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UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL

CURSO DE PSICOLOGIA

Estágio Específico em Processos Institucionais e de Saúde I

“Atenção aos pais de crianças com deficiência intelectual: uma intervenção


para cuidar de quem cuida.”

CAMPUS GRAVATAÍ

Acadêmica: Jani Meri de Souza

Gravataí, Junho de 2023


IDENTIFICAÇÃO

Local de Estágio: Escola Estadual Especial Brigadeiro Ney Gomes

Endereço: Av. Guilherme Schell número 4064 Canoas/RS

Telefone: 51 999649757

E-mail: escolaespecialneygomes@gmail.

Carga horária semanal: 12 horas

Supervisora Local: Farid Rodrigues Bessil CRP 07/20908


Supervisora Acadêmica: Mayara Squeff Janovik – CRP: 07/19469

_____________________________
Supervisor Local
Nome Farid Rodrigues Bessil
CRP: 07/20908

_____________________________
Supervisora Acadêmica
Mayara Squeff Janovik
CRP: 07/19469
INTRODUÇÃO

O Estágio Específico em Processos Institucionais e de Saúde I desenvolve-se no


âmbito da disciplina Processos Institucionais e de Saúde e é componente obrigatório
pertencente à grade curricular do curso de Psicologia da ULBRA - Universidade
Luterana do Brasil – campus Gravataí. A realização deste estágio curricular específico
torna possível um dos primeiros contatos do estagiário com a prática profissional, além
da aquisição de um maior conhecimento da área de atuação na Psicologia,
desenvolvendo uma vivencia ativa, que visa aprimorar os aprendizados adquiridos
durante a graduação, enriquecendo suas qualificações profissionais. Para um bom
desempenho e sucesso no processo de estágio é fundamental que o psicólogo em
formação levante o maior número de informações do ambiente no qual está inserido,
para familiarizar-se com a instituição e seu funcionamento, bem como o público alvo
assistido.

O local onde irei realizar a pratica deste estágio é a Escola Estadual Especial
Brigadeiro Ney Gomes, fundada em 21 de maio de 1967 que encontra- se localizada na
Av. Guilherme Schell número 4064 na cidade de Canoas RS escola Ney como é
conhecida pela maioria da população local atende pessoas entre 08 e 35 anos (alguns há
mais de 20 anos na instituição) e conta com um ambiente físico amplo, que acolhe 110
alunos da comunidade local e arredores com deficiência intelectual, autismo e síndrome
de Down.

A parte física conta com 10 salas de aulas, sala de diretoria, sala de professores
laboratório de informática sala de recursos multifuncionais para atendimento
educacional especializado (AEE), quadra de esportes coberta, cozinha, biblioteca, arque
infantil, banheiro adequado à alunos com deficiência ou mobilidade reduzida sala de
secretaria, refeitório, despensa, pátio descoberto, área verde ,TV, DVD, aparelho de
som, projetor multimídia (data show), alimentação escolar para os alunos, água filtrada,
água da rede pública ,energia da rede pública, esgoto da rede pública ,lixo destinado à
coleta periódica, acesso à internet banda larga, segundo dados do censo de 2021. Conta
com um quadro de profissionais 12 professores , 08 funcionários .( saber se são
terceirizados ou concursados, ou contratados à pesquisar na próxima reunião).

A escolha do local para concretizar o estágio aconteceu após a divulgação entre


as escolas do projeto Psicologia nas Escolas, no qual me foi sugerido ir em busca de
uma vaga que me possibilitasse a realização do estágio curricular especifico na rede
Estadual, e também por motivos práticos, como disponibilidade de horários, trajetos,
entre outros.

