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CRESCIMENTO E DESEMPENHO FÍSICO – Prof. Dr.

VAGNER ROBERTO BERGAMO


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Capítulo I
O MÉTODO CINEANTROPOMÉTRICO
1. Fundamentos
Freqüentemente necessitamos programar uma série de exercícios físicos para um
indivíduo ou para um conjunto de pessoas, buscando um objetivo específico, que é em geral
definido como a capacitação plena para desenvolver uma determinada atividade ou habilidade
motora. Isto ocorre sempre que elaboramos o treinamento de coronarianos, sedentários,
escolares ou atletas. Cada um dos participantes destes diferentes grupos possui, no entanto, um
conjunto de aptidões e limitações oriundas do seu potencial genético, de atividades físicas prévias
ou, até mesmo, de eventuais disfunções orgânicas. Torna-se pois imprescindível que estas
qualidades e deficiências sejam diagnosticadas, analisadas, comparadas aos valores-padrão
estabelecidos, classificadas e adequadamente orientadas. Este processo, fundamental para a
maior eficiência do aprendizado, caracteriza a avaliação funcional.
Embora o ser humano seja um todo indivisível e não possua compartimentos estanques, é
didático e operacional fracionar esta unidade em três grandes seções, que são denominadas
variáveis da performance. Entre as várias classificações encontradas na literatura,
descreveremos aquela proposta por Astrand e modificada por De Rose que é apresentada no
quadro 1.

QUADRO 1 - CLASSIFICAÇÃO DAS VARIÁVEIS DE PERFORMANCE, MODIFICADA DE ASTRAND E RODAH

1. Variável Cineantropométrica 2. Variável Metabólica 3. Variável Neuromuscular


- Proporcionalidade - Metabolismo aeróbico - Velocidade de reação
- Composição corporal - Metabolismo anaeróbico alático - Força
- Somatotipo - Metabolismo anaeróbico lático - Técnica
RIBEIRO, J.P.; LUZARDO. A.; DE ROSE. E.H. Potência Anaeróbica em Indivíduos Treinados e Não Treinados. Revista Brasileira do Esporte. São
Caetano do Sul, 1(3):11-15. maio. 1980.

A razão de ser deste artifício consiste em traduzir o desempenho físico por um conjunto de
variáveis mensuráveis e não por fatores aleatórios ou fortuitos que não permitem uma análise
científica. A performance passa a ser o somatório da adequação e condicionamento de cada uma
destas três variáveis ao tipo de atividade desenvolvida.
É lógico que não existe uma participação quantitativamente idêntica destes fatores nas
diversas modalidades de atividade física. Um maratonista depende sobretudo de sua capacidade
de produzir energia aeróbica, enquanto um atleta de saltos ornamentais tem sua performance
basicamente determinada pela estruturação e condicionamento da variável neuromuscular. A
classificação das modalidades esportivas proposta por Venerando indica a variável predominante
e propicia uma excelente orientação para elaborar uma bateria de testes específica (Quadro 2).

Quadro 2 - Classificação das Variáveis de Performance

1. Atividades de Potência Anaeróbica Alática 4. Modalidades Aeróbicas


Lançamentos, saltos e 100m rasos em atletismo, 5.000m e 10.000 e Maratona, em atletismo
levantamento de peso 2.000m em remo tiro

2. Modalidades Anaeróbicas Láticas 5. Modalidades Aeróbicas - Anaeróbicas Alternadas


200m rasos em atletismo Jogos de equipe: futebol, vôlei, basquete e
400m rasos em atletismo handebol, jogos de combate: esgrima, judo, boxe e
100 natação luta
3. Modalidades Aeróbicas - Anaeróbicas Maciças 6. Atividades de Destreza
200m em natação Ginástica Olímpica, esgrima e saltos ornamentais,
800m em atletismo equitação, pilotagem, vela e 1.500m em natação
1500m em atletismo
VENERANDO, A. & LUBICH, T. Medicina Dello Sport. Roma. Universo. 1974.
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Uma bateria de testes é caracterizada por um conjunto de medidas. Medir é obter um
determinado dado expresso quantitativamente e que constitui, ao se inter-relacionar com outras
informações da mesma ordem, a base do sistema de avaliação funcional. Este processo se
conclui pela decisão em termos de tipo, intensidade, freqüência e tempo de duração dos
exercícios a serem prescritos, visando atingir um determinado objetivo.
Dois aspectos são importantes nesta sistemática. O primeiro é a caracterização do
conjunto de medidas, testes e avaliação como uma atividade-meio e não uma atividade-fim; o
segundo caracteriza avaliação como um processo contínuo, que propicia constantemente a
realimentação do sistema estabelecido em direção ao produto final desejado. Desta forma, a
avaliação vincula-se ao controle e à verificação do produto final obtido.
2. Demarcação dos Pontos Anatômicos
Para que as medidas antropométricas sejam feitas de forma correta, devem seguir uma
metodologia definida internacionalmente, a fim de que os resultados publicados sejam claramente
entendidos e possam ser igualmente utilizados por outros autores. Diversas tentativas foram
feitas no sentido de padronizar internacionalmente os métodos antropométricos, algumas
elaboradas por autores de forma isolada, outras desenvolvidas por grupos de pesquisadores
vinculados à instituições ligadas à Educação Física. A Cineantropometria, no entanto, possui
técnicas específicas que foram estabelecidas inicialmente para a análise dos atletas participantes
dos Jogos Olímpicos de Montreal, em 1976 (Projeto MOGAP). Esta metodologia, desenvolvida
por Behnke Jr., Carter, Hebbelinck e Ross, é hoje utilizada universalmente em estudos nesta
especialidade para análise de composição corporal, somatotipo e proporcionalidade.
Inicialmente, define-se uma postura específica chamada posição anatômica, que deve ser
assumida pelo indivíduo a ser medido. Arbitrariamente, ela é caracterizada pela postura ereta, a
cabeça e os olhos voltados para a frente, os braços caídos ao lado do corpo com a palma das
mãos em supino e os pés juntos e orientados também para a frente. Para situar adequadamente
a cabeça na posição anatômica foi estabelecido o plano de Frankfurt. Este plano, utilizado
sobretudo na determinação do vértex, é gerado a partir de uma linha imaginária que passa pelo
ponto mais baixo do bordo inferior da órbita direita e pelo ponto mais alto do bordo superior do
meato auditivo externo correspondente.

Estando o indivíduo na posição descrita, são determinados os seguintes pontos


anatômicos; que servirão como referência para a tomada de medidas antropométricas (figura 1):

 Vértex: Localiza-se na parte mais superior do crânio, estando a cabeça posicionada com o
plano de Frankfurt horizontalizado em relação ao solo. É usado para determinar estatura e
altura sentada.
 Acromial: Ponto mais lateral do bordo superior e externo do processo acromial. Esta
referência é usada para a determinação do diâmetro biacromial, do comprimento do membro
superior e do braço.
 Radial: Ponto mais alto do bordo superior e lateral da cabeça do rádio. Usa-se na
determinação do comprimento do braço e do antebraço.
 Estiloidal: Localiza-se no ponto mais distal da apófise estilóide do rádio. É a referência
utilizada para estabelecer o comprimento do antebraço e da mão.
 Dactiloidal: Ponto mais distal da extremidade do dedo médio da mão direita. Utiliza-se na
medida da altura total, comprimento do membro superior, envergadura e da mão.
 Ileocristal: Ponto mais lateral do bordo superior da crista ilíaca. É a referência utilizada para a
medida do diâmetro bi-ileo-cristal e dobra cutânea supra-ilíaca.
 Trocantérico: Situa-se no grande trocânter do fêmur, em seu ponto mais alto. Como
referência, usa-se na determinação do diâmetro bitrocantérico, do comprimento do membro
inferior e da coxa.
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 Mesofemural: Situa-se entre o ponto médio do trocânter e do côndilo femural. É usado na
medida de circunferência e dobra cutânea da coxa.
 Tibial: Ponto localizado no bordo superior da tuberosidade medial da tíbia. É usado na medida
do comprimento da coxa e da perna.
 Maleolar: Situa-se no ponto mais inferior do maléolo tibial. Esta referência é usada para
determinar o comprimento da perna e membro inferior.
 Pternial: Ponto mais posterior do calcanhar. Usa-se para medir o comprimento do pé.
 Acropodial: Ponto mais anterior dos dedos do pé, que eventualmente poderá ser a
extremidade do primeiro ou segundo pododáctilo, dependendo do indivíduo. Usa-se para
medir o comprimento do pé.
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Classificação das Medidas Antropométricas
As medidas cineantropométricas são classificadas a partir de seus expoentes em lineares
(L), de superfície (L2), e de massa (L3). Neste capítulo abordaremos apenas as duas primeiras, já
que a variável massa é discutida na área de composição corporal.
Embora cada medida tenha sua metodologia específica, existem algumas regras básicas
que devem ser observadas para assegurar a correção do que se determina. Assim, o indivíduo
estudado deve estar sempre que possível nu e, evidentemente, descalço. O pleonasmo justifica-
se para defesa do método. Entretanto, o rigor científico não é muitas vezes bem compreendido
por pessoas ou instituições, e uma veste sumária pode ser a alternativa, desde que não seja
usada sobre os pontos anatômicos ou em contato com os equipamentos de medição. O plano
base sobre o qual se posiciona o indivíduo ou o equipamento deve estar nivelado. Não devemos
esquecer também que o material usado deve ser freqüentemente calibrado e convém ainda que
nada ou ninguém perturbe a coleta dos dados, pois um erro feito neste momento dificilmente
poderá ser corrigido. A postura do indivíduo será sempre a posição anatômica, salvo quando
explicitado de outra forma. O antropômetro e o paquímetro devem ser ajustados sem que haja
maior pressão, e sempre colocado perpendicularmente aos pontos anatômicos.
Medidas Anatômicas: As medidas lineares são divididas, segundo os planos e os eixos
em que se encontram, em longitudinais, transversais, ântero-posteriores e circunferências. As
dobras cutâneas são, também, medidas lineares. Em geral, seguem o eixo transversal e,
eventualmente, o oblíquo. Entretanto, por serem usadas para estimar o percentual de gordura,
são descritas no capítulo de composição corporal.
Medidas Longitudinais: São medidas lineares realizadas no sentido vertical e recebem o
nome de alturas. Teoricamente. qualquer ponto do corpo humano pode gerar uma distância ao
solo, estando o indivíduo em posição anatômica, caracterizando assim uma variável que permite
a análise cineantropométrica. As alturas mais utilizadas na rotina de avaliação são descritas a
seguir e apresentadas na figura 2.4.
 Estatura: Distância entre o vértex e a região plantar, estando a cabeça com o plano de
Frankfurt paralelo ao solo e o corpo na posição anatômica, procurando por em contato com
o instrumento de medida as superfícies posteriores do calcanhar, cintura pélvica, cintura
escapular e região occipital. Esta medida é chamada de estatura e é tomada com o
indivíduo em inspiração profunda (apnéia inspiratória), sendo aplicada uma discreta tração
na região cervical, destinada a corrigir o achatamento dos discos vertebrais, que são mais
acentuados ao final do dia. São feitas três medidas, sendo que entre uma medida e outra o
valor não pode ser superior a 5 mm.
Observação: Somente na avaliação de estatura são realizadas três vezes consecutivas,
nas demais avaliações uma única medida é suficiente.

Estatura
Precauções Estatura:
1. o avaliador deve preferencialmente se posicionar a direita do avaliado;
2. registrar a hora em que a medida foi realizada;
3. evitar que o indivíduo se encolha quando o cursor tocar sua cabeça;
4. exigir mudança de posição entre uma medida e outra.
Quadro 2.3. Principais cálculos para avaliação cineantropométrica
REFERÊNCIA ALTURA Masculina Feminina
Pequena Altura 130 - 160 cm 121 - 149 cm
Média Altura 161 - 169 cm 150 - 158 cm
Grande Altura + de 170 cm + de 159 cm
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Tabela 1. Valores Absolutos (cm) e Porcentagem de Maturação de Altura em escolares brasileiros


(MATSUDO, 1992).
Homens Mulheres
Idade _ _
X S % X S %
07 122,88 5,91 71,33 121,21 5,54 75,41
08 124,84 6,01 72,47 130,26* 7,00 81,05
09 131,42 6,96 76,29 133,88 6,40 83,31
10 137,50 6,72 79,82 137,59 5,68 85,61
11 140,77 6,71 81,72 146,28* 6,48 91,02
12 146,93 6,30 85,30 150,07* 5,51 93,38
13 154,97 7,42 89,96 154,63 6,17 96,22
14 162,63 8,59 94,41 156,84* 5,02 97,59
15 165,14 6,45 95,87 160,54* 7,05 99,89
16 169,99 8,94 98,68 161,00* 7,06 100,18
17 174,81 7,95 101,48 159,75* 9,30 99,40
18 172,26 7,25 100,00 160,71* 5,37 100,00
* (p < 0,05) “t” Student

Gráfico 1. Curva de Altura (cm) em escolares brasileiros (MATSUDO, 1992).

190
Meninos
180 Meninas

170

160
Altura (cm)

150

140

130

120

110
7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18

Idade
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 Peso: O avaliado deve se posicionar em pé de costas para a escala da balança, com
afastamento lateral dos pés estando a plataforma entre os mesmos. Em seguida coloca-se
sobre e no centro da plataforma, ereto com o olhar num ponto fixo à frente. No sentido de
avaliar grandes grupos, permite-se que o avaliado esteja vestindo apenas calção e
camiseta.

Índice de Massa Corporal (IMC)


É determinado pela divisão do peso corporal do indivíduo em quilogramas (kg), pela altura
corporal em metros ao quadrado (m2) (GUEDES e GUEDES, 1998).
Quadro 3.2. Valores para o Índice de Massa Corporal de adultos
Peso IMC
Peso insuficiente <18,5
Normal 18,5 a 24,9
Peso excessivo 25,0 a 29,9
Obeso I 30,0 a 34,9
Obeso II 35,0 a 39,9
Extremamente obeso
>39,90
Exemplo de como calcular o Índice de Massa Corporal (IMC):
80kg / 1,80m x 1,80m = 24,69 (Normal)

Apresentamos a seguir o IMC para crianças e jovens, que corresponde ao 25 (sobrepeso) e 30 (obesidade)de
adultos (>18 anos) (Cole TJ. Establishing a standard definition for child overweight and obesity worldwide:
international survey. Brit Med Jour. May 6, 2000)

Idade (anos) Meninos Meninas Meninos Meninas


2 18.4 18.0 20.1 20.1
2.5 18.1 17.8 19.8 19.5
3 17.9 17.6 19.6 19.4
3.5 17.7 17.4 19.4 19.2
4 17.6 17.3 19.3 19.1
4.5 17.5 17.2 19.3 19.1
5 17.4 17.1 19.3 19.2
5.5 17.5 17.2 19.5 19.3
6 17.6 17.3 19.8 19.7
6.5 17.7 17.5 20.2 20.1
7 17.9 17.8 20.6 20.5
7.5 18.2 18.0 21.1 21.0
8 18.4 18.3 21.6 21.6
8.5 18.8 18.7 22.2 22.2
9 19.1 19.1 22.8 22.8
9.5 19.5 19.5 23.4 23.5
10 19.8 19.9 24.0 24.1
10.5 20.2 20.3 24.6 24.8
11 20.6 20.7 25.1 25.4
11.5 20.9 21.2 25.6 26.1
12 21.2 21.7 26.0 26.7
12.5 21.6 22.1 26.4 27.2
13 21.9 22.6 26.8 27.8
13.5 22.3 23.0 27.2 28.2
14 22.6 23.3 27.6 28.6
14.5 23.0 23.7 28.0 28.9
15 23.3 23.9 28.3 29.1
15.5 23.6 24.2 28.6 29.3
16 23.9 24.4 28.9 29.4
16.5 24.2 24.5 29.1 29.6
17 24.5 24.7 29.4 29.7
17.5 24.7 24.8 29.7 29.8
18 25 25 30 30
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Conforme os gráficos do CDC, os valores de IMC inferiores ao percentil 5 indicam


desnutrição, do 5 ao 85 indicam peso normal, do 85 ao 95 indicam sobrepeso e acima do 95
indicam obesidade.
Baseado nas tabelas do CDC para meninos e meninas, anote nos quadros 3.3 para
meninas e 3.4 para meninos, os valores referentes aos índices para desnutrição, peso normal,
sobrepeso e obesidade, para as idades de 7 a 18 anos.
Quadro 3.3. Valores de IMC para meninas entre 7 a 18 anos de idade.
Peso Sobrepeso
Desnutrição Normal De 85% a Obesidade
Idade Abaixo de 5 Entre 5 e 85 95% Acima de 95
7

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Quadro 3.4. Valores de IMC para meninos entre 7 a 18 anos de idade.
Peso Sobrepeso
Desnutrição Normal De 85% a Obesidade
Idade Abaixo de 5 Entre 5 e 85 95% Acima de 95
7

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Sugestão para Leitura:

KATCH, F.I. & McArdle, W.D.. Nutrição, Controle de Peso e Exercício. Editora MEDSI. São Paulo, 1984.

HEYWARD VH; STOLARCZYK LM. Avaliação da composição corporal. Barueri-SP, Editora Manole, 2000.
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Tabela 2. Valores Absolutos (kg) e Porcentagem de Maturação de Peso em escolares brasileiros


(MATSUDO, 1992).
Homens Mulheres
Idade _ _
X S % X S %
07 20,05 8,96 32,58 23,40* 4,34 43,57
08 24,08 6,09 39,13 27,58* 5,29 51,35
09 27,38 8,32 44,49 31,02* 4,56 57,75
10 33,91 8,57 55,10 31,80 5,20 59,21
11 34,37 6,06 55,85 37,81 7,16 70,40
12 37,85 5,08 61,46 43,06* 6,70 80,17
13 42,78 6,75 69,52 47,39* 5,94 88,13
14 49,76 7,66 80,86 49,40 8,91 91,98
15 53,83 8,52 87,47 52,58 8,00 98,13
16 58,09 10,90 94,39 53,78* 6,73 100,00
17 64,15 8,87 104,24 54,51* 9,30 101,49
18 61,54 8,00 100,00 53,71* 6,64 100,00
* (p < 0,05) “t” Student

Gráfico 2. Curva de Peso (kg) em escolares brasileiros (MATSUDO, 1992).

70
Meninos
65 Meninas
60

55

50
Peso (kg)

45

40

35

30

25

20
7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18

Idade
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Medidas Transversais: Definição  São medidas lineares realizadas em projeção entre dois
pontos considerados, que podem ser simétricos ou não, situados em planos geralmente
perpendiculares ao eixo longitudinal do corpo. As medidas podem ser realizadas em ambos os
lados do corpo, mas quando o fator tempo para aplicação for considerado, o lado direito deverá
ser o escolhido por convenção internacional. Sua aplicação está relacionada com a determinação
do peso ósseo e do somatotipo.

Os DIÂMETROS ÓSSEOS mais utilizados em Cineantropometria são os seguintes (figura


2.5):
 Bi Epicôndilo Umeral: Distância entre as bordas externas dos epicôndilos e epitróclea, que
são respectivamente os côndilos medial e lateral do úmero, estando o avaliado em pé com o
cotovelo e ombro em flexão a 900. As hastes do paquímetro devem estar a 450 em relação a
articulação do cotovelo. O avaliador deve posicionar-se à frente do avaliado, devendo
delimitar o diâmetro bi-epicôndilo com auxílio dos dedos médios enquanto os indicadores
controlam as hastes do paquímetro.
 Bi estiloidal Radial: Distância entre as apófises estilóides do rádio e do cúbito. O braço é
estendido e a mão dorso flexionada para efetuar a medida.
 Bi Côndilo Femoral: Distância entre as bordas externas dos côndilos medial e lateral do
fêmur. O avaliado deve estar sentado com a perna e a coxa formando um ângulo de 90 0 e os
pés livres. As hastes do paquímetro são ajustadas à altura dos côndilos em um ângulo de
450 em relação a articulação do joelho, os côndilos são delimitados pelos dedos médios,
enquanto os indicadores controlam as hastes do paquímetro.

Precauções:
1) Ao se medir, o aparelho não deve ficar frouxo nem fazer pressão excessiva;
2) Observar a colocação do aparelho em relação ao diâmetro a ser medido;
3) São feitas três medidas considerando-se a média;
4) O resultado é dado em cm com precisão de 0,1 cm .

Diâmetro do úmero Diâmetro do fêmur


Figura 2.5. Diâmetro do úmero e do fêmur
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Tabela 6. Valores Absolutos (cm) e Porcentagem de Maturação de Diâmetro de Úmero em escolares


brasileiros (MATSUDO, 1992).
Homens Mulheres
Idade _ _
X S % X S %
07 4,97 0,38 73,20 4,97* 0,58 82,56
08 5,12 0,35 75,41 5,17* 0,37 85,88
09 5,43* 0,33 79,97 5,48* 0,37 91,03
10 5,81* 0,51 85,57 5,39* 0,31 89,53
11 5,66* 0,38 83,36 5,65* 0,24 93,85
12 6,04* 0,38 88,95 5,75* 0,30 95,51
13 6,37* 0,45 93,81 5,91* 0,40 98,17
14 6,39* 0,44 94,11 6,01 0,30 99,83
15 6,62* 0,54 97,50 6,00 0,41 99,67
16 6,73* 0,37 99,12 6,05 0,29 100,50
17 6,72 0,35 98,97 6,00 0,33 99,67
18 6,79 0,31 100,00 6,02 0,35 100,00
* (p < 0,01) ANOVA one way

Gráfico 7. Curva de Diâmetro de Úmero (cm) em escolares brasileiros (MATSUDO, 1992).

7
Meninos
Meninas
6,5
Diâmetro de Úmero (cm)

5,5

4,5
7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18

Idade
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Tabela 7. Valores Absolutos (cm) e Porcentagem de Maturação de Diâmetro de Fêmur em escolares


brasileiros (MATSUDO, 1992).
Homens Mulheres
Idade _ _
X S % X S %
07 7,58 0,42 77,82 7,23* 0,53 80,51
08 7,78 0,41 79,88 7,68* 0,47 85,52
09 8,16* 0,47 83,78 8,22* 0,62 91,54
10 8,66* 0,74 88,91 8,01* 0,38 89,20
11 8,53* 0,65 87,58 8,30* 0,48 92,43
12 8,97* 0,59 92,09 8,47* 0,46 94,32
13 9,22* 0,54 94,66 8,67* 0,63 96,55
14 9,22* 0,60 94,66 8,86* 0,44 98,66
15 9,49* 0,57 97,43 9,10 0,60 101,34
16 9,48* 0,49 97,33 8,89 0,49 99,00
17 9,72* 0,54 99,79 8,98 0,56 100,00
18 9,74* 0,45 100,00 8,98 0,63 100,00
* (p < 0,01) ANOVA one way

Gráfico 8. Curva de Diâmetro de Fêmur (cm) em escolares brasileiros (MATSUDO, 1992).

10
Meninos
Meninas
9,5
Diâmetro de Fêmur (cm)

8,5

7,5

7
7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18

Idade
CRESCIMENTO E DESEMPENHO FÍSICO – Prof. Dr. VAGNER ROBERTO BERGAMO
15
Medidas Circunferenciais ou Perimetrais: As medidas antropométricas de circunferência
correspondem aos chamados perímetros. Podem ser definidos como perímetro máximo de um
segmento corporal quando medido em ângulo reto em relação ao seu maior eixo. Conforme as
diferentes escolas, que utilizam estes tipos de medida, variam os pontos em que elas são
tomadas. Os perímetros aparecem no trabalho de quase todos que usaram a referência
antropométrica para aferir quer o tipo físico, quer sua correlação com a performance. O Comitê
Internacional para a Padronização dos Testes de Aptidão Física padronizou alguns perímetros:
perímetro de tórax (normal, inspiratório e expiratório máximo), braço e coxa. Esta padronização,
contudo, revela-se insuficiente, pois, como veremos ao analisar o capítulo de Somatotipologia.
Abordaremos aqui apenas os perímetros que são utilizados no estudo de proporcionalidade,
composição corporal e somatotipo (figura 2.6).
 Perímetro da Cintura: É a medida da região abdominal em seu menor perímetro. Deve ser
paralelamente ao solo, estando o indivíduo em pé. O avaliador se posiciona de frente para o
avaliado.
 Perímetro do Abdome: É a medida de região abdominal à altura do umbigo. Deve ser
paralelamente ao solo, estando o indivíduo em pé. O avaliador se posiciona de frente para o
avaliado.
 Perímetro de Quadril: É a medida da circunferência ao nível dos pontos trocantéricos direito
e esquerdo, abordando a parte mais proeminente da região glútea. Deve ser feita
paralelamente ao solo, estando o indivíduo em pé e o avaliador lateralmente.
 Perímetro do Braço: Pode ser estudado com o braço descontraído e na posição anatômica,
ou fletido e em contração isométrica máxima. No primeiro caso, considera-se como
referência o ponto umeral médio. No segundo caso, o avaliado deve estar em pé, com
cotovelo formando ângulo de 900. Com a mão esquerda, segurando internamente o punho
direito, de modo a opôr resistência a este. Ao sinal das palavras de comando Atenção!
Força! - O avaliado realiza uma contração da musculatura flexora do braço. Devemos
procurar medir a maior circunferência estando a fita métrica em um ângulo reto em relação
ao eixo do braço. O avaliador posiciona-se postero-lateralmente ao avaliado. Medida
utilizada na análise da performance e somatotipo.
 Perímetro da Perna: É a medida da maior circunferência da perna direita. Para facilitar a
colocação da fita métrica, o indivíduo posiciona-se de pé, afastando levemente as pernas,
distribuindo seu peso igualmente nos dois pés. Colocar a fita métrica a altura da panturrilha
na sua maior circunferência, de modo que a fita fique perpendicular ao eixo longitudinal da
perna. O avaliador deve postar-se à frente do avaliado.
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16

Circunferência de braço contraído Circunferência de perna relaxada

Circunferências - Antebraço, braço e Circunferências - Coxa e perna


cintura
Figura 2.6. Alguns dos principais perímetros utilizados em cineantropometria.

Precauções:
1. Não utilizar fita muito larga;
2. Nunca utilizar uma fita elástica ou de baixa flexibilidade;
3. Cuidado com a compressão exagerada, colocar a fita levemente na maior circunferência;
4. Não deixar o dedo entre a fita e a pele;
5. Medir sempre sobre a pele nua;
6. São feitas três medidas considerando-se a média.

Sugestão para Leitura:


MARINS, J.C.B. & GIANNICHI, RS, Avaliação & prescrição de atividade física. Editora Shape, 1996.
MATSUDO, V.K.R., Testes em ciências do esporte. Gráficos Burti Fotolito Editora Ltda., São Paulo, 1984.
MOLIN KISS, M.A.P.D., Avaliação em educação física: Aspectos biológicos e educacionais. Editora Manole Ltda., 1987.
PINTO, J.R., Caderno de Biometria. Universidade Castelo Branco.
DE ROSE, E.R; PIGATTO,E. e DE ROSE, R.C.F. Cineantropometria, Educação Física e Treinamento Desportivo. Prêmio Liselott
Diem de Literatura Desportiva, 1981. Ministério da Educação e Cultura, Fundação de Assistência ao Estudante, Rio de
Janeiro, 1984.
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17
Apresentamos a seguir, normas para a proporção entre as circunferências da cintura e do
quadril (ICQ).

Normas para a proporção entre Circunferências da Cintura e do Quadril (ICQ) para Homens e
Mulheres.

ICQ = circunferência da cintura em cm / circunferência do quadril em cm


Risco para desenvolvimento de doenças
cardiovasculares
Sexo Idade Baixo Moderado Alto Muito Alto
Homens 20-29 <0,83 0,83-0,88 0,89-0,94 >0,94
30-39 <0,84 0,84-0,91 0,92-0,96 >0,96
40-49 <0,88 0,88-0,95 0,96-1,00 >1,00
50-59 <0,90 0,90-0,96 0,97-1,02 >1,02
60-69 <0,91 0,91-0,98 0,99-1,03 >1,03

Mulheres 20-29 <0,71 0,71-0,77 0,78-0,82 >0,82


30-39 <0,72 0,72-0,78 0,79-0,84 >0,84
40-49 <0,73 0,73-0,79 0,80-0,87 >0,87
50-59 <0,74 0,74-0,81 0,82-0,88 >0,88
60-69 <0,76 0,76-0,83 0,84-0,90 >0,90
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18

Tabela 4. Valores Absolutos (cm) e Porcentagem de Maturação de Circunferência de Braço em


escolares brasileiros (MATSUDO, 1992).
Homens Mulheres
Idade _ _
X S % X S %
07 18,75 1,24 64,32 18,24* 1,74 70,37
08 19,20 2,31 65,87 19,81* 2,14 76,43
09 20,35 2,00 69,81 21,49* 2,57 82,91
10 21,76 2,75 74,65 20,52* 1,99 79,17
11 21,46 2,01 73,62 21,22* 1,72 81,87
12 23,50 2,84 80,62 22,40* 1,77 86,42
13 23,87* 2,51 81,89 24,23* 2,56 93,48
14 24,79* 2,62 85,04 26,17 2,98 100,96
15 26,47* 2,96 90,81 26,12 2,51 100,77
16 27,13* 2,19 93,07 26,11 2,64 100,73
17 28,43* 2,06 97,53 26,10 1,46 100,69
18 29,15* 2,16 100,00 25,92 2,56 100,00
* (p < 0,01) ANOVA one way

Gráfico 5. Curva de Circunferência de Braço (cm) em escolares brasileiros (MATSUDO,


1992).

30
Meninos
Meninas
28
Cirferência de Braço (cm)

26

24

22

20

18
7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18

Idade
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19

Tabela 5. Valores Absolutos (cm) e Porcentagem de Maturação de Circunferência de Perna em


escolares brasileiros (MATSUDO, 1992).
Homens Mulheres
Idade _ _
X S % X S %
07 24,21* 1,82 73,20 24,00* 1,50 82,50
08 24,92* 2,45 75,41 25,92* 2,37 85,88
09 26,89* 2,51 75,05 27,96* 2,71 82,50
10 27,96* 3,76 78,04 27,27* 1,74 80,47
11 27,29* 2,70 76,17 28,41* 2,94 83,83
12 30,06* 2,89 83,90 30,09* 2,29 88,79
13 30,99* 2,55 86,49 32,06* 3,44 94,60
14 31,43* 2,81 87,72 33,83* 2,26 99,82
15 33,22* 3,33 92,72 34,26 2,66 101,09
16 33,68* 2,66 94,00 33,85 2,74 99,88
17 35,54* 2,56 99,19 34,29 2,25 101,18
18 35,83* 3,01 100,00 33,89 2,93 100,00
* (p < 0,01) ANOVA one way

Gráfico 6. Curva de Circunferência de Perna (cm) em escolares brasileiros (MATSUDO,


1992).

