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Learning by Doing

Pós-Graduando: Carla Monica dos Santos


C.P.F.: 05520689352
Curso: Educação Especializada

A PRÁTICA PEDAGÓGICA DO PROFESSOR EM SALA DE AULA FRENTE A


EDUCAÇÃO INCLUSIVA

RESUMO

Desde os tempos primitivos até à contemporaneidade, as pessoas que possuíam


algum tipo de deficiência foram vítimas de todo tipo de perseguição e exclusão
social. Através dos novos estudos nas áreas da Psicologia da Educação e
Aprendizagem foram se modificando as nomenclaturas voltada para as pessoas com
algum tipo de deficiência e as formas e abordagens como serão trabalhados com
esses alunos em sala de aula. Tal fato levou a identificação da seguinte
problemática: Qual recurso utilizar com intuito de promover a inclusão em sala de
aula? Nesse trabalho mostraremos o exemplo de duas atividades lúdicas que podem
ser utilizadas

CONTEXTUALIZAÇÃO DA SITUAÇÃO-PROBLEMA

As pessoas com algum tipo de deficiência ou síndrome foram vítimas, durante


muito tempo, de exclusão, segregação, preconceito e muito desconhecimento. De
acordo com Bianchetti (1995), desde a pré-história o homem com alguma deficiência
já era excluído das atividades que os outros do grupo faziam, sendo este
considerado um peso morto.
Percebe-se que a história foi marcada por inúmeros desafios para as pessoas com
algum tipo de deficiência. Já na atualidade, são amparados por diversas leis que
existem voltada para as pessoas deficientes,
É importante destacar que houve o surgimento de algumas leis como a Nº
7.853/89 que define como crime recusar ou até mesmo matricular um aluno especial
na instituição de ensino. Essa lei é válida tanto para a rede pública como privada.
Diante disso, a questão a se colocar é de que forma podemos fazer, na prática, com

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que essa lei de fato, valha em sala de aula, pois não adianta apenas inserir o aluno
especial no contexto, no espaço físico da escola, é preciso com que ele seja inserido
nas atividades pedagógicas, nos projetos escolares. De acordo com Almeida &
Purificação (2016, p.2) reforçam que “a lei 7.853/89 diz que a escola pública não
pode negar vaga a um aluno com deficiência.”
Considerando esse contexto, este projeto prevê a realização de atividades
lúdicas: Caixa do Tato e Jogo da memória, com alunos de três a nove anos com o
objetivo de desenvolver habilidades de percepção sensório-motora, comunicação,
concentração e socialização.

APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA PARA SOLUCIONAR O PROBLEMA


IDENTIFICADO

Diante disso, é importante analisar quais são as implicações que tem em


trabalhar com os alunos com deficiência na rede pública de ensino, principalmente
se for levado em consideração o fato de que muitos profissionais da educação estão
totalmente despreparados e desqualificados para educação inclusiva.
A fim de promover a educação inclusiva, utilizarei jogos como formas de intervenção
para as crianças com deficiência, de modo que tenha uma aprendizagem
significativa e igualitária. A seguir, mostraremos uma atividade que pode ser
desenvolvida em sala de aula visando à inclusão.
Os materiais utilizados na confecção foram: uma caixa de papelão, papéis
coloridos de diversos tipos, EVA ou papel camurça, papel madeira, cola, papel
crepom, tesoura, cola, brinquedos diversos e outros objetos, meia, durex ou fita
gomada.

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FIGURA 1-CAIXA DE TATO

Disponível em: https://br.pinterest.com/pin/293226625712093392/. Acesso em 25 fev. 2023.


. O jogo é indicado para crianças entre 06 e 09 anos de idade. Através desse jogo se
desenvolve a oralidade, a percepção sensório-motora, além de promover a
curiosidade da criança. “Profissionais da educação comprometidos com qualidade
de sua prática pedagógica, reconhecem a importância do lúdico [..]” (MODESTO,
2014, p.2). O mesmo autor ainda reforça que a brincadeira facilita tanto o
desenvolvimento físico, como o cognitivo e o psicológico. De acordo com Ramos
(2017) as contribuições dos jogos para as crianças deficientes se manifestam na
área psicolinguística, psicomotora, cognitiva e socioafetiva. Os materiais
necessários são: papel cartão, cartolina, gravuras de pares iguais de animais,
coleção de lápis de cor, cola e lápis grafite.
FIGURA 2-Memória de animais

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Disponível em: https://cantinhodosaber.com.br/natal/jogo-da-memoria-dos-animais-para-imprimir/


attachment/jogo-da-memoria-dos-animais-2/. Acesso em: 25 de fev. 2023.

O jogo de memórias é indicado para crianças maiores de 4 anos de idade.


