costa

Graduação em Psicologia pela Universidade Metodista


de Piracicaba(UNIMEP)

Licenciatura plena em Psicologia pela Universidade


Metodista de Piracicaba(UNIMEP)
Pós-graduação em Psicopedagogia pela Faculdade de
Educação São Luis (FESL)

Mestrado em Educação pelo Centro Universitário Moura


Lacerda (CUML)
Habilidades Socioemocionais

Por décadas, a visão tradicional de ensino acreditou que o controle das competências puramente cognitivas
era a chave para o sucesso garantido.

Contudo, assim como a escola é a grande responsável por preparar para o futuro, algumas vezes é o mercado
de trabalho que sinaliza mais rapidamente as mudanças necessárias nesse processo de formação.

Enquanto, por muitos anos, as entrevistas de emprego e dinâmicas de grupo privilegiaram aqueles com
maiores competências cognitivas, ironicamente observa-se hoje um número crescente de profissionais que são
demitidos justamente pela ausência das habilidades não puramente cognitivas no dia a dia corporativo.

Cada vez mais, a formação técnica e cognitiva deverá vir juntamente ao desenvolvimento de competências
emocionais, de forma que a escola prepare o educando para o convívio social, bem como para uma vida
profissional de sucesso, capaz de atender às exceptivas do mercado e das empresas.
Habilidades Socioemocionais

Conforme prevê a nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC), as escolas de todo o país têm que incluir
as competências socioemocionais em seus currículos desde 2019.

Muitas mudanças no contexto escolar devem ser realizadas a fim de incluir não somente as propostas da
Base, mas também o trabalho com a educação dos sentimentos.

Cabe à escola adaptar seu currículo, mesclando o ensino socioemocional ao conteúdo programático da
maneira mais habilidosa possível.

De modo geral, defende-se uma formação integral e mais humanista a partir do entendimento de que as
habilidades socioemocionais devem atravessar, de maneira pluridisciplinar, as habilidades puramente
cognitivas.

Assim, a formação socioemocional já é uma realidade em muitas escolas brasileiras. Em uma sociedade
cada vez mais dinâmica e desafiadora — que, inclusive, cobra do aluno um maior protagonismo — o
respeito às individualidades é tão pertinente quanto a formação de um jovem com comportamento crítico,
analítico e questionador. A inovadora perspectiva de educação integral do aluno, especialmente no tocante
à inteligência emocional, representa um grande avanço para o sistema educacional brasileiro.
Habilidades Socioemocionais

Enquanto o mundo cede espaço e cobra que o jovem seja o principal protagonista de seu próprio
desenvolvimento, o ensino tradicional ainda responde com modelos criados para atender demandas que já
ficaram no passado.

O estudante não é mais um mero expectador na sala de aula. A imagem clássica do jovem sentado
passivamente na carteira, anotando longos textos da lousa e decorando fórmulas e conteúdo não
corresponde mais à realidade.

O momento é de transição, mas é fato que estamos caminhando inegavelmente para a mudança. A cultura
escolar ainda está enraizada no modelo antigo.

Como instrumentalizar o professor para que ele esteja apto e preparado a formar o adulto do século XXI é o
desafio a ser vencido.
Habilidades Socioemocionais

Alterar a visão do educador em relação ao aluno, fornecendo subsídios e ampliando seu repertório
de ações, para que ele possa empoderar o jovem e prepará-lo para os desafios existentes na
sociedade contemporânea, como a agilidade da informação, a volatilidade dos conceitos, as rápidas
transformações e a globalização crescente. Na era da alta velocidade, o modo multitarefas é o
pesadelo que assombra profissionais de todas as áreas.

É preciso alinhar corretamente a formação dos professores com as novas expectativas. Certamente,
nenhum deles aprendeu na universidade como trabalhar as habilidades socioemocionais.

Alguns cursos, presenciais ou a distância, já estão fornecendo subsídios.