36
Meninos
Meninas
34
Cirferência de Perna (cm)

32

30

28

26

24

22
7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18

Idade
CRESCIMENTO E DESEMPENHO FÍSICO – Prof. Dr. VAGNER ROBERTO BERGAMO
20

Métodos Não Laboratoriais – COMPOSIÇÃO CORPORAL


Compreende, basicamente, as técnicas antropométricas. O ser humano pode ser descrito
com grande precisão através de medidas da sua morfologia externa, tais como alturas, diâmetros,
perímetros e dobras. Deutsch e Ross referem em 1978 mais de 800 trabalhos relacionados com a
composição corporal, e a maioria deles são equações utilizando uma ou várias medidas
antropométricas para determinar o percentual de gordura, e que se fundamentam, sobretudo, na
medida da dobra cutânea. Esta medida linear é feita, como já vimos, através de compassos cuja
característica é uma pressão idêntica em todas as aberturas. Quando se mede esta variável é
essencial caracterizar com exatidão a referência anatômica, além de seguir um procedimento
técnico adequado. O compasso é tomado na mão direita, e com a esquerda pinçamos o tecido
adiposo entre o polegar e o indicador. As extremidades do compasso são ajustadas,
perpendicularmente, a uma distância de cerca de 1cm deste ponto, aguardando-se dois segundos
para efetuar a leitura. Em geral toma-se a medida três vezes, utilizando-se o valor médio. As
dobras cutâneas são medidas sempre do lado direito, estando o indivíduo na posição anatômica e
com a musculatura relaxada.
Os pontos anatômicos onde são medidas as dobras cutâneas são os seguintes (figura 3.1
e 3.2):
 Bíceps: É determinada no sentido do eixo longitudinal do braço, na sua face anterior, na
altura da maior circunferência aparente do ventre muscular do bíceps, estando o avaliado na
posição ortostática e membro superior em repouso.
 Tríceps: É determinada no sentido do eixo longitudinal do braço, na sua face posterior, na
distância média entre a bordo súpero-lateral do acrômio e o bordo inferior do 20póie20no,
estando o avaliado em pé, com os braços relaxados ao longo do corpo.
 Subescapular: É determinada no sentido oblíquo, ao eixo longitudinal do corpo, seguindo a
orientação dos arcos intercostais, dois cm abaixo do ângulo inferior da escápula, estando o
avaliado em pé (ombros descontraídos), com os braços ao longo do corpo.
 Supra-Ilíaca: É determinada no sentido oblíquo, ao eixo longitudinal do corpo, dois cm acima
da espinha ilíaca-ântero-superior na altura da linha axilar anterior, estando o avaliado em pé.
 Peitoral: É determinada no sentido oblíquo ao eixo longitudinal do corpo, tendo como ponto
de referência o ponto médio entre a linha axilar anterior e o mamilo (homens), e a um terço
da distância da linha axilar anterior e a mama.
 Axilar Média: É determinada no sentido oblíquo, ao eixo longitudinal do corpo, tendo como
ponto de reparo a orientação dos espaços intercostais, localizado na intersecção da linha
axilar média com a linha imaginária horizontal que passaria pelo apêndice xifóide, estando o
avaliado em pé.
 Abdominal: É determinada paralelamente ao eixo longitudinal do corpo, dois cm a direita
da borda da cicatriz umbilical, com o cuidado de não tracionar o tecido conectivo fibroso que
constitui as bordas da cicatriz umbilical, estando o avaliado em pé. É uma medida
especialmente difícil em indivíduos obesos, devendo o pesquisador estar seguro de ter
incluído todo o tecido adiposo na dobra cutânea.
 Coxa: É determinada no sentido do eixo longitudinal do corpo, na face anterior da coxa, no
ponto médio entre o trocânter e a tíbia, estando o avaliado em pé, com o membro inferior
relaxado.
 Panturrilha: É determinada no sentido do eixo longitudinal da perna, na borda medial da tíbia
na altura da maior circunferência da perna, procurando o indicador esquerdo definir o tecido
celular subcutâneo do músculo adjacente, devendo o avaliado estar sentado, com o joelho
em 900 de flexão, tornozelo em posição anatômica e o pé sem apoio no solo. Alguns autores
sugerem que o indivíduo 20póie o pé direito sobre um bloco de madeira com 15cm de altura
para facilitar esta medida.
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21
 Peso: O avaliado deve se posicionar em pé de costas para a escala da balança, com
afastamento lateral dos pés estando a plataforma entre os mesmos. Em seguida coloca-se
sobre e no centro da plataforma, ereto com o olhar num ponto fixo à frente. No sentido de
avaliar grandes grupos, permite-se que o avaliado esteja vestindo apenas calção e
camiseta.

Precauções – Dobras:
1) A dobra cutânea é medida entre o polegar e o indicador, procurando-se definir o tecido celular
subcutâneo do músculo subjacente;
2) A borda superior do compasso é aplicada na maioria das dobras a um cm abaixo do ponto de
reparo, sendo algumas a dois cm do ponto de reparo;
3) Recomenda-se aguardar 2 segundos para que toda pressão das bordas do compasso possa
ser exercida;
4) No caso de ocorrer discrepância entre uma medida e as demais, uma nova determinação
deve ser feita;
5) As mensurações devem ser realizadas no hemi-corpo direito do avaliado;
6) São realizadas três medidas sucessivas no mesmo local, considerando-se a média das três
como valor adotado para efeito de cálculo.

Precauções – Peso:
1) a balança deverá estar calibrada;
2) a leitura deve ser feita na borda interna da escala;
3) os cilindros deverão estar bem encaixados no momento da leitura e devem retornar ao ponto
zero assim que terminar a pesagem;
4) recomenda-se que seja calibrada a cada 10 pesagens no caso de avaliação em massa;
5) verificar o nivelamento do solo sobre o qual se vai ser apoiado a balança;
6) é feita apenas uma medida que será anotada em kg com aproximação de 0,1kg.

Panturrilha Medial Axilar Média Abdominal

Subescapular Tríceps Bíceps

Apicômetro
Compasso Científico (CESCORF)
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22

Figura 3.1. Pontos anatômicos para coleta de dobras cutâneas.

Figura 3.2. Pontos anatômicos para coleta de dobras cutâneas.

Sugestão para Leitura:


MARINS, J.C.B. & GIANNICHI, R.S., Avaliação & prescrição de atividade física. editora Shape, 1996.
MATSUDO, V.K.R., Testes em ciências do esporte. Gráficos Burti fotolito editora Ltda, São Paulo, 1984.
DE ROSE, E.H.; DE ROSE, R. C. & PIGATTO, E. Cineantropometria, Educação Física e Treinamento Desportivo. Rio de
Janeiro: FAE: Brasília: SEED, 1984.
GUEDES, D.P. & GUEDES, J.E.R.P.. Crescimento, composição corporal e desempenho motor em crianças e adolescentes.
Editora CLR Balieiro, londrina-Paraná, 1997.
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23

Tabela 3. Valores Absolutos (mm) de Dobras Cutâneas em escolares brasileiros (MATSUDO, 1992).
Homens Mulheres
_ _ _ _
Idade X 3 DC X 7 DC X 3 DC X 7 DC
_ _ _ _
X S X S X S X S
07 7,54 4,69 7,35 4,00 7,92 2,94 7,69 2,95
08 7,18 1,99 6,99 2,17 8,81* 3,85 8,49 3,97
09 8,14 4,82 8,00 4,69 9,53 3,44 9,34 3,18
10 9,60 6,65 9,32 5,97 9,22 2,79 9,26 2,99
11 8,00 2,93 7,61 2,55 10,40* 4,24 9,74* 3,67
12 7,57 2,24 7,12 2,01 10,89* 2,91 10,36* 2,55
13 7,48 2,14 7,10 3,38 12,10* 4,21 11,64* 3,79
14 7,73 3,39 7,03 2,70 11,92* 5,41 11,37* 5,08
15 8,30 3,30 7,78 3,17 13,72* 3,01 13,36* 2,95
16 8,31 2,47 8,03 3,07 13,09* 4,01 12,51* 3,80
17 8,61 2,52 8,25 2,33 13,26* 4,89 12,74* 4,87
18 7,99 2,61 7,61 2,68 12,91* 3,63 12,14* 3,40
*(p < 0,01) “t” Student

Gráfico 3. Curva de Dobras (3DC) em escolares brasileiros (MATSUDO,


X
cutâneas 1992).

14
Meninos
13 Meninas

12

11
X 3 D C (m m )

10

5
7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18

Idade
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24

Tabela 3. Valores Absolutos (mm) de Dobras Cutâneas em escolares brasileiros (MATSUDO, 1992).
Homens Mulheres
_ _ _ _
Idade X 3 DC X 7 DC X 3 DC X 7 DC
_ _ _ _
X S X S X S X S
07 7,54 4,69 7,35 4,00 7,92 2,94 7,69 2,95
08 7,18 1,99 6,99 2,17 8,81* 3,85 8,49 3,97
09 8,14 4,82 8,00 4,69 9,53 3,44 9,34 3,18
10 9,60 6,65 9,32 5,97 9,22 2,79 9,26 2,99
11 8,00 2,93 7,61 2,55 10,40* 4,24 9,74* 3,67
12 7,57 2,24 7,12 2,01 10,89* 2,91 10,36* 2,55
13 7,48 2,14 7,10 3,38 12,10* 4,21 11,64* 3,79
14 7,73 3,39 7,03 2,70 11,92* 5,41 11,37* 5,08
15 8,30 3,30 7,78 3,17 13,72* 3,01 13,36* 2,95
16 8,31 2,47 8,03 3,07 13,09* 4,01 12,51* 3,80
17 8,61 2,52 8,25 2,33 13,26* 4,89 12,74* 4,87
18 7,99 2,61 7,61 2,68 12,91* 3,63 12,14* 3,40
*(p < 0,01) “t” Student

Gráfico 4. Curva de Dobras 7DC) em escolares brasileiros (MATSUDO,


X
utâneas ( 1992).

14 masculino feminino

13

12

11

10
7 DC

5
7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
faixa etária
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25

8. Métodos de Fracionamento do Peso Corporal


Em nosso meio, as técnicas mais utilizadas para fracionamento do peso corporal total são
as seguintes:
 Fracionamento em dois componentes;
 Fracionamento em três componentes;
 Fracionamento em quatro componentes.

Fracionamento em dois componentes: Introduzida pelo LABOFISE no início da década


de 70, consistia na utilização da fórmula de Yuhasz, modificada por Faulkner, que determina o
percentual de gordura através da equação:
% gordura (%G) = somatória () de 4 medidas x 0,153 + 5,783

Segundo De Rose, as dobras cutâneas da axila e da coxa constituíam-se em fatores de


erro, razão pela qual utilizava apenas a subescapular, tricipital, supra-ilíaca e abdominal.
Assim, medidas estas quatro dobras, é estimado o percentual de gordura (%G) e calculado
o peso de gordura (PG) e a massa corporal magra (MCM), assim:
P G = Peso Total (PT) x (%G/100)
MCM = PT - PG

Fracionamento em Três Componentes: Também descrita pela equipe do LABOFISE, a


partir da modificação proposta por Rocha para a equação do cálculo do peso ósseo (PO)
elaborada por Von Dobeln: P O = 3,02 (H2 x R x F x 400)0.712
Onde: Peso ósseo é determinado em kg
H = estatura, expressa em m
R = diâmetro biestilóide do rádio, expresso em m
F = diâmetro biepicondiliano do fêmur, expresso em m
Dois procedimentos são apresentados aqui, sendo o primeiro deles descrito por De Rose e
Guimarães para a análise dos atletas escolares brasileiros no projeto ANTROPOJEBS, e o
segundo elaborado por Drinkwater a partir da utilização do Modelo e do índice z.

Fracionamento em Quatro Componentes: A equação básica é a proposta por Matiegka,


na qual o peso corporal total (PT) é a soma dos pesos de gordura (PG), ósseo (PO), muscular
(PM) e residual (PR):

PT = PG + PO + PM + PR (I) Onde: PT = Peso total PM =


Peso muscular PG = Peso gordura
PR = Peso residual PO = Peso ósseo

O peso de gordura é calculado através do percentual determinado pela equação de


Faulkner, a partir das dobras de subescápula, tríceps, supra-ilíaca e abdômen. O peso ósseo é
estimado pela equação de Von Dobeln modificada por Rocha. O peso residual é estruturado a
partir de uma relação proposta por Wurch em relação ao peso corporal total, que é de 24,1% para
homens e 20,9% para mulheres. Este tipo de raciocínio é idêntico ao de Matiegka e ao de
Drinkwater. Assim teremos:

PR = PT x (24,1 / 100) (masculino) Onde: PR = Peso residual


PR = PT x (20,9 / 100) (feminino) PT = Peso total
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26
O peso muscular é definido pela equação derivada da fórmula básica de Matiegka, sendo
conhecidos os pesos de gordura, ósseo, residual e total.

Peso muscular = PT - (PG + PO + PR)


Onde: Peso muscular em kg PO = Peso ósseo
PT = Peso corporal total PR = Peso residual PG = Peso gordura
Como exercício, vamos fracionar o peso corporal de um indivíduo do sexo masculino com
as seguintes medidas:
Peso corporal 67,3 kg Estatura 174,l cm
Diâmetros Dobras Cutâneas
Biepicondiliano de úmero 6,9 cm Subescapular 8,1 mm
Biestilóidiliano de rádio 5,6 cm tricipital 5,8 mm
Biepicondiliano de fêmur 9,8 cm Supra-ilíaca 5,3 mm
Abdominal 7,9 mm

Percentual de gordura (% G)
 4 dobras = subescapular + tricipital + supra-ilíaca + abdominal
 = 8,1 + 5,8 + 5,3 + 7,9 = 27,1 mm
%G = (4 x 0,153) + 5,783
%G = (27,10 x 0,15) + 5,78 = (4,14) + 5,78 = 9,93
%G = 9,93
Peso de gordura (PG)
PG = PT x (%G / 10 0) = 67,3 x (9,93 / 100) = 67,3 x (0,0993)
PG = 6,68 kg
Peso ósseo (PO)
PO = 3,02 (H2 x R x F x 400)0.712
PO = 3.02 (1,7412 x 0,056 x 0,098 x 400)0,712
PO = 3,02 (3,03 x 0,056 x 0,098 x 400)0,712
PO = 3,02 (6,65)0,712 = 3,02 (3,86)
PO = 11,66 kg
Peso residual (PR)
PR = PT x (24,1 / 100) = 67,3 x (0,241) = 16,15
PR = 16,15 kg
Peso muscular (PM)
PM = PT - (PG + PO + PR) = 67,3 - (6,68 + 11,66 + 16,15)
PM = 67,3 - 34,49 = 32,81
PM = 32,81kg

Conclui-se então que o fracionamento do peso corporal de 67,3kg do indivíduo estudado,


em quatro componentes, é assim representado por 6,68kg de gordura, 11,68kg de ossos, 32,79kg
de músculos e 16,15kg de peso residual ou de outros tecidos.
Quadro 3.1. Padrões de Percentual de Gordura para Homens e Mulheres.
Níveis Recomendados de Gordura Corporal (%)

Não
recomendado Baixo Médio Superior
Homens
Adulto <5 5 10 15
jovem
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27
Adulto <7 7 11 18
médio
Idoso <9 9 12 18
Mulheres
Adulta <16 16 23 28
jovem
Adulta <20 20 27 33
média
Idosa <20 20 27 33

FÓRMULA PARA CÁLCULO DA % GORDURA DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES DE


AMBOS OS SEXOS
E ETNIAS DIFERENTES
Rapazes / Brancos Rapazes / Negros
Pré- % Pré- %
1,21 (∑2) – 0,008 (∑2)2 – 1,7 1,21 (∑2) – 0,008 (∑2)2 – 3,5
púbere Gord. púbere Gord.

% %
2
Púbere 1,21 (∑2) – 0,008 (∑2) – 3,4 Púbere 1,21 (∑2) – 0,008 ((∑2)2 – 5,2
Gord. Gord.

Pós- % Pós- %
2
1,21 (∑2) – 0,008 (∑2) – 5,5 1,21 (∑2) – 0,008 (∑2)2 – 6,8
púbere Gord. púbere Gord.

Moças de ambos os aspectos raciais de qualquer nível maturacional, usar a fórmula


abaixo
% Gord.= 1,33 (∑2) – 0,013 (∑2)2 – 2,5

Para valores superiores a 35 mm, independente da raça, usar a fórmula abaixo


Rapazes % Gord. 0,783 (∑2) + 1,6 Moças % Gord. 0,546 (∑2) + 9,7
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28
FICHA INDIVIDUAL DE AVALIAÇÃO
Nome:________________________________ RA:_____________ Data________________
Índice de Massa Corporal = Peso (kg)
Peso Estatura(m)2

Estatura
Massa PVC MENNINOS = – 9,236 + [0,0002708 x (Comprimento Perna xTronco Cefálica)] +
[–0,001663 x (IdadexCP)] + [0,007216 (IxTC)] + [0,02292 x (Peso/Estatura)x100]
Corporal
Altura PVC MENINAS = – 9.376 + [0,0001882 x (Comprimento Perna xTronco Cefálica)] +
Tronco- [0,0022 x (IdadexCP)] + [0,005841 x (IxTC)] – [0,002658 x (IxP)] + [0,07693 x
cefálica (Peso/Estatura)x100]
CP – comprimento perna (estatura (cm) – altura tronco-cefálica (cm))
TC – comprimento tronco-cefálico (cm)
I – idade (anos e meses) P – peso (kg) E – estatura (cm)
Equação idade óssea
Braço
Coxa Idade óssea = 11.620 + 7.004 (1) + 1.226.(2) + 0.749 (3) – 0.068 (4) + 0.214 (5) – 0.588
relaxado
(6) + 0.388 (7)

1 = estatura (m); 2 = valor referente ao sexo. Moças =1; rapazes = 0; 3 = idade (anos)
Braço 4 = dobra do Triceps (mm); 5 = circunferência do braço corrigida (cm);
Perna
Circunferência contraído 6 = diâmetro do úmero (cm) ; 7 = diâmetro do fêmur (cm)

Punho Cintura

Antebraço Abdômen

Quadril
Peso Ósseo
Úmero PO=3,02 x (Estatura(m)2 x Diâmetro Rádio (m) x Diâmetro Fêmur (m) x400)
1,72
Diâmetro
Rádio

Fêmur

Bíceps

Peitoral
%
BOILEAU (1985) 8-28 idade
Triceps
%G=1,35 (TR+SE) - 0,012 (TR+SE)² - 2,4
Subescapul
ar
Axilar 6 Dobras cutâneas (DC): Subescapular, tríceps; coxa;
Média supra-ilíaca; abdome e peitoral (S6=somatória de todas)
Dobras Protocolo de Yuhasz G%= (S6) x 0,095 + 3,64
Supra %
Ilíaca
DC Homens (18- 61anos)
Abdominal = 1,1093800 - 0,0008267(X1) + 0,0000016 (X1)² - 0,0002574 (X3) 
(X1=somatória de peitoral, abdome e coxa; X3= idade em anos)
Após achar a Densidade Corporal (DC) substituir na fórmula abaixo
Coxa %

%= [(4,95/Densidade Corporal) - 4,50] x100 (fórmula de Siri)


Panturrilh DC Mulheres (18-55 anos)
= 1,0994921 - 0,0009929(X2) + 0,0000023 (X2)² - 0,0001392 (X3)
a
X2=somatória de tríceps, supra-ilíaca e coxa, X3= idade em anos)
Peso Residual PR ♀ = PT x (20,9 / 100) = x (0,209) Kg
ou
PR ♂ = PT x (24,1 / 100) = x (0,241) kg
Viseral
Peso Ideal (♂) = ((Altura (cm) / 2,539) x 4,0 – 128) x (0,453) + (10% Circunferência Pulso > 17,7 ) Kg
Peso Ideal (*)
Peso Ideal (♀) = ((Altura (cm) / 2,539) x 3,5 - 108) x (0,453) + (10% Circunferência Pulso > 16,5) kg

Cálculo da %
Peso Ideal (PI) = Massa Corporal Magra = MCM = _____
de gordura
1 – % desejada (20%) 1 – 0,20 0,80 kg
Desejada
Obs.:Para o cálculo do Peso Ideal (PI), primeiro você deve calcular a massa corporal magra, depois determinar qual é ao % de gordura
ideal para a pessoa. Após determinar a % de gordura ideal, utilizar o valor em% e subtrair de 1. O valor encontrado será o divisor da
Massa Corporal. O peso ideal pode ser encontrado também pela fórmula do Peso Ideal (*)
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29
DISCIPLINA DE CRESCIMENTO E DESEMPENHO FÍSICO
FICHA PARA CÁLCULO INDIVIDUAL DO PESO RELATIVO

FICHA INDIVIDUAL DE AVALIAÇÃO – DISCIPLINA DE CRESCIMENTO E DESEMPENHO


FÍSICO
Nome:________________________________________ RA:_____________
Data________________

Percentual de gordura Adulto (% G)


 4 dobras = subescapular + tricipital + supra-ilíaca + abdominal
 = _____ + _____ + _____ + ______ = 4______ mm

%G = (4 x 0,153) + 5,783


%G = (______ x 0,153) + 5,78 = _______%G

Peso de gordura (PG)

PG = PT x (%G / 100) = _____ x (_____ / 100) = PG = ______kg

Peso ósseo (PO)

PO = 3,02 (Estatutra(m)2 x Diâmetro Rádio (m) x Diâmetro Fêmur (m) x 400)


1,72

PO = 3.02 (_______x _____x _____ x 400) PO = _______ kg


1,72
Peso residual (PR)
PR ♀ = PT x (20,9 / 100) = ______ x (0,209) = PR = _______ kg
PR ♂ = PT x (24,1 / 100) = ______ x (0,241) = PR = _______ kg
Peso muscular (PM)

PM = PT - (PG + PO + PR) = _____ - (_____ + ______ + ______)

PM = _____ - ______ = PM = _______ kg

Massa Corporal Magra

MCM = PT – PG

MCM = ________ - ______ =________kg

Peso Ideal (♂) = ((Altura (cm) / 2,539) x 4,0 – 128 x (0,453) + (10% Circunferência Pulso > 17,7
)

Peso Ideal (♀) = ((Altura (cm) / 2,539) x 3,5 - 108 x (0,453) + (10% Circunferência Pulso >
16,5)

Peso Ideal (PI) = MCM = MCM = MCM


1 – % desejada (20%) 1 – 0,20 0,80
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30

FICHA INDIVIDUAL DE AVALIAÇÃO –


DISCIPLINA DE CRESCIMENTO E DESEMPENHO FÍSICO

Nome:________________________________ RA:_____________ Data________________

Classificação PESSOAL Classificação - REFERÊNCIA

NOME:

Estatura =

Peso Total = kg

IMC = kg2

ICQ =

Peso ÓsseoIdade
= = kg Idade =
Estatura = 160,0 cm
%POPeso
= Total = 60 kg
Altura = Altura =
2
IMC = 23,5,2
Peso = kg Peso =
ICQ = < 0,71
Peso Gordura
Total =
gordura = kg Total gordura =
Peso Ósseo = 9,0 kg
%PO = 15%
Gordura armazenada = Gordura armazenada =
% GPeso
= Gordura = 13,8 kg
Gordura essencial = Gordura essencial =
% G = 23%
Peso Muscular
Peso Muscular
Músculo= == 21,6kgkg Músculo =
%PM = 36% Osso =
Osso =
%PM = Vísceras =12,6 kg
Peso
% PV = 21%
Restante = Restante =
Peso
Peso Magro
Vísceras
Peso =
= 46,2magro =
corporal kg Peso mínimo =
% PM = 77%
Peso
% PV = Ideal = 56,8 kg
23 – 25%
Peso Magro = kg

% PM =

Peso Ideal = kg

15-18% =

O peso ideal deve ser calculado com


base no peso magro e no % de
gordura desejado.
Ex: se o PM é 59,5 kg e a % desejada
é de 25%,
PI = = 59,5 = 59,5 79,3 kg

Figura 4. Valores obtidos com base na coleta de dados


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31
FICHA INDIVIDUAL DE AVALIAÇÃO – DISCIPLINA DE CRESCIMENTO E DESEMPENHO
FÍSICO

Nome:______________________________________ RA:_____________ Data__________

Classificação – REFERÊNCIA Classificação PESOAL

NOME:

Estatura =

Peso Total = kg

IMC = kg2

ICQ =
Estatura = 170,0 cm
Peso Total = 70 kg
Idade = Peso Ósseo ==
Idade kg
IMC = 24,2 kg2
ICQ = < 0,83
Altura =
%PO =
Altura =
Peso Ósseo
Peso == 11,2 kg Peso =
%PO = 16% Peso Gordura = kg
Total gordura = kg Total gordura =
Peso Gordura = 10,5
% G = 15%
Gordura armazenada = %G= Gordura armazenada =
Peso Muscular = 31,5 kg
Gordura essencial = Gordura essencial =
%PM = 45% Peso Muscular = kg
Peso Vísceras
Músculo =16,8
= kg Músculo =
% PV = 24% %PM =
Osso = Osso =
Peso Magro = 59,5
% PM = 85%
Restante = Restante =
Peso Vísceras = kg
Peso Ideal = 68,4 kg
Peso corporal magro = Peso mínimo =
15-18% = % PV =

Peso Magro = kg

% PM =

Peso Ideal = kg

15-18% =

O peso ideal deve ser calculado com


base no peso magro e no % de
gordura desejado.
Ex: se o PM é 59,5 kg e a %
desejada é de 15%,
PI = 59,5 = 59,5 70 kg
1 – 0,15 0,85

Figura 4. Valores obtidos com base na coleta de dados


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32

FICHA INDIVIDUAL DE AVALIAÇÃO – CÁLCULO SOMATOTIPO

DISCIPLINA DE CRESCIMENTO E DESEMPENHO FÍSICO

Nome:________________________________ RA:_____________ Data________________

ENDOMORFO

1º passo: soma (å) das dobras cutâneas tricipal, subescapular e suprilíaca (mm)

2º passo: corrigir a somatório das dobras (åc) – usar a fórmula abaixo

c =  x 170,18 / Estatura (resultado colocar nos parênteses)

3º passo: calcular o componente endomorfo – usar fórmula abaixo

Endo = - 0,7182 + 0,1451(åc ) – 0,00068(åc )² + 0,0000014(åc )³

Endo = - 0,7182 + 0,1451( ) – 0,00068( )² + 0,0000014( )³

MESOMORFO

1º passo: corrigir o perímetro do braço e da perna


Fórmula: circunferência do braço contraído em cm MENOS dobras cutâneas do tríceps em cm
(transformar os valores em mm para cm = dividir por 10)

Fórmula: circunferência do perna cm MENOS dobras cutâneas do panturrilha em cm


(transformar os valores em mm para cm = dividir por 10)

2º passo: substituir os dados na fórmula.