As referências técnicas para atuação dos Psicólogos na Educação Básica –


CREPOP, diz que a psicologia escolar pretende trabalhar a instituição como um todo, de
forma continua e dentro de um panorama mais crítico. Deve empenhar-se para que das
dificuldades desenvolvam-se ações dentro da escola, sobretudo na rede pública. Sendo a
escola sistema aberto, constituinte de um mercado de serviços, produtos e projetos
voltados a seus usuários, sua função é de organizar a formação, para que esta seja
pensada e feita de um modo que favoreça a cooperação, a curiosidade e o
desenvolvimento de sentidos e significados sociais e também os fundamentos teóricos
da Psicologia, que serão a essência para pensar outros meios de transpor determinismos
sociais. A junção da Psicologia com a Educação favoreceu a emergência do psicólogo
escolar, profissional este que por bastante tempo ficou conhecido por classificar e
ajustar, à escola, os alunos com dificuldades escolares, inserindo os saberes
psicológicos ao contexto escolar. Através de teóricos e práticos relacionados à
Psicologia e de uma postura crítica perante a atuação da área nas escolas, a relação
Psicologia-Educação mudou, sendo caracterizada pela interdependência de
conhecimentos. Em seu novo formato, a Psicologia Escolar começou a dar valor as
relações e também ao contexto histórico em que as adversidades se estabelecem e,
atualmente, caracteriza-se por sua atuação no que tange a prevenção, valorizando assim
a participação do professor e cuidando de sua saúde mental. A Psicologia Escolar, hoje,
tem o desafio de ampliar seu campo de atuação para outros contextos e níveis
educativos e sistematizar ações diferenciadas que promovam o desenvolvimento e a
aprendizagem dos envolvidos no cotidiano escolar. (Oliveira & MarinhoAraújo, 2009).
expandindo seu campo de atuação no âmbito educacional visa além do educando,
possibilidades de intervenção dentro do ambiente escolar. Como afirma Moreira (2003,
p.55) “o objeto de atuação da Psicologia Escolar é o encontro entre o sujeito humano e a
educação”, pode-se concluir que, por essa via, que a ação do psicólogo passa a não ser
mais centralizada no estudante, assumindo “o fenômeno educacional como produto das
relações que se estabelecem no interior da escola” (SOUZA, 2009, p.179) ou em
instituições vinculadas à educação.

JUSTIFICATIVA

Para Durlak (1997), a intervenção precoce, ainda na educação infantil, permite a


identificação de problemas e a intervenção antes que se tornem severos. Deste modo,
produzir dados sobre a inclusão de alunos ainda na educação infantil possibilita uma
atuação profilática, preventiva, junto às famílias e as escolas no momento em que as
dificuldades da criança começam a emergir ou, antes mesmo que ocorram, de forma a
combinar os achados científicos com a atuação prática (VALLE, 2002). Por isso, torna-
se essencial que a criança com NEE inicie sua escolarização o mais cedo possível,
contando sempre com o apoio da família, auxiliando amplamente nesse processo,
relacionando-se de maneira positiva com a escola, proporcionando condições para um
melhor aprendizado e desenvolvimento da criança (POLONIA; DESSEN). Após
realizar o agendamento da entrevista inicial com a diretora Nara Alves Rosa Mello e
com coordenadora pedagógica Mariana Nogueira, que foi realizada no dia 31 de maio
de 2023 às 15:30h por vídeo chamada. Uma vez já inserida na escola, após colocar em
prática as demais entrevistas e algumas observações, ficou bastante evidente a demanda
exposta pela diretora Nara, referente à presença constante dos pais nas salas de aula,
desfocando o trabalho dos profissionais da educação e a aprendizagem dos alunos. Por
se tratar de uma escola para pessoas portadoras de deficiências e/ou síndromes, a
presença dos criadores no ambiente de aprendizagem torma muitas vezes inviável
muitas das atividades em sala de aula. Tal demanda me trouxe uma reflexão sobre o
quão necessário seria desenvolver um projeto voltado a promoção de saúde mental aos
pais dos alunos que permanecem no ambiente escolar aguardando a saida de seus filhos
através de atividades variadas. Segundo Paro (2000) é de suma importância a
contribuição efetiva dos pais junto aos filhos de forma qualitativa, na educação especial
não é diferente, pois é em casa junto à família que a criança recebe e engloba o
desenvolvimento de estímulos para estudar, pelo gosto em aprender coisas novas. A
função da escola é ensinar e a participação dos pais juntos a seus filhos na escola com
vistas a um melhor desempenho escolar às vezes levanta questionamentos arbitrários do
que pode ser feito pelos pais em uma relação fundamentada na continuidade do trabalho
de ambas as partes.           É preciso integrar a parceria entre pais e escola em uma
concepção bem elaborada e definida, pois a família é crucial para desenvolver hábitos
de estudos onde a criança precisa ser motivada com estímulos que a fazem quererem
aprender, ir à escola e ter um bom desempenho, além da necessidade de um reforço na
auto-estima do aluno. A sociedade brasileira ainda engatinha no que se refere à
inclusão. Devido à falta de informação e ao preconceito, todos os indivíduos passam por
dificuldades. O deficiente sente-se excluído porque o tratam como incapaz. Os pais, por
sua vez, infantilizam ou superprotegem os filhos. E o professor que recebe um aluno
com esse histórico teme fracassar na tentativa de integrá-lo à sociedade, principalmente
se não tiver orientação sistematizada. (CAVALCANTE, 2004, p.32) Os pais precisam
estar presentes na educação de seus filhos e em especial o pai da criança com
deficiência mental precisa apoiar as diversas possibilidades de crescimento intelectual
de seu filho mesmo que isso demande um esforço maior da criança. É preciso respeitar
os tempos, porém ao introduzir no cotidiano novas tarefas e rotinas é possível que aja o
crescimento da criança com deficiência mental sem abalar seu emocional. O estudo teve
como objetivo identificar os fatores que interferem no trabalho dos cuidadores de alunos
com deficiência e impactam na saúde mental. Para isto realizou-se uma revisão de
literatura, com as bases de dados do portal Scielo e Capes, das produções científicas do
período de 2008 a 2018,  cuidadores; saúde mental; educação; pessoas com deficiência. Os
resultados revelaram que as deficiências mais impactantes na saúde mental dos cuidadores
foram as encontradas no grupo com Deficiências Intelectuais.

