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CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

CURSO DE PEDAGOGIA

Desafio Profissional
Unidade de Ensino: Famup

Curso: Pedagogia 7ª Série


Disciplinas Norteadoras: Didática do Ensino de Ciências,
Educação Inclusiva, Didática do Ensino da Matemática,
Educação em Ambientes Não Escolares, Projeto de
Extensão à Comunidade.
Tutor(a) Presencial: Fernanda Qader
Acadêmicas: Arlinda Jaqueline Silva RA: 2790567515
Maraisa Aparecida Barbosa da Silva - RA: 0099155153
Rafaela Beatriz Marques Ferreira - RA: 0099159600
Rita de Cássia Marques Ferreira Medeiros - RA: 1708155889
Sueli das Dores Camaçari - RA: 0099152857

DESAFIO PROFISSIONAL:
Deficiência Visual.

Promissão - SP
2018
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Sueli das Dores Camaçarí


RA: 0099152857

DESAFIO PROFISSIONAL:
Deficiência Visual.

Desafio profissional apresentado à


Anhanguera - Uniderp, como requisito parcial
para o aproveitamento das disciplinas da 7ª
série do Curso de Pedagogia.

Tutor a Distância: Silvana Maria Batista

Promissão – SP
2018
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Sumário

Introdução.................................................................................................................04
Desenvolvimento .....................................................................................................05
Mapeamento da Turma..............................................................................................05
Levantamento de documentos para identificar os conteúdos e a aprendizagens
esperados para os alunos do 5º ano do Ensino Fundamental...................................07
Projeto Interdisciplinar de Intervenção Pedagógica...................................................09
Considerações Finais .............................................................................................12
Referências Bibliográficas......................................................................................13
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Introdução

A inclusão social é instituída pela Lei nº 13.146/15, expressa no Estatuto da


Pessoa com Deficiência:
“Art. 1oÉ instituída a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência
(Estatuto da Pessoa com Deficiência), destinada a assegurar e a promover, em
condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por
pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania.
Art. “4o Toda pessoa com deficiência tem direito à igualdade de
oportunidades com as demais pessoas e não sofrerá nenhuma espécie de
discriminação.” Ou seja, essa lei nos faz entender que pessoas com deficiência
devem estar inseridas no meio social, sendo tratadas com igualdade. Porém, na
prática, como é possível incluir um aluno com deficiência visual no ambiente
escolar?
Este desafio tem por objetivo apreciar as particularidades de cada aluno,
observar e conhecer todos na sala de aula propicia ao educando fazer uma
avaliação para escolher a melhor maneira pedagógica de trabalhar com cada
criança. Porém esse modelo de educação ainda é um grande desafio da educação,
pois é necessário fazer um levantamento do perfil de cada criança e quais são suas
necessidades educacionais e pessoais. Avaliar de uma forma individual e
aproximar dos que mais apresentam problemas comportamentais, indisciplinares e
de aprendizagem e tentar ajudá-los procurando atender as necessidades de cada
aluno incluindo 2 alunos com deficiência visual. Iremos demonstrar a realidade da
escola “Angelo Borttolato” que tem uma sala de aula com 34 alunos sendo 15
meninos e 19 meninas que são algumas indisciplinadas e imperativas e com
problemas comportamentais. Em especial foram avaliados dois alunos deficientes
visuais.
É comum que professores façam uso de imagens, gráficos, mapas e outros
instrumentos visuais. Claramente, um aluno com deficiência visual terá dificuldades
para desenvolver essas atividades, cabendo ao professor moldar essas técnicas de
ensino. Porém, é um processo que apresenta complexidade para os professores
que muitas vezes não têm a estrutura necessária para que a inclusão alcance
eficiência. Portanto é um desafio que deve ser enfrentado pelo professor
juntamente com todo o grupo escolar.
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Desenvolvimento

Mapeamento da Turma

Coordenadores (as) do projeto: Inês Gonçalves Dias e Lucimara Nonato Peres

Descrição do Perfil da aprendizagem dos alunos nos conteúdos de Ciências e


Matemática
Entender a área do ponto de vista conceitual e procedimental e desenvolver
habilidades que formem indivíduos autônomos e seletivos na aquisição do
conhecimento.
Elas precisam desenvolver a capacidade de ouvir, falar, argumentar e respeitar
diferentes pontos de vista.
Observação e registro, estudos do meio, aulas expositivas, confecção de mapas
conceituais, leitura, produção de textos e discussão em grupo.
Todas as que estimulam uma postura mais pró-ativa e criativa e que façam os
alunos participarem
Número de alunos: 34 Meninos: 15 Meninas: 19