Meso = 0,858(U) + 0,601(F) + 0,188(B) + 0,161(P) – 0,131(E) + 4,50
Onde: U – úmero cm; F – fêmur cm; B – braço corrigido cm; P – perna corrigida cm; E – estatura
em cm

Meso = 0,858( ) + 0,601( ) + 0,188( ) + 0,161( ) – 0,131( ) + 4,50

ECTOMORFO

Índice Ponderal (IP) = E / 3√p

E: estatura em cm
P peso em kg

se o índice ponderal for maior 40,75 o grau de ecto = 0,732 (IP) – 28,58 se o índice ponderal for
maior 38,25 e menor ou igual 40,75 o grau de ecto = 0,463 (IP) – 17,63
se o índice ponderal for menor ou igual 38,25 o grau de ecto = 0,1

IP maior que 40,75 = 0,732 ( ) – 28,58


IP for maior 38,25 e menor ou igual 40,75 = 0,463 ( ) – 17,63
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33
IP menor ou igual 38,25 o grau de ecto = 0,1
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34
AVALIAÇÃO MOTORA
MEDIDAS DA POTÊNCIA ANAERÓBICA
Victor keihan R. Matsudo
1. INTRODUÇÃO
A principal fonte de energia nos exercícios de pequena duração é de origem anaeróbica. Nas
atividades de "curtíssima" duração, ou seja, com até 10 segundos, a energia provém
principalmente dos estoques de ATP-CP, sendo este mecanismo metabólico denominado de
anaeróbico alático. Portanto, são exemplos de eventos "anaeróbicos aláticos" as provas de salto
em altura, extensão, triplo e com vara, o arremesso de peso, os lançamentos de disco, dardo e do
martelo, modalidades de saltos ornamentais, halterofilismo, assim, como todo início de eventos
esportivos de qualquer duração.
Nas atividades de "curta" duração, ou seja, com duração em torno de 40 segundos, a energia
provém principalmente do metabolismo do glicogênio estocado, sem participação significante do
oxigênio, sendo um mecanismo denominado de "anaeróbico lático". Assim, são exemplos de
eventos "anaeróbicos láticos" a prova de 400 m, com e sem barreiras, as provas de 100 m nos
diferentes estilos da natação, bem como os períodos de 30 a 60 segundos iniciais de exercícios
de qualquer duração.
Esta variável quando relacionada pelos resultados absolutos em escolares e jovens atletas,
apresenta maturação precoce, sendo encontrado para as escolares, já aos 7 anos de idade 85%
de sua maturação final e 104,8 aos 13 anos de idade, enquanto que para os jovens atletas, aos
13 anos encontramos 96,6% da maturação. Esses valores altos mesmo no período pré-púbere,
provocou interesse em alguns pesquisadores entre eles, BAR-OR (1988).
Esse autor constatou que mesmo quando a capacidade anaeróbica era expressa por quilograma
de peso corporal, apresentava valores nitidamente mais baixo que a de grupos mais velhos.
Através da aplicação de um teste anaeróbico (Wingate) em uma criança de 8 anos, encontrou
uma produção de apenas 45-50% de força mecânica produzida por um menino de 14 anos de
idade. Quando corrigido pelo peso corporal o valor foi ainda baixo, 65-70%.
Pelo método da biópsia muscular verificou-se que, a concentração de ATP, CP e glicogênio no
músculo em repouso das crianças são os mesmos, ou apenas levemente menores que aqueles
dos adultos jovens, ERIKSSON (1980). Contudo, a não diferença relacionada à idade no índice
de utilização do ATP ou CP, não corresponde ao índice de utilização de glicogênio, que está
bastante diminuído na criança. O reflexo dessa diminuição na utilização do glicogênio reflete no
índice de produção de lactato no músculo que é de 65-70% em meninos de 13 a 15 anos de
idade, em comparação a concentração atingida por adultos durante o exercício máximo,
ERIKSSON (1974).
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35

Crianças menores atingem níveis de lactato muscular e níveis de atividade de fosfofrutoquinase


mais baixos comparados com adultos, sendo que a enzima fosfofrutoquinase é considerada
limitada na glicose. Esses achados sugerem que a produção de lactato no músculo está
relacionado ao nível de maturação sexual de meninos pubescentes, portanto, essa variável
apresenta maturação tardia, contrário ao que se pensava.
Este fato é apenas uma indicação adicional de que as crianças são menos adequadas para
tarefas anaeróbicas, especialmente aquelas dependentes do seu índice de glicólise.
MARGERKURTH (1988), citado por MATSUDO (1988) et alli, revelou que as correlações entre os
testes de Wingate e 40 segundos aumenta significativamente quando corrigido pelo peso corporal
deste último. A curva de percentual de maturação funcional foi corrigida pelo peso corporal (peso
x distância/40 seg.), permitindo concluir que a maturação do processo anaeróbico, quando
medido pelo teste de 40 segundos, evidencia picos de aceleração na fase pubertária, contrário
quando utilizado o valor absoluto, onde o pico de aceleração ocorre na fase pré-púbere.
Apesar desta variável ser muito solicitada em treinamento tanto físico quanto técnico-tático,
pesquisa recente KOKUBUN e DANIEL (1992), mostrou pouca relação com a prática do
basquetebol.
Vemos assim que a potência anaeróbica é um importante fator metabólico, da aptidão física geral
e por conseguinte, sua avaliação tem merecido a atenção de muitos pesquisadores. Assim, nos
últimos anos diversos métodos foram desenvolvidos sendo que neste capítulo apenas
mencionaremos aqueles que apresentam maior adequação às condições de trabalho no Terceiro
Mundo.
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36

2. DESCRIÇÃO DOS TESTES


I - TESTE DE CORRIDA DE 40 SEGUNDOS (POTÊNCIA ANAERÓBICA LÁTICA)
A - Objetivo: Medir indiretamente a potência anaeróbica total (alática + lática).
B - Material: 1) Pista de atletismo demarcada metro a metro, ou pelo menos de 10 em 10 metros;
2) 2 cronômetros (precisão de segundos);
3) folha de protocolo;
4) apito (opcional).
C - Procedimentos: O avaliador principal (A) munido de um cronômetro orientará o avaliado
sobre o objetivo do teste que é percorrer correndo a maior distância possível no período de 40
segundos. Com as palavras "Atenção! Já!!" dará início ao teste acionando concomitantemente o
cronômetro e andando em direção ao avaliador auxiliar (B) que estará posicionado em um ponto
médio entre 200 e 300 metros munido de um cronômetro. Esse cronômetro auxiliará o
posicionamento do avaliador B o mais próximo possível do avaliado no momento dos quarenta
segundos, fato que será anunciado pelo avaliador principal (A), com as palavras "Atenção! Já!!".
Nesse instante o avaliador auxiliar (B) deverá observar o último pé que estará em contato com o
solo e esse ponto deverá ser assinalado como ponto de referência. Com auxílio de uma trena,
quando a pista estiver demarcada de 10 em 10 metros, ou apenas pela visualização direta,
quando a pista for marcada de metro em metro, determinaremos a distância percorrida, com
precisão para o último metro, ou seja, se a distância percorrida foi de 243 m e 40 cm o resultado
para efeitos de cálculo será de 243 m.
D - Precauções:
1) Podemos permitir o aquecimento particularmente dos avaliados que estão acostumados a esse
procedimento. Observar, no entanto, os dois minutos de repouso entre o final do aquecimento e o
início do teste.
2) O teste também poderá ser feito com um só cronômetro. Nesse caso, o avaliador principal
ficará com o mesmo e na altura dos 30 segundos anunciará o momento com a palavra "TRINTA!".
Essa mesma conduta pode ser usada rotineiramente para melhor orientação do avaliador auxiliar
e do avaliado.
3) As condições de temperatura devem ser anotadas, sendo que cuidados especiais devem ser
tomados quando a temperatura estiver abaixo de 150C ou acima de 250C.
4) Devemos também observar as condições do vento, sendo que os ventos transversais à pista
não tem tantos efeitos negativos como os longitudinais, particularmente quando atingirem
velocidades superiores a 5m/segundo.
5) O teste somente deve ser administrado na forma individual.
6) O exame médico é um pré-requisito recomendável.
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37

7) Ao final do teste o avaliado não deve interromper bruscamente a corrida.


8) Quando as condições permitirem alguns procedimentos podem ser acrescentados como um
maior número de avaliadores, o uso de intercomunicadores ("walkie-talkie") e bandeiras de saída.
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38

TESTE DE LACTACIDEMIA
A utilização da lactacidemia é bem difundida nos países desenvolvidos, no Brasil representa uma
realidade quase que restrita aos centros de pesquisa em Fisiologia do Esforço, sendo
praticamente inexistente nos locais de treinamento de forma sistemática.
Objetivo: O teste de lactacidemia mede a concentração de ácido lático no sangue após um
determinado esforço e permite ao avaliador diagnosticar a curva de formação do lactato de
acordo com a intensidade que está sendo proposta ao avaliado. Desta forma, é possível
estabelecer uma relação entre esforço e participação do metabolismo anaeróbico lático, trazendo
informações extremamente úteis para o planejamento de um treinamento ou para a elaboração
de uma estratégia durante uma competição.
A dosagem do ácido lático é, normalmente, realizada através da coleta de uma pequena
quantidade de sangue arterializado no lóbulo da orelha. O ideal é haver um intervalo entre 2 e 4
minutos após o esforço, visando obter a melhor curva de dosagem, uma vez que o ácido lático,
formado no interior da célula, necessita de algum tempo para ser removido, facilitando assim sua
detecção. O protocolo de realização do teste de lactacidemia ainda requer uma série de cuidados
na preparação da pele, manuseio do reagente e utilização do aparelho dosador (Kiss, 1987).
O protocolo de testagem, normalmente compreende o registro do ácido lático em repouso (inferior
a 2 mMol/l). Quando se submete o avaliado a um esforço, com aumento gradual de intensidade e
interrupção para dosagem da quantidade de lactato em cada estágio, estabelece-se a curva de
intensidade que poderá estar correlacionada com a freqüência cardíaca ou ao percentual de
trabalho em VO2 max empregado.
De uma maneira geral, Kinderman segundo Kiss (1987), considera dois valores de referência
para uma prescrição de treinamento: o limiar aeróbico, com a concentração de lactato
corresponde a uma concentração de 4 mMol/l. O segundo referencial permite a dosificação do
exercício com uma maior ou menor participação do sistema anaeróbico, informação
extremamente útil para uma perfeita elaboração de um treinamento. O gráfico a seguir apresenta,
de forma ilustrativa, o comportamento da curva de lactato durante um exame de lactacidemia.
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39

Figura 2 - Representação gráfica de um teste de lactacidemia.

Tabela. Valores Absoluto (m) e Porcentagem de Maturação de Potência Anaeróbia (kg.m.seg-1) em escolares
brasileiros (MATSUDO, 1992).
Homens Mulheres
Idade _ _
X S % X S %
07 178,03* 12,24 68,04 166,42 11,91 82,76
08 191,95* 19,37 73,35 169,50 12,89 84,29
09 197,29 13,72 75,39 186,42 17,50 92,70
10 200,21* 17,01 76,51 189,93 10,52 94,45
11 203,34* 19,24 77,71 195,09 24,33 97,02
12 213,15* 19,37 81,46 195,82 18,16 97,38
13 221,48* 15,93 84,64 201,78 25,79 100,34
14 230,29* 23,23 88,00 204,35 20,11 101,62
15 246,54* 12,76 94,22 202,16 18,96 100,53
16 250,70* 16,56 95,80 197,29 15,64 98,11
17 240,20* 17,32 91,79 197,12 10,01 98,02
18 261,67* 19,85 100,00 201,09 10,98 100,00
* (p < 0,01) “t” Student (% = m.kg.seg-1)

Figura. Curva de Potência Anaeróbia (m) em escolares brasileiros (MATSUDO, 1992).

Meninos
260
P o tê n c ia A n a e ró b ia (m )

Meninas

240

220

200

180

160
7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18

Idade
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40

Conceitos Estatísticos Básicos

As medidas e observações fornecem informações quantitativas sobre crescimento,


maturação e estágio de desempenho e/ou progresso da criança ou grupo de crianças. Essa
informação, por sua vez, deve ser reduzida e avaliada, portanto, isso pode ser utilizado para o
entendimento dos conceitos básicos do desenvolvimento humano. Para esse fim, os
conhecimentos básicos estatísticos são essenciais. A seguir estão breves definições sobre os
conceitos estatísticos mais comumente utilizados.
Média – a média para uma determinada variável (por exemplo, uma dimensão corporal ou
grande desempenho) em uma amostragem de crianças é calculada pela soma dos resultados de
todas as crianças e dividindo-os pelo número de amostragem.
Desvio-padrão – o desvio-padrão é a medida de dispersão dos resultados individuais pela
média.É um parâmetro útil para quantificar a variabilidade ou a diferença individual em uma
amostragem de crianças. O desvio-padrão é expresso nas mesmas unidades nas quais os
estudos são realizados. O significado de mais ou menos um desvio-padrão incide sobre cerca de
68% dos indivíduos da amostragem; significado de mais ou menos dois desvios-padrão inclui
cerca de 95% dos indivíduos de uma amostra.
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41
Teste de Hipótese
“Será que minha equipe melhorou O VO2 máximo absoluto (l/min) e relativo ( ml.kg-1.min-1)
durante esta temporada?”
“Será que o VO2 máximo de meus alunos é maior que a dos alunos de outro colégio?”
O objetivo do teste de hipótese é o de comparar duas médias e determinar se a diferença
existente entre elas é significativa ou produto de um erro amostral, ou então mera casualidade.
1o. Caso:- O professor do colégio A deseja comparar os resultados médios dos alunos do
seu colégio no teste de Vai e Vem, com os resultados encontrados pelo professor do colégio B,
tendo as amostras o mesmo número de participantes;

FÓRMULA -1 t= X 1 - X2 X1 = X2 =
1o. Passo: Cálculo da razão “t”. s1 = s2 =
(s1)2 + (s2)2 N1 = N2 =
N1 + N 2 - 2 t=

2o. Passo: Determinação do valor de “t” na tabela.


gl = N1 + N2 - 2 0,05 = 0,01 =

3o. Passo: Comparar a razão “t” (calculado) com o valor de “t” tabelado.

Valores de "t" aos níveis de significância de 0,05 e 0,01


Gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01
01 12,702 63,657 09 2,262 3,250 17 2,110 2,898 25 2,060 2,787
02 4,303 9,925 10 2,228 3,169 18 2,101 2,878 26 2,056 2,779
03 3,182 5,841 11 2,201 3,106 19 2,093 2,861 27 2,052 2,771
04 2,771 4,604 12 2,179 3,055 20 2,086 2,845 28 2,048 2,763
05 2,571 4,032 13 2,160 3,012 21 2,080 2,831 29 2,045 2,756
06 2,447 3,707 14 2,145 2,977 22 2,074 2,819 30 2,042 2,750
07 2,365 3,499 15 2,131 2,947 23 2,069 2,807 40 2,021 2,704
08 2,306 3,355 16 2,120 2,921 24 2,064 2,797 60 2,000 2,660
120 1,980 2,617
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2o. Caso:- O técnico de voleibol deseja comparar o resultado médio do teste de Vai e Vem
com o resultado médio apresentado no mesmo teste por uma equipe de basquetebol, tendo a
amostra número diferentes de participantes;

FÓRMULA - 2
1o. Passo: Cálculo da razão “t”. X1 - X2
t=
X1 = X2 = N1 x (s1)2 + N2 x (s2)2 1 + 1
s1 = s2 = X
N1 = N2 = N1 + N2 -2 N1 N2
t=

2o. Passo: Determinar o valor de “t” na tabela.


gl = N1 + N2 – 2 0,05 = 0,01 =

3o. Passo: Comparar a razão “t” (calculado) com o valor de “t” tabelado.

Valores de "t" aos níveis de significância de 0,05 e 0,01


Gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01
01 12,702 63,657 09 2,262 3,250 17 2,110 2,898 25 2,060 2,787
02 4,303 9,925 10 2,228 3,169 18 2,101 2,878 26 2,056 2,779
03 3,182 5,841 11 2,201 3,106 19 2,093 2,861 27 2,052 2,771
04 2,771 4,604 12 2,179 3,055 20 2,086 2,845 28 2,048 2,763
05 2,571 4,032 13 2,160 3,012 21 2,080 2,831 29 2,045 2,756
06 2,447 3,707 14 2,145 2,977 22 2,074 2,819 30 2,042 2,750
07 2,365 3,499 15 2,131 2,947 23 2,069 2,807 40 2,021 2,704
08 2,306 3,355 16 2,120 2,921 24 2,064 2,797 60 2,000 2,660
120 1,980 2,617
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3o. Caso: O técnico de futebol de salão deseja comparar os resultados médios de um teste
Vai e Vem, realizado pela sua equipe no início da fase de treinamento (1 o. teste) e após 2 meses
de treinamento (2o. teste).
FÓRMULA -3
X1 X2 X1 - X 2 D2

X1 X2 =

1o. Passo: Cálculo do desvio padrão da diferença.


s=  D2 - (X1 - X2)2
N

s=

2o. Passo: Cálculo da razão “t”.

t = X1 - X2 x ( N - 1 )

s
t=
3o. Passo: Determinação do valor de “t” na tabela.
g1 = N - 1 0,05 = 0,01 =

4o. Passo: Comparação da razão “t” (calculado) com o valor de “t” tabelado.

Valores de "t" aos níveis de significância de 0,05 e 0,01


Gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01
01 12,702 63,657 09 2,262 3,250 17 2,110 2,898 25 2,060 2,787
02 4,303 9,925 10 2,228 3,169 18 2,101 2,878 26 2,056 2,779
03 3,182 5,841 11 2,201 3,106 19 2,093 2,861 27 2,052 2,771
04 2,771 4,604 12 2,179 3,055 20 2,086 2,845 28 2,048 2,763
05 2,571 4,032 13 2,160 3,012 21 2,080 2,831 29 2,045 2,756
06 2,447 3,707 14 2,145 2,977 22 2,074 2,819 30 2,042 2,750
07 2,365 3,499 15 2,131 2,947 23 2,069 2,807 40 2,021 2,704
08 2,306 3,355 16 2,120 2,921 24 2,064 2,797 60 2,000 2,660
120 1,980 2,617
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POSTO PERCENTIL
Proposta de uma forma de Classificação para os Resultados
Sandra Caldeira
Percentis – um percentil é uma unidade em uma escala de 1 a 100. Um dado percentil
estabelece a porcentagem de indivíduos que estão abaixo dele. Por exemplo, uma criança que
tenha uma estatura no 90º percentil para crianças da mesma idade e sexo é mais alta que 90%
das crianças para mesma idade e sexo. Porém, parece razoável admitir que os valores
correspondentes entre os percentis 25 e 75 possam ser os almejados em análises individuais
futuras. Para aquelas crianças e aqueles adolescentes que apresentarem espessuras de dobras
cutâneas ente os percentis 75 e 90, ou, entre os percentis 25 e 10, recomenda-se intervenção por
meio de procedimentos que venham a inibir, respectivamente, um maior aumento ou uma
diminuição mais acentuada na quantidade de gordura corporal. E, ainda, valores de espessura
das dobras cutâneas localizadas acima do percentil 95 ou abaixo do percentil 5 sugerem que
sejam dadas prioridades quanto ao encaminhamento a uma avaliação clínica para se alcançar um
diagnóstico mais criterioso e confiável quanto à obesidade e à magreza.
Os dados de referência são normalmente apresentados como várias curvas, representando
percentis diferentes, para acomodar a faixa de variabilidade de individual normal. A mediana, ou
50° percentil, aproxima-se da média. Cinquenta por cento das crianças em uma amostragem
estão acima desse ponto, e 50% estão abaixo dele. As faixas de percentis para os dados de
referência são bastante amplas. As utilizadas nos Estados Unidos para crianças incluem os 5°,
10°, 25°, 50°, 75°, 90° e 95° percentis. Se um menino tem uma estatura no 5° percentil, isto
significa que 95% dos meninos em sua faixa etária são mais altos que ele. Uma menina com uma
estatura no 90° percentil de sua faixa etária é mais alta que 90% das meninas.
Os percentis tem uma utilidade considerável na avaliação do estado de crescimento das
crianças. Uma menina cuja estatura está no 50° percentil para sua idade, mas cujo peso está no
75° percentil, tem peso excessivo para sua estatura. Ela é, provavelmente, uma criança robusta.
Inversamente, um menino cuja estatura e peso estão, ambos, no 10° percentil para sua faixa
etária é proporcionalmente pequeno. Os percentis dessa criança, no entanto, não informam se ele
é geneticamente pequeno ou se tem um problema de crescimento. Para isso, seriam necessários
exames clínicos mais detalhados.
“Realizei 35 abdominais em 1 minuto”. Qual será minha classificação? Esta pergunta
normalmente é feita por todos aqueles que são submetidos a uma avaliação. Como respondê-la é
a preocupação comum de professores de educação física, técnicos desportivos e profissionais
que atuam nas diversas áreas de atividade física. O objetivo deste trabalho é propor a utilização
de um método estatístico-Porsto Percentil como solução para tais situações. Os postos percentis
são os melhores indicadores de posição real do indivíduo em sua classe e podem ser
determinados utilizando-se a média e o desvio padrão dos resultados encontrados pelo grupo em,
estudo, de acordo com o seguinte procedimento
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45

Fórmula para classificar os escores derivados de percentis para variáveis de


desempenho motor
P5 = 1,64 x dp - média P10 = 1,38 x DP - média P25 = 0,67 x dp - média
P95 = 1,64 x dp + média P90 = 1,38 x dp + média P75 = 0,67 x dp + média
P99 = 3,00 x dp + média
dp = desvio padrão da referência média =média da referência
Delta % (Maturação Funcional) = valor médio de cada idade / valor médio dos 18 anos
Estimativas de média , desvio padrão e distribuição de percentis dos resultados do teste IVC/2
(cm) administrado em crianças e adolescentes do sexo masculino.
Faixa Média Desvio Delta % P5 P10 P25 P50 P75 P90 P95 P99
etária padrão
07 178,03 12,24 68,04 178,03
08 191,95 19,37 73,35 191,95
09 197,29 13,72 75,39 197,29
10 200,21 17,01 76,51 200,21
11 203,34 19,24 77,71 203,34
12 213,15 19,37 81,46 213,15
13 221,48 15,93 84,64 221,48
14 230,29 23,23 88,00 230,29
15 246,54 12,76 94,22 246,54
16 250,70 16,56 95,80 250,70
17 240,20 17,32 91,79 240,20
18 261,67 19,85 100,00 261,67
Estimativas de média , desvio padrão e distribuição de percentis dos resultados do teste IVC/2
(cm) administrado em crianças e adolescentes do sexo feminino.
Faixa Média Desvio Delta % P5 P10 P25 P50 P75 P90 P95 P99
etária padrão
07 166,42 11,91 82,76 166,42
08 169,50 12,89 84,29 169,50
09 186,42 17,50 92,70 186,42
10 189,93 10,52 94,45 189,93
11 195,09 24,33 97,02 195,09
12 195,82 18,16 97,38 195,82
13 201,78 25,79 100,34 201,78
14 204,35 20,11 101,62 204,35
15 202,16 18,96 100,53 202,16
16 197,29 15,64 98,11 197,29
17 197,12 10,01 98,02 197,12
18 201,09 10,98 100,00 201,09
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ESCORE Z

A análise Z possibilita a comparação de indivíduos de deferentes idades, sexo, nível de aptidão


física, sempre usando como referência o grupo da mesma idade e sexo. Assim, um menino de 13
anos de idade cronológica será comparado com o grupo-padrão de referência, o grupo de 13
anos de idade do sexo masculino. Quando esse garoto completar 14 anos de idade será utilizado,
então, o padrão de referência 14 anos do mesmo sexo e assim por diante. Dessa forma
poderemos monitorizar seu crescimento, dado pelos valores absolutos, por exemplo, saltar 40
cm aos 13 anos e passar para 44 cm aos 14 anos, como também seu desenvolvimento, através
dos valores de Z, por exemplo, ter um Z de 1,0 aos 13 anos e de 1,5 aos 14 anos, significa
dizer que o menino não só cresceu como também desenvolveu, pois saltou de 40 para 44
cm e o Z de 1 foi para Z 1,5, tornando-se assim uma das técnicas mais simples, prática e ao
mesmo tempo precisa diferenciar crescimento de desenvolvimento, ou, ainda efeito de
crescimento de efeito de treinamento físico. Ele quer saber se terá chance de alcançar a seleção
nacional de voleibol, que salta em média 72 cm. Imaginando-se que o valor-padrão de referência
desta mesma idade (14 anos) seja 40 cm, com um desvio-padrão de referência desta mesma
idade de 2,0 cm, aplicando a fórmula do índice Z, verifica-se que o garoto se encontra a 2
desvios-padrões de referência acima da média. Agora se procura determinar o índice Z da
seleção nacional de voleibol. Imaginando que o valor padrão de referência para esse grupo
seja de 60 cm e o desvio-padrão de 3 cm, correspondendo a um índice Z de 4, compara-se,
então, o valor de Z do garoto ao do Z da seleção nacional, chega-se à conclusão que para
essa variável o garoto não apresenta perfil requerido para alcançar a seleção nacional. Como o
talento não é definido a partir de apenas uma variável de aptidão física, repetem-se o
procedimento com o conjunto das variáveis medidas, verificando-se até que ponto existe
similaridade entre o garoto e a seleção nacional, principalmente nas chamadas características
chaves, ou seja, aquelas que se afastam mais da média populacional.
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47

ESTRATÉGIA Z
Qual será o significado de um voleibolista de 12 anos que atingiu a distância de 235 metros no
teste de 40 segundos e se encontra na fase pré-púbere (referência da população de 12 anos
igual a 213,50 m (média) e de 19,37 m (desvio), sabendo que atleta da seleção brasileira atinge
a distância de 260 m (referência da população de 18 anos é igual a 261,67m (média) e de 19,85
m (desvio). Para análise da questão faça os seguintes passos:
1. Localizar o Posto Percentil em que se encontra a atleta para cada idade;
2. Determinar a estratégia “Z” para adolescente de 12 anos comparado com a média da
população da mesma idade;
3. Determinar a estratégia “Z” para os dados extrapolados da criança aos 18 anos e
comparado com a média da população da mesma idade;
4. Determine a estratégia “Z” para atletas da Seleção Brasileira de Voleibol comparado com a
média da população de 18 anos.

 Segundo os resultados encontrados pela estratégia “Z”, responda se o/a adolescente tem
chance de atingir a Seleção Brasileira Adulta, com base no comportamento de crescimento da
variável antes durante e após o período em que ocorre o Pico de Velocidade de Estatura
(PVE).
 ( ) Sim ( ) Não. Por que?
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Figura 3 - Esquema de aplicação do teste:

Exemplo de cálculo do teste TVPA (Potência absoluta) de um atleta de basquetebol infanto-


juvenil com peso corporal de 76 kg, no primeiro tiro de 35m com o tempo de 4,52s.
Resultados: Cálculo da potência máxima
Potência Máxima = 1008 Watts P = Peso x Distância2 / Tempo3
Potência Mínima = 525 Watts P = 76 x (35x35)/(4,52x4,52x4,52)
Potência Media = 736 Watts P = 76 x 1225 / 92,345408
IF = 483 / 30.48 = 15,8 Watts/seg. P = 93100 / 92,345408
P = 1008watts
3. ZONAS DE INTENSIDADE DE TREINAMENTO
No quadro 1 são apresentadas cinco zonas de intensidade de trabalho físico com prováveis
freqüência cardíaca, porcentagem do consumo de oxigênio, concentração de lactato e duração
máxima do trabalho.

Quadro 1 - Classificação de Cargas de Treino pelas Zonas de Intensidade


ZONAS CRITÉRIOS FISIOLÓGICOS DURAÇÃO MÁXIMA
FC bpm Em %O2 Lactato mMol/1 DE TRABALHO
I Aeróbica até 140 40 - 60 até 2 Algumas horas
II Aeróbica (de limiar) 140 - 160 60 - 85 até 4 Mais de 2 horas
III Mista 160 - 180 70 - 95 4-6 30 min - 2h
(Aeróbica-Anaeróbica) 6-8 10 - 30 min
IV Anaeróbica (glicolítica) + 180 95 - 100 8 - 15 5 - 10
10 - 18 2-5
14 - 20 até 2 min
V Anaeróbica (alática) 95 - 90 10 - 15 seg.
Fonte: Zakharov, 1992
Quadro 2 - Percentual de pessoas que passaram ou encontram-se no limiar anaeróbico em relação
ao percentual da capacidade máxima.

% FCmáx 50 60 70 80 90 100
% VO2 28 42 56 70 83 100
% de pessoas no limiar aeróbico 0 0 3 55 100 100
erro de + 8%
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DIMENSÃO METABÓLICA

Teste Aeróbio de Corrida Vai-e-Vem de 20 metros


Para avaliação da potência aeróbia utilizou-se o teste aeróbio de corrida vai-e-vem
adaptado, originalmente desenvolvido por Léger e Lambert (apud DUARTE; DUARTE, 2001),
validado no Brasil por Duarte e Duarte (2001) e adaptado para atletas com deficiência mental por
Palandrani, Frigene e Bergamo (2005d).

Material: Para realização do teste foram necessários os seguintes itens: CD do teste,


aparelho de som, fita crepe, 2 cones por atleta, folha de anotação (anexo 1),
monitores de freqüência cardíaca (POLAR A3).
Os participantes foram treinados para a realização e entendimento quanto à
execução do teste, durante três semanas, ou seja, seis encontros/sessões de
treino.

Procedimentos: O teste foi aplicado para grupos de até 4 pessoas, considerando que os
atletas eram orientados a realizar o teste em dupla, ou seja, aqueles
atletas com menor comprometimento, nível de limitação leve (Grupo L),
realizavam o teste atuando como tutores daqueles atletas com nível de
limitação severa (grupo S), auxiliando na identificação do ritmo de corrida
exigido.
Os atletas corriam juntos num ritmo cadenciado pelo CD, gravado
segundo as especificações do teste original, devendo cobrir um espaço de
20 metros delimitados por duas linhas paralelas, utilizando os cones,
posicionados um de cada lado logo atrás das linhas paralelas, como
pontos de referência durante a corrida. O CD emitia “BIPs”, a intervalos
específicos para cada estágio, sendo que a cada “BIP” o avaliado deveria
estar cruzando com um dos pés uma das 2 linhas paralelas, ou seja, sair
de uma das linhas, correr em direção a outra, cruzando esta com pelo
menos um dos pés ao ouvir um novo “BIP” e voltar em sentido contrário.
No CD, o término de um estágio era sinalizado com 2 “BIPs” consecutivos
e com uma voz avisando o número do estágio concluído.

Tempo de execução: a duração do teste depende da aptidão cardiorrespiratória de cada


atleta, sendo máximo e progressivo, menos intenso no início e se
tornando mais intenso no final, perfazendo um total possível de 21
estágios, cada um composto de 7 a 15 idas e voltas de 20 metros e
duração total de aproximadamente de 1 minuto (DUARTE;
DUARTE, 2001).
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50

Adaptação do testes: a adaptação do teste consiste no acréscimo de novos “BIPs” (com som
diferente) nos “espaços vazios” entre os “BIPs” que determinam o tempo de chegada para cada
ida e volta, oferecendo ao participante um ritmo definido de corrida para cada estágio
(PALANDRANI; FRIGENE; BERGAMO, 2005d).

Ilustração do teste aeróbio de corrida vai-e-vem de Ilustração do teste aeróbio de corrida vai-e-vem
20 metros convencional (adaptado de DUARTE; de 20 metros adaptado.
DUARTE, 2001, p).

Uma distância de 2 metros, antes das linhas paralelas, determinava a área de exclusão do
teste, ou seja, toda pessoa que estivesse antes dessa faixa ao som do “BIP”, era avisada, para
acelerar a corrida, mas se ela não conseguisse acompanhar mais o ritmo, era então excluída do
teste. O teste terminava quando o avaliado não conseguisse mais seguir o ritmo imposto pelo CD.
Para cadeirantes é recomendado a distância de 25 metros, segundo Thenap.
A idade cronológica e o último estágio atingido pelo avaliado eram anotados para se obter
os resultados do VO2MÁX, expressos em ml/kg/min, através das equações publicadas por Léger et
al. (apud DUARTE; DUARTE, 2001).

Equações de Predição do VO2MÁX (ml/kg/min) no teste aeróbio de corrida vai-e-vem de 20


metros (LÉGER et al. apud DUARTE; DUARTE, 2001, p. 10).

Pessoas de 6 a 18 anos y = 31,025 + 3,238 X - 3,248 A + 0,1536 AX


Pessoas de 18 anos ou mais y = - 24,4 + 6,0 X

Onde: y = VO2MÁX em ml/kg/min; X = vel. em km/h (no estágio atingido); A = idade em anos.