Após muitos estudos sobre a prática do Mindfulness e seus benefícios, Quando


colocados perante o diagnóstico de que a criança tem necessidades especiais, os pais são
confrontados com níveis de stress elevados, tendo a necessidade de adotar estratégias de
coping que lhes permitam fazer face à problemática apresentada pela criança e que pode
comprometer o bem-estar e a qualidade de vida familiar. Nesse sentido, o presente estudo
procurou investigar a relação existente entre o stress parental, o modo de estar no
momento presente, mindfulness, e a percepção de qualidade de vida familiar numa
amostra de cuidadores (mães/pais) de crianças com necessidades especiais de idade
igual ou inferior a seis anos. Os resultados revelaram que o stress parental se correlaciona
negativamente com o mindfulness. Adicionalmente o stress correlaciona-se negativamente
com a qualidade de vida familiar e o mindfulness correlaciona-se positivamente com a
qualidade de vida familiar Os resultados revelaram que, apesar de indivíduos com baixo
stress parental tenderem a manifestar uma melhor qualidade de vida familiar, não se
verificou um efeito de interação entre os fatores stress parental e mindfulness interpessoal
parental sobre a qualidade de vida. Esta investigação contribuiu para alargar o
conhecimento relativamente a estes três constructos, e a forma como são vivenciados por
famílias de crianças com necessidades especiais.( Pires, Sandra Brigas 2014).
Desenvolver um grupo para pais de alunos especiais pode ser de grande valia, para
fomentar o desenvolvimento de estratégias que promovam um maior potencial
motivador entre estes pais, promovendo assim habilidades que ajudem na conservação
da saude mental dos mesmos. No entanto, é importante criar um ambiente seguro e
acolhedor, onde os pais se sintam à vontade para compartilhar suas experiências,
preocupações e emoções, isso pode incluir a criação de regras de confidencialidade e
respeito mútuo. Educação e informação, proporcionar aos pais informações atualizadas
sobre as características específicas da condição de seus filhos, assim como estratégias de
apoio e recursos disponíveis, isso ajuda os pais a compreenderem melhor as
necessidades de seus filhos e a adquirirem habilidades práticas para lidar com
dificuldades específicas, através do compartilhamento de experiências, desafios e
conquistas, promovendo um ambiente de apoio mútuo.
A parentalidade por si só, é uma tarefa desafiadora, quando falamos de pais de
indivíduos com deficiência, aumentamos ainda mais a força e resiliência que estes pais
devem desenvolver. O mindfulness, ou atenção plena, pode trazer vários benefícios
significativos, como redução do estresse, melhor qualidade na comunicação entre pais e
filhos, melhoria de habilidades de resposta, maior tolerância e paciente, melhorias na
autorregulação, esta prática pode ajudar os pais a lidar melhor com o estresse,
permitindo que eles estejam presentes no momento presente, em vez de se preocuparem
com o passado ou futuro. Isso ajuda a reduzir a ansiedade e a pressão emocional,
promovendo um maior equilíbrio emocional. Somado a isso, com esta técnica também
conseguiríamos trazer benefício para a escola, que hoje enfrenta dificuldade com a
interação dos pais em sala de aula, desta forma, aliviamos as tensões entre professores,
pais e alunos e ainda lapidamos estas características de saúde mental nos pais.

