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Ana Alyne Nunes de Lima, 33 anos, sexo feminino, foi admitida no Serviço de
Fisioterapia da Clínica Escola no dia 17/02/2023 com diagnóstico clínico de prolapso de
bexiga. Apresenta como queixa principal “sensação de esvaziamento incompleto da
bexiga e frequência miccional”.
Em relação a história atual da doença, a paciente relata alta frequência miccional
a mais de 10 anos e constante sensação de resíduo miccional, juntamente com perdas
urinárias ao realizar exercícios e esforços físicos. Também relata que, ocasionalmente,
após forte desejo de urinar, a micção se dá apenas com gotejamento, informa que, as
idas e vindas frequentes ao banheiro atrapalha sua qualidade de vida e trabalho. Paciente
foi diagnosticada em 2022 com prolapso de bexiga.
Na avaliação a paciente relatou quadro de ansiedade, enxaqueca crônica, apneia
do sono e também foi submetida a uma cauterização do útero, devido HPV. A respeito
dos sintomas urinários, a paciente relatou noctúria, IUE e polaciúria. Durante a fase de
esvaziamento, ocorrem interrupções, esforço miccional, gotejamento pós-miccional e
hesitação. A paciente também relatou que teve ITU 2 vezes quando tinha
aproximadamente 22 anos. Relata perda de urina ao tossir, espirrar, pular, rir e ao
caminhar, todas ocorrendo raramente, sendo esta perda em gotas, buscando ajuda
médica apenas em 2022. Sua frequência urinária é de > 10x ao dia e de 3-4 vezes
durante a noite. Desde que os sintomas iniciaram a paciente percebe piora do quadro.
Faz uso de DIU de cobre desde 2021. Possui bom trofismo genital e MMII, ausência de
cicatrizes, faz uso de musculatura acessória (adutores, abdominais e glúteos). A paciente
tem muita dificuldade para realizar contração do AP, por não ter boa consciência do
movimento e musculatura.
Na palpação foi percebido tônus do corpo perineal normal, tônus do EAE normal
e tonus de MMII normal. PERFECT 4/5/3/10. Sensibilidade normal e ausência de
pontos dolorosos.
Durante o teste de esforço PADTEST 1h não houve perda urinária, não alterando
o peso do absorvente (diferença = 0g). POPQ: Aa 2,5| Ba 3| C 8| Hg 2| CP 3| CVT 11|
Ap -3| Bp -3| D 10,5.
Como objetivos do tratamento a curto prazo tem-se: melhorar a conscientização
corporal e perineal; reestabelecer conexões neuromusculares; melhorar a função das
fibras musculares do AP; melhorar o mecanismo de contração muscular do AP. Como
objetivo principal a médio prazo, tem-se: diminuir os sintomas de IU. Em busca de
alcançar tais objetivos, a conduta fisioterapêutica pensada para este período foi: realizar
eletroestimulacao associado a programa de kegel para fortalecimento dos músculos
perineais. Série lenta: 3 séries de 10 contrações (4s) com relaxamento (8s) e intervalo de