A partir das equações apresentadas por Léger et al. (apud DUARTE; DUARTE, 2001),
desenvolveu-se para este estudo uma tabela dos valores possíveis do VO2MÁX de acordo com a
idade cronológica e o estágio/velocidade atingido no teste (anexo 5).
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51
FICHA DE AVALIAÇÃO – PROGRAMA DE ESPORTES CIAD

Nome:
Idade: Sexo: Cor: Data de Nascimento: / /
Esporte: Data do Teste: / /
Avaliação Antropométrica
Peso: Kg Altura: / / /

Variável
VO2 - Vai e Vem 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º 13º
1 8 16 24 32 41 50 60 70 81 92 103 114
2 9 17 25 33 42 51 61 71 82 93 104 115
3 10 18 26 34 43 52 62 72 83 94 105 116
4 11 19 27 35 44 53 63 73 84 95 106 117
5 12 20 28 36 45 54 64 74 85 96 107 118
6 13 21 29 37 46 55 65 75 86 97 108 119
7 14 22 30 38 47 56 66 76 87 98 109 120
15 23 31 39 48 57 67 77 88 99 110 121
40 49 58 68 78 89 100 111 122
59 69 79 90 101 112 123
80 91 102 113 124

Freqüência Cardíaca
Frequência Cardiaca VO2 Medido
Estimada VO2 Previsto FAI
do Teste Teste yo-yo
(220 – idade x (85%))

FAI = FAI = VO2max previsto - VO2 obtido x 100


VO2max previsto

Tabela do Cálculo do VO2max Previsto em Relação à Idade, Sexo e Grau de Condicionamento Atual

Homem Sedentário VO2max previsto (ml.kg-1.min-1 ) = 57,8 - 0,445 x Idade


Homem Ativo VO2max previsto (ml.kg-1.min-1 ) = 69,7 - 0,612 x Idade
VO2máx previsto(l/min) = 2,25 ( altura ) - 1,84
CRIANÇAS e ADOLESCENTES - meninas ( 6 - 17 anos )
VO2máx previsto (l/min) = 0,029 ( peso ) - 0,29
Mulher Sedentária VO2max previsto (ml.kg-1.min-1 ) = 42,3 - 0,356 x Idade

Mulher Ativa VO2max previsto (ml.kg-1.min-1 ) = 57,8 - 0,312 x Idade


VO2máx (l/min) = 4,36 ( altura ) - 4,55
CRIANÇAS e ADOLESCENTES - meninos ( 6 - 17 anos)
VO2máx (l/min) = 0,053 ( peso ) - 0,29

Fonte: Bruce et al, 1973 (Ergometria & Cardiologia Desportiva)


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52
Tabela dos Valores Possíveis do VO2MÁX para o Teste Aeróbio de Corrida Vai-e-Vem de 20 Metros

Cálculo dos valores possíveis do VO 2MÁX (ml/Kg/min) para o teste aeróbio de corrida Vai-e-Vem de 20
metros de acordo com a velocidade do estágio atingido (Km/h) e idade (anos) do avaliado, segundo as
equações publicadas por Léger et al. (apud DUARTE; DUARTE, 2001).

Idade (anos)
Velocidade
Estágio

(km/h)

6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 n...

1 8,5 46,89 44,95 43,01 41,07 39,12 37,18 35,24 33,30 31,35 29,41 27,47 25,53 23,58 26,60

2 9,0 48,97 47,11 45,24 43,38 41,51 39,65 37,78 35,91 34,05 32,18 30,32 28,45 26,59 29,60

3 9,5 51,05 49,26 47,48 45,69 43,90 42,11 40,32 38,53 36,74 34,95 33,17 31,38 29,59 32,60

4 10,0 53,13 51,42 49,71 48,00 46,29 44,57 42,86 41,15 39,44 37,73 36,01 34,30 32,59 35,60

5 10,5 55,21 53,58 51,94 50,31 48,67 47,04 45,40 43,77 42,13 40,50 38,86 37,23 35,59 38,60

6 11,0 57,29 55,73 54,18 52,62 51,06 49,50 47,94 46,38 44,83 43,27 41,71 40,15 38,59 41,60

7 11,5 59,37 57,89 56,41 54,93 53,45 51,96 50,48 49,00 47,52 46,04 44,56 43,07 41,59 44,60

8 12,0 61,45 60,05 58,64 57,24 55,83 54,43 53,02 51,62 50,21 48,81 47,40 46,00 44,59 47,60

9 12,5 63,53 62,20 60,88 59,55 58,22 56,89 55,56 54,24 52,91 51,58 50,25 48,92 47,60 50,60

10 13,0 65,61 64,36 63,11 61,86 60,61 59,36 58,10 56,85 55,60 54,35 53,10 51,85 50,60 53,60

11 13,5 67,69 66,52 65,34 64,17 62,99 61,82 60,65 59,47 58,30 57,12 55,95 54,77 53,60 56,60

12 14,0 69,77 68,67 67,58 66,48 65,38 64,28 43,83 62,09 60,99 59,89 58,80 57,70 56,60 59,60

13 14,5 71,85 70,83 69,81 68,79 67,77 66,75 65,73 64,71 63,68 62,66 61,64 60,62 59,60 62,60

14 15,0 73,93 72,99 72,04 71,10 70,16 69,21 68,27 67,32 66,38 65,44 64,49 63,55 62,60 65,60

15 15,5 76,01 75,14 74,28 73,41 72,54 71,67 70,81 69,94 69,07 68,21 67,34 66,47 65,60 68,60

16 16,0 78,09 77,30 76,51 75,72 74,93 74,14 73,35 72,56 71,77 70,98 70,19 69,40 68,61 71,60

17 16,5 80,17 79,46 78,74 78,03 77,32 76,60 75,89 75,18 74,46 73,75 73,03 72,32 71,61 74,60

18 17,0 82,25 81,61 80,98 80,34 79,70 79,07 78,43 77,79 77,16 76,52 75,88 75,25 74,61 77,60

19 17,5 84,33 83,77 83,21 82,65 82,09 81,53 80,97 80,41 79,85 79,29 78,73 78,17 77,61 80,60

20 18,0 86,41 85,93 85,44 84,96 84,48 83,99 83,51 83,03 82,54 82,06 81,58 81,09 80,61 83,60

21 18,5 88,49 88,08 87,68 87,27 86,86 86,46 60,48 85,64 85,24 84,83 84,43 84,02 83,61 86,60

Equações de predição do VO2max em ml/kg/min no teste aeróbico de corrida de Vai-e-Vem de 20m:

Pessoas de 6 a 18 anos:
VO2 ml/kg/min = 31,025 + (3,238 x Veloc.Km/h ) - (3,248 x idade) + (0,1536 x (idade x Veloc. Km/h))

Pessoas de 18 anos ou mais:


VO2 ml/kg/min = 24,4 - (6,0 x Velocidade em km/h no estágio)
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53
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54
TESTE DE CORRIDA DE 1.000 METROS
População Alvo: Crianças na faixa etária de 8 a 13 anos de ambos os sexos.
Metodologia: Os avaliados deverão percorrer, no menor tempo possível, através de um ritmo
contínuo, a distância de 1000 metros, não sendo permitido caminhar durante o teste. O local da
avaliação deverá ser preferencialmente em uma pista de atletismo. Com o registro do resultado
utiliza-se a seguinte fórmula: (Matsudo, 1983).
VO 2 max (ml.kg-1.min-1) = 652,17 - y
6,762
onde: y = tempo de corrida em segundos

Exemplificando: Desenvolvendo a fórmula:


Idade: 10 anos Tempo do teste: 5:30 = 330 segundos
VO 2 max (ml.kg-1.min-1) = 652,17 - 330 = VO 2 max (ml.kg-1.min-1) = 47,64
6,762
Em crianças e adolescentes o VO2 máx previsto (l.min-1) pode ser calculado através das
seguintes equações:
Meninos (6 - 17 anos) Meninas (6 - 17 anos)
VO2max = 4,36 (altura/m) - 4,55 VO2max = 2,25 (altura/m) - 1,84
VO2max = 0,053 (peso/kg) - 0,30 VO2max = 0,029 (peso/kg) - 0,29

A capacidade aeróbica das crianças e dos jovens é influenciada do mesmo modo que a dos
adultos? A melhora no VO2max com o treinamento em meninos e meninas é um tanto
complicada pelo processo de maturação, tornando a interpretação mais difícil. Os dados de
Ekblom, Sherman, Larsson e colaboradores e Lussier e Buskirk mostraram significativa melhora
com o treinamento, ao passo que os de Daniels e Oldridge não. A avaliação dos resultados
mostra que os valores iniciais de Daniels e Oldridge são muito mais altos do que os dos outros,
portanto, o estado inicial de aptidão e a sua relação para uma possível melhora, apresenta
relação inversa, ou seja, quanto mais alto o indivíduo apresentar o seu VO2max, menor será sua
melhora, o contrário acontece com o indivíduo que apresenta VO2max baixo.
Isso não foi um achado universal, porém está claro que até o final da puberdade os efeitos do
treinamento são muito menos acentuados. As capacidades físicas das crianças parecem ser
determinadas, em princípio, por questões de tamanho e o crescimento exerce uma influência
mais importante do que o treinamento. Há poucas evidências a sustentar a idéia de que o
treinamento tenha um efeito particularmente acentuado e de longa duração no jovem. De fato, o
oposto está mais próximo da verdade.
Em crianças e adolescentes, tanto a força quanto a capacidade aeróbica são fortemente
influenciadas pelo tamanho (Watson e O’Donovan, 1977; Davies et al, 1972). A medida que a
idade aumenta, essa relação diminui gradualmente e os efeitos do treinamento tornam-se mais
significativos.
Quando analisado os valores em l.min-1 (valor bruto), observou-se que o VO2max aumentou com
a idade no sexo masculino até o final da adolescência, enquanto que no sexo feminino os valores
progrediram durante a infância, mas se estabilizaram durante a adolescência. Assim sendo,
diferenças significativas não ocorridas durante a infância ocorreram na adolescência. Quando
analisado em ml.kg-1.min-1 (valor relativo), o VO2max foi maior no sexo masculino desde a
infância, mostrando que o peso corporal tem importante influência no gasto energético do
exercício, conforme demonstrado por diversas investigações.
A capacidade aeróbica máxima tem no dote genético seu fator determinante principal, embora
outras variáveis contribuam na sua determinação. A taxa de crescimento pondo-estatural,
comprovadamente, influencia o VO2max, conforme demonstrado em várias investigações (ADMS
(1961), ANDERSEN (1972), OLIVEIRA (1982) e BERGAMO (1996). O treinamento físico também
é outro fator que influência o VO2max . A constituição corporal (proporção entre gordura e massa
corporal magra) é outro fator determinante contribuindo, inclusive, para o declínio da capacidade
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55
máxima das adolescentes, que aumenta sua taxa de gordura percentual em relação ao sexo
masculino.
Agora que já foram apresentados vários tipos de protocolos, veja algumas recomendações
genéricas, que deverão ser atendidas antes da realização de qualquer um dos testes:
1. deverá ser realizado um exame médico prévio com o objetivo de verificar se o indivíduo
encontra-se em condições físicas ideais para a realização do teste;
2. deve-se evitar condições ambientais extremas, sendo dado preferência para o horário da
manhã;
3. antes da realização dos testes é aconselhável um período mínimo de aquecimento;
4. orientar o avaliado para não realizar uma refeição com um intervalo de pelo menos 2 horas e
meia antes e de 2 horas depois do teste;
5. ter o cuidado de orientar a vestimenta adequada para o avaliado, incluindo tênis;
6. solicitar a presença do avaliado com, pelo menos, 30 minutos de antecedência;
7. procure observar, atentamente, o comportamento físico do avaliado durante a realização do
teste, interrompendo-o imediatamente ao sinal de alguma anormalidade.

TESTE DE RESISTÊNCIA GERAL (9 MINUTOS)

População Alvo: Escolares, crianças e jovens.


Materiais: Local plano com marcação do perímetro da pista (p.e: quadra poliesportiva).
Cronômetro e ficha de registro. Material numerado para fixar às costas dos alunos identificando-
os claramente para que o avaliador possa realizar o controle do número de voltas. Trena métrica.
Procedimentos: Divide-se os alunos em grupos adequados às dimensões da pista. Observa-se a
numeração dos alunos na organização dos grupos, facilitando assim o registro dos anotadores.
Informa-se aos alunos sobre a execução correta do teste, dando ênfase ao fato de que devem
correr o maior tempo possível, evitando piques de velocidade intercalados por longas
caminhadas. Informa-se que os alunos não deverão parar ao longo do trajeto e que trata-se de
um teste de corrida, embora possam caminhar eventualmente quando sentirem-se cansados.
Durante o teste, informa-se ao aluno a passagem do tempo aos 3, 6 e 8 minutos ("Atenção: falta 1
minuto!"). Ao final do teste soará um sinal (apito) sendo que os alunos deverão interromper a
corrida, permanecendo no lugar onde estavam (no momento do apito) até ser anotado ou
sinalizado a distância percorrida. Todos os dados serão anotados em fichas próprias devendo
estar identificado cada aluno de forma inequívoca. Sugere-se que o avaliador calcule previamente
o perímetro da pista e durante o teste anote apenas o número de voltas de cada aluno. Desta
forma, após multiplicar o perímetro da pista pelo número de voltas de cada aluno deverá
complementar com a adição da distância percorrida entre a última volta completada e o ponto de
localização do aluno após a finalização do teste.
Os resultados serão anotados em metros com aproximação às dezenas.
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56

Tabela. Valores Absolutos (cm) de Consumo Máximo de Oxigênio (VO2máx) (l.min-1; ml.kg-1.min-1) em
escolares brasileiros (MATSUDO, 1992).
Homens Mulheres
l.min -1
ml.kg .min
-1 -1
l.min -1
ml.kg-1.min-1
Idade _ _ _ _
X S X S X S X S
10 1,48 0,23 43,66 9,57 1,44 0,23 46,33 8,36
11 1,45 0,28 39,55 9,26 1,42 0,22 35,62 7,69
12 1,56 0,33 38,45 9,28 1,53 0,31 35,00 9,41
13 1,97 0,47 42,72* 8,34 1,77 0,33 35,74 6,26
14 1,99* 0,51 40,21 7,84 1,62 0,34 31,63 7,22
15 2,26* 0,51 42,88* 10,01 1,75 0,42 33,81 8,51
16 2,56* 0,48 41,45* 6,79 1,82 0,47 32,61 6,96
17 2,81* 0,29 43,94* 5,68 1,82 0,38 32,91 5,83
18 2,83* 0,47 44,58* 7,65 1,70 0,39 31,40 8,96
* (p < 0,01) “T” Student

Figura. Curva de consumo máximo de oxigênio absoluto (m/min) em escolares


brasileiros (MATSUDO, 1992).

3
Meninos
2,8 Meninas
2,6

2,4

2,2
l/ m in

1,8

1,6

1,4

1,2

1
7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18

Idade

Figura. Curva de consumo máximo de oxigênio relativo (ml/kg/min) em escolares


brasileiros (MATSUDO, 1992).
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57

50
Meninos
Meninas
45
m l/k g /m in

40

35

30

25

20
7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18

Idade

Interpretar os gráficos baseado no Pico de Velocidade de Crescimento (PVC)


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58
Teste de Hipótese
“Será que minha equipe melhorou O VO2 máximo absoluto (l/min) e relativo ( ml.kg-1.min-1)
durante esta temporada?”
“Será que o VO2 máximo de meus alunos é maior que a dos alunos de outro colégio?”
O objetivo do teste de hipótese é o de comparar duas médias e determinar se a diferença
existente entre elas é significativa ou produto de um erro amostral, ou então mera casualidade.
1o. Caso:- O professor do colégio A deseja comparar os resultados médios dos alunos do
seu colégio no teste de Vai e Vem, com os resultados encontrados pelo professor do colégio B,
tendo as amostras o mesmo número de participantes;

FÓRMULA -1 t= X1 - X2 X1 = X2 =
1o. Passo: Cálculo da razão “t”. s1 = s2 =
(s1)2 + (s2)2 N1 = N2 =
N1 + N2 - 2 t=

2o. Passo: Determinação do valor de “t” na tabela.


gl = N1 + N2 - 2 0,05 = 0,01 =

3o. Passo: Comparar a razão “t” (calculado) com o valor de “t” tabelado.

Valores de "t" aos níveis de significância de 0,05 e 0,01


Gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01
01 12,702 63,657 09 2,262 3,250 17 2,110 2,898 25 2,060 2,787
02 4,303 9,925 10 2,228 3,169 18 2,101 2,878 26 2,056 2,779
03 3,182 5,841 11 2,201 3,106 19 2,093 2,861 27 2,052 2,771
04 2,771 4,604 12 2,179 3,055 20 2,086 2,845 28 2,048 2,763
05 2,571 4,032 13 2,160 3,012 21 2,080 2,831 29 2,045 2,756
06 2,447 3,707 14 2,145 2,977 22 2,074 2,819 30 2,042 2,750
07 2,365 3,499 15 2,131 2,947 23 2,069 2,807 40 2,021 2,704
08 2,306 3,355 16 2,120 2,921 24 2,064 2,797 60 2,000 2,660
120 1,980 2,617
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59
2o. Caso:- O técnico de voleibol deseja comparar o resultado médio do teste de Vai e Vem
com o resultado médio apresentado no mesmo teste por uma equipe de basquetebol, tendo a
amostra número diferentes de participantes;

FÓRMULA - 2
1o. Passo: Cálculo da razão “t”. X1 - X2
t=
X1 = X2 = N1 x (s1)2 + N2 x (s2)2 1 + 1
s1 = s2 = X
N1 = N2 = N1 + N2 -2 N1 N2
t=

2o. Passo: Determinar o valor de “t” na tabela.


gl = N1 + N2 – 2 0,05 = 0,01 =

3o. Passo: Comparar a razão “t” (calculado) com o valor de “t” tabelado.

Valores de "t" aos níveis de significância de 0,05 e 0,01


Gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01
01 12,702 63,657 09 2,262 3,250 17 2,110 2,898 25 2,060 2,787
02 4,303 9,925 10 2,228 3,169 18 2,101 2,878 26 2,056 2,779
03 3,182 5,841 11 2,201 3,106 19 2,093 2,861 27 2,052 2,771
04 2,771 4,604 12 2,179 3,055 20 2,086 2,845 28 2,048 2,763
05 2,571 4,032 13 2,160 3,012 21 2,080 2,831 29 2,045 2,756
06 2,447 3,707 14 2,145 2,977 22 2,074 2,819 30 2,042 2,750
07 2,365 3,499 15 2,131 2,947 23 2,069 2,807 40 2,021 2,704
08 2,306 3,355 16 2,120 2,921 24 2,064 2,797 60 2,000 2,660
120 1,980 2,617
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60
3o. Caso: O técnico de futebol de salão deseja comparar os resultados médios de um teste
Vai e Vem, realizado pela sua equipe no início da fase de treinamento (1 o. teste) e após 2 meses
de treinamento (2o. teste).
FÓRMULA -3
X1 X2 X1 - X2 D2

X X =

1o. Passo: Cálculo do desvio padrão da diferença.


s=  D2 - (X1 - X2)2
N

s=

2o. Passo: Cálculo da razão “t”.

t = X1 - X2 x ( N - 1 )

s
t=
3o. Passo: Determinação do valor de “t” na tabela.
g1 = 0,05 = 0,01 =

4o. Passo: Comparação da razão “t” (calculado) com o valor de “t” tabelado.

Valores de "t" aos níveis de significância de 0,05 e 0,01


Gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01
01 12,702 63,657 09 2,262 3,250 17 2,110 2,898 25 2,060 2,787
02 4,303 9,925 10 2,228 3,169 18 2,101 2,878 26 2,056 2,779
03 3,182 5,841 11 2,201 3,106 19 2,093 2,861 27 2,052 2,771
04 2,771 4,604 12 2,179 3,055 20 2,086 2,845 28 2,048 2,763
05 2,571 4,032 13 2,160 3,012 21 2,080 2,831 29 2,045 2,756
06 2,447 3,707 14 2,145 2,977 22 2,074 2,819 30 2,042 2,750
07 2,365 3,499 15 2,131 2,947 23 2,069 2,807 40 2,021 2,704
08 2,306 3,355 16 2,120 2,921 24 2,064 2,797 60 2,000 2,660
120 1,980 2,617
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61

POSTO PERCENTIL
Escores percentis, são pontos estimados de uma distribuição de freqüência que determina uma
dada porcentagem de sujeitos que apresentam escores brutos acima ou abaixo deles.
“Realizei o teste de Vai e Vem até o oitavo estágio”. Qual será minha classificação? Esta
pergunta normalmente é feita por todos aqueles que são submetidos a uma avaliação. Como
respondê-la é a preocupação comum de professores de educação física, técnicos desportivos e
profissionais que atuam nas diversas áreas de atividade física. O objetivo deste trabalho é propor
a utilização de um método estatístico-Posto Percentil como solução para tais situações. Os
postos percentis são os melhores indicadores de posição real do indivíduo em sua classe e
podem ser determinados utilizando-se a média e o desvio padrão dos resultados encontrados
pelo grupo em estudo, de acordo com o seguinte procedimento:
1. levar em consideração a idade da pessoa e os valores de referência da população (média
“x” e desvio padrão “S ±” );
2. idade e sexo que queremos comparar.
Considerando que a média dos valores para ambos os sexos estão no quadro abaixo, calcule os
postos percentis e classifique essa pessoa, considerando a idade e sexos.

Fórmula para classificar os escores derivados de percentis para variáveis de


desempenho motor
P5 = 1,64 x dp - média P10 = 1,38 x DP - média P25 = 0,67 x dp - média
P95 = 1,64 x dp + média P90 = 1,38 x dp + média P75 = 0,67 x dp + média
P99 = 3,00 x dp + média
dp = desvio padrão da referência média =média da referência
Delta % (Maturação Funcional) = valor médio de cada idade / valor médio dos 18 anos
Estimativas de média , desvio padrão e distribuição de percentis dos resultados do teste VO2 de
Pico (l/min) administrado em crianças e adolescentes do sexo masculino.
Faixa Média Desvio Delta % P5 P10 P25 P50 P75 P90 P95 P99
etária padrão
10 1,48 0,23 1,48
11 1,45 0,28 1,45
12 1,56 0,33 1,56
13 1,97 0,47 1,97
14 1,99 0,51 1,99
15 2,26 0,51 2,26
16 2,56 0,48 2,56
17 2,81 0,29 2,81
18 2,83 0,47 100,00 2,83
Estimativas de média , desvio padrão e distribuição de percentis dos resultados do teste VO2
de PICO (mlkg//min) administrado em crianças e adolescentes do sexo masculino.

Faixa Média Desvio Delta % P5 P10 P25 P50 P75 P90 P95 P99
padrão
etária
10 43,66 9,57 43,66
11 39,55 9,26 39,55
12 38,45 9,28 38,45
13 42,72 8,34 42,72
14 40,21 7,84 40,21
15 42,88 10,01 42,88
16 41,45 6,79 41,45
17 43,94 5,68 43,94
18 44,58 7,65 100,00 44,58
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62

Fórmula para classificar os escores derivados de percentis para variáveis de


desempenho motor
P5 = 1,64 x dp - média P10 = 1,38 x DP - média P25 = 0,67 x dp - média
P95 = 1,64 x dp + média P90 = 1,38 x dp + média P75 = 0,67 x dp + média
P99 = 3,00 x dp + média
dp = desvio padrão da referência média =média da referência
Delta % (Maturação Funcional) = valor médio de cada idade / valor médio dos 18 anos
Estimativas de média , desvio padrão e distribuição de percentis dos resultados do teste VO2 de
PICO (l/min) administrado em crianças e adolescentes do sexo feminino.
Faixa Média Desvio Delta % P5 P10 P25 P50 P75 P90 P95 P99
etária padrão
10 1,44 0,23 1,44

11 1,42 0,22 1,42

12 1,53 0,31 1,53

13 1,77 0,33 1,77

14 1,62 0,34 1,62

15 1,75 0,42 1,75

16 1,82 0,47 1,82

17 1,82 0,38 1,82

18 1,70 0,39 100,00 1,70

Estimativas de média , desvio padrão e distribuição de percentis dos resultados do teste VO2 de
PICO (mlkg//min) administrado em crianças e adolescentes do sexo feminino.

Faixa Média Desvio Delta % P5 P10 P25 P50 P75 P90 P95 P99
etária padrão
10 46,33 8,36 46,33

11 35,62 7,69 35,62

12 35,00 9,41 35,00

13 35,74 6,26 35,74

14 31,63 7,22 31,63

15 33,81 8,51 33,81

16 32,61 6,96 32,61

17 32,91 5,83 32,91

18 31,40 8,96 100,00 31,40


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63
ESCORE Z

A análise Z possibilita a comparação de indivíduos de deferentes idades, sexo, nível de aptidão


física, sempre usando como referência o grupo da mesma idade e sexo. Assim, um menino de 13
anos de idade cronológica será comparado com o grupo-padrão de referência, o grupo de 13
anos de idade do sexo masculino. Quando esse garoto completar 14 anos de idade será utilizado,
então, o padrão de referência 14 anos do mesmo sexo e assim por diante. Dessa forma
poderemos monitorizar seu crescimento, dado pelos valores absolutos, por exemplo, saltar 40
cm aos 13 anos e passar para 44 cm aos 14 anos, como também seu desenvolvimento, através
dos valores de Z, por exemplo, ter um Z de 1,0 aos 13 anos e de 1,5 aos 14 anos, significa
dizer que o menino não só cresceu como também desenvolveu, pois saltou de 40 para 44
cm e o Z de 1 foi para Z 1,5, tornando-se assim uma das técnicas mais simples, prática e ao
mesmo tempo precisa diferenciar crescimento de desenvolvimento, ou, ainda efeito de
crescimento de efeito de treinamento físico. Ele quer saber se terá chance de alcançar a seleção
nacional de voleibol, que salta em média 72 cm. Imaginando-se que o valor-padrão de referência
desta mesma idade (14 anos) seja 40 cm, com um desvio-padrão de referência desta mesma
idade de 2,0 cm, aplicando a fórmula do índice Z, verifica-se que o garoto se encontra a 2
desvios-padrões de referência acima da média. Agora se procura determinar o índice Z da
seleção nacional de voleibol. Imaginando que o valor padrão de referência para esse grupo
seja de 60 cm e o desvio-padrão de 3 cm, correspondendo a um índice Z de 4, compara-se,
então, o valor de Z do garoto ao do Z da seleção nacional, chega-se à conclusão que para
essa variável o garoto não apresenta perfil requerido para alcançar a seleção nacional. Como o
talento não é definido a partir de apenas uma variável de aptidão física, repetem-se o
procedimento com o conjunto das variáveis medidas, verificando-se até que ponto existe
similaridade entre o garoto e a seleção nacional, principalmente nas chamadas características
chaves, ou seja, aquelas que se afastam mais da média populacional.
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64

ESTRATÉGIA Z
Qual será o significado de um voleibolista de 14 anos que saltou que atingiu o consumo de
oxigênio de 44 ml.kg-1.min-1 e se encontra na fase púbere (referência da população de 14 anos
igual a 31,63 ml.kg-1.min-1 (média) e de 7,22 ml.kg-1.min-1 (desvio), sabendo que atleta da
seleção brasileira de volei salta em média 56,0 ml.kg-1.min-1 (referência da população de 18
anos é igual a 31,40 ml.kg-1.min-1 (média) e de 8,96 ml.kg-1.min-1 (desvio). Para análise da
questão faça os seguintes passos:
1. Localizar o Posto Percentil em que se encontra a atleta para cada idade;
2. Determinar a estratégia “Z” para adolescente de 14 anos comparado com a média da
população da mesma idade;
3. Determinar a estratégia “Z” para os dados extrapolados da criança aos 18 anos e
comparado com a média da população da mesma idade;
4. Determine a estratégia “Z” para atletas da Seleção Brasileira de Voleibol comparado com a
média da população de 18 anos.

 Segundo os resultados encontrados pela estratégia “Z”, responda se o/a adolescente tem
chance de atingir a Seleção Brasileira Adulta, com base no comportamento de crescimento da
variável antes durante e após o período em que ocorre o Pico de Velocidade de Estatura
(PVE).
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65
 ( ) Sim ( ) Não. Por que?
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66
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67
Apontar na curva representante da variável, a ordem cronológica de maturação da variável física e suas
implicações no treinamento físico entre os sexos

QUALIDADES IDADE EM ANOS


FÍSICAS 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16

♀ + + + ++ ++ ++ ++ ++ ++ +++
Resistência
Aeróbia x x x x x x x x xx xx xxx

1+ (início do treinamento – 1 a 2 x/sem)
Masculino x 2++ (treinamento metódico – 2 a 5 x/sem)
Feminino + 3+++ (treinamento para o rendimento; nº sessões condicionadas por
necessidades)
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68
MEDIDA DE RESISTÊNCIA MUSCULAR
Teste Abdominal
A - Objetivo: Medir indiretamente a força da musculatura abdominal através do
desempenho em flexionar e estender o quadril.
B - Material: 1 colaborador, 1 cronômetro com precisão de segundo. Material para
anotação.
C - Procedimento: O avaliado coloca-se em decúbito
dorsal com o quadril e joelhos flexionados, plantas dos pés no
solo. Os antebraços são cruzados sobre a face anterior do
tórax, com a palma das mãos voltadas para o mesmo, sobre o
corpo da mama e com o terceiro dedo da mão em direção ao
acrômio. Os braços devem permanecer em contato com o
tórax durante toda a execução dos movimentos.
Os pés são seguros por um colaborador para mantê-los
em contato com a área de teste (solo). Permite-se uma
distância tal entre os pés em que os mesmos se alinhem
dentro da distância do diâmetro bitrocanteriano.
O avaliador por contração da musculatura abdominal curva-se à posição sentada, pelo
menos até o nível em que ocorra o contato da face anterior dos antebraços com as coxas e o
avaliado retornando a posição inicial (deitado em decúbito dorsal) até que toque o solo pelo
menos a metade inferior das escápulas. O teste é iniciado com as palavras "Atenção!!! Já!!! e
é terminado com a palavra "Pare!!!". O número de movimentos executados corretamente em
60 segundos será o resultado. O cronômetro é acionado no "Já!!!" e é travado no "Pare!!!".
O repouso entre os movimentos é permitido e o avaliado deverá saber disso antes do
início do teste, entretanto, o objetivo do teste é tentar realizar o maior número de execuções
possíveis em 60 segundos.

D - Precauções:
1) Para maior conforto do avaliado o teste deve ser aplicado sobre uma área
confortável;
2) Verificar se o movimento foi completado corretamente.