OBJETIVO GERAL

Aumentar o nível de consciência sobre saude mental e sobre qual o papel dos país
de alunos com deficiência dentro da escola.

OBJETIVO ESPECIFICOS

 Melhoria na qualidade da comunicação


 Fortalecimento da resiliência emocional

 Criar estratégias para melhorar a capacidade em manter o foco na


resolução de problemas e diminuir a insegurança dos pais.

 Promover a ampliação do conhecimento dos pais sobre a temática


“saúde mental” através de psicoeducação
 Insentivar o desenvolvimento da autoconfiança e autoestima dos
pais
 Facilitar a identificação de sinais de risco a Saúde Mental.

METODO

Essa pesquisa é feita através de entrevistas realizadas com os pais e com a


equipe diretiva e com o corpo docente da escola, bem como através das observações
feitas no ambiente escolar, sala de espera dos pais, salas de aula, o que possibilita
compreender e analisar do plano micro para o macro, não com a intenção trazer
respostas prontas para as demandas observadas, mas sim de auxiliar nos processos de
autoanalise e autogestão produzindo em conjunto com a equipe diretiva e não para esta
equipe, para tanto se faz necessário o auxílio e análise de referenciais teóricos,
“Qualquer trabalho científico inicia-se com uma pesquisa bibliográfica, que permite ao
pesquisador conhecer o que já se estudou sobre o assunto” (Fonseca, 2002, p.32). Tal
pesquisa tem um caráter qualitativo, as principais características dos métodos
qualitativos são a imersão do pesquisador no contexto e a perspectiva interpretativa de
condução da pesquisa. (Kaplan & Duchon, 1988).
Serão realizados 4 encontros, com duração em 1h30 utilizando técnicas de
Mindfulness com o intuito de psicoeducar quando a saúde mental, assim como,
promover e previnir possíveis sofrimentos, como por exemplo: observação dos
pensamentos, escaneamento corporal, meditação, etc. Após a aplicação dessas técnicas
será feito uma observação, bem como envio de um formulário para que possamos
analisar como os pais e toda a equipe escolar enxergou este processo, é de extrema
importância de todo o corpo docente avalie este internvenção, afim de avaliar se este
processo trouxe benefício para além dos pais, visto que a forma como os pais interagem
hoje com a sala de aula vem trazendo prejuízos.
A prevenção primária em saúde mental compreende ações que visam evitar o
surgimento de transtornos, de tal maneira que a promoção teria como princípio básico a
disponibilização de recursos capazes de trazer um certo empoderamento aos indivíduos
e capacitando-os para enfrentar adversidades pessoais e ambientais, e consequentemente
proporcionando um maior bem-estar.

