Você está na página 1de 22

FACULDADE SETE LAGOAS - FACSETE

PUBALGIA CASO CLÍNICO


BASEADO EM EVIDÊNCIAS

DISCENTES: ADRIANE CAROLINE, BRUNA ROCHA,


EMANUELLE LOPES, MARCELA EMANUÈLLE, MARCELA
FERNANDES E VANESSA MENDES
DOCENTE: JULIANO COSTA
CASO CLÍNICO
Paciente N.F.A.S 26 anos do sexo masculino, chegou à clínica de fisioterapia queixando-se de
dor limitante localizada na região anterior da pelve com intensidade na região do baixo
abdômen, apresenta relato de piora quando realiza o movimento de chute (chapada).

Este é atleta profissional, e está no meio da temporada do Mineiro. Antes, o mesmo relatou que
ficou parado 3 meses até ser chamado pelo o atual time, não realizando nenhum preparo físico
durante esse tempo.

Paciente relata que está passando por treinos intensos todos os dias, além de praticar
academia 3 vezes na semana em grupo com acompanhamento profissional onde é realizado
exercícios globais. Apresenta cirurgia de LCA em ambos os joelhos.
HIPÓTESE
Distensão de adutor
O PACIENTE
APRESENTOU
Palpação dolorosa em toda a região
do púbis e na região da musculatura
de adutor.
Paciente não apresentava
hematomas na parte interna da coxa
e nem inchaço. Ao pedir o paciente
para realizar uma adução de quadril
o mesmo relatou dor quando
aumentava a velocidade e a
amplitude do movimento.

Teste de adução resistida: Paciente


relata que sentiu dor na região de
adutor e proximal ao púbis. Não
soube relatar como era essa dor.
SEGUNDA HIPÓTESE
PUBALGIA

Manobra de grava: positivo.


Compressão do osso do púbis: Dor intensa.
RESSONÂNCIA
Logo após o ortopedista do time pediu uma ressonância e o
resultado foi:
PUBALGIA
É definida como um processo
inflamatório não infeccioso que acomete a
sínfise púbica. Local de origem e inserção
de diversos músculos, como os adutores
DOR
de coxa (longo, curto, magno e pectíneo),
e músculos abdominais.

É uma das causas mais frequentes de


dores crônicas na virilha.
ETIOLOGIA
A causa da pubalgia está associada a
desequilíbrios na musculatura abdominal e de
adutores de quadril.

Provocadas por esforços repetitivos comuns na


pratica esportiva, como futebol 50% dos casos,
rugby 18%, corridas de longa distância
(maratonas) 20%, tênis 8 %, e as demais
atividades 4%.
SINAIS E SINTOMAS
O principal sintoma da pubalgia é a dor
localizada em sínfise púbica, inserção
abdominal inferior e na origem do tendão dos
adutores, podendo irradiar para o ventre
muscular dos músculos abdominais,
adutores,períneo, região inguinale escrotal.

Sendo agravada pormovimentos pélvicos,


como a deambulação, alongamento
oufortalecimento dos músculosabdominais e
DOR
adutores ou atividadesque aumentem a
pressão intra-abdominal.
DIAGNÓSTICO
MANOBRA DE GRAVA
O exame é feito com o paciente em decúbito dorsal,
com um dos membros em extensão e outro em
abdução e rotação externa do quadril, e com o joelho
flexionado em torno de 70º. O examinador, com uma
das mãos, força abdução e solicita ao paciente flexões
repetidas do abdômen.

A manobra é considerada positiva quando o paciente


não consegue completar o movimento, devido à dor
tanto no adutor quanto na região púbica.
DIAGNÓSTICO
TESTE DE LACUNA DA SÍNFISE
O teste de lacuna da sínfise é executado com
o atleta em decúbito dorsal em 90°- 90°
(quadril-joelho), com as pernas apoiadas
peloexaminador.

O atleta então, executa uma contração


isométrica dos músculos adutores contra o
punho do examinador; resposta dolorosa do
músculo é considerada uma prova positiva.
DIAGNÓSTICO
DOR
Alguns autores, como JOHNSON (2003), e
THIMOTY et al (2004), consideram a dor à
palpação na sínfise púbica uma exigência
absoluta para confirmar o diagnóstico.
INTERVENÇÃO
Em geral,as técnicas conservadorasmais utilizadas são:

Fortalecimento dos músculos dos adutores e da musculatura


abdominal: aumentam a resistência dos tendões acometidos,
restabelecendo o equilíbrio muscular e melhorando a
estabilidade de tronco e quadril, pode ser uma intervenção eficaz
para atletas com dor na virilha.

Fortalecimento de músculos adjacentes ao púbis como:


abdominais, abdutores, adutores, estabilização de tronco e lombo
pélvica, são consideradas fundamentais para o processo de
reabilitação, objetivando a estabilidade central
INTERVENÇÃO
Ativação do transverso do abdômen nos exercícios
de fortalecimento, que pode estar associado ao
treino equilíbrio e à corrida, com o intuito de
proporcionar a estabilização lombo pélvicae o
controle de força e movimento nas atividades.

Este achado é justificável visto que um dos fatores


causais da pubalgia é ageração de forças desiguais
entre musculaturade membros inferiorese
abdominais, causando cisalhamento na sínfise
púbica, provocando alterações nos movimentos da
pelve e o desequilíbrio muscular.
INTERVENÇÃO
Analgesia por meio de aparelhos
eletrotermofototerápicos e crioterapia.

Treino de flexibilidade dos músculos ligados ao


púbis/ estabilizadores lombopélvicos; correção
dos desequilíbrios de força; mobilização da
articulação sacroilíaca; adaptação do calçado
que favoreça o menor impacto biomecânico;
treino de propriocepção, e por fim, a fase de
retorno ao esporte.
ANÁLISE CRÍTICA
O papel desempenhado pelo fisioterapeuta é
extremamente útil e efetivo tanto na prevenção
quanto na reabilitação, por meio da introdução
de um programa preestabelecido que inclua
exercícios de alongamento e fortalecimento,
seguidos de aeróbicos.
As evidências sugerem, portanto, que os exercícios são fundamentais para a
regressão da dor e retorno ao esporte para atletas com diagnóstico de pubalgia.

Os estudos sugerem que os exercíciosde fortalecimento deverão progredir para


contrações isométricas e excêntricas.
A atuação preventiva consiste em treino de
flexibilidade, correção de desequilíbrios de
força, treino de lateralidade, e atuar na
ergonomia do atleta.

O fisioterapeuta, deve dar atenção particular


à amplitudede movimento de quadril, aos
alongamentos e ao fortalecimento dos
músculos adutores.
Todos os estudos revisados, abordaram a
diminuição da dor e retorno às atividades
esportivas com o desfecho funcional para os
programas de exercício.
A intervenção cirúrgica deve ser indicada somente
quando há falha do tratamento conservador.
REFERÊNCIAS
chrome-
extension://cbnaodkpfinfiipjblikofhlhlcickei/src/pdfviewer/web/viewer.html?
file=https://www.redalyc.org/pdf/929/92960210.pdf
chrome-
extension://cbnaodkpfinfiipjblikofhlhlcickei/src/pdfviewer/web/viewer.html?
file=https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/32295/1/TCC%20UFMG%20%20
finalizado%20G%c3%a9ssica%20Oliveira%20de%20Carvalho%20%281%29-
convertido.pdf
file:///C:/Users/marce/Downloads/artigo%20pubalgia.pdf

Você também pode gostar