Jogos de memorização e concentração fazem parte do “aprender brincando”, afinal
de contas o aprendizado se dá não apenas nos métodos tradicionais de quadro e giz
e as carteiras enfileiras.
Uma das dificuldades em se trabalhar com a ludicidade como forma de
inclusão é o fato de não se ter materiais disponíveis na escola, ou até mesmo pelos
alunos, principalmente na rede pública de ensino, que esteja disponível e acessível
para trabalhar com essas crianças em sala de aula. Outra razão que tem sido um
obstáculo para o cumprimento da lei Nº 7.853/89 é a o fato de existir muitos
profissionais ainda despreparados e/ou que não tem qualificação para trabalhar com
Atendimento Educacional Especializado.
É importante lembrar também que o Estatuto da Criança e do Adolescente
(1990), assegura o direito igualitário em relação às condições de acesso e
permanência no Ensino Fundamental. Visando a colocação em prática dessas leis
podem ser encontradas diversas atividades lúdicas que inclua o aluno em sala de
aula.
Atualmente os novos estudos que contribuíram para a Psicologia da
Educação e da Aprendizagem mostram que a educação é construída através da
afetividade entre professor e aluno e de técnicas que visem observar as
especificidades de cada aluno.

ANÁLISE DOS RESULTADOS OBTIDOS/PREVISTOS

Após a aplicação dessa atividade foi perceptível o desenvolvimento da oralidade


das crianças. “A linguagem oral é um instrumento fundamental para que as crianças
possam ampliar suas possibilidades se inserção e participação nas diversas práticas
sociais.” (Santos, 2015, p.113). Além da oralidade, através desses jogos puderam
analisar a percepção sensório-motora das crianças.
É importante observar que uma das vantagens das atividades lúdicas é a
capacidade que ela tem de permitir aos alunos que eles se soltem mais, fiquem mais
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desinibidos em sala de aula. Ele tem a capacidade de ampliar o vocabulário e a


capacidade de interação e comunicação entre os alunos. Logo no começo alguns se
demonstrarem relutantes e até mesmo um pouco receosos quanto à aplicação dos
jogos, outros, no entanto, se deixaram levar para curiosidade e rapidamente
aprendeu a jogar.
É claro que é preciso aplicar atividades lúdicas observando as especificidades
de cada aluno.

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APRESENTAÇÃO DO TEMPLATE (FRAMEWORK) COM A SÍNTESE DE SUA


PROPOSTA

PROBLEMA AÇÃO TOMADA RESULTADOS

A dificuldade se mostra a partir Desenvolvimento de duas Essas atividades fazem com


do momento em que as atividades lúdicas em sala de que os alunos se tornam mais
escolas cumprem de fato, a Lei aula como por exemplo, a sociáveis, confiantes, além dos
Nº 7.853/89 e o direito à Caixa de tato e o Jogo da alunos melhoraram sua
igualdade na permanência Memória dos Animais. A atenção e concentração.
escolar, porém há falta de primeira atividade visa o
preparação e qualificação por desenvolvimento da percepção
´parte de muitos profissionais sensório-motora e a segunda
em como trabalhar com esses atividade visa desenvolver a
alunos em sala de aula. Qual concentração, a organização e
recurso utilizar com intuito de a disciplina.
promover a inclusão em sala
de aula?

ANTES DA APLICAÇÃO DO MÉTODO APÓS A APLICAÇÃO DO MÉTODO

Antes da aplicação do método os alunos se mostravam muito


pouco confiantes, alguns sem motivação para o aprendizado.
Os alunos mudaram a postura em sala de aula. Com a
Havia um complexo de baixa autoestima e até mesmo o corpo
docente ainda tinha certas dificuldades em aplicação de novos aplicação da atividade lúdica, eles socializaram e interagiram
métodos. mais com sua turma, assim construindo um ensino -
aprendizagem significativo de maneira inclusiva.

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REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Valdelane Oliveira; PURIFICAÇÃO, Marcelo Máximo. EDUCAÇÃO


ESPECIAL, O QUE DIZ A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA? In: Anais Colóquio
Estadual de Pesquisa Multidisciplinar (ISSN-2527-2500) & Congresso Nacional
de Pesquisa Multidisciplinar. 2016.

BIANCHETTI, L. Aspectos Históricos da Educação Especial. Revista Brasileira de


Educação Especial, Rio de Janeiro, v.2, n,3, p.17-19, 1995. Disponível em:
http://chromeextension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://abpee.net/pdf/
artigos/art-3-1.pdf. Acesso em 27 fev. 2023.

BRASIL. Lei 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e


do Adolescente e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 16 jul.

RAMOS, Sandra Lima de Vasconcelos. Jogos e brinquedos na escola: orientação


psicopedagógica. Editora Respel, 2017.

SANTOS, Maria Gabriela da Silva. O desenvolvimento da oralidade das crianças


na Educação Infantil. 2015.

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