ANALISE INSTITUCIONAL

O campo de análise foi instituito a partir da percepção sobre a dinâmica e os


processos institucionais, após várias queixas, reclamações dos professores à direção e
observação sobre o funcionamento das aulas foi identificado que os pais atrapalham o
andamento da aula, visto que os mesmos permanecem dentro na sala durante o período
letivo, para além disso, é necessário “cuidar de quem cuida”, é importante avaliar como
está a saúde mental deste pais e sobre tudo, como eles enxergam este processo. Visto isso,
a análise está delimitada a como podemos melhorar a experência do aluno, professor e dos
pais perante a este processo. Podemos perceber que este movimento acarreta diversos
problemas, tais como: Distrações prejudiciais, os pais presentes na sala causam
interrupções desnecessárias durante a aula, especialmente quando estão conversando ou
fazendo comentários enquanto o professor está ensinando. Isso pode afetar a concentração
dos alunos e prejudicar seu aprendizado. Outro ponto é a falta de independência, ter os
pais na sala de aula desenvolve uma depêndencia do aluno, eles se acostumam a depender
dos pais para obter respostas ou resolver problemas, em vez de desenvolver suas
habilidades de pensamento crítico e resolução de problemas de forma independente, visto
que são alunos deficiêntes e precisam ainda mais desenvolver estas habilidades.
Os familiares geralmente sentem-se despreparados para ajudar um parente com
doença mental e apresentam muitas dúvidas. O convívio com o paciente portador de
transtorno psiquiátrico pode produzir uma grande sobrecarga que acaba por
comprometer a saúde, vida social, relação com os outros membros da família, lazer,
disponibilidade financeira, rotina doméstica, desempenho profissional e escolar e
inúmeros outros aspectos da vida dos familiares. Os cuidadores que dedicam-se aos
pacientes mais debilitados investem tempo e energia na busca de tratamento e nas
negociações para que eles aceitem se tratar. A interação com os serviços de saúde
mental também é uma fonte de sobrecarga, pois na maioria das vezes os contatos são
vivenciados como uma experiência frustrante, confusa e humilhante (Hatfield, 1978)
Visto isso, pude também perceber que o nível de ansiedade e pressão ficam
aumentados neste contexto, alguns alunos podem sentir ansiedade e uma pressão
adicional quando os pais estão presentes na sala de aula. Eles podem se sentir
constantemente avaliados pelos pais, o que pode levar a um desempenho escolar
prejudicado e a um ambiente de aprendizado estressante. Levando em conta todos estes
fatores acima, percebi que este movimento causa uma inibição da participação, a
presença dos pais fez com que os alunos se sintam inibidos na hora de participar das
discussões em sala de aula ou fazer perguntas ao professor, eles se sentem constrangidos
em compartilhar suas opiniões ou dúvidas com os pais presentes.

PLANO DE INTERVENÇÃO

Após esta análise, foi pensado em desenvolver encontros com os pais em horário
de aula dos alunos, desta forma conseguimos desperçar os pais da sala de aula, trazendo
a liberadade e autonomia necessária para alunos e professores desenvolverem as
atividades propostas. O cuidador está inserido em um contexto social e precisa ser
considerado em sua integralidade.2 Vários estudos, na última década, vêm evidenciando a
necessidade de intervenções de suporte, que amenizem a sobrecarga dos cuidadores,
promovam seu bem-estar físico, social e emocional, e, portanto, melhorem sua qualidade
de vida.(  Esc. Anna Nery 24 (1) • 2020 )Nesse contexto, o o mindfulness surgem como uma
abordagem promissora para oferecer suporte e empoderamento aos pais.
Está intervenção tem como objetivo analisar a importância e os benefícios destas
técnicas para os pais, destacando seu encorajamento no contexto do cuidado parental.
Discuta-se a sobrecarga emocional, a adaptação às demandas atendidas, a busca por
informações e recursos, bem como o impacto nas relações familiares e sociais. Esses
aspectos destacam a importância de um suporte adequado aos pais nessa jornada. Em
seguida, são observados os princípios e objetivos das oficinas terapêuticas para pais de
crianças especiais. Explora-se a criação de um espaço seguro e acolhedor, no qual os
pais podem compartilhar suas experiências, trocar conhecimentos e se conectar com
outros pais em situações semelhantes. A psicoeducação busca fortalecer o bem-estar
emocional dos pais promovendo, estratégias de enfrentamento, autocuidado e resiliência.

