Você está na página 1de 2

Aluno: Glauber Barbosa de Andrade Araruna

Modelos de dispensação hospitalar:

A dispensação hospitalar se dá pelo ato de proporcionar medicamentos a um paciente,


como resposta à apresentação de uma receita elaborada por um profissional autorizado.
Quanto melhor o sistema de dispensação, melhor a chance de sucesso no tratamento
(menores chances de erros, menor probabilidade de interação medicamentosa, o
medicamento certo na dosagem correta, no horário certo e pelo custo adequado, em suma, o
uso racional de medicamentos) e maior a segurança dada ao paciente.

Na dispensação hospitalar, deve-se escolher o melhor sistema de dispensação do


medicamento, dentro do ambiente hospitalar, pois quanto melhor o sistema, mais ele será
voltado para o uso racional de medicamentos. Além disso, o farmacêutico deve estar em
sintonia com os demais profissionais de saúde, entendendo a função desses demais, e a sua
função como farmacêutico, delimitando e deixando claro para os profissionais das outras áreas
da saúde.

Dentre os tipos de dispensação existem 4 em destaque. São eles: dose coletiva, dose
unitária (unitarização de dose), dose individualizada e dose mista.

A Dose Coletiva é considerada a pior dentre os sistemas de dispensção, pois não leva
em conta a verdadeira função de uma Farmácia Hospitalar (unidade clínica dirigida por um
farmacêutico com o objetivo de auxiliar na farmacoterapia integrada ao hospital), tornando a
farmácia como depósito e repasse de medicamentos e materiais. As requisições são feitas em
nome de setores, e não de pacientes, gerando total descontrole do uso, além da ocorrência de
estocagem descentralizada.

A Dose Individualizada se dá pela dispensação dos medicamentos feita por paciente


(kit único), pelo período de 24 horas (a exceção das dispensações por imediato). São
subdivididas em indireta e direta. Na indireta, a farmácia recebe as solicitações de
medicamentos por meio de uma transcrição de prescrição médica feita pela enfermagem
(requisição).Já na direta, a dispensação é feita por meio da prescrição médica ou requisição
direta, havendo contato com a prescrição e possível intervenção farmacêutica. A dose
individualizada tem como vantagens a farmácia como centralizadora dos estoques;
quantidades reduzidas de estoques, se comparado com a Dose Coletiva; menor quantidade de
perdas e desvios; e possibilidade de garantia de qualidade. Suas desvantagens são, custo de
implantação maior que o de Dose Coletiva, funcionamento da farmácia de forma integral;
erros de medicação ainda podem ocorrer.

A Dose Unitária se dá pela dispensação para a enfermaria no momento em que se


deve ser administrada o medicamento, através de aparelho de unitarização; não há
manipulação de doseamento. Dessa forma, há a integralização do farmacêutico a equipe
multidisciplinar, reduzindo os erros de administração de medicamentos. Já a unitarização de
dose, a farmácia prepara a medicação na dosagem e concentração exata a ser aplicado no
paciente, e no horário exato (unitarização de dose por dose unitária). As vantagens da Dose
Unitária estão na segurança na farmacoterapia, redução dos custos alongo prazo, maior tempo
para a enfermagem se dedicar ao paciente, promove a qualidade institucional, ressalta o papel
do farmacêutico e equipe, uso racional do medicamento. Já suas desvantagens estão no alto
custo de implantação e investimento em contratação de colaboradores e treinamento.

Na Dose Mista, parte do sistema é coletivo e parte é individualizada. Geralmente, as


unidades de internação são atendidas pelo sistema individualizado e os serviços, como
radiologia, ambulatórios, urgências, dentre outros, são atendidos pelo sistema coletivo.

O Sistema Beira-leito, trata-se quando o paciente possui código de barras para


identificação em sistema do paciente e seus medicamentos “na beira do leito”. Desse modo, o
uso racional de medicamentos se dá do início ao fim; de ponta a ponta.

Como funciona uma Farmácia Hospitalar:

Através de software, modelo de dispensação e sistema de unitarização para obtenção


de eficiência e economia na compra de materiais e medicamentos, destinados a protocolos
dos pacientes para a obtenção do melhor atendimento possível. Faz-se a unitarização por
maquinário adequado (robô), além da averiguação constante da temperatura de
medicamentos que necessitam de refrigeração controlada, além da validade dos
medicamentos. O controle de qualidade deve seguir a legislação vigente, evitando perdas,
obtendo-se o controle dos materiais e medicamentos do estoque. Deve haver visitas a equipe
multidisciplinar e da Farmácia Clínica podendo ser feita diariamente. A recepção dos
medicamentos no hospital deve ser feita pela Central de Abastecimento Farmacêutico (CAF),
onde se fazem os devidos registros de identificação, validade e ordem de chegada pelo lote. A
dispensação é feita por dupla checagem até a beira do leito, via código de barras em paciente.

Você também pode gostar