Modelo de folha de protocolo


Número de repetições Avaliador
Abdominal
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Absoluto (kg) e Porcentagem de Maturação de Resistência Avaliação do Índice de Força – Resistência


Abdominal em escolares brasileiros Abdominal – critérios ZSApF PROESP
Homens Mulheres
Idade _ _
X S % X S % Idade Masculino Feminino
07 21,30 4,93 55,42 19,83 3,97 66,10 07 20 – 25 20 – 25
08 22,63 7,27 58,89 17,23 5,56 57,43 08 25 – 30 25 – 30
09 27,17 8,87 70,70 18,50 4,97 61,67 09 25 – 30 25 – 30
10 24,77 8,16 64,45 20,53 7,46 68,43 10 30 – 35 25 – 30
11 28,03 8,24 72,94 23,43 9,30 78,10 11 30 – 35 30 – 35
12 32,90 6,82 85,61 23,20 6,36 77,33 12 30 – 40 30 – 35
13 *33,67 7,69 87,61 25,97 7,75 86,56 13 35 – 40 30 – 35
14 *33,80 7,74 87,95 22,77 5,49 75,90 14 35 – 40 30 – 35
15 *40,97 6,35 06,45 29,20 5,57 97,33 15 40 – 45 30 – 35
16 *36,53 5,70 95,05 31,07 5,53 103,57 16 40 – 45 30 – 35
17 *38,43 6,17 100,00 30,00 5,53 100,00 17 40 – 45 30 – 35
* (p < 0,01) “t” Student. FITNESSGRAM (1992)

Figura. Curva de Resistência Abdominal em escolares brasileiros (MATSUDO, 1992).

45
Meninos
Meninas
40
Abdominal (nº repetições)

35

30

25

20

15
7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18

Idade
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70
Teste de Hipótese
“Será que minha equipe melhorou O VO2 máximo absoluto (l/min) e relativo ( ml.kg-1.min-1)
durante esta temporada?”
“Será que o VO2 máximo de meus alunos é maior que a dos alunos de outro colégio?”
O objetivo do teste de hipótese é o de comparar duas médias e determinar se a diferença
existente entre elas é significativa ou produto de um erro amostral, ou então mera casualidade.
1o. Caso:- O professor do colégio A deseja comparar os resultados médios dos alunos do
seu colégio no teste de Vai e Vem, com os resultados encontrados pelo professor do colégio B,
tendo as amostras o mesmo número de participantes;

FÓRMULA -1 t= X1 - X2 X1 = X2 =
1o. Passo: Cálculo da razão “t”. s1 = s2 =
(s1)2 + (s2)2 N1 = N2 =
N1 + N2 - 2 t=

2o. Passo: Determinação do valor de “t” na tabela.


gl = N1 + N2 - 2 0,05 = 0,01 =

3o. Passo: Comparar a razão “t” (calculado) com o valor de “t” tabelado.

Valores de "t" aos níveis de significância de 0,05 e 0,01


Gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01
01 12,702 63,657 09 2,262 3,250 17 2,110 2,898 25 2,060 2,787
02 4,303 9,925 10 2,228 3,169 18 2,101 2,878 26 2,056 2,779
03 3,182 5,841 11 2,201 3,106 19 2,093 2,861 27 2,052 2,771
04 2,771 4,604 12 2,179 3,055 20 2,086 2,845 28 2,048 2,763
05 2,571 4,032 13 2,160 3,012 21 2,080 2,831 29 2,045 2,756
06 2,447 3,707 14 2,145 2,977 22 2,074 2,819 30 2,042 2,750
07 2,365 3,499 15 2,131 2,947 23 2,069 2,807 40 2,021 2,704
08 2,306 3,355 16 2,120 2,921 24 2,064 2,797 60 2,000 2,660
120 1,980 2,617
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71
2o. Caso:- O técnico de voleibol deseja comparar o resultado médio do teste de Vai e Vem
com o resultado médio apresentado no mesmo teste por uma equipe de basquetebol, tendo a
amostra número diferentes de participantes;

FÓRMULA - 2
1o. Passo: Cálculo da razão “t”. X1 - X2
t=
X1 = X2 = N1 x (s1)2 + N2 x (s2)2 1 + 1
s1 = s2 = X
N1 = N2 = N1 + N2 -2 N1 N2
t=

2o. Passo: Determinar o valor de “t” na tabela.


gl = N1 + N2 – 2 0,05 = 0,01 =

3o. Passo: Comparar a razão “t” (calculado) com o valor de “t” tabelado.

Valores de "t" aos níveis de significância de 0,05 e 0,01


Gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01
01 12,702 63,657 09 2,262 3,250 17 2,110 2,898 25 2,060 2,787
02 4,303 9,925 10 2,228 3,169 18 2,101 2,878 26 2,056 2,779
03 3,182 5,841 11 2,201 3,106 19 2,093 2,861 27 2,052 2,771
04 2,771 4,604 12 2,179 3,055 20 2,086 2,845 28 2,048 2,763
05 2,571 4,032 13 2,160 3,012 21 2,080 2,831 29 2,045 2,756
06 2,447 3,707 14 2,145 2,977 22 2,074 2,819 30 2,042 2,750
07 2,365 3,499 15 2,131 2,947 23 2,069 2,807 40 2,021 2,704
08 2,306 3,355 16 2,120 2,921 24 2,064 2,797 60 2,000 2,660
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3o. Caso: O técnico de futebol de salão deseja comparar os resultados médios de um teste
Vai e Vem, realizado pela sua equipe no início da fase de treinamento (1 o. teste) e após 2 meses
de treinamento (2o. teste).
FÓRMULA -3
X1 X2 X1 - X2 D2

X1 X2 =

1o. Passo: Cálculo do desvio padrão da diferença.


s=  D2 - (X1 - X2)2
N

s=

2o. Passo: Cálculo da razão “t”.

t = X1 - X2 x ( N - 1 )

s
t=
3o. Passo: Determinação do valor de “t” na tabela.
g1 = 0,05 = 0,01 =

4o. Passo: Comparação da razão “t” (calculado) com o valor de “t” tabelado.

Valores de "t" aos níveis de significância de 0,05 e 0,01


Gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01
01 12,702 63,657 09 2,262 3,250 17 2,110 2,898 25 2,060 2,787
02 4,303 9,925 10 2,228 3,169 18 2,101 2,878 26 2,056 2,779
03 3,182 5,841 11 2,201 3,106 19 2,093 2,861 27 2,052 2,771
04 2,771 4,604 12 2,179 3,055 20 2,086 2,845 28 2,048 2,763
05 2,571 4,032 13 2,160 3,012 21 2,080 2,831 29 2,045 2,756
06 2,447 3,707 14 2,145 2,977 22 2,074 2,819 30 2,042 2,750
07 2,365 3,499 15 2,131 2,947 23 2,069 2,807 40 2,021 2,704
08 2,306 3,355 16 2,120 2,921 24 2,064 2,797 60 2,000 2,660
120 1,980 2,617
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73

POSTO PERCENTIL
Escores percentis, são pontos estimados de uma distribuição de freqüência que determina uma
dada porcentagem de sujeitos que apresentam escores brutos acima ou abaixo deles.
“Realizei o teste de Vai e Vem até o oitavo estágio”. Qual será minha classificação? Esta
pergunta normalmente é feita por todos aqueles que são submetidos a uma avaliação. Como
respondê-la é a preocupação comum de professores de educação física, técnicos desportivos e
profissionais que atuam nas diversas áreas de atividade física. O objetivo deste trabalho é propor
a utilização de um método estatístico-Posto Percentil como solução para tais situações. Os
postos percentis são os melhores indicadores de posição real do indivíduo em sua classe e
podem ser determinados utilizando-se a média e o desvio padrão dos resultados encontrados
pelo grupo em estudo, de acordo com o seguinte procedimento:
1. levar em consideração a idade da pessoa e os valores de referência da população (média
“x” e desvio padrão “S ±” );
2. idade e sexo que queremos comparar.
Considerando que a média dos valores para ambos os sexos estão no quadro abaixo, calcule os
postos percentis e classifique essa pessoa, considerando a idade e sexos.

Fórmula para classificar os escores derivados de percentis para variáveis de


desempenho motor
P5 = 1,64 x dp - média P10 = 1,38 x DP - média P25 = 0,67 x dp - média
P95 = 1,64 x dp + média P90 = 1,38 x dp + média P75 = 0,67 x dp + média
P99 = 3,00 x dp + média
dp = desvio padrão da referência média =média da referência
Delta % (Maturação Funcional) = valor médio de cada idade / valor médio dos 18 anos
Estimativas de média , desvio padrão e distribuição de percentis dos resultados do RES.
ABDOMINAL (repetição) administrado em crianças e adolescentes do sexo masculino.
Faixa Média Desvio Delta % P5 P10 P25 P50 P75 P90 P95 P99
etária padrão
10 21,30 4,93 21,30
11 22,63 7,27 22,63
12 27,17 8,87 27,17
13 24,77 8,16 24,77
14 28,03 8,24 28,03
15 32,90 6,82 32,90
16 33,67 7,69 33,67
17 33,80 7,74 100 33,80
Estimativas de média , desvio padrão e distribuição de percentis dos resultados do teste RES.
ABDOMINAL (repetição) administrado em crianças e adolescentes do sexo feminino.

Faixa Média Desvio Delta % P5 P10 P25 P50 P75 P90 P95 P99
etária padrão
10 19,83 3,97 19,83
11 17,23 5,56 17,23
12 18,50 4,97 18,50
13 20,53 7,46 20,53
14 23,43 9,30 23,43
15 23,20 6,36 23,20
16 25,97 7,75 25,97
17 22,77 5,49 22,77
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74
ESCORE Z

A análise Z possibilita a comparação de indivíduos de deferentes idades, sexo, nível de aptidão


física, sempre usando como referência o grupo da mesma idade e sexo. Assim, um menino de 13
anos de idade cronológica será comparado com o grupo-padrão de referência, o grupo de 13
anos de idade do sexo masculino. Quando esse garoto completar 14 anos de idade será utilizado,
então, o padrão de referência 14 anos do mesmo sexo e assim por diante. Dessa forma
poderemos monitorizar seu crescimento, dado pelos valores absolutos, por exemplo, saltar 40
cm aos 13 anos e passar para 44 cm aos 14 anos, como também seu desenvolvimento, através
dos valores de Z, por exemplo, ter um Z de 1,0 aos 13 anos e de 1,5 aos 14 anos, significa
dizer que o menino não só cresceu como também desenvolveu, pois saltou de 40 para 44
cm e o Z de 1 foi para Z 1,5, tornando-se assim uma das técnicas mais simples, prática e ao
mesmo tempo precisa diferenciar crescimento de desenvolvimento, ou, ainda efeito de
crescimento de efeito de treinamento físico. Ele quer saber se terá chance de alcançar a seleção
nacional de voleibol, que salta em média 72 cm. Imaginando-se que o valor-padrão de referência
desta mesma idade (14 anos) seja 40 cm, com um desvio-padrão de referência desta mesma
idade de 2,0 cm, aplicando a fórmula do índice Z, verifica-se que o garoto se encontra a 2
desvios-padrões de referência acima da média. Agora se procura determinar o índice Z da
seleção nacional de voleibol. Imaginando que o valor padrão de referência para esse grupo
seja de 60 cm e o desvio-padrão de 3 cm, correspondendo a um índice Z de 4, compara-se,
então, o valor de Z do garoto ao do Z da seleção nacional, chega-se à conclusão que para
essa variável o garoto não apresenta perfil requerido para alcançar a seleção nacional. Como o
talento não é definido a partir de apenas uma variável de aptidão física, repetem-se o
procedimento com o conjunto das variáveis medidas, verificando-se até que ponto existe
similaridade entre o garoto e a seleção nacional, principalmente nas chamadas características
chaves, ou seja, aquelas que se afastam mais da média populacional.
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75

ESTRATÉGIA Z
Qual será o significado de um voleibolista de 11 anos que conseguiu fazer 25 abdominais em um
minuto e uma voleibolista de 11 anos que conseguiu fazer 23 abdominais em um minuto, ambos
se encontra na fase pré-púbere (referência da população masculina de 11 anos 22,63 repetições
(média) e de 7,27 repetições (desvio) e a população feminina de 11 anos 17,23 repetições
(média) e de 5,56 repetições (desvio), sabendo que atleta da seleção brasileira masculina de
voleibol apresenta em média 55 repetições e a feminina 43 (referência da população masculina
de 18 anos é igual a 33,8 repetições (média) e de 7,71repetições (desvio) e a feminina 22,77
(média) repetições e de 5,49 repetições (desvio). Para análise da questão faça os seguintes
passos:
1. Localizar o Posto Percentil em que se encontra a atleta para cada idade;
2. Determinar a estratégia “Z” para adolescente de 11 anos comparado com a média da
população da mesma idade;
3. Determinar a estratégia “Z” para os dados extrapolados da criança aos 18 anos e
comparado com a média da população da mesma idade;
4. Determine a estratégia “Z” para atletas da Seleção Brasileira masculina e feminina de
Voleibol comparado com a média da população de 18 anos.

 Segundo os resultados encontrados pela estratégia “Z”, responda se o/a adolescente tem
chance de atingir a Seleção Brasileira Adulta, com base no comportamento de crescimento da
variável antes durante e após o período em que ocorre o Pico de Velocidade de Estatura
(PVE).
 ( ) Sim ( ) Não. Por que?
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76

Apontar na curva representante da variável, a ordem cronológica de maturação da variável física e suas
implicações no treinamento físico entre os sexos
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77

MEDIDA DE POTÊNCIA MUSCULAR


Teste de Impulsão Vertical
A - Objetivo: Medir indiretamente a força muscular de membros através do desempenho
em se impulsionar verticalmente.
B - Material: 1 fita métrica de metal ou tecido fixada verticalmente, de maneira descendente,
onde a marca zero deve ficar no ponto mais alto da parede. Pó de giz ou magnésio. 1 cadeira (45
cm). Material para anotação.
C - Procedimento:
1) Impulsão vertical sem auxílio dos membros superiores (MMSS): O avaliado coloca-se
em pé, calcanhares no solo, pés paralelos, corpo lateralmente à parede com os MMSS elevados
verticalmente. Considera-se como ponto de referência a extremidade mais distal das polpas
digitais da mão dominante comparada a fita métrica. Após a determinação do ponto de referência
o avaliado afasta-se, no sentido lateral, ligeiramente da parede, para poder realizar a série de três
saltos, mantendo-se no entanto com os MMSS elevados verticalmente. Obedecendo a voz de
comando "Atenção!!! Já!!!" ele executa o salto tendo como objetivo tocar as polpas digitais, da
mão dominante, que deverão estar marcadas com pó de giz ou magnésio, no ponto mais alto da
fita métrica. Durante o movimento o braço oposto deverá se manter constantemente na posição
de partida, ou seja, elevado.
2) Impulsão vertical com auxílio dos MMSS: A mesma posição
deverá ser seguida para determinação do ponto de referência, porém
somente o braço dominante deverá ser elevado verticalmente. Após
isto, o avaliado afasta-se, no sentido lateral. Ligeiramente da parede
para poder realizar a serie de três saltos, sendo-lhe permitido a
movimentação de braços e tronco. Através da voz de comando
"Atenção!!! Já!!!" ele executa o salto, tendo como objetivo tocar o ponto
mais alto da fita métrica com a mão dominante. Deverão ser
registradas, além do ponto de referência, as marcas atingidas pelo
avaliado a cada série de saltos nos dois métodos. O deslocamento
vertical é dado em centímetros, pela diferença da melhor marca
atingida e do ponto de referência em cada um dos métodos.

Por exemplo: O avaliado ao se colocar na posição inicial toca o ponto 112 da fita métrica.
Este é o ponto de referência. Durante a série de saltos atinge, respectivamente os pontos 76 - 79
- 73. Como a fita está no sentido descendente, a melhor marca atingida será o ponto 73. Para
obter o resultado faz-se a subtração 112 -73 = 39. Este valor corresponde ao deslocamento
vertical em centímetros. Calcula-se este resultado para ambos os métodos.
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78
D - Precauções:
1) Invalidar o salto que for precedido de marcha, corrida ou outro salto ou ainda a
movimentação dos braços quando esta não for permitida.
2) Verificar se o avaliado mantém o membro superior efetivamente elevado, sem flexões de
quadril, joelho ou tornozelo, no momento da determinação do ponto de referência.
3) Atenção quanto às determinações dos pontos de referência, visto que, entre as posições
com os dois braços elevados e com um braço elevado raramente ocorrem diferenças superiores a
dois centímetros.
4) Observar que o avaliador fique sobre uma cadeira para melhor visualização dos resultados. Modelo
de folha de protocolo
Referência 1º salto 2º salto 3º salto Resultado Avaliador
Impulsão
S/2
Vertical
Com

Valores Absolutos(cm) e Porcentagem de Maturação de Valores Absolutos (cm) e Porcentagem de Maturação de


Impulsão Vertical Sem Ajuda dos Braços em escolares Impulsão Vertical Com Ajuda dos Braços em escolares
brasileiros brasileiros
Homens Mulheres Homens Mulheres
Idade _ _ _ _
Idade
X S % X S % X S % X S %
07 18,43 2,95 55,60 19,07 3,91 73,10 07 21,23 4,61 49,90 20,97 4,20 69,70
08 20,17 4,22 60,90 21,90 4,05 83,90 08 22,90 5,09 53,80 23,90 4,54 79,40
09 22,87 3,73 69,00 20,23 3,65 77,50 09 26,60 3,52 62,50 23,03 4,07 76,51
10 21,90 4,62 66,10 22,87 3,56 87,62 10 25,37 5,34 59,60 25,77 4,32 85,60
11 *25,45 3,96 76,80 22,82 3,38 87,43 11 *30,00 4,36 70,47 25,90 4,36 86,05
12 *26,27 4,49 79,29 23,45 3,62 89,85 12 *32,42 5,50 76,16 28,05 4,57 93,19
13 *28,07 4,53 84,73 25,47 3,54 97,59 13 *35,32 5,64 83,00 30,27 4,33 100,56
14 *30,25 5,06 91,31 24,25 4,40 92,91 14 *38,37 6,24 90,13 28,38 5,16 94,28
15 *34,20 5,03 103,23 27,30 4,55 104,60 15 *42,53 6,57 99,90 32,12 5,05 106,70
16 *34,90 5,76 105,34 27,48 4,15 105,29 16 *43,53 6,29 102,25 32,03 5,36 106,40
17 *34,77 5,64 104,94 27,53 3,92 105,48 17 *43,07 5,72 101,20 33,07 4,03 109,87
18 *33,13 4,61 100,00 26,10 4,09 100,00 18 *42,57 4,62 100,00 30,10 4,07 100,00
* (p < 0,05) “t” Student. * (p < 0,05) “t” Student.

Figura. Curva de Impulsão Vertical sem Auxílio dos Braços (cm) em escolares
brasileiros (MATSUDO, 1992).

34 Meninos
Meninas
32
IV S /2 ( c m )

30

28

26

24

22

20

18
7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18

Idade

. Curva de Impulsão Vertical com Auxílio dos Braços (cm) em escolares brasileiros
(MATSUDO, 1992).
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79

45
Meninos
Meninas
40
IV C /2 (c m )

35

30

25

20
7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18

Idade
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80
Teste de Hipótese
“Será que minha equipe melhorou O VO2 máximo absoluto (l/min) e relativo ( ml.kg-1.min-1)
durante esta temporada?”
“Será que o VO2 máximo de meus alunos é maior que a dos alunos de outro colégio?”
O objetivo do teste de hipótese é o de comparar duas médias e determinar se a diferença
existente entre elas é significativa ou produto de um erro amostral, ou então mera casualidade.
1o. Caso:- O professor do colégio A deseja comparar os resultados médios dos alunos do
seu colégio no teste de Vai e Vem, com os resultados encontrados pelo professor do colégio B,
tendo as amostras o mesmo número de participantes;

FÓRMULA -1 t= X1 - X2 X1 = X2 =
1o. Passo: Cálculo da razão “t”. s1 = s2 =
(s1)2 + (s2)2 N1 = N2 =
N1 + N2 - 2 t=

2o. Passo: Determinação do valor de “t” na tabela.


gl = N1 + N2 - 2 0,05 = 0,01 =

3o. Passo: Comparar a razão “t” (calculado) com o valor de “t” tabelado.

Valores de "t" aos níveis de significância de 0,05 e 0,01


Gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01
01 12,702 63,657 09 2,262 3,250 17 2,110 2,898 25 2,060 2,787
02 4,303 9,925 10 2,228 3,169 18 2,101 2,878 26 2,056 2,779
03 3,182 5,841 11 2,201 3,106 19 2,093 2,861 27 2,052 2,771
04 2,771 4,604 12 2,179 3,055 20 2,086 2,845 28 2,048 2,763
05 2,571 4,032 13 2,160 3,012 21 2,080 2,831 29 2,045 2,756
06 2,447 3,707 14 2,145 2,977 22 2,074 2,819 30 2,042 2,750
07 2,365 3,499 15 2,131 2,947 23 2,069 2,807 40 2,021 2,704
08 2,306 3,355 16 2,120 2,921 24 2,064 2,797 60 2,000 2,660
120 1,980 2,617
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81
2o. Caso:- O técnico de voleibol deseja comparar o resultado médio do teste de Vai e Vem
com o resultado médio apresentado no mesmo teste por uma equipe de basquetebol, tendo a
amostra número diferentes de participantes;

FÓRMULA - 2
1o. Passo: Cálculo da razão “t”. X1 - X2
t=
X1 = X2 = N1 x (s1)2 + N2 x (s2)2 1 + 1
s1 = s2 = X
N1 = N2 = N1 + N2 -2 N1 N2
t=

2o. Passo: Determinar o valor de “t” na tabela.


gl = N1 + N2 – 2 0,05 = 0,01 =

3o. Passo: Comparar a razão “t” (calculado) com o valor de “t” tabelado.

Valores de "t" aos níveis de significância de 0,05 e 0,01


Gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01
01 12,702 63,657 09 2,262 3,250 17 2,110 2,898 25 2,060 2,787
02 4,303 9,925 10 2,228 3,169 18 2,101 2,878 26 2,056 2,779
03 3,182 5,841 11 2,201 3,106 19 2,093 2,861 27 2,052 2,771
04 2,771 4,604 12 2,179 3,055 20 2,086 2,845 28 2,048 2,763
05 2,571 4,032 13 2,160 3,012 21 2,080 2,831 29 2,045 2,756
06 2,447 3,707 14 2,145 2,977 22 2,074 2,819 30 2,042 2,750
07 2,365 3,499 15 2,131 2,947 23 2,069 2,807 40 2,021 2,704
08 2,306 3,355 16 2,120 2,921 24 2,064 2,797 60 2,000 2,660
120 1,980 2,617
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82
3o. Caso: O técnico de futebol de salão deseja comparar os resultados médios de um teste
Vai e Vem, realizado pela sua equipe no início da fase de treinamento (1 o. teste) e após 2 meses
de treinamento (2o. teste).
FÓRMULA -3
X1 X2 X1 - X2 D2

X1 X2 =

1o. Passo: Cálculo do desvio padrão da diferença.


s=  D2 - (X1 - X2)2
N

s=

2o. Passo: Cálculo da razão “t”.

t = X1 - X2 x ( N - 1 )

s
t=
3o. Passo: Determinação do valor de “t” na tabela.
g1 = 0,05 = 0,01 =

4o. Passo: Comparação da razão “t” (calculado) com o valor de “t” tabelado.

Valores de "t" aos níveis de significância de 0,05 e 0,01


Gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01
01 12,702 63,657 09 2,262 3,250 17 2,110 2,898 25 2,060 2,787
02 4,303 9,925 10 2,228 3,169 18 2,101 2,878 26 2,056 2,779
03 3,182 5,841 11 2,201 3,106 19 2,093 2,861 27 2,052 2,771
04 2,771 4,604 12 2,179 3,055 20 2,086 2,845 28 2,048 2,763
05 2,571 4,032 13 2,160 3,012 21 2,080 2,831 29 2,045 2,756
06 2,447 3,707 14 2,145 2,977 22 2,074 2,819 30 2,042 2,750
07 2,365 3,499 15 2,131 2,947 23 2,069 2,807 40 2,021 2,704
08 2,306 3,355 16 2,120 2,921 24 2,064 2,797 60 2,000 2,660
120 1,980 2,617
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83
POSTO PERCENTIL
Escores percentis, são pontos estimados de uma distribuição de freqüência que determina uma
dada porcentagem de sujeitos que apresentam escores brutos acima ou abaixo deles.
“Realizei o teste de Vai e Vem até o oitavo estágio”. Qual será minha classificação? Esta
pergunta normalmente é feita por todos aqueles que são submetidos a uma avaliação. Como
respondê-la é a preocupação comum de professores de educação física, técnicos desportivos e
profissionais que atuam nas diversas áreas de atividade física. O objetivo deste trabalho é propor
a utilização de um método estatístico-Posto Percentil como solução para tais situações. Os
postos percentis são os melhores indicadores de posição real do indivíduo em sua classe e
podem ser determinados utilizando-se a média e o desvio padrão dos resultados encontrados
pelo grupo em estudo, de acordo com o seguinte procedimento:
1. levar em consideração a idade da pessoa e os valores de referência da população (média
“x” e desvio padrão “S ±” );
2. idade e sexo que queremos comparar.
Considerando que a média dos valores para ambos os sexos estão no quadro abaixo, calcule os
postos percentis e classifique essa pessoa, considerando a idade e sexos.
Fórmula para classificar os escores derivados de percentis para variáveis de
desempenho motor
P5 = 1,64 x dp - média P10 = 1,38 x DP - média P25 = 0,67 x dp - média
P95 = 1,64 x dp + média P90 = 1,38 x dp + média P75 = 0,67 x dp + média
P99 = 3,00 x dp + média
dp = desvio padrão da referência média =média da referência
Delta % (Maturação Funcional) = valor médio de cada idade / valor médio dos 18 anos
Estimativas de média , desvio padrão e distribuição de percentis dos resultados da IVS/2 (cm)
administrado em crianças e adolescentes do sexo masculino.
Faixa Média Desvio Delta % P5 P10 P25 P50 P75 P90 P95 P99
etária padrão
07 18,43 2,95 18,43
08 20,17 4,22 20,17
09 22,87 3,73 22,87
10 21,90 4,62 21,90
11 25,45 3,96 25,45
12 26,27 4,49 26,27
13 28,07 4,53 28,07
14 30,25 5,06 30,25
15 34,20 5,03 34,20
16 34,90 5,76 34,90
17 34,77 5,64 34,77
18 33,13 4,61 100 33,13
Estimativas de média , desvio padrão e distribuição de percentis dos resultados do teste IVS/2 braços (cm)
administrado em crianças e adolescentes do sexo feminino.
Faixa Média Desvio Delta % P5 P10 P25 P50 P75 P90 P95 P99
etária padrão
07 19,07 3,91 19,07
08 21,90 4,05 21,90
09 20,23 3,65 20,23
10 22,87 3,56 22,87
11 22,82 3,38 22,82
12 23,45 3,62 23,45
13 25,47 3,54 25,47
14 24,25 4,40 24,25
15 27,30 4,55 27,30
16 27,48 4,15 27,48
17 27,53 3,92 27,53
18 26,10 4,09 100 26,10
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84

Fórmula para classificar os escores derivados de percentis para variáveis de


desempenho motor
P5 = 1,64 x dp - média P10 = 1,38 x DP - média P25 = 0,67 x dp - média
P95 = 1,64 x dp + média P90 = 1,38 x dp + média P75 = 0,67 x dp + média
P99 = 3,00 x dp + média
dp = desvio padrão da referência média =média da referência
Delta % (Maturação Funcional) = valor médio de cada idade / valor médio dos 18 anos
Estimativas de média , desvio padrão e distribuição de percentis dos resultados do IVC/2 dos
braços (cm) administrado em crianças e adolescentes do sexo masculino.
Faixa Média Desvio Delta % P5 P10 P25 P50 P75 P90 P95 P99
etária padrão
07 21,23 4,61 21,23

08 22,90 5,09 22,90

09 26,60 3,52 26,60

10 25,37 5,34 25,37

11 30,00 4,36 30,00

12 32,42 5,50 32,42

13 35,32 5,64 35,32

14 38,37 6,24 38,37

15 42,53 6,57 42,53

16 43,53 6,29 43,53

17 43,07 5,72 43,07

18 42,57 4,62 100 42,57

Estimativas de média , desvio padrão e distribuição de percentis dos resultados do teste IVC/2
dos braços (cm) administrado em crianças e adolescentes do sexo feminino.
Faixa Média Desvio Delta % P5 P10 P25 P50 P75 P90 P95 P99
padrão
etária
07 20,97 4,20 20,97

08 23,90 4,54 23,90

09 23,03 4,07 23,03

10 25,77 4,32 25,77

11 25,90 4,36 25,90

12 28,05 4,57 28,05

13 30,27 4,33 30,27

14 28,38 5,16 28,38

15 32,12 5,05 32,12

16 32,03 5,36 32,03

17 33,07 4,03 33,07

18 30,10 4,07 100 30,10


12 anos
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85
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86
ESCORE Z

A análise Z possibilita a comparação de indivíduos de deferentes idades, sexo, nível de aptidão


física, sempre usando como referência o grupo da mesma idade e sexo. Assim, um menino de 13
anos de idade cronológica será comparado com o grupo-padrão de referência, o grupo de 13
anos de idade do sexo masculino. Quando esse garoto completar 14 anos de idade será utilizado,
então, o padrão de referência 14 anos do mesmo sexo e assim por diante. Dessa forma
poderemos monitorizar seu crescimento, dado pelos valores absolutos, por exemplo, saltar 40
cm aos 13 anos e passar para 44 cm aos 14 anos, como também seu desenvolvimento, através
dos valores de Z, por exemplo, ter um Z de 1,0 aos 13 anos e de 1,5 aos 14 anos, significa
dizer que o menino não só cresceu como também desenvolveu, pois saltou de 40 para 44
cm e o Z de 1 foi para Z 1,5, tornando-se assim uma das técnicas mais simples, prática e ao
mesmo tempo precisa diferenciar crescimento de desenvolvimento, ou, ainda efeito de
crescimento de efeito de treinamento físico. Ele quer saber se terá chance de alcançar a seleção
nacional de voleibol, que salta em média 72 cm. Imaginando-se que o valor-padrão de referência
desta mesma idade (14 anos) seja 40 cm, com um desvio-padrão de referência desta mesma
idade de 2,0 cm, aplicando a fórmula do índice Z, verifica-se que o garoto se encontra a 2
desvios-padrões de referência acima da média. Agora se procura determinar o índice Z da
seleção nacional de voleibol. Imaginando que o valor padrão de referência para esse grupo
seja de 60 cm e o desvio-padrão de 3 cm, correspondendo a um índice Z de 4, compara-se,
então, o valor de Z do garoto ao do Z da seleção nacional, chega-se à conclusão que para
essa variável o garoto não apresenta perfil requerido para alcançar a seleção nacional. Como o
talento não é definido a partir de apenas uma variável de aptidão física, repetem-se o
procedimento com o conjunto das variáveis medidas, verificando-se até que ponto existe
similaridade entre o garoto e a seleção nacional, principalmente nas chamadas características
chaves, ou seja, aquelas que se afastam mais da média populacional.
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87

ESTRATÉGIA Z
Qual será o significado de um voleibolista de 12 anos que saltou 45 cm em Impulsão Vertical Com
Auxílio dos Braços e se encontra na fase pré-púbere (referência da população de 12 anos igual a
32,42(média) e de 5,50 (desvio), sabendo que atleta da seleção brasileira de volei salta em
média 67,7 cm (referência da população de 18 anos é igual a 42,57 cm (média) e de 4,62 cm
(desvio). Para análise da questão faça os seguintes passos:
5. Localizar o Posto Percentil em que se encontra a atleta para cada idade;
6. Determinar a estratégia “Z” para adolescente de 12 anos comparado com a média da
população da mesma idade;
7. Determinar a estratégia “Z” para os dados extrapolados da criança aos 18 anos e
comparado com a média da população da mesma idade;
8. Determine a estratégia “Z” para atletas da Seleção Brasileira de Voleibol comparado com a
média da população de 18 anos.

