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GUIA PRÁTICO

DE AVALIAÇÃO
DO JOELHO
PROF. DR. LEÔNIDAS DE OLIVEIRA NETO
REVISÃO
Natália Custódio
Todos os direitos desta edição

são reservados ao autor.


DIAGRAMAÇÃO
Natália Custódio

Copyright © 2020 de Leônidas de Oliveira Neto

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autorização expressa, por escrito, do autor ou editor, exceto

pelo uso de citações breves.

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GUIA PRÁTICO
DE AVALIAÇÃO
DO JOELHO
PROF. DR. LEÔNIDAS DE OLIVEIRA NETO
SOBRE O AUTOR

GRADUADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E FISIOTERAPIA , COM ESPECIALIZAÇÃO EM

NEUROREABILITAÇÃO , MESTRADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E DOUTORADO EM SAÚDE


COLETIVA . ATUALMENTE É PROFESSOR DAS DISCIPLINAS DE ANATOMIA PALPATÓRIA ,
CINESIOLOGIA E CONSCIÊNCIA CORPORA L DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO

GRANDE DO NORTE (UFRN). COORDENA O GRUPO DE ESTUDO EM BIOMECÂNICA

(GEBIO) DA UFRN, NA QUAL ESTUDA OS ASPECTOS BIOMECÂNICOS ENVOLVIDOS NO

DESENVOLVIMENTO CORPORAL PARA O TRABALHO DE REABILITAÇÃO MOTORA E

PERFORMANCE NEUROMUSCULAR. DO GRUPO DESMEMBRAM-SE OS PROJETOS

VOLTADOS PARA O ACOMPANHAMENTO DA SAÚDE DO IDOSO (VIVENDO IDOSOS) E O

NÚCLEO DE AVALIAÇÃO EM SAÚDE E RENDIMENTO (NASARE). SUA TEMÁTICA CENTRAL

DE ESTUDO É O CONTROLE MOTOR, A PARTIR DO QUAL BUSCA FAZER RELAÇÕES COM

SUAS IMPLICAÇÕES NA BIOMECÂNICA APLICADA AO TREINAMENTO DE FORÇA,

CAPACIDADE FÍSICA E MOTORA DE DIVERSOS GRUPOS POPULACIONAIS DESDE

IDOSOS A ATLETAS.
DOR ANTERIOR DO JOELHO
A dor anterior do joelho, denominação dada a Síndrome da

Dor Fêmoropatelar (SDFP) é ocasionada por um desequilíbrio

biomecânico que acomete a articulação do joelho, mais

especificamente a articulação entre o fêmur e a patela.

25% ♀>
Acredita-se que até 25% A maior prevalência ocorre

da população tenha SDFP. em mulheres.

Pessoas sedentárias e indivíduos com carga de treinamento

elevado (atletas) tem mais chance de desenvolver problemas

no joelho. Enquanto o primeiro grupo pode desenvolver os

problemas pelo excesso de peso e/ou fraqueza muscular, o

segundo grupo pode desenvolver pelo excesso de estresse

causado pela sobrecarga de treino na articulação

patelofemoral.
EXERCÍCIOS X DOR NO JOELHO

Os exames de imagem são os testes mais utilizados para

diagnóstico sobre as disfunções do aparelho locomotor. Inclusive,

grande parte dos estudos sobre a temática tem focado

especialmente nesses recursos tecnológicos para o

desenvolvimento de pesquisas na área. Entretanto, recentemente

a busca por teste clínicos, simples e de fácil aplicabilidade tem

ganhado cada vez mais destaque tanto na comunidade científica

quanto na prática clínica, pela capacidade de reprodução em

larga escala. Especialmente, nos dias atuais em que o acesso aos

hospitais estão cada vez mais restritos no intuito de reduzirmos a

ida dos pacientes a ambientes de risco para contaminação da

COVID-19. Assim, se faz necessário levantarmos a discussão sobre

quais testes clínicos podemos utilizar na prática para

alcançarmos um resultado real sobre a condição de saúde do

aparelho locomotor. Por esse motivo, lanço esse e-book na

tentativa de dialogarmos sobre testes que podem facilitar no

manejo de alunos, pacientes ou clientes com dor anterior do

joelho.
O QUE DEVEMOS AVALIAR?

O professor Christopher Powers criou,

em 2003, uma hipótese teórica para

explicar os motivos pelos quais

adquirimos dor patelofemoral.

Segundo sua hipótese teórica, uma

disfunção no padrão de movimento

do tornozelo ou do quadril

desencadeariam uma alteração

biomecânica capaz de gerar maior

estresse medial do joelho (genovalgo

dinâmico). Dessa forma, os

protocolos de avaliação listados na

literatura tem como base

compreender quais fraquezas e

encurtamentos podem ocasionar

esses desequilíbrios e gerar um

processo lesivo no joelho. Assim, os

próximos protocolos de testes

elencados tem como base essa

premissa e vem no intuito de fazer

você, profissional do movimento,

utilizar testes prognósticos

respaldados na literatura científica.