Descrição do perfil da turma em relação as dificuldades de aprendizagem,


especificando os alunos com deficiência visual:
O grupo é bem heterogêneo, pois tem 2 casos de inclusão, ambos possuem
diagnóstico e têm atendimento especializado. Em relação à aprendizagem, os
alunos encontram em níveis semelhantes de saberes. A turma em si não parece ser
de quinto ano, mas sim de quarto, somente um aluno destaca-se com uma
compreensão condizente com a do quinto ano. Percebe-se que a maioria dos
alunos são retraídos, inseguros e alguns desmotivados. Nos dois casos de inclusão,
nos deparamos com alunos que estão totalmente fora da realidade de quinto ano,
ou seja, não leem, não escreve e também não reconhecem os numerais e seus
valores. Avaliando pelos níveis de aprendizagens, os dois casos estão pré -
silábicos. A maioria não consegue desenvolver uma aula produtiva de ciências, se
dispersam no laboratório da escola. Em relação a matemática todos parecem não
gostar, o que é negativo, a maioria não domina multiplicação, sendo que a grande
maioria tem dificuldades na divisão e na interpretação e resolução problemas
matemáticos. Em âmbito geral, pode-se afirmar que essa turma reage com desdém,
tornando mais desafiador o trabalho e também exaustivo. Um dos fatores que
contribui para o baixo rendimento é o fato de muitos pais serem bastante pobres e
não participativos nos deveres com seus filhos.
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Descrição do envolvimento familiar na aprendizagem dos alunos e nas


atividades da escola: A família é mediadora e ativadora no processo de ensino-
aprendizagem de maneira que o primeiro espaço social da pessoa é a sua família,
no ambiente onde vive a criança constrói valores e referências sejam elas boas ou
ruins. Os pais precisam estar conscientes e mobilizados a apoiar e estar em
conjunto com a escola para o aprendizado do filho, algo que atrapalha muito o
desenvolvimento das habilidades da pessoa com necessidade especial é a
superproteção dos pais, de maneira que não contribuirá em nada para o
desenvolvimento da autonomia da pessoa. Precisamos do apoio da família para um
bom resultado do aprendizado do aluno, mas muitas famílias justificam a ausência
por falta de tempo em estar presente em reuniões, em estar acompanhando as
tarefas de casa ou atividades de sala de aula, em estar presente, pois o pai trabalha
fora e não está presente todo o dia em casa, muitas famílias têm a dificuldade em
aceitar que o filho é portador de necessidade especial, assim dificultando o
desenvolvimento do aluno.
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Levantamento de documentos para identificar os conteúdos e as


aprendizagens esperados para os alunos do 5º ano do Ensino
Fundamental.
Este passo tem por objetivo socializar os documentos oficiais do governo e
da escola. Objetivando reestruturar o Projeto Político Pedagógico (PPP) sob a
perspectiva da Gestão democrática, concretizando o trabalho de forma coerente.
Utilizando o método da pesquisa ação envolvendo as matérias de ciência e
matemática como foco de pesquisa, ressaltando a necessidade de se planejar o
desenvolvimento da escola em um todo, e, partindo do pressuposto que a
participação e planejamento são condições indispensáveis para esse processo, é
que o PPP foi reestruturado de forma democrática.
Documentos analisados:
 Parâmetros Curriculares Nacionais: Ciências Naturais no Ensino
Fundamental;
 Parâmetros Curriculares Nacionais: Matemática no Ensino
Fundamental;
As ideias básicas contidas nos Parâmetros Curriculares Nacionais em
Ciências refletem muito mais do que uma mera mudança de conteúdos, uma
mudança de filosofia de ensino e de aprendizagem, como não poderia deixar de
ser. Apontam para a necessidade de mudanças urgentes não só no que ensinar,
mas, principalmente, no como ensinar e avaliar e no como organizar as situações
de ensino e de aprendizagem.
Tendo em vista as dificuldades encontradas pelos alunos para aprenderem
os conceitos científicos no ensino de Ciências o PCN tem discutido e apontado em
seus estudos alternativos metodológicos para a melhoria da qualidade deste
ensino. A maior parte do tempo dedicado às aulas laboratoriais é utilizada para
manipulação de aparatos e realização de medições, aspectos que contribuem
muito pouco para inter-relacionamento da teoria com a experiência. Essa
orientação, na qual o comportamento mecânico do aluno é requerido nas primeiras
etapas do processo e o envolvimento cognitivo só advém na parte final da
atividade, retrata a ênfase dada pelos professores aos objetivos relacionados
apenas à aquisição de conhecimento mecânico em detrimento de objetivos que
levem à compreensão da natureza da Ciência ou ao desenvolvimento de atitudes.
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Inicia-se uma aproximação do ensino de Ciências Naturais ao ensino de