Esta intervenção será realizada em 4 (quatro encontro), utilizando uma sala


reservada onde os pais possam se sentir seguros e concentrados, os encontros
acontecerão da seguinte forma:
1° Encontro: Psicoeducação e o que é Mindfulness (precisa desenvolver como
isso vai acontecer)
2º Encontro: Técnica 1 Realização de exercícios respiratórios (5 minutos): Na
posição sentada, com pernas cruzadas, os voluntários enfatizaram a expansão abdominal
e torácica; e o prolongamento do tempo expiratório.
3º Encontro: Técnica 2 - Momento de relaxamento (6 minutos): Aos voluntários, em
decúbito dorsal, foi orientado que: fechassem os olhos, buscassem conforto, desligassem-se
de sensações externas, voltassem a atenção ao momento presente e ao contato com a
respiração e os segmentos do corpo.

4º Encontro: Técnica 3 + Feedback -  Realização de posturas psicofísicas (20


minutos): Os voluntários realizaram uma série de posturas corporais de pé, sentados ,
cuja permanência foi vinculada à percepção da entrada e saída do ar, variando 5 a 10
respirações em cada postura fixa, de acordo com a necessidade de cada indivíduo.
Durante a prática dessas posturas,se enfatizara aspectos peculiares por meio da
repetição de frases curtas: "procure estar consciente das sensações produzidas pelos
exercícios; concentre-se no momento presente; não perca o contato com a sua
respiração; busque estabilidade, firmeza e conforto na postura que está realizando;
firmeza não significa rigidez; uma vez estabilizado na postura, relaxe o esforço
desnecessário para nela permanecer por mais algum tempo; o conforto pode ser
vivenciado em qualquer postura, basta respeitar o seu limite pessoal".( Comitê de Ética
em Pesquisa da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Protocolo nº
1.727.171, e pelo Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos, Protocolo RBR-3vz3nd.)

REFERENCIAS:

Necessidades de Apoio às Famílias de Crianças com DeficiênciaAutores:


HartRevista: Tópicos em Educação Especial na Primeira InfânciaAno: 2008

CAVALCANTE, Meire. Aparências diferentes? Talentos também. Rev.


Nova Escola. Editora. São Paulo: Abril. Jun./Jul. 2004.

PARO, Vitor Henrique. Qualidade do ensino: a contribuição dos pais. São


Paulo: Xamã, 2000. 126p.
CAMARGO, J. S.; SCHLINDWEIN, V. de L. D. C. . SAÚDE MENTAL DOS CUIDADORES DE ALUNOS COM
DEFICIÊNCIA: uma revisão de literatura. Revista Exitus, [S. l.], v. 12, n. 1, p. e022027, 2022. DOI: 10.24065/2237-

9460.2022v12n1ID1618. Disponível em: http://www.ufopa.edu.br/portaldeperiodicos/index.php/revistaexitus/


article/view/1618. Acesso em: 27 jun. 2023.

Oliveira, C. B. E. & Marinho-Araújo, C. M., 2009. Psicologia escolar:


cenários atuais. Estudos e Pesquisas em Psicologia, 9(3) recuperado em 02 de maio
de 2022, de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-
42812009000300007&lng=pt&tlng=pt

Fonseca, J. J. S., 2002. Metodologia da Pesquisa Cientifica. UECE -


Universidade Estadual do Ceará, Centro de educação. Ceará, 2002 p. 32.

Kaplan, B. e Duchon, D. (1988). Combining qualitative and quantitative


methods information systems research: a case study. Manage. Inf. Syst. Q. 12, 4,
pp. 571-586.
PIRES, Sandra Brigas - Mindfulness e stress parental: relação com a
qualidade de vida em famílias de crianças com necessidades especiais [Em linha].
Lisboa: ISCTE-IUL, 2014. Dissertação de mestrado. [Consult. Dia Mês Ano]
Disponível em www:<http://hdl.handle.net/10071/9265>.

Oliveira JS, Cunha DO, Santos CS, Morais RLGL. Repercussões na vida de
cuidadores de crianças e adolescentes. Cogitare Enferm [Internet]. 2018; [citado 2019 fev
21]; 23(2):e51589. Available from: http://docs.bvsalud.org/biblioref/2018/06/904957/51589-
233962-1-pb.pdf

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