Habilidades Socioemocionais: Estratégias e práticas

Geralmente, há uma expectativa de que os alunos saibam se comunicar, sejam empáticos, saibam
se controlar, fazer amigos e resolver problemas.
Acontece que estamos diante de crianças e jovens que, por diferentes razões, apresentam
dificuldades em utilizar essas habilidades em diferentes contextos e, além disso, todas essas
habilidades são aprendidas nas interações sociais.

Quais Habilidades Socioemocionais esse aluno apresenta?

Ele apresenta essas habilidades em outros contextos (Na família? Entre amigos? No clube?)

Na escola, todos os professores podem ensinar as habilidades socioemocionais INTENCIONALMENTE


no currículo escolar.
Se queremos ter alunos mais competentes socialmente, precisamos ensinar várias habilidades
socioemocionais e CRIAR CONTEXTO e CONDIÇÕES para que os alunos usem estas habilidades na
escola, na família, com os amigos, ou seja, em diferentes contextos.
Habilidades Socioemocionais: Estratégias e práticas

Práticas educativas para promover as habilidades socioemocionais na escola

Algumas sugestões de atividades para o desenvolvimento de competências socioemocionais são:

Criação de combinados. A construção de combinados no contexto educativo conforme cada situação for
surgindo.
Atividades de artes. A arte é um meio muito poderoso para desenvolver as habilidades sociais e
emocionais, já que pode ajudar a expressar sentimentos e até reafirmar o autoconhecimento.
Falar sobre a importância de controlar as emoções. Não importa a idade: de crianças a jovens adultos,
o controle emocional pode ser abordado na análise dos comportamentos dos personagens de um livro,
vídeo ou história, por exemplo.
Delegar responsabilidades. Quando as crianças e jovens recebem responsabilidades, eles passam a
entender como são valiosos e importantes e pertencem a uma comunidade maior, o que é indispensável
para o dia a dia na faculdade, no trabalho e em relacionamentos interpessoais.
Celebrar as diversidades. Discutir com as crianças sobre como as pessoas possuem diferentes culturas,
costumes e níveis de habilidades que permitirá que elas desenvolvam a tolerância, a aceitação e a
inclusão.
Habilidades Socioemocionais: Estratégias e práticas

Exemplo de Atividade prática:

- ATIVIDADE: A ponte (The bridge)


Link da animação: https://www.youtube.com/watch?v=nN_jDUyflRU
- Objetivos: Desenvolvimento de habilidades socioemocionais: Autoconhecimento, autocontrole das
emoções, empatia.
Conteúdo: Habilidades socioemocionais são comportamentos aprendidos nas interações sociais e que
envolvem autorregulação.
Objetivo: observação, percepção e leitura das emoções e resolução de problemas.
Procedimentos didáticos: Fazer uma roda, explicar que vamos assistir uma animação e que eles devem
observar com muita atenção os personagens Urso, Rena, Raposa e Coelho.
Após assistir a animação, fazer algumas perguntas:
O que aconteceu?
O que vocês observaram?
O que o Urso fez? Por quê?
E a Rena?
O que vocês acharam sobre o comportamento do Urso? E da Rena?
E a Raposa e o Coelho? O que eles fizeram?
Habilidades Socioemocionais: Estratégias e práticas

Após escutar as crianças, propor que eles falem como os personagens deveriam ter agido.
Será que isso acontece aqui na nossa sala?

Trazer exemplos práticos de conflitos do cotidiano das crianças para ficar mais concreto para elas.
Exemplo: Do mesmo jeito que o Urso e a Rena estavam brigando porque os dois queriam passar na
ponte, pode acontecer na nossa sala quando 2 crianças querem o mesmo brinquedo.

OBS: É importante ressaltar que não é ensinar a fazer e, sim, ensinar a pensar como resolver os
conflitos.
Ensinar as crianças a serem mais habilidosas socioemocionalmente.
Resultados da aprendizagem socioemocional

Na sala de aula, o desenvolvimento das competências socioemocionais promove o aumento do


rendimento escolar e a diminuição do problema de indisciplina.

Alunos com competências socioemocionais desenvolvidas têm mais chances de:

- Concluir a Educação Básica e Superior;

- Fazer mais amigos;

- Ter melhores oportunidades de emprego e relações mais saudáveis com as pessoas que os cercam.

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