Ciências Humanas e Sociais, reforçando a percepção da Ciência como construção
humana e não como “verdade natural”.
Parâmetros Curriculares Nacionais: Matemática no Ensino Fundamental
O ensino da Matemática tem passado, ao longo dos anos, por sucessivas
reformas. Mesmo assim, o fracasso escolar matemático continua. No momento em
que as Secretarias Municipais e Estaduais de Educação se esforçam para absorver
e se adequar às novas normas vigentes, os Parâmetros Curriculares Nacionais
(PCN's) desempenham importante papel. "É importante destacar que a Matemática
deverá ser vista pelo aluno como um conhecimento que pode favorecer o
desenvolvimento do seu raciocínio, de sua sensibilidade expressiva, de sua
sensibilidade estética e de sua imaginação" (PCN's,1997).
O papel da Matemática no Ensino Fundamental como meio facilitador para a
estruturação e o desenvolvimento do pensamento do(a) aluno(a) e para a formação
básica de sua cidadania é destacado."...é importante que a Matemática
desempenhe, equilibrada e indissociavelmente, seu papel na formação de
capacidades intelectuais, na estruturação do pensamento, na agilização do
raciocínio dedutivo do aluno, na sua aplicação a problemas, situações da vida
cotidiana e atividades do mundo do trabalho e no apoio à construção de
conhecimentos em outras áreas curriculares."E mais adiante: " Falar em formação
básica para a cidadania significa falar em inserção das pessoas no mundo do
trabalho, das relações sociais e da cultura, no âmbito da sociedade brasileira
(MEC?SEF,1997,p.29). Ao referir-se à pluralidade das etnias existentes no Brasil, à
diversidade e à riqueza do conhecimento matemático que nosso(a) aluno(a) já traz
para a sala de aula, enfatiza-se nos PCN's que o ensino da Matemática, a par da
valorização da pluralidade sociocultural do(a) educando(a), pode colaborar para a
transcendência do seu espaço social e para sua participação ativa na
transformação do seu meio.
Os objetivos para o Ensino Fundamental, de acordo com os PCN's, visam
levar o aluno a compreender e transformar o mundo à sua volta, estabelecer
relações qualitativas e quantitativas, resolver situações-problema, comunicar-se
matematicamente, estabelecer as intraconexões matemáticas e as interconexões
com as demais áreas do conhecimento, desenvolver sua autoconfiança no seu
fazer matemático e interagir adequadamente com seus pares.
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Projeto Interdisciplinar de Intervenção Pedagógica

- Tema: refere-se ao assunto que será tratado de forma central no projeto.

- Problema detectado: quais as motivações que levaram a professora Ana a


propor esse projeto de trabalho interdisciplinar.

- Objetivos a serem alcançados:


 Trabalhar como professor nas atividades de complementação ou
suplementação curricular.
 E preciso que haja colaboração com o professor da classe, para que o
trabalho pedagógico possa ser aplicado com sucesso, e o aluno com
deficiência visual consiga interagir com os demais alunos.
 Promover atividades de inclusão onde o aluno com deficiência visual possa
participar junto com o grupo.
 A escola deve ser informada a respeito da legislação e normas educacionais
vigentes que assegura a inclusão do aluno.
 A família deve ser orientada para poder participar nesse processo.
 Participar e tomar decisões atendendo as necessidades do aluno com
deficiência visual.
 Preparar materiais adequados para o uso dos alunos em sala de aula.
 Os materiais didáticos pedagógicos devem ser bem elaborados e explicados
para que os alunos possam utilizar.
 Professores e gestores devem unir-se em prol de um projeto eficaz onde
realmente haja uma educação inclusiva.

- Justificativa sobre a relevância do tema:


Abordar esse tema será importante para o desenvolvimento dos princípios de cada
aluno, trabalhando relações de pertinência, como a interseção ou a união, adquirir
hábitos para o dia a dia, desenvolver os sentidos remanescentes e desenvolver a
autonomia dos alunos com deficiência.
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- Definição das ações e estratégias:


MOMENTO 1
Os professores que conhecem as características do ambiente educacional
podem identificá-las, promovendo as adequações que ajudarão a participação
desses alunos na turma.
Registro da situação vivenciada na escola por meio da confecção de uma
maquete, que favorece a atenção visual de um aluno com cegueira, e a confecção
de alfabeto em  Braille.

