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ASSISTÊNCIA MULTIPROFISSIONAL E SEUS IMPACTOS NA MELHORA DA QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES COM

AMPUTAÇÃO DE MEMBRO INFERIOR: RELATO DE CASO


Daiane Figueira de S Feitosa3, Daniela da Silva2, Danielle Souza Santos1, Débora Amorim Rodrigues2, Eliene Ferreira do Nascimento2, Emylly de Godoi Araújo2, Fernando Rodrigues Ribeiro2, Geovana Ferreira Januário3, Isabela Marinho
Gonçalves1, Izabella Christina Pereira dos Santos3, João Luiz Carvalho de Oliveira2, João Ricardo Garcia1, Kelly Lorrayne Souza, Leila Andrielly F da Silva 3, Maria Luiza Araújo Silva Santos2, Marina Costa Nascimento Rodrigues2, Zenaide
Alves dos Santos 1 Prof. Alexandre de Brito 5 , Prof. Esp. Elane Oliveira 4
Graduandos do curso de biomedicina ¹ Graduandos do curso de enfermagem ² Graduandos do curso de fisioterapia³ Docente do curso de enfermagem 4 Docente do curso de fisioterapia 5

OBSERVAÇÃO DA REALIDADE HIPÓTESES DE SOLUÇÃO


N.R.S., sexo feminino, 80 anos, víuva, reside no parque Santa Rita, município de
Aparecida de Goiânia-GO, onde atualmente mora com dois filhos e um irmão. Objetivo funcionalidade: Ser capaz de andar por 100 metros de forma independente

Sedentária, tabagista por 30 anos (cessou há 20 anos). Mãe de 8 filhos, sendo 7 partos para realizar as atividades básicas de vida diária em até 1 mês.

normais e 1 cezariano. Possui acesso ao atendimento domiciliar pela rede pública e Objetivos terapêuticos:

realiza fisioterapia há 9 anos pelo programa de estágio da Universidade Alfredo Nasser. 1 - Aumentar graus de força muscular do manguito rotador e flexores de quadril.

Há 20 anos procurou o serviço de saúde após queixar-se de dor no pé esquerdo e 2 - Melhorar a amplitude de movimento para dorsiflexão do pé direito.

apresentar um “cravo” (SIC) que não conseguia retirar. Posteriormente, foi realizado o 3 - Melhorar o equilíbrio durante a marcha.

procedimento de retirada e durante os 5 anos seguintes manteve sua vida ativa, sem 4 - Promover reexpansão pulmonar.

nenhuma restrição ou outro tipo de acompanhamento médico até a evolução do Estratégias de intervenção:

quadro, onde foi encaminhada para a realização de novos exames e diagnosticada com 1 - Exercícios ativos livres em cadeia cinética aberta, resistidos e isotônicos.

uma neoplasia mesenquimal indiferenciada. Foi submetida ao procedimento cirúrgico 2 - Alongamentos passivos e técnica de mobilização articular.

de amputação do pé esquerdo com preservação do calcanhar e atualmente faz uso de 3 - Circuito com obstáculos (cones)

calçados ortopédicos. 4 - Técnicas de reexpansão pulmonar: inspiração em tempos e expiração abreviada.

Ao exame físico apresentou-se corada, alt 1,51cm, peso 69 Kg, IMC 30,3 Kg/m² (obesa
APLICAÇÃO DA REALIDADE
tipo I), PA 130x80 mmHg e FC 64 bpm, FR 22 irpm. Abdome globoso, flácido, indolor à
palpação profunda e baço não palpável. Membros inferiores apresentam edemas, Orientações futuras:
eritema, palpação de pulso dos membros inferiores: Pulso tibial posterior ausente no ● Instruir a paciente sobre a higiene e prevenção de lesões de pele na área da
membro inferior direito e sensibilidade diminuída na região lateral do pé direito. amputação evitando produtos químicos (álcool);
Pele e fâneros com espessamento cutâneo, flácido e hiperpigmentado na região dos ● Evitar água muito quente pois estes promovem o ressecamento da região;
membros periféricos inferiores e superiores, com marcas de erisipela. ● Orientar a paciente sobre a importância de uma alimentação saudável;
Atualmente, possui como queixa principal: “dores nos braços e pernas na hora de ● Demonstrar como realizar o uso dos medicamentos de forma correta para evitar
andar em casa”. interações medicamentosas ou não efeito dos mesmos, cumprindo os intervalos
corretamente.
PONTOS-CHAVES ● Realizar orientações acerca do posicionamento e uso correto do dispositivo de
auxílio da marcha
Ao exame físico foi constatada a amputação do pé esquerdo do tipo Chopart,
resultante de uma neoplasia mesenquimal indiferenciada, edema em membros Adequação do dispositivo para auxílio da marcha realizando a substituição do andador

inferiores, redução da amplitude de movimento no tornozelo direito para eversão, por uma bengala de um ponto.

inversão e dorsiflexão. Relata desejar voltar a andar longas distâncias sem correr o
risco de cair. Durante a avaliação de força, apresentou déficit de força muscular em
membros superiores para flexão, membros inferiores para flexão de quadril
bilateralmente e abdome. Durante a ausculta pulmonar apresentava murmúrio
vesicular reduzido sem ruídos adventícios e redução da expansibilidade torácica em
hemitórax direito e esquerdo. Durante a avaliação da marcha, verificou-se que a
paciente deambula sem auxílio de próteses, com claudicação e deslocando o centro
de gravidade para frente.

TEORIZAÇÃO Fonte: Próprio autor Fonte: Próprio autor

Amputação do membro inferior (pé esquerdo), com preservação do calcanhar, devido REFERÊNCIAS
diagnóstico de neoplasia mesenquimal indiferenciada.

Foi desempenhado um programa de reabilitação que visasse a sua melhora da BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações
capacidade funcional com: Programáticas Estratégicas. Diretrizes de atenção à pessoa amputada. Brasília: Ministério da
● Estabelecimento das amplitudes de movimento e Adequação do uso de órtese para Saúde, 2013. Disponível em:
auxílio da marcha com uma Bengala retrátil; https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_ atencao_pessoa_amputada.pdf

● Fortalecimento muscular; Acesso: 15 abr. 2023.

● Exercícios proprioceptivos. BRUNNER, L.S et al. Fisiologia. 2° ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. (BRUNNER, 2004).

BOCCOLINI, F. Amputados. In: LEITÃO, A. LEITÃO, V.A. Clínica de reabilitação. São Paulo:
Atheneu, 1995.

MONTEIRO, Helen Cristina et al. Perfil dos pacientes amputados de membros inferiores

Fonte: Exame Radiografia, Lab. Mudimed,2018


atendidos por um centro de referência: estudo clínico e epidemiológico. Revista FisiSenectus,

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