 Segundo os resultados encontrados pela estratégia “Z”, responda se o/a adolescente tem
chance de atingir a Seleção Brasileira Adulta, com base no comportamento de crescimento da
variável antes durante e após o período em que ocorre o Pico de Velocidade de Estatura
(PVE).
 ( ) Sim ( ) Não. Por que?
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88
Teste de Impulsão Horizontal
A - Objetivo: Medir indiretamente a força muscular de membros inferiores através do
desempenho em se impulsionar horizontalmente.
B - Material: Fita métrica de metal ou tecido fixada ao solo, 1 esquadro de madeira. Material
para anotação.
C - Procedimento: O avaliado coloca-se com os pés paralelos no ponto de partida (linha
zero da fita métrica fixada ao solo). Através da voz de comando "Atenção!!! Já!!!" o avaliado deve
saltar no sentido horizontal, com impulsão simultânea das pernas, objetivando atingir o ponto
mais distante da fita métrica. É permitido a movimentação livre de braços e tronco. Serão
realizadas três tentativas, registrando-se as marcas atingidas pela parte posterior do pé
(calcanhar) que mais se aproximar do ponto de partida. Prevalecendo a que indicar a maior
distância percorrida no plano horizontal.
Para pessoas com deficiência intelectual, após aplicar o teste de impulsão convencional,
colocar como ponto de referência um arco na melhor distância atingida pelo deficiente e aplicar
mais três vezes o salto. Se o atleta consegue no primeiro salto melhorar sua marca, deve-se
colocar o arco à frente da nova medida. Quando o deficiente tiver a compreensão do salto, não há
mais necessidade de colocar o arco como ponto de referência.
D – Precauções
1) Invalidar o salto que for precedido de marcha, corrida, outro salto ou deslize após a
queda.

Realização do teste de IHConvencional. Identificação do resultado de IHConvencional

Posicionamento do arco para o teste de IHAdaptado. Realização do teste de IHAdaptado.

Modelo de folha de protocolo


Tentativas 1º salto 2º salto 3º salto Avaliador
Impulsão Horizontal Convencional
Impulsão Horizontal Adaptado
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Valores Absolutos(cm) e Porcentagem de Maturação de Impulsão Horizontal em escolares brasileiros
Homens Mulheres
Idade _ _
X S % X S %
07 138,70 17,94 62,30 126,53 22,62 74,50
08 150,40 16,32 67,60 138,83 16,47 81,70
09 163,23 14,60 74,60 140,13 14,67 82,50
10 162,37 17,83 72,90 150,73 16,41 88,70
11 *177,40 17,65 79,70 147,15 16,02 86,60
12 *183,70 16,99 85,50 151,62 14,41 91,50
13 *191,87 20,59 90,40 163,35 16,32 94,70
14 *203,15 22,30 93,60 158,92 16,39 95,50
15 *206,48 21,61 92,90 164,43 19,24 96,78
16 *211,67 24,35 95,40 170,63 18,33 100,43
17 *225,73 18,34 101,40 168,80 14,56 99,40
18 *222,60 20,62 100,00 169,90 16,14 100,00
* (p < 0,05) “t” Student

Figura. Curva de Impulsão Horizontal (cm) em escolares brasileiros (MATSUDO, 1992).

Meninos
220
Meninas

200
IH (cm)

180

160

140

120
7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18

Idade
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90

Teste de Hipótese
“Será que minha equipe melhorou O VO2 máximo absoluto (l/min) e relativo ( ml.kg-1.min-1)
durante esta temporada?”
“Será que o VO2 máximo de meus alunos é maior que a dos alunos de outro colégio?”
O objetivo do teste de hipótese é o de comparar duas médias e determinar se a diferença
existente entre elas é significativa ou produto de um erro amostral, ou então mera casualidade.
1o. Caso:- O professor do colégio A deseja comparar os resultados médios dos alunos do
seu colégio no teste de Vai e Vem, com os resultados encontrados pelo professor do colégio B,
tendo as amostras o mesmo número de participantes;

FÓRMULA -1 t= X1 - X2 X1 = X2 =
1 . Passo: Cálculo da razão “t”.
o s1 = s2 =
(s1)2 + (s2)2 N1 = N2 =
N1 + N2 - 2 t=

2o. Passo: Determinação do valor de “t” na tabela.


gl = N1 + N2 - 2 0,05 = 0,01 =

3o. Passo: Comparar a razão “t” (calculado) com o valor de “t” tabelado.

Valores de "t" aos níveis de significância de 0,05 e 0,01


Gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01
01 12,702 63,657 09 2,262 3,250 17 2,110 2,898 25 2,060 2,787
02 4,303 9,925 10 2,228 3,169 18 2,101 2,878 26 2,056 2,779
03 3,182 5,841 11 2,201 3,106 19 2,093 2,861 27 2,052 2,771
04 2,771 4,604 12 2,179 3,055 20 2,086 2,845 28 2,048 2,763
05 2,571 4,032 13 2,160 3,012 21 2,080 2,831 29 2,045 2,756
06 2,447 3,707 14 2,145 2,977 22 2,074 2,819 30 2,042 2,750
07 2,365 3,499 15 2,131 2,947 23 2,069 2,807 40 2,021 2,704
08 2,306 3,355 16 2,120 2,921 24 2,064 2,797 60 2,000 2,660
120 1,980 2,617
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91
2o. Caso:- O técnico de voleibol deseja comparar o resultado médio do teste de Vai e Vem
com o resultado médio apresentado no mesmo teste por uma equipe de basquetebol, tendo a
amostra número diferentes de participantes;

FÓRMULA - 2
1o. Passo: Cálculo da razão “t”. X1 - X2
t=
X1 = X2 = N1 x (s1)2 + N2 x (s2)2 1 + 1
s1 = s2 = X
N1 = N2 = N1 + N2 - 2 N1 N2
t=

2o. Passo: Determinar o valor de “t” na tabela.


gl = N1 + N2 – 2 0,05 = 0,01 =

3o. Passo: Comparar a razão “t” (calculado) com o valor de “t” tabelado.

Valores de "t" aos níveis de significância de 0,05 e 0,01


Gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01
01 12,702 63,657 09 2,262 3,250 17 2,110 2,898 25 2,060 2,787
02 4,303 9,925 10 2,228 3,169 18 2,101 2,878 26 2,056 2,779
03 3,182 5,841 11 2,201 3,106 19 2,093 2,861 27 2,052 2,771
04 2,771 4,604 12 2,179 3,055 20 2,086 2,845 28 2,048 2,763
05 2,571 4,032 13 2,160 3,012 21 2,080 2,831 29 2,045 2,756
06 2,447 3,707 14 2,145 2,977 22 2,074 2,819 30 2,042 2,750
07 2,365 3,499 15 2,131 2,947 23 2,069 2,807 40 2,021 2,704
08 2,306 3,355 16 2,120 2,921 24 2,064 2,797 60 2,000 2,660
120 1,980 2,617
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3o. Caso: O técnico de futebol de salão deseja comparar os resultados médios de um teste
Vai e Vem, realizado pela sua equipe no início da fase de treinamento (1 o. teste) e após 2 meses
de treinamento (2o. teste).
FÓRMULA -3
X1 X2 X1 - X2 D2

X1 X2 =

1o. Passo: Cálculo do desvio padrão da diferença.


s=  D2 - (X1 - X2)2
N

s=

2o. Passo: Cálculo da razão “t”.

t = X1 - X2 x ( N - 1 )

s
t=
3o. Passo: Determinação do valor de “t” na tabela.
g1 = 0,05 = 0,01 =

4o. Passo: Comparação da razão “t” (calculado) com o valor de “t” tabelado.

Valores de "t" aos níveis de significância de 0,05 e 0,01


Gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01
01 12,702 63,657 09 2,262 3,250 17 2,110 2,898 25 2,060 2,787
02 4,303 9,925 10 2,228 3,169 18 2,101 2,878 26 2,056 2,779
03 3,182 5,841 11 2,201 3,106 19 2,093 2,861 27 2,052 2,771
04 2,771 4,604 12 2,179 3,055 20 2,086 2,845 28 2,048 2,763
05 2,571 4,032 13 2,160 3,012 21 2,080 2,831 29 2,045 2,756
06 2,447 3,707 14 2,145 2,977 22 2,074 2,819 30 2,042 2,750
07 2,365 3,499 15 2,131 2,947 23 2,069 2,807 40 2,021 2,704
08 2,306 3,355 16 2,120 2,921 24 2,064 2,797 60 2,000 2,660
120 1,980 2,617
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93

POSTO PERCENTIL
Escores percentis, são pontos estimados de uma distribuição de freqüência que determina uma
dada porcentagem de sujeitos que apresentam escores brutos acima ou abaixo deles.
“Realizei o teste de Vai e Vem até o oitavo estágio”. Qual será minha classificação? Esta
pergunta normalmente é feita por todos aqueles que são submetidos a uma avaliação. Como
respondê-la é a preocupação comum de professores de educação física, técnicos desportivos e
profissionais que atuam nas diversas áreas de atividade física. O objetivo deste trabalho é propor
a utilização de um método estatístico-Posto Percentil como solução para tais situações. Os
postos percentis são os melhores indicadores de posição real do indivíduo em sua classe e
podem ser determinados utilizando-se a média e o desvio padrão dos resultados encontrados
pelo grupo em estudo, de acordo com o seguinte procedimento:
1. levar em consideração a idade da pessoa e os valores de referência da população (média
“x” e desvio padrão “S ±” );
2. idade e sexo que queremos comparar.
Considerando que a média dos valores para ambos os sexos estão no quadro abaixo, calcule os
postos percentis e classifique essa pessoa, considerando a idade e sexos.
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94

Fórmula para classificar os escores derivados de percentis para variáveis de


desempenho motor
P5 = 1,64 x dp - média P10 = 1,38 x DP - média P25 = 0,67 x dp - média
P95 = 1,64 x dp + média P90 = 1,38 x dp + média P75 = 0,67 x dp + média
P99 = 3,00 x dp + média
dp = desvio padrão da referência média =média da referência
Delta % (Maturação Funcional) = valor médio de cada idade / valor médio dos 18 anos
Estimativas de média , desvio padrão e distribuição de percentis dos resultados da IMPULSÃO
HORIZONTAL (cm) administrado em crianças e adolescentes do sexo masculino.
Faixa Média Desvio Delta % P5 P10 P25 P50 P75 P90 P95 P99
etária padrão
07 138,70 17,94 138,70

08 150,40 16,32 150,40

09 163,23 14,60 163,23

10 162,37 17,83 162,37

11 177,40 17,65 177,40

12 183,70 16,99 183,70

13 191,87 20,59 191,87

14 203,15 22,30 203,15

15 206,48 21,61 206,48

16 211,67 24,35 211,67

17 225,73 18,34 225,73

18 222,60 20,62 100 222,60

Estimativas de média , desvio padrão e distribuição de percentis dos resultados do teste


IMPULSÃO HORIZONTAL (cm) administrado em crianças e adolescentes do sexo feminino.
Faixa Média Desvio Delta % P5 P10 P25 P50 P75 P90 P95 P99
padrão
etária
07 126,53 22,62 126,53

08 138,83 16,47 138,83

09 140,13 14,67 140,13

10 150,73 16,41 150,73

11 147,15 16,02 147,15

12 151,62 14,41 151,62

13 163,35 16,32 163,35

14 158,92 16,39 158,92

15 164,43 19,24 164,43

16 170,63 18,33 170,63

17 168,80 14,56 168,80

18 169,90 16,14 100 169,90


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95
ESCORE Z

A análise Z possibilita a comparação de indivíduos de deferentes idades, sexo, nível de aptidão


física, sempre usando como referência o grupo da mesma idade e sexo. Assim, um menino de 13
anos de idade cronológica será comparado com o grupo-padrão de referência, o grupo de 13
anos de idade do sexo masculino. Quando esse garoto completar 14 anos de idade será utilizado,
então, o padrão de referência 14 anos do mesmo sexo e assim por diante. Dessa forma
poderemos monitorizar seu crescimento, dado pelos valores absolutos, por exemplo, saltar 40
cm aos 13 anos e passar para 44 cm aos 14 anos, como também seu desenvolvimento, através
dos valores de Z, por exemplo, ter um Z de 1,0 aos 13 anos e de 1,5 aos 14 anos, significa
dizer que o menino não só cresceu como também desenvolveu, pois saltou de 40 para 44
cm e o Z de 1 foi para Z 1,5, tornando-se assim uma das técnicas mais simples, prática e ao
mesmo tempo precisa diferenciar crescimento de desenvolvimento, ou, ainda efeito de
crescimento de efeito de treinamento físico. Ele quer saber se terá chance de alcançar a seleção
nacional de voleibol, que salta em média 72 cm. Imaginando-se que o valor-padrão de referência
desta mesma idade (14 anos) seja 40 cm, com um desvio-padrão de referência desta mesma
idade de 2,0 cm, aplicando a fórmula do índice Z, verifica-se que o garoto se encontra a 2
desvios-padrões de referência acima da média. Agora se procura determinar o índice Z da
seleção nacional de voleibol. Imaginando que o valor padrão de referência para esse grupo
seja de 60 cm e o desvio-padrão de 3 cm, correspondendo a um índice Z de 4, compara-se,
então, o valor de Z do garoto ao do Z da seleção nacional, chega-se à conclusão que para
essa variável o garoto não apresenta perfil requerido para alcançar a seleção nacional. Como o
talento não é definido a partir de apenas uma variável de aptidão física, repetem-se o
procedimento com o conjunto das variáveis medidas, verificando-se até que ponto existe
similaridade entre o garoto e a seleção nacional, principalmente nas chamadas características
chaves, ou seja, aquelas que se afastam mais da média populacional.
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96

ESTRATÉGIA Z
Qual será o significado de:
 um basquetebolista de 15 anos que saltou 220 cm em Impulsão horizontal e se encontra na
fase pós-púbere (referência da população masculina de 15 anos igual a 206,48 cm(média) e
de 21,61 cm (desvio);
 Sabendo que atleta da seleção brasileira masculina de Basquetebol salta em média 267,7 cm
(referência da população masculina de 18 anos é igual a 222,60 cm (média) e de 20,62 cm
(desvio)
 uma basquetebolista de 15 anos que saltou 198 cm e se encontra na fase pós-púbere
(referência da população feminina de 15 anos igual a 206,48 cm(média) e de 21,61 cm
(desvio);
 atletas da seleção feminina de basquetebol salta em média 245 cm (referência da população
feminina de 18 anos é igual a 169,90 cm (média) e de 16,14 cm (desvio). Para análise da
questão faça os seguintes passos:
9. Localizar o Posto Percentil em que se encontra a atleta para cada idade;
10. Determinar a estratégia “Z” para adolescente de 15 anos comparado com a média da
população da mesma idade;
11. Determinar a estratégia “Z” para os dados extrapolados da criança aos 18 anos e
comparado com a média da população da mesma idade;
12. Determine a estratégia “Z” para atletas da Seleção masculina e feminina Brasileira de
Basquetebol comparado com a média da população de 18 anos.
13.

 Segundo os resultados encontrados pela estratégia “Z”, responda se o/a adolescente tem
chance de atingir a Seleção Brasileira Adulta, com base no comportamento de crescimento da
variável antes durante e após o período em que ocorre o Pico de Velocidade de Estatura
(PVE).
 ( ) Sim ( ) Não. Por que?
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97
VII - TESTE DE PREENSÃO MANUAL A –

A - Objetivo: Medir indiretamente a força muscular através do ato de


preensão manual.

B - Material: 1 dinamômetro ajustável (escala de 0 a 100 kg).


Pó de giz ou magnésio.
Material para anotação.

C - Procedimento: O avaliado coloca-se na posição ortostática com pó de giz ou magnésio na


palma da mão, para evitar deslize do aparelho. Segura confortavelmente o dinamômetro, que
deverá estar com os ponteiros na escala zero, na linha do antebraço, ficando este paralelo ao
eixo longitudinal do corpo. A segunda articulação da mão deve se ajustar sob a barra e tomar o
peso do instrumento e então é apertada entre os dedos e a base do polegar. Durante a execução
da preensão manual, o braço deve permanecer imóvel, havendo somente a flexão das
articulações dos dedos. Serão realizadas duas medidas em cada mão, de forma alternada,
devendo-se anotar a mão dominante do avaliado na folha de protocolo. Considera-se a melhor
execução de cada mão como resultado efetivo do teste.
D - Precauções:
1) Verificar se os ponteiros estão no ponto zero da escala antes da execução.
2) Verificar se a pegada está de acordo com a padronização e quando necessário ajustá-la.
3) Não permitir movimentação do cotovelo ou punho durante o ato de preensão.
4) Verificar se os ponteiros realizam um movimento contínuo.
5) Observar a calibração do aparelho antes de iniciar as medidas.
Observações: O teste estático de barra foi idealizado em virtude das meninas não conseguirem
executar o teste dinâmico de barra. Porém, o mesmo pode ser realizado pelo sexo masculino.
Os testes de força muscular para membros superiores, exceto o teste de preensão manual, são
indicados para indivíduos acima de 10 anos.
O resultado do teste de Preensão Manual deverá ser anotado como medida aparente e medida
real. O resultado conseguido pelo avaliado, que fica registrado na escala após o ato de preensão,
pode ser aparente ou real. Será aparente se o dinamômetro ao ser aferido não apresentar os
valores da escala de acordo com valores padronizados (por ex. 20 kg na escala podem não
corresponder a 20 kg padrões). Será considerada medida real aquela que estiver de acordo com
valores padrões. A medida efetiva será a real.
O avaliado, para realizar todos os testes, deverá estar uniformizado (calção tênis e meia).
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Tabela 8. Valores Absolutos (kg) e Porcentagem de Maturação de Dinamometria (Preensão Manual) em


escolares brasileiros (MATSUDO, 1992).
Homens Mulheres
_ _
Idade
X S % X S %
07 13,13 2,05 30,00 13,30 2,65 42,63
08 13,83 4,14 31,62 14,77 2,93 47,34
09 15,90 3,53 36,36 16,07 2,95 51,50
10 18,27 4,21 41,78 19,43 4,22 62,27
11 23,47 5,15 53,67 20,87 5,89 66,89
12 25,63 6,24 58,61 23,67 4,52 75,86
13 28,60 5,51 65,40 28,00 4,48 89,74
14 *36,53 5,60 83,53 27,60 5,36 88,46
15 *40,40 7,85 92,38 29,00 5,22 92,95
16 *42,90 6,17 98,10 30,47 5,78 97,66
17 *41,53 7,84 94,97 29,10 5,18 93,27
18 *43,73 6,06 100,00 31,20 5,42 100,00
* (p < 0,01) “t” Student

Figura. Curva de Dinamometria (kg) em escolares brasileiros (MATSUDO, 1992).

45
Meninos
Meninas
40

35
Dinamometria (kg)

30

25

20

15

10
7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18

Idade
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99
1o. Caso:- O professor do colégio A deseja comparar os resultados médios dos alunos do seu
colégio no teste de Vai e Vem, com os resultados encontrados pelo professor do colégio B, tendo
as amostras o mesmo número de participantes;

FÓRMULA -1 t= X1 - X2 X1 = X2 =
1 . Passo: Cálculo da razão “t”.
o s1 = s2 =
(s1)2 + (s2)2 N1 = N2 =
N1 + N2 - 2 t=

2o. Passo: Determinação do valor de “t” na tabela.


gl = N1 + N2 - 2 0,05 = 0,01 =

3o. Passo: Comparar a razão “t” (calculado) com o valor de “t” tabelado.

Valores de "t" aos níveis de significância de 0,05 e 0,01


Gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01
01 12,702 63,657 09 2,262 3,250 17 2,110 2,898 25 2,060 2,787
02 4,303 9,925 10 2,228 3,169 18 2,101 2,878 26 2,056 2,779
03 3,182 5,841 11 2,201 3,106 19 2,093 2,861 27 2,052 2,771
04 2,771 4,604 12 2,179 3,055 20 2,086 2,845 28 2,048 2,763
05 2,571 4,032 13 2,160 3,012 21 2,080 2,831 29 2,045 2,756
06 2,447 3,707 14 2,145 2,977 22 2,074 2,819 30 2,042 2,750
07 2,365 3,499 15 2,131 2,947 23 2,069 2,807 40 2,021 2,704
08 2,306 3,355 16 2,120 2,921 24 2,064 2,797 60 2,000 2,660
120 1,980 2,617
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100
2o. Caso:- O técnico de voleibol deseja comparar o resultado médio do teste de Vai e Vem
com o resultado médio apresentado no mesmo teste por uma equipe de basquetebol, tendo a
amostra número diferentes de participantes;

FÓRMULA - 2
1o. Passo: Cálculo da razão “t”. X1 - X2
t=
X1 = X2 = N1 x (s1)2 + N2 x (s2)2 1 + 1
s1 = s2 = X
N1 = N2 = N1 + N2 -2 N1 N2
t=

2o. Passo: Determinar o valor de “t” na tabela.


gl = N1 + N2 – 2 0,05 = 0,01 =

3o. Passo: Comparar a razão “t” (calculado) com o valor de “t” tabelado.

Valores de "t" aos níveis de significância de 0,05 e 0,01


Gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01
01 12,702 63,657 09 2,262 3,250 17 2,110 2,898 25 2,060 2,787
02 4,303 9,925 10 2,228 3,169 18 2,101 2,878 26 2,056 2,779
03 3,182 5,841 11 2,201 3,106 19 2,093 2,861 27 2,052 2,771
04 2,771 4,604 12 2,179 3,055 20 2,086 2,845 28 2,048 2,763
05 2,571 4,032 13 2,160 3,012 21 2,080 2,831 29 2,045 2,756
06 2,447 3,707 14 2,145 2,977 22 2,074 2,819 30 2,042 2,750
07 2,365 3,499 15 2,131 2,947 23 2,069 2,807 40 2,021 2,704
08 2,306 3,355 16 2,120 2,921 24 2,064 2,797 60 2,000 2,660
120 1,980 2,617
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101
3o. Caso: O técnico de futebol de salão deseja comparar os resultados médios de um teste
Vai e Vem, realizado pela sua equipe no início da fase de treinamento (1 o. teste) e após 2 meses
de treinamento (2o. teste).
FÓRMULA -3
X1 X2 X1 - X2 D2

X1 X2 =

1o. Passo: Cálculo do desvio padrão da diferença.


s=  D2 - (X1 - X2)2
N

s=

2o. Passo: Cálculo da razão “t”.

t = X1 - X2 x ( N - 1 )

s
t=
3o. Passo: Determinação do valor de “t” na tabela.
g1 = 0,05 = 0,01 =

4o. Passo: Comparação da razão “t” (calculado) com o valor de “t” tabelado.

Valores de "t" aos níveis de significância de 0,05 e 0,01


Gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01
01 12,702 63,657 09 2,262 3,250 17 2,110 2,898 25 2,060 2,787
02 4,303 9,925 10 2,228 3,169 18 2,101 2,878 26 2,056 2,779
03 3,182 5,841 11 2,201 3,106 19 2,093 2,861 27 2,052 2,771
04 2,771 4,604 12 2,179 3,055 20 2,086 2,845 28 2,048 2,763
05 2,571 4,032 13 2,160 3,012 21 2,080 2,831 29 2,045 2,756
06 2,447 3,707 14 2,145 2,977 22 2,074 2,819 30 2,042 2,750
07 2,365 3,499 15 2,131 2,947 23 2,069 2,807 40 2,021 2,704
08 2,306 3,355 16 2,120 2,921 24 2,064 2,797 60 2,000 2,660
120 1,980 2,617
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102

POSTO PERCENTIL
Escores percentis, são pontos estimados de uma distribuição de freqüência que determina uma
dada porcentagem de sujeitos que apresentam escores brutos acima ou abaixo deles.
“Realizei o teste de Vai e Vem até o oitavo estágio”. Qual será minha classificação? Esta
pergunta normalmente é feita por todos aqueles que são submetidos a uma avaliação. Como
respondê-la é a preocupação comum de professores de educação física, técnicos desportivos e
profissionais que atuam nas diversas áreas de atividade física. O objetivo deste trabalho é propor
a utilização de um método estatístico-Posto Percentil como solução para tais situações. Os
postos percentis são os melhores indicadores de posição real do indivíduo em sua classe e
podem ser determinados utilizando-se a média e o desvio padrão dos resultados encontrados
pelo grupo em estudo, de acordo com o seguinte procedimento:
1. levar em consideração a idade da pessoa e os valores de referência da população (média
“x” e desvio padrão “S ±” );
2. idade e sexo que queremos comparar.
Considerando que a média dos valores para ambos os sexos estão no quadro abaixo, calcule os
postos percentis e classifique essa pessoa, considerando a idade e sexos.
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103

Fórmula para classificar os escores derivados de percentis para variáveis de


desempenho motor
P5 = 1,64 x dp - média P10 = 1,38 x DP - média P25 = 0,67 x dp - média
P95 = 1,64 x dp + média P90 = 1,38 x dp + média P75 = 0,67 x dp + média
P99 = 3,00 x dp + média
dp = desvio padrão da referência média =média da referência
Delta % (Maturação Funcional) = valor médio de cada idade / valor médio dos 18 anos
Estimativas de média , desvio padrão e distribuição de percentis dos resultados da PREENSÃO
MANUAL (kg) administrado em crianças e adolescentes do sexo masculino.
Faixa Média Desvio Delta % P5 P10 P25 P50 P75 P90 P95 P99
etária padrão
07 13,13 2,05 13,13
08 13,83 4,14 13,83
09 15,90 3,53 15,90
10 18,27 4,21 18,27
11 23,47 5,15 23,47
12 25,63 6,24 25,63
13 28,60 5,51 28,60
14 36,53 5,60 36,53
15 40,40 7,85 40,40
16 42,90 6,17 42,90
17 41,53 7,84 41,53
18 43,73 6,06 100 43,73
Estimativas de média , desvio padrão e distribuição de percentis dos resultados do teste
PREENSÃO MANUAL (kg) administrado em crianças e adolescentes do sexo feminino.
Faixa Média Desvio Delta % P5 P10 P25 P50 P75 P90 P95 P99
padrão
etária
07 13,30 2,65 13,30
08 14,77 2,93 14,77
09 16,07 2,95 16,07
10 19,43 4,22 19,43
11 20,87 5,89 20,87
12 23,67 4,52 23,67
13 28,00 4,48 28,00
14 27,60 5,36 27,60
15 29,00 5,22 29,00
16 30,47 5,78 30,47
17 29,10 5,18 29,10
18 31,20 5,42 100 31,20
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104
ESCORE Z

A análise Z possibilita a comparação de indivíduos de deferentes idades, sexo, nível de aptidão


física, sempre usando como referência o grupo da mesma idade e sexo. Assim, um menino de 13
anos de idade cronológica será comparado com o grupo-padrão de referência, o grupo de 13
anos de idade do sexo masculino. Quando esse garoto completar 14 anos de idade será utilizado,
então, o padrão de referência 14 anos do mesmo sexo e assim por diante. Dessa forma
poderemos monitorizar seu crescimento, dado pelos valores absolutos, por exemplo, saltar 40
cm aos 13 anos e passar para 44 cm aos 14 anos, como também seu desenvolvimento, através
dos valores de Z, por exemplo, ter um Z de 1,0 aos 13 anos e de 1,5 aos 14 anos, significa
dizer que o menino não só cresceu como também desenvolveu, pois saltou de 40 para 44
cm e o Z de 1 foi para Z 1,5, tornando-se assim uma das técnicas mais simples, prática e ao
mesmo tempo precisa diferenciar crescimento de desenvolvimento, ou, ainda efeito de
crescimento de efeito de treinamento físico. Ele quer saber se terá chance de alcançar a seleção
nacional de voleibol, que salta em média 72 cm. Imaginando-se que o valor-padrão de referência
desta mesma idade (14 anos) seja 40 cm, com um desvio-padrão de referência desta mesma
idade de 2,0 cm, aplicando a fórmula do índice Z, verifica-se que o garoto se encontra a 2
desvios-padrões de referência acima da média. Agora se procura determinar o índice Z da
seleção nacional de voleibol. Imaginando que o valor padrão de referência para esse grupo
seja de 60 cm e o desvio-padrão de 3 cm, correspondendo a um índice Z de 4, compara-se,
então, o valor de Z do garoto ao do Z da seleção nacional, chega-se à conclusão que para
essa variável o garoto não apresenta perfil requerido para alcançar a seleção nacional. Como o
talento não é definido a partir de apenas uma variável de aptidão física, repetem-se o
procedimento com o conjunto das variáveis medidas, verificando-se até que ponto existe
similaridade entre o garoto e a seleção nacional, principalmente nas chamadas características
chaves, ou seja, aquelas que se afastam mais da média populacional.
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105

ESTRATÉGIA Z
Qual será o significado de um voleibolista de 12 anos que saltou 45 cm em Impulsão Vertical Com
Auxílio dos Braços e se encontra na fase pré-púbere (referência da população de 12 anos igual a
32,42(média) e de 5,50 (desvio), sabendo que atleta da seleção brasileira de volei salta em
média 67,7 cm (referência da população de 18 anos é igual a 42,57 cm (média) e de 4,62 cm
(desvio). Para análise da questão faça os seguintes passos:
14. Localizar o Posto Percentil em que se encontra a atleta para cada idade;
15. Determinar a estratégia “Z” para adolescente de 12 anos comparado com a média da
população da mesma idade;
16. Determinar a estratégia “Z” para os dados extrapolados da criança aos 18 anos e
comparado com a média da população da mesma idade;
17. Determine a estratégia “Z” para atletas da Seleção Brasileira de Voleibol comparado com a
média da população de 18 anos.

