ESTUDO DE CASO: TRATAMENTO

FISIOTERAPÊUTICO EM PACIENTE COM

INCONTINÊNCIA URINÁRIA E FECAL
Giovana Adriano Souza
INTRODUÇÃO
A incontinência urinária (IU) é definida como a queixa de qualquer perda involuntária de urina,
quando há pequenos escapes diários, não apenas perdas
grandes e incontroláveis de urina, pode ser perda de controle da bexiga e variando
de uma ligeira perda de urina após espirrar, tossir ou rir até a total incapacidade de
controlar a micção. Existem 3 tipos de incontinência urinária, por esforço ou estresse, de
urgência ou mista que a combinação das duas.
Apresenta como principais fatores de risco: parto vaginal, obesidade, período pós-menopausa
e cirurgias ginecológicas s informações supracitadas podem ser confirmadas pela Organização
Mundial de Saúde (OMS), que estabelece a IU como um problema de saúde pública, uma vez
que afeta mais de 200 milhões de pessoas em todo o mundo (STEIN et al. 2019)
Já a incontinência anal e fecal, corresponde à queixa de perda involuntária de fezes ou flatos,
os principais fatores de risco são prolapso genital, diarreia e trauma do esfíncter anais. Os
distúrbios são mais frequentes no sexo feminino e pode manifestar-se em qualquer idade, as
mulheres são mais suscetíveis às disfunções do assoalho pélvico (DAP),
Segundo Oliveira et al. (2017), que a fisioterapia, de modo geral, proporciona uma melhora
significativa na vida do indivíduo acometido pela incontinência destacando, de modo principal,
além das que foram citadas anteriormente, a que se mostrou mais benéfica é o treinamento
dos músculos do assoalho pélvico, pois favorece o fortalecimento destes, oferecendo uma
maior sustentação sobre os órgãos da região pélvica, e, assim, o maior controle sobre a urina.
Na tabela 1, foi possivel observar que a paciente demonstrou após as 12
sessões de fisioterapia ter uma melhora sgnificativa na execução do teste, e
manteve o equilibrio,e a estabilidade pélvica
Um dos exercícios propostos na conduta foi o de Kegel, (contrai-relaxa) que tem
como objetivo principal o ganho de força muscular do MAP e também exercícios
para resistir em isometria pelo máximo de tempo possível, e após suas sessões,
teve um resultado positivo como foi visto na Tabela 1. Virtuoso et al (2019), “Efeito
da musculação com musculação do Assoalho Pélvico em idosas com Incontinência
Urinária”, que demonstrou a mesma eficácia da cinesioterapia. Os pesquisadores
realizaram um estudo randomizado com o objetivo de observar se o treinamento
com pesos, combinado ao treinamento dos músculos do assoalho pélvico, seria
mais eficiente do que o treinamento isolado do MAP, em mulheres idosas. Para
tanto, participaram 26 mulheres por um período de doze semanas, que foram
divididas em dois grupos: grupo intervenção (GI) e grupo controle (GC). O
resultado foi que o GI teve uma eficácia maior, indicando que a musculação,
juntamente com o treinamento muscular do assoalho pélvico, melhorou
precocemente a incontinência urinária das idosas.

OBJETIVO DO ESTUDO
• Ganho de força muscular da musculatura do assoalho pélvico.
• Melhorar a resistência dos músculos do assoalho pélvico.
• Melhorar a coordenação da respiração diafragmática.
• Liberação miofascial, para aliviar tensão muscular, dos músculos,
adutor longo, curto pectíneo e grácil. Em relação ao exercício demonstrado nas figuras a paciente teve capacidade de
• Liberação cicatricial, para melhorar a mobilidade da cicatriz. contrair e relaxar adequadamente os músculos do AP, com o objetivo de
aumentar a força muscular e aprimorar as habilidades motoras por meio da
• Melhorar o fortalecimento abdominal.
prática. De acordo , podemos ver a conscientização corporal, melhora da
• Melhorar a mobilidade pélvica.
postura da paciente, alinhamento corporal associando a respiração durante a
realização dos exercícios onde o foco é o equilíbrio entre corpo,e enfatizando a

METODOLOGIA
postura e a força.

O presente estudo, é uma revisão de literatura e estudo de caso CONCLUSÃO

clínico, em artigos científicos publicados entre 2013 a 2023 nos
seguintes bases de dados informatizados: PEDro, PUBmed e Scielo na A incontinência urinária e fecal representa um desafio significativo para a saúde e
língua portuguesa e inglesa. As buscas foram realizadas através das qualidade de vida de muitas pessoas. A análise da literatura revelou uma gama
diversificada de fatores de risco, que variam desde questões fisiológicas até
palavras chaves seguintes: Incontinência Urinária, Distúrbios do
aspectos psicossociais. Compreender a interconexão desses elementos é crucial
Assoalho Pélvico, Incontinência Fecal. para uma avaliação abrangente e para orientar intervenções eficazes. As opções
terapêuticas discutidas, demonstram a evolução das abordagens médicas para lidar
com a incontinência urinária e fecal. Contudo, a necessidade de uma abordagem
RESULTADOS E DISCUSAO multidisciplinar ressalta a importância da colaboração entre profissionais de saúde,
incluindo médicos, fisioterapeutas e psicólogos. A incontinência não é apenas uma
Tabela1 comparação dos testes de quadro apoios, Trendelemburg, Teste de ponte unipodal
condição física; ela tem implicações significativas na qualidade de vida e no bem-
estar emocional dos afetados. Portanto, a estigmatizarão e a promoção de uma
comunicação aberta sobre esse tema são essenciais para garantir um suporte
Topicos Avaliação Reavaliação adequado aos paciente

Teste de 4 apoios
Paciente apresentou
desequilíbrio e instabilidade
pélvica
durante a realização do
Paciente realizou o movimento de 4
apoios, com estabilidade sem
desequilibrar,
REFERENCIAS
movimento

OLIVEIRA, A.H.F.V. et al. Contribuições da fisioterapia na incontinência urinária

no climatério. Rev. Ciênc. Méd. v.26, n.3, p.127-133, 2017.
A paciente demonstrou uma melhora
Foi observado uma execução
Trendelemburg significativa na execução do teste,
inadequada, teve dificuldade
porem mantero equilíbrio
e manteve o equilibrio STEIN, S. R. et al. Entendimento da fisioterapia pélvica como opção de
tratamento para as disfunções do assoalho pélvico por profissionais de saúde
da rede pública. Revista de Ciências Médicas, v. 27, n. 2, p. 65, 2019
Durante o teste foi observado
uma instabilidade pelvica, e
Durante o teste foi observado VIRTUOSO, J. Effect of Weight Training with Pelvic Floor Muscle Training in
Teste de ponte unipodal uma estabilidade pelvica e manteve o
falta de
equilibrio
equilibrio Elderly Women with Urinary Incontinence. Res Q Exerc Sport, ABRIL, 2019,