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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTA – UNINTA

CURSO DE BACHARELADO EM FARMÁCIA

LUCIMARA ALVES DE CARVALHO

RELATÓRIO: ARTIGO UNITARIZAÇÃO DA DOSE E SEGURANÇA


DO PACIENTE: RESPONSABILIDADE DA FARMÁCIA HOSPITALAR
OU DA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA

SOBRAL
2022
Os sistemas de distribuição de medicamentos são de suma
importância para que os pacientes recebam
atendimento de qualidade. Dessa forma, é
importante a escolha de uma logística adequada
para a sua distribuição, também obtendo vantagens
administrativas com menores custos. Assim, a busca
por meios que tenham como objetivo uma
distribuição mais eficiente dos medicamentos é o
processo de fracionamento, em que os comprimidos
são retirados dos blisters e partidos . No entanto,
também pode ser um risco para a perda de
estabilidade desse medicamentos, pois as
embalagens são responsáveis por manter a
qualidade.
A farmácia hospitalar é um estabelecimento em que
ocorre a distribuição dos medicamentos e a garantia
de um atendimento de qualidade aos pacientes,
compreendendo uma variedade de etapas desde a
aquisição até a conscientização sobre o uso racional
de medicamentos. O processo da escolha da forma
de distribuição dos medicamentos é indispensável
para que ocorra um efetivo controle dos gastos e em
uma assistência à saúde de qualidade. Existem três
tipos de sistema: o coletivo, que ocorre a prescrição
médica em um único pedido, o individualizado, em
que os medicamentos são dispensados de acordo
com o paciente e a dose unitária, sendo
personalizada de acordo com as necessidades de
cada paciente.
A SMDU (Sistema de Distribuição de
Medicamentos por Dose Unitária) é o sistema mais
eficaz para a distribuição dos medicamentos em
uma farmácia hospitalar pois gera mais redução nos
gastos financeiros, menos perda de tempo e menos
chance da perda de qualidade dos medicamentos A
estrutura de organização dos sistemas de
distribuição pode ser manual ou automatizado, mas
este último exige muitos gastos para a sua
instalação. Outras vantagens são o menor risco de
contaminação dos medicamentos, maior adesão ao
uso correto da medicação e melhor faturamento.
O processo de fracionamento dos medicamentos
ajuda bastante no auxílio a terapia medicamentosa
ao paciente, pois a Indústria farmacêutica não
disponibiliza todos os medicamentos. Esse
processo ocorre pela reembalagem desses
medicamentos para uma nova embalagem, com as
mesmas informações contidas na embalagem
anterior. Mas, também há as desvantagens quanto
ao fracionamento, que são: A perda das
informações dos medicamentos quanto a validade e
o lote, após o fracionamento, pois as embalagens
não são organizadas de forma unitária, e após a
retirada dos comprimidos dos blisters, também há o
risco do contato com as agressões do ambiente,
como alterações na temperatura e da umidade.
Dessa forma, é de extrema importância do
conhecimento do profissional farmacêutico para a
realização do fracionamento para evitar problemas
maiores. Diante dessa problemática, existe a
discussão quanto a responsabilização, se pertence
ao farmacêutico ou a indústria, em caso de
problemas quanto ao fracionamento em caso de
perda ou danos ao paciente. No Brasil, há leis em
que é feita a análise sobre a responsabilização
quando ocorre erros quanto a esse processo. A RDC
n⁰ 17 de 16 de abril de 2010 e a RDC 67, de 8 de
outubro de 2007 diz respeito a responsabilidade dos
fabricantes quanto a qualidade dos medicamentos
ao paciente. Já a RDC nº 135/2005 e a RDC nº
260/2005 discorre que a responsabilidade quanto a
dispensação dos medicamentos é do profissional
farmacêutico. Mas, não especifica quanto aos
medicamentos utilizados no meio hospitalar.
Observando a realidade, ao ocorrer um problema
durante o processo de fracionamento geralmente o
enfermeiro é responsabilizado devido ao processo
de manipulação, mas a maior parte da
responsabilidade é do farmacêutico ou da indústria.
Mas, a falta de leis específicas e uma maior
formação quanto o surgimento de reações adversas
também é prejudicial quanto a esse processo.
Assim, é observado que todos os profissionais
envolvidos carrega uma responsabilidade quanto ao
fracionamento de medicamentos. Por isso, é preciso
que a Indústria Farmacêutica também crie um novo
processo de produção dos blisters para que sejam
padronizados e não tenha corte quanto as
informações na embalagem. Já em relação aos
farmacêuticos e aos demais profissionais de saúde é
preciso uma atenção maior quanto ao processo de
fracionamento, já que é algo que acaba tornando-se
uma necessidade no ambiente da farmácia
hospitalar devido a indústria não produzir todas as
formas necessárias, para que desta forma ocorra os
menores danos possíveis.

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