 Segundo os resultados encontrados pela estratégia “Z”, responda se o/a adolescente tem
chance de atingir a Seleção Brasileira Adulta, com base no comportamento de crescimento da
variável antes durante e após o período em que ocorre o Pico de Velocidade de Estatura
(PVE).
 ( ) Sim ( ) Não. Por que?
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106

VIII TESTE DE FORÇA EXPLOSIVA DE MEMBROS SUPERIORES (ARREMESSO DE


MEDICINEBALL)

A - Objetivo: Medir indiretamente a força muscular dos membros


superiores através do ato de arremessar o medicineball.

B - Material: Uma trena e uma medicineball de 2 kg (ou saco de areia


com 2 kg).

C - Procedimento: A trena é fixada no solo perpendicularmente à parede. O ponto zero da trena


é fixado junto à parede. O aluno senta-se com os joelhos estendidos, as pernas unidas e as
costas completamente apoiadas à parede. Segura a medicineball junto ao peito com os cotovelos
flexionados. Ao sinal do avaliador o avaliado deverá lançar a bola a maior distância possível,
mantendo as costas apoiadas na parede. A distância do arremesso será registrada a partir da
ponto zero até o local em que a bola tocou ao solo pela primeira vez. Serão realizados dois
arremessos, registrando-se o melhor resultado. Sugere-se que a medicineball seja banhada em
pó branco para a identificação precisa do local onde tocou pela primeira vez ao solo.
A medida será registrada em centímetros com uma casa decimal.

Modelo de folha de protocolo


Arremesso de MB 1º arremesso 2º arremesso Avaliador
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107

MEDIDAS DE VELOCIDADE
1. INTRODUÇÃO
Velocidade é a capacidade de realizar movimentos sucessivos e rápidos, em um mesmo padrão.
Depende, pois a velocidade, de freqüência das contrações e descontrações musculares.
Quando se fala em velocidade a idéia imediata que surge é a da relação espaço/tempo. Esta
relação indica a velocidade de deslocamento. Entretanto, em termos de Educação Física, não nos
basta conhecer e lidar com este tipo de velocidade. HEBBELINCK destaca a técnica de ser
analisada a velocidade de corrida (deslocamento) e a velocidade dos membros (explosão). Esta
última é fator importante pois, a dependência dos valores que assumir, não só irá influenciar a
velocidade de deslocamento como pode, por si só, constituir-se em qualidade básica em certos
esportes. Depende a velocidade explosiva fundamentalmente da maior ou menor velocidade da
transmissão e propagação dos estímulos contráteis nos setores neuromuscular.
O perfeito sincronismo do dinamismo dos processos nervosos que atuam sobre o sistema motor
de permitir a instalação rápida do estado de excitação descontração é responsável pela
velocidade muscular elevada segundo HOLLMANN, 1983.
Para ZACIORSKJ (1968), citado por HOLLMANN (1983), só uma alteração ativa entre excitação
e descontração permite executar movimentos acíclicos com grande velocidade.
Mesmo sendo a velocidade fortemente influenciada pelo S.N.C., ela ainda recebe influência da
força básica, coordenação, velocidade de contração muscular, viscosidade das fibras musculares,
relação de alavancas das extremidades-tronco e pelo poder de reação.
A velocidade por ser dependente do S.N.C., apresenta maturação precoce, porém é de se
esperar que ela continue a crescer por receber influência do processo maturativo, que traz
consigo uma melhora da coordenação e da força, ambas responsáveis pela melhoria da
velocidade.
A velocidade é uma característica inata que, por si só, pouco melhora. Os êxitos que se obtém
através dos chamados "treinamento de velocidade" relacionam-se altamente com a força, bem
como com o tempo de reação motora. Para MATVEEV (1995), a evolução da velocidade é
grandemente limitada por diversos fatores como: a) a velocidade de reação individual de cada
indivíduo é difícil de melhorar, pois assenta, especificamente, na fisiologia nervosa que lhe é
inata; b) o estado de relaxamento e elasticidade muscular dos indivíduos; c) a força muscular dos
indivíduos; d) o estado psicológico dos indivíduos, além é claro, o domínio da técnica dificulta o
aproveitamento da velocidade.
Quando se fala em velocidade de deslocamento, e se pensa em medir esta velocidade, não nos
podemos esquecer da aplicação que será dada ao resultado da medida. Fatores biomecânicos
diferentes agem na determinação da velocidade nas várias modalidades esportivas. A velocidade
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108

de um corredor, de um jogador de futebol e de um praticante de basquete não podem ser


medidas através de um mesmo teste pois, como o comportamento mecânico é diferente nas 3
modalidades, a resposta será diferente se os 3 forem analisados em uma corrida rasa, em uma
corrida conduzindo a bola com o pé ou com a mão. Será, pois, necessário, ao se falar em
velocidade de deslocamento, para um esporte, medir a velocidade atendendo aos seus
componentes específicos.
A velocidade faz parte de um sem número de atividades atléticas, em uma ou em outra de suas
formas. Depende esta valência, diretamente de:
1) rapidez da propagação do estímulo neuromuscular e conseqüente contração muscular;
2) coordenação de movimentos:
3) força;
4) idade;
5) estado geral do indivíduo;
6) peso corporal;
7) flexibilidade articular;
8) densidade muscular;
9) densidade do corpo;
10) comprimento dos membros, ângulos de inserção muscular e outros fatores que interferem na
mecânica corporal e segmentar;
11) Somatotipo.

Portanto, a velocidade é uma variável da aptidão física geral de grande importância, devido ser
um componente fundamental de muitas modalidades esportivas. Assim, consideramos de suma
importância a sua avaliação não somente como indicador de aptidão física geral, mas também
como possibilidade de detectarmos talentos em velocidade, observarmos efeito de treinamento ou
ainda analisarmos
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109

Testes de Corrida de Velocidade


Dentre os testes utilizados para avaliar a velocidade, os de corrida de 20, 30 e 50 metros
parado e lançado são os mais utilizados. E muito empregado em baterias que se propõem a
medir os escolares de forma simples, devido a sua boa reprodutibilidade e objetividade, além do
baixo custo operacional.
Estes testes medem também de maneira indireta a potência anaeróbica alática, pois como
sabemos, o pico máximo do metabolismo ATP-CP é alcançado aos 10 segundos de atividade
física e também é em torno desse tempo que percorremos os 50 metros.

Descrição dos Testes de Velocidade


I - Teste de 20, 30 e 50 metros

A – Objetivo: medir a capacidade de aceleração, uma vez que a velocidade máxima


alcançada está localizada entre os 25 e 30 metros.
Estes testes medem velocidade em crianças de ambos os sexos, a partir dos 7 anos de
idade até a idade adulta.
B - Material: Para realizarmos os testes de velocidade necessitamos do seguinte
material:
a) Cronômetro preciso;
b) Folha de anotação;
c) Local plano sem obstáculo e que possua, além dos 50 metros, um espaço suficiente para
saída (lançado) e outro para chegada (15 a 20 metros).
C - Procedimentos: Para realizarmos esta medida devemos explicar ao avaliado que este é
um teste máximo, ou seja, deve sair na máxima velocidade e passar a faixa de chegada também
na máxima velocidade. Em seguida mostraremos a faixa de saída (teste parado), dizendo que a
posição de saída é em afastamento ântero-posterior das pernas e com o pé da frente o mais
próximo possível da faixa (ver figura 1). Explicaremos então que a voz de comando será pelas
palavras: "Atenção!!!" "Já!!. devendo o avaliado se preparar ao escutar a palavra "ATENÇÃO" e
sair correndo quando escutar "JÁ". Então de posse do cronometro o avaliador se colocará na
linha de chegada e comandará o teste com as palavras: ATENÇÁO!... JÁ!!. acionando o
cronometro no momento que estiver pronunciando "JÁ" e parando no momento que o avaliado
cruzar a faixa de chegada. O mesmo procedimento é feito para o teste lançado, porém o
cronômetro só é acionado quando o avaliador B abaixar o braço, para que o avaliador A possa
acionar o cronômetro. O resultado será anotado em segundos. Caso ocorra qualquer problema
no teste e tenha que ser repetido, aconselhamos um intervalo mínimo de 5 minutos. Na folha de
protocolo, além dos dados de identificação, devemos anotar a data, horário, marca e tipo do
cronômetro, condições do solo, do tempo e o nome do avaliador. Quando possível seria
interessante anotarmos as medidas de temperatura ( oC), umidade relativa e Pressão atmosférica.
O avaliado ao realizar o teste deverá estar trajando tênis, calção e camiseta. Sempre que formos
executar reavaliações, devemos procurar manter as mesmas condições do primeiro teste, como
solo, horário, cronometro, etc.. para não chegarmos a um resultado que não corresponda a
realidade. Permitiremos apenas uma tentativa e o resultado do teste será o tempo de percurso
dos 50 metros com precisão de décimo de segundo e quando possível centésimo de segundo.
Como vemos, o teste de corrida de 50 metros é simples, mas devemos tomar alguns
cuidados para que realmente obtenhamos um resultado do qual não iremos duvidar
posteriormente.
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110
D - Precauções:
1) Explicar com calma o teste quando se tratar de crianças ou pessoas que não estiverem
acostumadas a correr. Reforçar a idéia de que o teste deve ser realizado na máxima
velocidade, devendo o avaliado passar pela faixa de chegada na maior velocidade possível;
2) O cronômetro deve ser acionado no momento em que se estiver pronunciando a palavra
"JÁ" e não quando a criança iniciar o movimento;
3) Desaconselhamos sinais de comando com o braço ou bandeira, pois não permitem uma boa
precisão de início do teste;
4) Observar para que nada atrapalhe o avaliado a correr como pessoas passando no percurso
do teste, aglomerados perto dele na saída ou chegada, local escorregadio, etc.;
5) Quanto ao aquecimento, consideramos sem necessidade, principalmente tratando-se de
crianças. No entanto quando se tratar de atletas e como estes estão acostumados a se
aquecerem, o mesmo poderá ser realizado normalmente. Nesse caso devemos dar um
pequeno intervalo de 2 minutos entre o final do aquecimento e o início do teste permitindo
assim a reposição dos estoques da ATP-CP.

E – PROCEDIMENTO PARA TESTE DE VELOCIDADE PARADO


1 - Material: Um cronômetro e uma pista de 20 metros, demarcada com três linhas paralelas no solo da
seguinte forma: a primeira (linha de partida); a segunda, distante 20m, 30 ou 50 metros da primeira (linha
de cronometragem) e a terceira linha, marcada a um metro da segunda (linha de chegada). A terceira
linha serve como referência de chegada para o aluno na tentativa de evitar que ele inicie a
desaceleração antes de cruzar a linha de cronometragem. Dois cones para a sinalização da primeira e
terceira linhas.
2 - Procedimentos: O estudante parte da posição de pé, com um pé avançado à frente imediatamente
atrás da primeira linha e será informado que deverá cruzar a terceira linha o mais rápido.
2 metros

F – PROCEDIMENTO PARA TESTE DE VELOCIDADE LANÇADO


1 - Material: Um cronômetro e uma pista de 20, 30 ou 50 metros, demarcada com três linhas paralelas
no solo da seguinte forma: a primeira (linha de partida); a segunda, distante 20, 30 ou 50m da primeira
(linha de cronometragem) e a terceira linha, marcada a um metro da segunda (linha de chegada). A
terceira linha serve como referência de chegada para o aluno na tentativa de evitar que ele inicie a
desaceleração antes de cruzar a linha de cronometragem. Dois cones para a sinalização da primeira e
terceira linhas.
2 - Procedimentos: O estudante parte da posição de pé, com um pé avançado à frente imediatamente
atrás da primeira linha e será informado que deverá cruzar a terceira linha o mais rápido.
2 metros
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111

Tabela. Valores Absoluto (seg.) e Porcentagem de Maturação de Velocidade (50m) em escolares


brasileiros (MATSUDO, 1992).
Homens Mulheres
_ _
Idade
X S % X S %
07 *11,40 0,78 53,20 12,03 0,74 73,10
08 *11,01 0,96 55,90 11,35 0,85 80,30
09 *10,16 0,82 67,00 10,78 1,14 80,00
10 *10,10 0,94 67,80 10,78 0,85 86,30
11 *9,21 0,67 79,50 9,88 0,65 95,80
12 *9,08 0,46 86,40 9,93 0,66 95,30
13 *9,00 0,40 89,90 9,64 0,65 98,30
14 *8,50 0,75 93,10 9,67 0,74 98,00
15 *8,11 0,44 94,60 9,66 0,81 98,10
16 *7,78 0,46 95,40 9,46 0,72 100,00
17 *7,69 0,54 99,40 9,84 0,91 96,20
18 *7,64 0,41 100,00 9,48 0,68 100,00
* (p < 0,01) Teste “t”

Figura. Curva de Velocidade (s) em escolares brasileiros (MATSUDO, 1992).

Meninos
12
Meninas

11
Velocidade (s)

10

7
7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18

Idade
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112
1o. Caso:- O professor do colégio A deseja comparar os resultados médios dos alunos do seu
colégio no teste de Vai e Vem, com os resultados encontrados pelo professor do colégio B, tendo
as amostras o mesmo número de participantes;

FÓRMULA -1 t= X 1 - X2 X1 = X2 =
1 . Passo: Cálculo da razão “t”.
o s1 = s2 =
(s1)2 + (s2)2 N1 = N2 =
N1 + N 2 - 2 t=

2o. Passo: Determinação do valor de “t” na tabela.


gl = N1 + N2 - 2 0,05 = 0,01 =

3o. Passo: Comparar a razão “t” (calculado) com o valor de “t” tabelado.

Valores de "t" aos níveis de significância de 0,05 e 0,01


Gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01
01 12,702 63,657 09 2,262 3,250 17 2,110 2,898 25 2,060 2,787
02 4,303 9,925 10 2,228 3,169 18 2,101 2,878 26 2,056 2,779
03 3,182 5,841 11 2,201 3,106 19 2,093 2,861 27 2,052 2,771
04 2,771 4,604 12 2,179 3,055 20 2,086 2,845 28 2,048 2,763
05 2,571 4,032 13 2,160 3,012 21 2,080 2,831 29 2,045 2,756
06 2,447 3,707 14 2,145 2,977 22 2,074 2,819 30 2,042 2,750
07 2,365 3,499 15 2,131 2,947 23 2,069 2,807 40 2,021 2,704
08 2,306 3,355 16 2,120 2,921 24 2,064 2,797 60 2,000 2,660
120 1,980 2,617
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113
2o. Caso:- O técnico de voleibol deseja comparar o resultado médio do teste de Vai e Vem
com o resultado médio apresentado no mesmo teste por uma equipe de basquetebol, tendo a
amostra número diferentes de participantes;

FÓRMULA - 2
1o. Passo: Cálculo da razão “t”. X1 - X2
t=
X1 = X2 = N1 x (s1)2 + N2 x (s2)2 1 + 1
s1 = s2 = X
N1 = N2 = N1 + N2 - 2 N1 N2
t=

2o. Passo: Determinar o valor de “t” na tabela.


gl = N1 + N2 – 2 0,05 = 0,01 =

3o. Passo: Comparar a razão “t” (calculado) com o valor de “t” tabelado.

Valores de "t" aos níveis de significância de 0,05 e 0,01


Gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01
01 12,702 63,657 09 2,262 3,250 17 2,110 2,898 25 2,060 2,787
02 4,303 9,925 10 2,228 3,169 18 2,101 2,878 26 2,056 2,779
03 3,182 5,841 11 2,201 3,106 19 2,093 2,861 27 2,052 2,771
04 2,771 4,604 12 2,179 3,055 20 2,086 2,845 28 2,048 2,763
05 2,571 4,032 13 2,160 3,012 21 2,080 2,831 29 2,045 2,756
06 2,447 3,707 14 2,145 2,977 22 2,074 2,819 30 2,042 2,750
07 2,365 3,499 15 2,131 2,947 23 2,069 2,807 40 2,021 2,704
08 2,306 3,355 16 2,120 2,921 24 2,064 2,797 60 2,000 2,660
120 1,980 2,617
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114
3o. Caso: O técnico de futebol de salão deseja comparar os resultados médios de um teste
Vai e Vem, realizado pela sua equipe no início da fase de treinamento (1 o. teste) e após 2 meses
de treinamento (2o. teste).
FÓRMULA -3
X1 X2 X1 - X 2 D2

X1 X2 =

1o. Passo: Cálculo do desvio padrão da diferença.


s=  D2 - (X1 - X2)2
N

s=

2o. Passo: Cálculo da razão “t”.

t = X1 - X2 x ( N - 1 )

s
t=
3o. Passo: Determinação do valor de “t” na tabela.
g1 = 0,05 = 0,01 =

4o. Passo: Comparação da razão “t” (calculado) com o valor de “t” tabelado.

Valores de "t" aos níveis de significância de 0,05 e 0,01


Gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01
01 12,702 63,657 09 2,262 3,250 17 2,110 2,898 25 2,060 2,787
02 4,303 9,925 10 2,228 3,169 18 2,101 2,878 26 2,056 2,779
03 3,182 5,841 11 2,201 3,106 19 2,093 2,861 27 2,052 2,771
04 2,771 4,604 12 2,179 3,055 20 2,086 2,845 28 2,048 2,763
05 2,571 4,032 13 2,160 3,012 21 2,080 2,831 29 2,045 2,756
06 2,447 3,707 14 2,145 2,977 22 2,074 2,819 30 2,042 2,750
07 2,365 3,499 15 2,131 2,947 23 2,069 2,807 40 2,021 2,704
08 2,306 3,355 16 2,120 2,921 24 2,064 2,797 60 2,000 2,660
120 1,980 2,617
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115
POSTO PERCENTIL
Escores percentis, são pontos estimados de uma distribuição de freqüência que determina uma
dada porcentagem de sujeitos que apresentam escores brutos acima ou abaixo deles.
“Realizei o teste de Vai e Vem até o oitavo estágio”. Qual será minha classificação? Esta
pergunta normalmente é feita por todos aqueles que são submetidos a uma avaliação. Como
respondê-la é a preocupação comum de professores de educação física, técnicos desportivos e
profissionais que atuam nas diversas áreas de atividade física. O objetivo deste trabalho é propor
a utilização de um método estatístico-Posto Percentil como solução para tais situações. Os
postos percentis são os melhores indicadores de posição real do indivíduo em sua classe e
podem ser determinados utilizando-se a média e o desvio padrão dos resultados encontrados
pelo grupo em estudo, de acordo com o seguinte procedimento:
1. levar em consideração a idade da pessoa e os valores de referência da população (média
“x” e desvio padrão “S ±” );
2. idade e sexo que queremos comparar.
Considerando que a média dos valores para ambos os sexos estão no quadro abaixo, calcule os
postos percentis e classifique essa pessoa, considerando a idade e sexos.

Fórmula para classificar os escores derivados de percentis para variáveis de


desempenho motor
P5 = 1,64 x dp - média P10 = 1,38 x DP - média P25 = 0,67 x dp - média
P95 = 1,64 x dp + média P90 = 1,38 x dp + média P75 = 0,67 x dp + média
P99 = 3,00 x dp + média
dp = desvio padrão da referência média =média da referência
Delta % (Maturação Funcional) = valor médio de cada idade / valor médio dos 18 anos
Estimativas de média , desvio padrão e distribuição de percentis dos resultados da VELOCIDADE (SEGUNDOS)
administrado em crianças e adolescentes do sexo masculino.
Faixa Média Desvio Delta % P5 P10 P25 P50 P75 P90 P95 P99
etária padrão
07 11,40 0,78 11,40
08 11,01 0,96 11,01
09 10,16 0,82 10,16
10 10,10 0,94 10,10
11 9,21 0,67 9,21
12 9,08 0,46 9,08
13 9,00 0,40 9,00
14 8,50 0,75 8,50
15 8,11 0,44 8,11
16 7,78 0,46 7,78
17 7,69 0,54 7,69
18 7,64 0,41 100 7,64
Estimativas de média , desvio padrão e distribuição de percentis dos resultados do teste VELOCIDADE
(segundos) administrado em crianças e adolescentes do sexo feminino.
Faixa Média Desvio Delta % P5 P10 P25 P50 P75 P90 P95 P99
etária padrão
07 12,03 0,74 12,03
08 11,35 0,85 11,35
09 10,78 1,14 10,78
10 10,78 0,85 10,78
11 9,88 0,65 9,88
12 9,93 0,66 9,93
13 9,64 0,65 9,64
14 9,67 0,74 9,67
15 9,66 0,81 9,66
16 9,46 0,72 9,46
17 9,84 0,91 9,84
18 9,48 0,68 100 9,48
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116
ESCORE Z

A análise Z possibilita a comparação de indivíduos de deferentes idades, sexo, nível de aptidão


física, sempre usando como referência o grupo da mesma idade e sexo. Assim, um menino de 13
anos de idade cronológica será comparado com o grupo-padrão de referência, o grupo de 13
anos de idade do sexo masculino. Quando esse garoto completar 14 anos de idade será utilizado,
então, o padrão de referência 14 anos do mesmo sexo e assim por diante. Dessa forma
poderemos monitorizar seu crescimento, dado pelos valores absolutos, por exemplo, saltar 40
cm aos 13 anos e passar para 44 cm aos 14 anos, como também seu desenvolvimento, através
dos valores de Z, por exemplo, ter um Z de 1,0 aos 13 anos e de 1,5 aos 14 anos, significa
dizer que o menino não só cresceu como também desenvolveu, pois saltou de 40 para 44
cm e o Z de 1 foi para Z 1,5, tornando-se assim uma das técnicas mais simples, prática e ao
mesmo tempo precisa diferenciar crescimento de desenvolvimento, ou, ainda efeito de
crescimento de efeito de treinamento físico. Ele quer saber se terá chance de alcançar a seleção
nacional de voleibol, que salta em média 72 cm. Imaginando-se que o valor-padrão de referência
desta mesma idade (14 anos) seja 40 cm, com um desvio-padrão de referência desta mesma
idade de 2,0 cm, aplicando a fórmula do índice Z, verifica-se que o garoto se encontra a 2
desvios-padrões de referência acima da média. Agora se procura determinar o índice Z da
seleção nacional de voleibol. Imaginando que o valor padrão de referência para esse grupo
seja de 60 cm e o desvio-padrão de 3 cm, correspondendo a um índice Z de 4, compara-se,
então, o valor de Z do garoto ao do Z da seleção nacional, chega-se à conclusão que para
essa variável o garoto não apresenta perfil requerido para alcançar a seleção nacional. Como o
talento não é definido a partir de apenas uma variável de aptidão física, repetem-se o
procedimento com o conjunto das variáveis medidas, verificando-se até que ponto existe
similaridade entre o garoto e a seleção nacional, principalmente nas chamadas características
chaves, ou seja, aquelas que se afastam mais da média populacional.
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117

ESTRATÉGIA Z
Qual será o significado de um voleibolista de 12 anos que saltou 45 cm em Impulsão Vertical Com
Auxílio dos Braços e se encontra na fase pré-púbere (referência da população de 12 anos igual a
32,42(média) e de 5,50 (desvio), sabendo que atleta da seleção brasileira de volei salta em
média 67,7 cm (referência da população de 18 anos é igual a 42,57 cm (média) e de 4,62 cm
(desvio). Para análise da questão faça os seguintes passos:
18. Localizar o Posto Percentil em que se encontra a atleta para cada idade;
19. Determinar a estratégia “Z” para adolescente de 12 anos comparado com a média da
população da mesma idade;
20. Determinar a estratégia “Z” para os dados extrapolados da criança aos 18 anos e
comparado com a média da população da mesma idade;
21. Determine a estratégia “Z” para atletas da Seleção Brasileira de Voleibol comparado com a
média da população de 18 anos.

 Segundo os resultados encontrados pela estratégia “Z”, responda se o/a adolescente tem
chance de atingir a Seleção Brasileira Adulta, com base no comportamento de crescimento da
variável antes durante e após o período em que ocorre o Pico de Velocidade de Estatura
(PVE).
 ( ) Sim ( ) Não. Por que?
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118
MEDIDAS DE AGILIDADE
Teste "Shuttle Run"

A - Objetivo: Avaliação da agilidade.

B - Material: 2 blocos de madeira (5 cm x 5 cm x 10 cm); 1 cronômetro (aceita-se precisão


de décimos embora a precisão de centésimos seja desejada); Espaço livre de obstáculos (no
mínimo 15 metros); Folha de protocolo; Uniforme: camiseta, calção, meia e tênis.

C - Procedimento: Os materiais necessários para se aplicar o teste Shuttle Run são de


fácil aquisição e de baixo custo operacional. Constam de duas linhas paralelas traçadas no solo
distantes 9,14 metros, medidos a partir de seus bordos externos. Dois blocos de madeira. com
dimensões de 5 cm x 5 cm x 10 cm serão colocados a 10 cm da linha externa e separados entre
si por um espaço de 30 cm (ver esquema). Estes devem ocupar uma posição simétrica em
relação à margem externa. Requer ainda espaço plano e livre de obstáculos, solo com atrito
suficiente para evitar o deslize do tênis do avaliado.
O avaliado coloca-se em afastamento ântero-posterior das pernas. com o pé anterior o
mais próximo possível da linha de saída. Com a voz de comando: Atenção! Já!! o avaliador inicia
o teste acionando concomitantemente o cronômetro. O avaliado em ação simultânea corre a
máxima velocidade até os blocos, pega um deles e retorna ao ponto de onde partiu depositando
esse bloco atrás da linha de partida. Em seguida, sem interromper a corrida, vai em busca do
segundo bloco, procedendo da mesma forma. O cronômetro é parado quando o avaliado coloca o
último bloco no solo e ultrapassa com pelo menos um dos pés a linha final.
Ao pegar ou deixar o bloco, o avaliado terá que cumprir a uma regra básica do teste. ou
seja. transpor com pelo menos um dos pés as linhas que limitam o espaço demarcado. O bloco
não deve ser jogado, mas colocado no solo. Sempre que houver erros na execução, o teste
deverá ser repetido. Cada avaliado deverá realizar duas tentativas com um intervalo mínimo de
dois minutos, permitindo assim a recomposição do ATP - CP.
O resultado será o tempo de percurso na melhor das duas tentativas. Por exemplo: se um
aluno conseguiu na sua 1a tentativa 12,76 segundos e na 2 a tentativa 11,29 segundos
consideraremos para avaliação o melhor resultado, ou seja 11,29 segundos.

D - Precauções:
1) As linhas demarcadas no solo são incluídas na distância de 9,14 metros;
2) O avaliado deverá colocar (não jogar) o bloco no solo, movimentando assim a altura
do centro de gravidade;
3) O cronômetro só é parado quando o segundo bloco e pelo menos um dos pés tocarem
a linha de chegada;
4) O avaliado deve ser instruído de que o teste "Shuttle Run" é um teste máximo e por
isso deve ser realizado com todo esforço possível;
5) Deve ser observada e anotada as condições do tempo (temperatura e umidade
relativa) durante a aplicação do teste;
6) Aconselha-se anotar também a marca e a precisão do cronômetro utilizado, como toda
e qualquer observação de fatores que possam ter influenciado o teste.
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119

Esquema do teste "Shuttle Run"

E - Protocolo: Na folha de protocolo deve ser anotado: dados de identificação do avaliado,


data e horário do teste, marca e tipo de cronômetro, temperatura, umidade relativa do ar e
observações diversas.

Tabela 10 - Valores Absoluto (seg.) e Porcentagem de Maturação de Agilidade em escolares brasileiros


Homens Mulheres
Idade _ _
X S % X S %
07 13,42* 0,62 77,50 14,54 0,96 82,00
08 13,31* 0,98 78,90 14,56 1,07 81,90
09 12,32* 0,60 85,70 13,91 1,01 85,70
10 12,76* 0,96 85,90 13,51 1,09 88,20
11 11,29* 0,33 91,00 12,28 0,88 97,10
12 11,41* 0,49 91,70 12,07 0,95 98,80
13 11,22* 0,63 93,20 12,06 1,23 98,80
14 11,01* 0,73 95,00 12,26 0,68 97,20
15 11,03* 0,76 94,80 12,36 0,65 96,30
16 10,53* 0,60 99,30 12,03 0,67 99,10
17 10,55* 0,53 99,10 12,03 0,53 99,10
18 10,46* 0,56 100,00 11,92 0,66 100,00
* (p < 0,01) “t” Student
Figura. Curva de Agilidade (s) em escolares brasileiros (MATSUDO, 1992).

15

Meninos
14,5
Meninas
14
A g ilid a d e ( s )

13,5

13

12,5

12

11,5

11

10,5

10
7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18

Idade
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120

1o. Caso:- O professor do colégio A deseja comparar os resultados médios dos alunos do seu
colégio no teste de Vai e Vem, com os resultados encontrados pelo professor do colégio B, tendo
as amostras o mesmo número de participantes;

FÓRMULA -1 t= X 1 - X2 X1 = X2 =
1 . Passo: Cálculo da razão “t”.
o s1 = s2 =
(s1)2 + (s2)2 N1 = N2 =
N1 + N2 - 2 t=

2o. Passo: Determinação do valor de “t” na tabela.


gl = N1 + N2 - 2 0,05 = 0,01 =

3o. Passo: Comparar a razão “t” (calculado) com o valor de “t” tabelado.

Valores de "t" aos níveis de significância de 0,05 e 0,01


Gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01
01 12,702 63,657 09 2,262 3,250 17 2,110 2,898 25 2,060 2,787
02 4,303 9,925 10 2,228 3,169 18 2,101 2,878 26 2,056 2,779
03 3,182 5,841 11 2,201 3,106 19 2,093 2,861 27 2,052 2,771
04 2,771 4,604 12 2,179 3,055 20 2,086 2,845 28 2,048 2,763
05 2,571 4,032 13 2,160 3,012 21 2,080 2,831 29 2,045 2,756
06 2,447 3,707 14 2,145 2,977 22 2,074 2,819 30 2,042 2,750
07 2,365 3,499 15 2,131 2,947 23 2,069 2,807 40 2,021 2,704
08 2,306 3,355 16 2,120 2,921 24 2,064 2,797 60 2,000 2,660
120 1,980 2,617
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121
2o. Caso:- O técnico de voleibol deseja comparar o resultado médio do teste de Vai e Vem
com o resultado médio apresentado no mesmo teste por uma equipe de basquetebol, tendo a
amostra número diferentes de participantes;

FÓRMULA - 2
1o. Passo: Cálculo da razão “t”. X1 - X2
t=
X1 = X2 = N1 x (s1)2 + N2 x (s2)2 1 + 1
s1 = s2 = X
N1 = N2 = N1 + N2 - 2 N1 N2
t=

2o. Passo: Determinar o valor de “t” na tabela.


gl = N1 + N2 – 2 0,05 = 0,01 =

3o. Passo: Comparar a razão “t” (calculado) com o valor de “t” tabelado.