TESTE DE ENCURTAMENTO DO
RETO FEMORAL

COMO FAZER?

O teste de Ely deve ser executado com o voluntário em

decúbito ventral. Um examinador flexiona passivamente o

joelho a ser testado até a máxima amplitude de movimento

(ADM). Enquanto esta posição for mantida, o voluntário deve

permanecer com a coxa no solo. Retirar o quadril do solo ou

não conseguir tocar o calcanhar na região glútea, pode ser um

sinal característico de indivíduos com encurtamento do

músculo reto femoral.


MOBILIDADE DE TORNOZELO

COMO FAZER?

Posicione o hálux (dedão do pé) a 10 cm de distância da

parede. Enquanto o membro oposto permanece atrás do

membro testado, com a distância de 1 pé de comprimento, o

participante deve levar o joelho até tocar na parede sem

retirar o calcanhar do solo. Se para tocar na parede for

preciso retirar o calcanhar do solo, possivelmente o voluntário

estará com déficit de mobilidade do tornozelo.

OBS: INICIALMENTE FIXE UMA FITA


ADESIVA NO CHÃO E UMA FITA
VERTICAL NA PAREDE, FAZENDO UM
ÂNGULO DE 90º. ISSO IRÁ AJUDAR O
VOLUNTÁRIO A POSICIONAR O PÉ DE
MANEIRA CORRETA DURANTE A
REALIZAÇÃO DO TESTE.

a = 10 cm
a
<--->
FORÇA ABDUTORA DO QUADRIL

COMO FAZER?

A força do abdutor do quadril* poderá ser avaliada

manualmente com os sujeitos posicionado em decúbito lateral

ao membro inferior não testado. O membro a ser avaliado fica

posicionado pelo examinador em aproximadamente 20 graus

de abdução, 10 graus de extensão e rotação neutra. As

assimetrias entre os membros devem ser consideradas para

análise. A literatura relata uma fraqueza considerável naquele

membro em que o paciente relata dor no joelho.

OBS: *Apesar de poder ser avaliada manualmente a teste de

maior confiabilidade para avaliação da força dos abdutores é

pelo uso do dinamômetro manual digital. Caso possua

maquinário para realizar, também é possível.


FORÇA DO QUADRÍCEPS

COMO FAZER?

A força extensora do joelho* poderá ser avaliada

manualmente com o sujeito posicionado em decúbito ventral,

com o joelho flexionado a 90 graus e quadril em leve rotação

lateral. A resistência deverá ser aplicada distalmente à tíbia

enquanto o avaliado realiza a extensão de joelho. As

assimetrias entre os membros devem ser consideradas para

análise. A literatura relata uma fraqueza considerável naquele

membro em que o paciente relata dor no joelho.

OBS: *APESAR DE PODER SER


AVALIADA MANUALMENTE O
TESTE DE MAIOR
CONFIABILIDADE PARA
AVALIAÇÃO DA FORÇA DO
QUADRÍCEPS É PELO USO DO
DINAMÔMETRO MANUAL
DIGITAL. CASO POSSUA
MAQUINÁRIO PARA REALIZAR,
TAMBÉM É POSSÍVEL.
TESTE DE DESLIZAMENTO
PATELAR

COMO FAZER?
O paciente fica deitado em decúbito dorsal com o quadríceps

relaxado e joelhos estendidos. O pesquisador aplica uma

força dirigida medialmente para a borda lateral da patela com

os polegares e o deslocamento máximo do ápice (ângulo

inferior) da patela deve ser marcado na pele. Na sequência o

avaliador aplica uma força lateralmente direcionada para a

borda medial da patela e novamente o deslocamento máximo

do ápice (ângulo inferior) da patela deverá ser marcado na

pele. A distância entre os deslocamentos médio-laterais

deverá ser registrado como total deslocamento da patela no

plano coronal. Essa distância deverá ser mensurada utilizando

uma régua e apresentada em milimimetros e geralmente

pessoas com dor no joelho apresentam redução da mobilidade

em comparação ao joelho sadio.


A partir desses simples testes clínicos é possível

identificarmos subgrupos de pacientes com síndrome

dolorosa patelofemoral e assim pensar numa estratégia

eficaz de intervenção direcionada a cada caso, seja

trabalhando mobilidade, fortalecimento ou ainda

prescrevendo exercícios de controle motor.

A literatura aponta que esses desequilibrios podem reduzir a

capacidade de estabilidade dinâmica e passiva de quadril e

tornozelo, consequentemente sobrecarregando a

capacidade do joelho de absorver impactos, em especial na

articulação patelofemoral. Portanto, essas análises fornecem

um primeiro passo IMPORTANTE para deduzirmos qual deverá

ser a intervenção direcionada para cada paciente.

Entretanto, qual o padrão de referência para cada teste?


O que um encurtamento ou uma fraqueza pode
ocasionar? Como identificar o subgrupo de lesão do
joelho em que o paciente se encontra? Quais os
melhores recursos terapêuticos?
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