MOMENTO 2
Formas numéricas e geométricas utilizando materiais como massa de
modelar, argila e biscuit. Criar formas com ajuda dos alunos, então vende os olhos
de todos, entregue formas para a turma e peça que tente descobrir quais formas
estão segurando. Proporcionando um ambiente de descobertas de sentidos, os
alunos apropriar-se a conceitos de cada forma.

MOMENTO 3
O professor dará uma folha para os alunos e pedirá que, com os olhos fechados
façam o seguinte:
 escrevam o nome deles completo
 desenhem um cachorro  
 escrevam os números de 1 a 10  
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MOMENTO 4
Como a relação entre conjuntos o professor pode utilizar pulseiras ou
bambolês a partir da manipulação deles trabalhar relações de pertinência como a
interseção e a união.

MOMENTO 5
Com o auxilio do professor e de todos os alunos será construído  em sala de
aula uma lista de fruta construída com materiais adaptados, na simbologia Braille ,
para que o aluno deficiente visual e todas da turma possam explorar de uma
maneira diferente, assim todos os alunos , criam um vinculo com a simbologia
Braille facilitando então a fixação e os significados para todos .

Materiais a serem utilizados:


 Massa de modelar argila
 Venda para os olhos
 Eva de várias cores
 Papelão
 Cartolina
 Bambolê
 Canudo
 Livro didático
 Barbante
 Cola
 Pulseiras
 Alfabeto em Braile
 Brinquedos de encaixe
 Isopor
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Avaliação sobre as ações desenvolvidas:


Processual e continua, através de registros e da observação. Neste sentido,
serão levados em consideração a participação dos alunos nas diversas atividades
propostas, bem como suas colocações em sala de aula.
Analise da capacidade do aluno em relacionar o assunto abordado com o
seu cotidiano.
Observação e seus registros feitos ao longo das aulas, possibilitarão a
analise para um possível redirecionamento do planejamento do conteúdo abordado
para possibilitar aprendizagem significativa.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Todas as crianças têm direito à educação pela atual LDB (Leis de Diretrizes
e Bases da Educação) e às que possuem necessidades especiais, amparadas pela
mesma lei têm direito a frequentar a escola regular. Para que este aluno seja
incluso verdadeiramente em sala de aula é preciso que todos os membros da
escola estejam unidos para a realização de tal missão.
Quando se trata de um aluno com deficiência visual, vários cuidados
precisam ser tomados, sendo um deles o espaço físico da escola, que precisa ser
adequado e quando houver mudança, comunicado aos alunos. As crianças com
necessidades especiais têm os mesmos direitos que aquelas que não as possuem.
No entanto, deve-se levar em consideração que estas crianças precisam de
cuidados especiais. Em relação ao ensino, o professor deve propor atividades onde
todos os alunos trabalhem juntos. Para que a aprendizagem ocorra de maneira
significativa é necessário que se usem os recursos didáticos e o professor os
adaptem para a situação em que se encontra o aluno com limitação visual.
Assim como nas outras disciplinas, a Matemática e Ciências também
precisam ser adaptadas para os alunos com deficiência visual, tendo várias
alternativas, recursos e maneiras de torná-la interessante aos olhos do aluno, tais
como: jogos, brinquedos e materiais adaptados ajudam para que os conteúdos
dessas disciplinas tornem-se mais divertidos, fazendo com que estes alunos
aprendam com mais facilidade.
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Referências Bibliográficas:

BATISTA. Silvana Maria, Desafio Profissional de pedagogia–Licenciatura.


Valinhos: Anhanguera Educacional, p. 10, 2018. Disponível
em:<www.anhanguera.edu.br/cead>. Acesso em: 11 mar./2018.

Lei nº 13.146, de 06 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira


de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência).
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/
Lei/L13146.htm>. Acesso em: 12 de mar./2018.

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares


Nacionais: Ciências. Brasília: MEC/SEF, 1998. Acesso em: 25 de mar./2018.

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares


Nacionais: Matemática. Brasília: MEC/SEF, 1998. Acesso em: 02 de abril/2018.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular.


2017.Disponível em: < http://basenacionalcomum.mec.gov.br/materiais-de-apoio/>.
Acesso em: 09 de abril/2018.

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