Valores de "t" aos níveis de significância de 0,05 e 0,01


Gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01
01 12,702 63,657 09 2,262 3,250 17 2,110 2,898 25 2,060 2,787
02 4,303 9,925 10 2,228 3,169 18 2,101 2,878 26 2,056 2,779
03 3,182 5,841 11 2,201 3,106 19 2,093 2,861 27 2,052 2,771
04 2,771 4,604 12 2,179 3,055 20 2,086 2,845 28 2,048 2,763
05 2,571 4,032 13 2,160 3,012 21 2,080 2,831 29 2,045 2,756
06 2,447 3,707 14 2,145 2,977 22 2,074 2,819 30 2,042 2,750
07 2,365 3,499 15 2,131 2,947 23 2,069 2,807 40 2,021 2,704
08 2,306 3,355 16 2,120 2,921 24 2,064 2,797 60 2,000 2,660
120 1,980 2,617
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122
3o. Caso: O técnico de futebol de salão deseja comparar os resultados médios de um teste
Vai e Vem, realizado pela sua equipe no início da fase de treinamento (1 o. teste) e após 2 meses
de treinamento (2o. teste).
FÓRMULA -3
X1 X2 X1 - X 2 D2

X1 X2 =

1o. Passo: Cálculo do desvio padrão da diferença.


s=  D2 - (X1 - X2)2
N

s=

2o. Passo: Cálculo da razão “t”.

t = X1 - X2 x ( N - 1 )

s
t=
3o. Passo: Determinação do valor de “t” na tabela.
g1 = 0,05 = 0,01 =

4o. Passo: Comparação da razão “t” (calculado) com o valor de “t” tabelado.

Valores de "t" aos níveis de significância de 0,05 e 0,01


Gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01
01 12,702 63,657 09 2,262 3,250 17 2,110 2,898 25 2,060 2,787
02 4,303 9,925 10 2,228 3,169 18 2,101 2,878 26 2,056 2,779
03 3,182 5,841 11 2,201 3,106 19 2,093 2,861 27 2,052 2,771
04 2,771 4,604 12 2,179 3,055 20 2,086 2,845 28 2,048 2,763
05 2,571 4,032 13 2,160 3,012 21 2,080 2,831 29 2,045 2,756
06 2,447 3,707 14 2,145 2,977 22 2,074 2,819 30 2,042 2,750
07 2,365 3,499 15 2,131 2,947 23 2,069 2,807 40 2,021 2,704
08 2,306 3,355 16 2,120 2,921 24 2,064 2,797 60 2,000 2,660
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123
POSTO PERCENTIL
Escores percentis, são pontos estimados de uma distribuição de freqüência que determina uma
dada porcentagem de sujeitos que apresentam escores brutos acima ou abaixo deles.
“Realizei o teste de Vai e Vem até o oitavo estágio”. Qual será minha classificação? Esta
pergunta normalmente é feita por todos aqueles que são submetidos a uma avaliação. Como
respondê-la é a preocupação comum de professores de educação física, técnicos desportivos e
profissionais que atuam nas diversas áreas de atividade física. O objetivo deste trabalho é propor
a utilização de um método estatístico-Posto Percentil como solução para tais situações. Os
postos percentis são os melhores indicadores de posição real do indivíduo em sua classe e
podem ser determinados utilizando-se a média e o desvio padrão dos resultados encontrados
pelo grupo em estudo, de acordo com o seguinte procedimento:
1. levar em consideração a idade da pessoa e os valores de referência da população (média
“x” e desvio padrão “S ±” );
2. idade e sexo que queremos comparar.
Considerando que a média dos valores para ambos os sexos estão no quadro abaixo, calcule os
postos percentis e classifique essa pessoa, considerando a idade e sexos.
Fórmula para classificar os escores derivados de percentis para variáveis de
desempenho motor
P5 = 1,64 x dp - média P10 = 1,38 x DP - média P25 = 0,67 x dp - média
P95 = 1,64 x dp + média P90 = 1,38 x dp + média P75 = 0,67 x dp + média
P99 = 3,00 x dp + média
dp = desvio padrão da referência média =média da referência
Delta % (Maturação Funcional) = valor médio de cada idade / valor médio dos 18 anos
Estimativas de média , desvio padrão e distribuição de percentis dos resultados da AGILIDADE segundos)
administrado em crianças e adolescentes do sexo masculino.
Faixa Média Desvio Delta % P5 P10 P25 P50 P75 P90 P95 P99
etária padrão
07 13,42 0,62 13,42
08 13,31 0,98 13,31
09 12,32 0,60 12,32
10 12,76 0,96 12,76
11 11,29 0,33 11,29
12 11,41 0,49 11,41
13 11,22 0,63 11,22
14 11,01 0,73 11,01
15 11,03 0,76 11,03
16 10,53 0,60 10,53
17 10,55 0,53 10,55
18 10,46 0,56 100 10,46
Estimativas de média , desvio padrão e distribuição de percentis dos resultados do teste AGILIDADE
(segundos) administrado em crianças e adolescentes do sexo feminino.
Faixa Média Desvio Delta % P5 P10 P25 P50 P75 P90 P95 P99
etária padrão
07 14,54 0,96 14,54
08 14,56 1,07 14,56
09 13,91 1,01 13,91
10 13,51 1,09 13,51
11 12,28 0,88 12,28
12 12,07 0,95 12,07
13 12,06 1,23 12,06
14 12,26 0,68 12,26
15 12,36 0,65 12,36
16 12,03 0,67 12,03
17 12,03 0,53 12,03
18 11,92 0,66 100 11,92
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124
ESCORE Z

A análise Z possibilita a comparação de indivíduos de deferentes idades, sexo, nível de aptidão


física, sempre usando como referência o grupo da mesma idade e sexo. Assim, um menino de 13
anos de idade cronológica será comparado com o grupo-padrão de referência, o grupo de 13
anos de idade do sexo masculino. Quando esse garoto completar 14 anos de idade será utilizado,
então, o padrão de referência 14 anos do mesmo sexo e assim por diante. Dessa forma
poderemos monitorizar seu crescimento, dado pelos valores absolutos, por exemplo, saltar 40
cm aos 13 anos e passar para 44 cm aos 14 anos, como também seu desenvolvimento, através
dos valores de Z, por exemplo, ter um Z de 1,0 aos 13 anos e de 1,5 aos 14 anos, significa
dizer que o menino não só cresceu como também desenvolveu, pois saltou de 40 para 44
cm e o Z de 1 foi para Z 1,5, tornando-se assim uma das técnicas mais simples, prática e ao
mesmo tempo precisa diferenciar crescimento de desenvolvimento, ou, ainda efeito de
crescimento de efeito de treinamento físico. Ele quer saber se terá chance de alcançar a seleção
nacional de voleibol, que salta em média 72 cm. Imaginando-se que o valor-padrão de referência
desta mesma idade (14 anos) seja 40 cm, com um desvio-padrão de referência desta mesma
idade de 2,0 cm, aplicando a fórmula do índice Z, verifica-se que o garoto se encontra a 2
desvios-padrões de referência acima da média. Agora se procura determinar o índice Z da
seleção nacional de voleibol. Imaginando que o valor padrão de referência para esse grupo
seja de 60 cm e o desvio-padrão de 3 cm, correspondendo a um índice Z de 4, compara-se,
então, o valor de Z do garoto ao do Z da seleção nacional, chega-se à conclusão que para
essa variável o garoto não apresenta perfil requerido para alcançar a seleção nacional. Como o
talento não é definido a partir de apenas uma variável de aptidão física, repetem-se o
procedimento com o conjunto das variáveis medidas, verificando-se até que ponto existe
similaridade entre o garoto e a seleção nacional, principalmente nas chamadas características
chaves, ou seja, aquelas que se afastam mais da média populacional.
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125

ESTRATÉGIA Z
Qual será o significado de um voleibolista de 12 anos que saltou 45 cm em Impulsão Vertical Com
Auxílio dos Braços e se encontra na fase pré-púbere (referência da população de 12 anos igual a
32,42(média) e de 5,50 (desvio), sabendo que atleta da seleção brasileira de volei salta em
média 67,7 cm (referência da população de 18 anos é igual a 42,57 cm (média) e de 4,62 cm
(desvio). Para análise da questão faça os seguintes passos:
22. Localizar o Posto Percentil em que se encontra a atleta para cada idade;
23. Determinar a estratégia “Z” para adolescente de 12 anos comparado com a média da
população da mesma idade;
24. Determinar a estratégia “Z” para os dados extrapolados da criança aos 18 anos e
comparado com a média da população da mesma idade;
25. Determine a estratégia “Z” para atletas da Seleção Brasileira de Voleibol comparado com a
média da população de 18 anos.

 Segundo os resultados encontrados pela estratégia “Z”, responda se o/a adolescente tem
chance de atingir a Seleção Brasileira Adulta, com base no comportamento de crescimento da
variável antes durante e após o período em que ocorre o Pico de Velocidade de Estatura
(PVE).
 ( ) Sim ( ) Não. Por que?
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126
MEDIDAS DE FLEXIBILIDADE
Teste de Banco de WELL’S

Descrição do Teste de Sentar e Alcançar de Well’s e Dillon (Banco de Well’s)

A - Objetivo: Avaliação da flexibilidade da região posterior das coxas, quadril e lombar.


B - Material: Ficha de protocolo e bloco de madeira (banco) conforme figura abaixo:

C – Procedimento: Para a realização do teste, o


avaliado senta se no chão, com os joelhos
estendidos, sem calçados, apoiando a região
plantar dos pés na extremidade frontal do banco.
O mesmo deve inclinar seu corpo à frente (flexão
de tronco), empurrando com as pontas dos dedos
uma haste o máximo que conseguir sem
solavancos. Registra se a distância em
centímetros que as pontas dos dedos das mãos
ficam em relação à região plantar dos pés (local
em que a haste pára).

D - Observações:
O teste apresenta limitação em não poder controlar certas influências endógenas, como o
próprio comprimento dos braços e pernas dos avaliados.
O aquecimento é permitido, ficando a critério do avaliado.
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127
Tabela de classificação por idade e sexo

Alcance Máximo obtido para Homens (cm) – Flexibilidade


Idade 15-19 20-29 30-39 40-49 50-59 60-69
Fraco ≤ 23 ≤24 ≤22 ≤17 ≤15 ≤14
Regular 24-28 25-29 23-27 18-23 16-23 15-19
Medio 29-33 30-33 28-32 24-28 24-27 20-24
bom 34-38 34-39 33-37 29-34 28-34 25-32
Excelente ≥39 ≥40 ≥38 ≥35 ≥35 ≥33
Alcance Máximo obtido para Mulheres (cm) Flexibilidade
Idade 15-19 20-29 30-39 40-49 50-59 60-69
Fraco ≤ 28 ≤27 ≤26 ≤24 ≤24 ≤23
Regular 29-33 28-32 27-31 25-29 25-29 24-26
Medio 34-37 33-36 32-35 30-33 30-32 27-30
bom 38-42 37-40 36-40 34-37 33-38 31-34
Excelente ≥43 ≥41 ≥41 ≥38 ≥39 ≥35
Fonte: Pollock, M.L. e Wilmore, J.H. 1993

– Avaliação da Flexibilidade
Sentar e Alcançar – critérios ZSApF -
PROESP
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128
TESTE DE SENTAR E ALCANÇAR DA AAHPERD

A - Objetivo: Avaliação da flexibilidade da região posterior das coxas, quadril e lombar.


B - Material: Ficha de protocolo, fita métrica e fita adesiva, conforme figura abaixo:

C – Procedimento: uma fita adesiva de 50 cm será afixada no solo e a fita métrica será
também afixada perpendicularmente à fita adesiva, com a marca de 63.5 cm diretamente
colocadas sobre a fita adesiva. Sobre a fita adesiva serão feitas 2 marcas eqüidistantes 15 cm do
centro da fita métrica.
O sujeito descalço, sentar-se-á no solo com as pernas estendidas distantes 30 cm, artelhos
apontados para cima e calcanhares centrados nas marcas feitas na fita adesiva. O zero da fita
métrica contará para o sujeito. Com as mãos, uma sobre a outra, o sujeito deverá vagarosamente
deslizar uma das mãos sobre a fita métrica tão longe quanto puder, permanecendo na posição
final, por no mínimo 2 segundos. O avaliador segurará o joelho do sujeito para certificar-se de que
o mesmo não se flexione durante o teste.
Serão oferecidas 2 tentativas de prática, seguidas de 2 tentativas a serem anotadas até a
½ polegada mais próxima. O resultado será dado para a melhor das 2 tentativas anotadas.

Classificação por categoria de nível de flexibilidade, baseada em resultados obtidos por Zago &
Gobbi (2003), em idosas de 60 a 70 anos.
Categoria do nível de Faixa de valores de flexibilidade em
flexibilidade centímetro
Muito fraca 11,5-24,0
Fraca 24,5-44,5
Regular 45,0-53,5
Boa 54,0-61,5
Muito boa 62,0-82,5

Modelo de folha de protocolo

Flexibilidade Resultado Avaliador

São apresentadas a seguir, tabelas com indicadores de desempenho superior para


ambos os sexos e normas provisórias para avaliação da aptidão física relacionada ao
desempenho motor (ApFDM) (PROESP-BR). Em seguida, apresentamos fichas ilustrando
os estágios do padrão da corrida, do salto vertical e do salto horizontal, bem como as
respectivas seqüências de desenvolvimento (GALLAHUE e OZMUN (2003).
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129
Tabela 10 - Valores Absoluto (seg.) e Porcentagem de Maturação de Agilidade em escolares brasileiros
Homens Mulheres
Idade _ _
X S % X S %
07
08
09
10
11
12
13
14
15
16
17
18
* (p < 0,01) “t” Student
Figura. Curva de Agilidade (s) em escolares brasileiros (MATSUDO, 1992).

15

Meninos
14,5
Meninas
14
A g ilid a d e ( s )

13,5

13

12,5

12

11,5

11

10,5

10
7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18

Idade

1o. Caso:- O professor do colégio A deseja comparar os resultados médios dos alunos do seu
colégio no teste de Vai e Vem, com os resultados encontrados pelo professor do colégio B, tendo
as amostras o mesmo número de participantes;

FÓRMULA -1 t= X 1 - X2 X1 = X2 =
o
1 . Passo: Cálculo da razão “t”. s1 = s2 =
(s1)2 + (s2)2 N1 = N2 =
N1 + N2 - 2 t=
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130

2o. Passo: Determinação do valor de “t” na tabela.


gl = N1 + N2 - 2 0,05 = 0,01 =

3o. Passo: Comparar a razão “t” (calculado) com o valor de “t” tabelado.

Valores de "t" aos níveis de significância de 0,05 e 0,01


Gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01
01 12,702 63,657 09 2,262 3,250 17 2,110 2,898 25 2,060 2,787
02 4,303 9,925 10 2,228 3,169 18 2,101 2,878 26 2,056 2,779
03 3,182 5,841 11 2,201 3,106 19 2,093 2,861 27 2,052 2,771
04 2,771 4,604 12 2,179 3,055 20 2,086 2,845 28 2,048 2,763
05 2,571 4,032 13 2,160 3,012 21 2,080 2,831 29 2,045 2,756
06 2,447 3,707 14 2,145 2,977 22 2,074 2,819 30 2,042 2,750
07 2,365 3,499 15 2,131 2,947 23 2,069 2,807 40 2,021 2,704
08 2,306 3,355 16 2,120 2,921 24 2,064 2,797 60 2,000 2,660
120 1,980 2,617
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2o. Caso:- O técnico de voleibol deseja comparar o resultado médio do teste de Vai e Vem
com o resultado médio apresentado no mesmo teste por uma equipe de basquetebol, tendo a
amostra número diferentes de participantes;

FÓRMULA - 2
1o. Passo: Cálculo da razão “t”. X1 - X2
t=
X1 = X2 = N1 x (s1)2 + N2 x (s2)2 1 + 1
s1 = s2 = X
N1 = N2 = N1 + N2 - 2 N1 N2
t=

2o. Passo: Determinar o valor de “t” na tabela.


gl = N1 + N2 – 2 0,05 = 0,01 =

3o. Passo: Comparar a razão “t” (calculado) com o valor de “t” tabelado.

Valores de "t" aos níveis de significância de 0,05 e 0,01


Gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01
01 12,702 63,657 09 2,262 3,250 17 2,110 2,898 25 2,060 2,787
02 4,303 9,925 10 2,228 3,169 18 2,101 2,878 26 2,056 2,779
03 3,182 5,841 11 2,201 3,106 19 2,093 2,861 27 2,052 2,771
04 2,771 4,604 12 2,179 3,055 20 2,086 2,845 28 2,048 2,763
05 2,571 4,032 13 2,160 3,012 21 2,080 2,831 29 2,045 2,756
06 2,447 3,707 14 2,145 2,977 22 2,074 2,819 30 2,042 2,750
07 2,365 3,499 15 2,131 2,947 23 2,069 2,807 40 2,021 2,704
08 2,306 3,355 16 2,120 2,921 24 2,064 2,797 60 2,000 2,660
120 1,980 2,617
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132
3o. Caso: O técnico de futebol de salão deseja comparar os resultados médios de um teste
Vai e Vem, realizado pela sua equipe no início da fase de treinamento (1 o. teste) e após 2 meses
de treinamento (2o. teste).
FÓRMULA -3
X1 X2 X1 - X 2 D2

X1 X2 =

1o. Passo: Cálculo do desvio padrão da diferença.


s=  D2 - (X1 - X2)2
N

s=

2o. Passo: Cálculo da razão “t”.

t = X1 - X2 x ( N - 1 )

s
t=
3o. Passo: Determinação do valor de “t” na tabela.
g1 = 0,05 = 0,01 =

4o. Passo: Comparação da razão “t” (calculado) com o valor de “t” tabelado.

Valores de "t" aos níveis de significância de 0,05 e 0,01


Gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01 gl 0,05 0,01
01 12,702 63,657 09 2,262 3,250 17 2,110 2,898 25 2,060 2,787
02 4,303 9,925 10 2,228 3,169 18 2,101 2,878 26 2,056 2,779
03 3,182 5,841 11 2,201 3,106 19 2,093 2,861 27 2,052 2,771
04 2,771 4,604 12 2,179 3,055 20 2,086 2,845 28 2,048 2,763
05 2,571 4,032 13 2,160 3,012 21 2,080 2,831 29 2,045 2,756
06 2,447 3,707 14 2,145 2,977 22 2,074 2,819 30 2,042 2,750
07 2,365 3,499 15 2,131 2,947 23 2,069 2,807 40 2,021 2,704
08 2,306 3,355 16 2,120 2,921 24 2,064 2,797 60 2,000 2,660
120 1,980 2,617
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POSTO PERCENTIL
Escores percentis, são pontos estimados de uma distribuição de freqüência que determina uma
dada porcentagem de sujeitos que apresentam escores brutos acima ou abaixo deles.
“Realizei o teste de Vai e Vem até o oitavo estágio”. Qual será minha classificação? Esta
pergunta normalmente é feita por todos aqueles que são submetidos a uma avaliação. Como
respondê-la é a preocupação comum de professores de educação física, técnicos desportivos e
profissionais que atuam nas diversas áreas de atividade física. O objetivo deste trabalho é propor
a utilização de um método estatístico-Posto Percentil como solução para tais situações. Os
postos percentis são os melhores indicadores de posição real do indivíduo em sua classe e
podem ser determinados utilizando-se a média e o desvio padrão dos resultados encontrados
pelo grupo em estudo, de acordo com o seguinte procedimento:
3. levar em consideração a idade da pessoa e os valores de referência da população (média
“x” e desvio padrão “S ±” );
4. idade e sexo que queremos comparar.
Considerando que a média dos valores para ambos os sexos estão no quadro abaixo, calcule os
postos percentis e classifique essa pessoa, considerando a idade e sexos.
Fórmula para classificar os escores derivados de percentis para variáveis de
desempenho motor
P5 = 1,64 x dp - média P10 = 1,38 x DP - média P25 = 0,67 x dp - média
P95 = 1,64 x dp + média P90 = 1,38 x dp + média P75 = 0,67 x dp + média
P99 = 3,00 x dp + média
dp = desvio padrão da referência média =média da referência
Delta % (Maturação Funcional) = valor médio de cada idade / valor médio dos 18 anos
Estimativas de média , desvio padrão e distribuição de percentis dos resultados da AGILIDADE segundos)
administrado em crianças e adolescentes do sexo masculino.
Faixa Média Desvio Delta % P5 P10 P25 P50 P75 P90 P95 P99
etária padrão
07
08
09
10
11
12
13
14
15
16
17
18
Estimativas de média , desvio padrão e distribuição de percentis dos resultados do teste AGILIDADE
(segundos) administrado em crianças e adolescentes do sexo feminino.
Faixa Média Desvio Delta % P5 P10 P25 P50 P75 P90 P95 P99
etária padrão
07
08
09
10
11
12
13
14
15
16
17
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ESCORE Z

A análise Z possibilita a comparação de indivíduos de deferentes idades, sexo, nível de aptidão


física, sempre usando como referência o grupo da mesma idade e sexo. Assim, um menino de 13
anos de idade cronológica será comparado com o grupo-padrão de referência, o grupo de 13
anos de idade do sexo masculino. Quando esse garoto completar 14 anos de idade será utilizado,
então, o padrão de referência 14 anos do mesmo sexo e assim por diante. Dessa forma
poderemos monitorizar seu crescimento, dado pelos valores absolutos, por exemplo, saltar 40
cm aos 13 anos e passar para 44 cm aos 14 anos, como também seu desenvolvimento, através
dos valores de Z, por exemplo, ter um Z de 1,0 aos 13 anos e de 1,5 aos 14 anos, significa
dizer que o menino não só cresceu como também desenvolveu, pois saltou de 40 para 44
cm e o Z de 1 foi para Z 1,5, tornando-se assim uma das técnicas mais simples, prática e ao
mesmo tempo precisa diferenciar crescimento de desenvolvimento, ou, ainda efeito de
crescimento de efeito de treinamento físico. Ele quer saber se terá chance de alcançar a seleção
nacional de voleibol, que salta em média 72 cm. Imaginando-se que o valor-padrão de referência
desta mesma idade (14 anos) seja 40 cm, com um desvio-padrão de referência desta mesma
idade de 2,0 cm, aplicando a fórmula do índice Z, verifica-se que o garoto se encontra a 2
desvios-padrões de referência acima da média. Agora se procura determinar o índice Z da
seleção nacional de voleibol. Imaginando que o valor padrão de referência para esse grupo
seja de 60 cm e o desvio-padrão de 3 cm, correspondendo a um índice Z de 4, compara-se,
então, o valor de Z do garoto ao do Z da seleção nacional, chega-se à conclusão que para
essa variável o garoto não apresenta perfil requerido para alcançar a seleção nacional. Como o
talento não é definido a partir de apenas uma variável de aptidão física, repetem-se o
procedimento com o conjunto das variáveis medidas, verificando-se até que ponto existe
similaridade entre o garoto e a seleção nacional, principalmente nas chamadas características
chaves, ou seja, aquelas que se afastam mais da média populacional.
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ESTRATÉGIA Z
Qual será o significado de um voleibolista de 12 anos que saltou 45 cm em Impulsão Vertical Com
Auxílio dos Braços e se encontra na fase pré-púbere (referência da população de 12 anos igual a
32,42(média) e de 5,50 (desvio), sabendo que atleta da seleção brasileira de volei salta em
média 67,7 cm (referência da população de 18 anos é igual a 42,57 cm (média) e de 4,62 cm
(desvio). Para análise da questão faça os seguintes passos:
26. Localizar o Posto Percentil em que se encontra a atleta para cada idade;
27. Determinar a estratégia “Z” para adolescente de 12 anos comparado com a média da
população da mesma idade;
28. Determinar a estratégia “Z” para os dados extrapolados da criança aos 18 anos e
comparado com a média da população da mesma idade;
29. Determine a estratégia “Z” para atletas da Seleção Brasileira de Voleibol comparado com a
média da população de 18 anos.

 Segundo os resultados encontrados pela estratégia “Z”, responda se o/a adolescente tem
chance de atingir a Seleção Brasileira Adulta, com base no comportamento de crescimento da
variável antes durante e após o período em que ocorre o Pico de Velocidade de Estatura
(PVE).
 ( ) Sim ( ) Não. Por que?
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FICHA PARA OBSERVAÇÃO DO ESTÁGIO PADRÃO DE CORRIDA

Estágio inicial

 Jogo de pernas pequeno, limitado.


 Passos largos,irregulares e rígidos.
 Fase de vôo não observável.
 Extensão incompleta de perna de apoio.
 Movimento curto e rígido com graus
variados de flexão do cotovelo.
 Braços tendendo a balançar em direção
externa e horizontalmente.
 Balanço da perna tende para fora do
quadril.
 Balanço do pé com dedos para fora.
 Base de apoio larga.

Estágio Elementar

 Aumento da extensão da passada, do


balanço do braço e da velocidade.
 Fase de vôo limitada, mas observável.
 Extensão mais completa de perna de apoio
no impulso.
 Aumento da oscilação do braço.
 Balanço horizontal do braço reduzido no
movimento para trás.
 Pé de trás cruza linha mediana da altura.

Estágio Maduro

 Máxima extensão da passada e de sua


velocidade.
 Fase de vôo definida.
 Extensão completa da perna de apoio.
 Coxa de trás paralela ao solo.
 Oscilação vertical dos braços em oposição
às pernas.
 Braços dobrados em ângulos
aproximadamente retos.
 Mínima ação de rotação do pé e da perna
de trás.

Dificuldades de Desenvolvimento

 Oscilação do braço inibida ou exagerada.


 Braços cruzando a linha mediana do corpo.
 Colocação imprópria do pé.
 Inclinação exagerada do tronco para frente.
 Braços se movimentando pesadamente nas laterais ou residentes para manter equilíbrio.
 Giro do tronco.
 Cadência rítmica pobre.
 Apoio do pé inteiro no solo.
 Pés ou pernas irregularmente virados para dentro ou para fora.
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FICHA PARA OBSERVAÇÃO DO ESTÁGIO PADRÃO DE SALTO VERTICAL

Estágio inicial

 Agachamento preparatório inconsistente.


 Dificuldade de impulsionar com ambos os
pés.
 Extensão insuficiente do corpo ao
impulsionar.
 Elevação da cabeça pequena ou ausente.
 Braços não coordenados com o tronco e a
ação da perna.
 Baixa altura alcançada.
Estágio Elementar

 Flexão dos joelhos excede ângulo de 90


graus no agachamento preparatório.
 Inclinação para frente exagerada durante o
agachamento.
 Impulso com os dois pés.
 Corpo não se estende totalmente durante
fase de vôo.
 Braços tentam auxiliar vôo e equilíbrio, mas
em geral não igualmente.
 Deslocamento horizontal notável no pouso.
Estágio Maduro

 Agachamento preparatório com flexão de


joelho entre 60 e 90 graus.
 Extensão firme dos quadris, joelhos e
tornozelos.
 Elevação dos braços coordenada e
simultânea.
 Inclinação da cabeça para cima com olhos
focalizados no alvo.
 Extensão total do corpo.
 Elevação do braço de alcance com
inclinação do ombro combinada com
abaixamento do outro braço no auge do
vôo.
 Pouso controlado bastante próximo ao
ponto de partida.

Dificuldades de Desenvolvimento

 Falha em permanecer sem contato com o solo.


 Falha em impulsionar com ambos os pés ao mesmo tempo.
 Falha em agachar com ângulo aproximado de 90 graus.
 Falha em estender corpo,pernas e braços com firmeza.
 Coordenação pobre das ações de pernas e braços.
 Inclinação de braços para trás ou para as laterais para se equilibrar.
 Falha em guiar com os olhos e a cabeça.
 Pouso em um pé só.
 Flexão de quadris e joelhos inibida ou exagerada ao pousar.
 Deslocamento horizontal marcantes ao pousar.
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FICHA PARA OBSERVAÇÃO DO ESTÁGIO PADRÃO DE SALTO HORIZONTAL


Estágio Inicial
 Movimento limitado; braços não iniciam
ação do salto.
Durante o vôo - Braços se movem para
os lados e para baixo, ou para trás e para
cima,para manter o equilíbrio
 Tronco se move em direção vertical;
ênfase pequena na extensão do salto.
 Agachamento preparatório inconsistente
em termos de flexão de pernas.
 Dificuldade de usar ambos os pés
 Extensão limitada de tornozelos, joelhos e
quadris ao impulsionar.
 Peso corporal cai para trás ao pousar.
Estágio Elementar
 Braços iniciam a ação do salto
 Braços se mantêm na frente do corpo
durante agachamento preparatório
 Braços se movem para as laterais para
manter equilíbrio durante o vôo
 Agachamento preparatório mais profundo
e mais consistente
 Extensão mais completa do joelho e do
quadril ao impulsionar
 Quadris flexionados durante o vôo;coxas
mantidas em posição flexionada.
Estágio Maduro
 Braços se movem para o alto e para trás
durante o agachamento preparatório
 Durante o impulso, braços se inclinam para
frente com força e alcançam altura.
 Braços mantêm-se altos durante toda a
ação do salto
 Tronco inclinado em ângulo aproximado de
45 graus
 Ênfase maior na distância horizontal
 Agachamento preparatório profundo e
consistente
 Extensão completa de tornozelos, joelhos e
quadris ao impulsionar.
 Coxas mantêm-se paralelas ao solo
durante o vôo; pernas pendem
verticalmente.
Peso corporal inclina-se para frente ao
pousar.

Dificuldades de Desenvolvimento
 Uso impróprio dos braços (ou seja, falha ao usar os braços em oposição à perna de propulsão em um balanço
de altos e baixos, como flexionar, estender e flexionar novamente a perna).
 Giro ou torção do corpo.
 Inabilidade de executar o impulso tanto com um pé só quanto com os dois pés.
 Agachamento preparatório insuficiente.
 Movimentos restritos de braços e pernas.
 Ângulo de impulso insuficiente.
 Falha em estender-se totalmente ao decolar.
 Falha em estender as pernas para frente ao pousar.
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 Cair de costas ao aterrissar.

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