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FACULDADE PITÁGORAS

UNIDADE GOVERNADOR VALADARES

CURSO DE FARMÁCIA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

ACSA CAROLINE PISSARRA DE FREITAS


8º PERÍODO

GOVERNADOR VALADARES
2021
FICHA DE IDENTIFICAÇÃO

Estagiário

Nome: ACSA CAROLINE PISSARRA DE FREITAS


Número de matrícula: 383744229272
Período: 7° período
E-mail: acsacarolinepf@hotmail.com
Telefone: 33 991094278

Estágio

Data de Início: 20/09/2010


Data de Término: 08/10/2020
Nome do Professor Orientador: Rondinelle
Nome do Supervisor de Estágio: João Bosco de Andrade Nogueira Chargas
Carga horária total: 60 horas
Modalidade: (X) Obrigatório/ Disciplina; Estágio
Gestão Farmacêutica
( ) Não obrigatório

Identificação da Empresa

Nome Fantasia: Farmácia João Bosco


Razão Social: JOÃO BOSCO DE ANDRADE NOGUEIRA CHARGAS
CNPJ: 26.366.153/0001-40
Endereço: Rua Francisco de Abreu Mafra – Itanhomi - MG
Telefone: 33 3231-1816
1 - INTRODUÇÃO

O mercado de trabalho está cada vez mais competitivo e o número de


farmacêuticos bem formados cresce a um ritmo alarmante. A abertura de uma
farmácia está intimamente relacionada ao recrutamento de farmacêuticos, seguido
de vagas para outros cargos. Porém, normalmente apenas o farmacêutico que está
como vendedor, lê a receita e fornece o medicamento prescrito pelo médico. A
gestão pode desempenhar um papel muito importante na vida diária dos
farmacêuticos. E, portanto, é essencial que este esteja apto para executar tais
funções.
Enquanto gestor o Farmacêutico tem um impacto direto na vida dos
outros e no sucesso global da empresa que trabalha.
A Gestão Farmacêutica baseia-se no princípio da administração com a
finalidade de levar a farmácia ou drogaria alcançarem bons resultados. Importante
ressaltar que o gerenciamento de medicamentos envolve vários campos, como a
legislação de medicamentos, contabilidade e análise financeira.
Segundo o Conselho Regional de Farmácia de Minas Gerais, o
farmacêutico gestor é aquele que valoriza a tecnologia e a humanidade, e sempre
está dividindo o seu tempo entre negociações e inovações para buscar atualizações
constantes sem perder a atenção de seus pacientes.
Um bom gerenciamento não é feito somente pela necessidade de venda,
vai muito além, pois afinal o que será determinante é o lucro obtido ao fim do dia,
para isso é necessária uma boa gestão, estar sempre ligado aos números, ficar
atendo a questões marcantes como o estoque, compras, as despesas, e claro, um
bom atendimento.
Ao longo desse estágio grande parte desse princípio foi apresentado e,
além da gestão farmacêutica, a aplicação de injetáveis também fez parte de uma
das experiências vivenciadas ao longo desse período.

2 - APRESENTAÇÃO DA EMPRESA:

A farmácia onde realizei o estágio apresenta uma estrutura pequena que


possui um balcão de medicamentos, perfumaria, sala da administração, sala do
farmacêutico onde também fica o armário de remédios controlados, sala de
injetáveis, cozinha e banheiro.
No balcão onde são realizados os atendimentos aos clientes é onde estão
localizados os medicamentos éticos, genéricos e similares, todos são organizados
em ordem alfabética de laboratório. Neste balcão é onde acontecem a dispensação
de medicamentos também.
A área de perfumaria fica no salão onde os clientes têm acesso livre e lá
estão localizados os produtos de higiene pessoal, cosméticos e produtos infantis.
A sala de injetáveis é um local onde se realizam algumas práticas
farmacêuticas como a aferição de pressão arterial, também testes de glicemia
capilar e fura a orelha. Além disso, nessa sala também são aplicados os
medicamentos injetáveis.
A farmácia é regida pela Lei 5.991/73 que dispõe sobre o controle
sanitário do comercio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e
correlatos.
A farmácia também é regida pela RDC 67 na qual se Dispõe sobre Boas
Práticas de Manipulação de Preparações Magistrais e Oficinais para Uso Humano
em farmácias no seu laboratório de manipulação, onde passou a ser referência tanto
de medicamento magistral quanto medicamento oficinal.
A farmácia segue normas de higienização e limpeza conforme exigido
pela resolução - RDC N°44, 17 de agosto de 2019 que dispõe sobre Boas Práticas
Farmacêuticas para o controle sanitário do funcionamento da dispensação e da
comercialização de produtos e da prestação de serviços farmacêuticos em farmácia
e drogaria.
Toda a documentação da empresa fica guardada na sala da
administração e somente os donos e o gerente têm acesso. Os medicamentos
controlados ficam em uma sala específica para eles, fechados em armários onde
apenas o farmacêutico tem acesso.
O farmacêutico é responsável pelo atendimento farmacêutico, compra e
conferência dos medicamentos e dispensação. Além disso, também controla a
entrada e saída de medicamentos, o armário de remédios e ativa o Sistema
Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC), e por isso fica
responsável pelo cálculo do estoque de medicamento.
3 - ESTOQUE

Os medicamentos controlados são mantidos dentro do armário trancado


na sala do farmacêutico. Todos os demais medicamentos ficam em prateleiras na
área do balcão dispostos em ordem alfabética por laboratório. Estes são guardados
separadamente por tipos: medicamentos vendidos sem receita, anticoncepcionais,
pomadas, antialérgicos, entre outros. O farmacêutico verifica o armário de
medicamentos controlados pelo menos duas vezes por semana, bem como o
armário com antibióticos para conferir a quantidade em estoque e se precisa fazer
pedido. Nesse mesmo tempo, ele verifica a integridade das embalagens e o prazo
de validade dos medicamentos. Mantendo as normas de limpeza, o farmacêutico
mantém sempre limpas as prateleiras, tirando toda a poeira e mantendo os
medicamentos em ordem.
Para o sistema de dispensação de medicamentos, o farmacêutico recebe
a receita ou a solicitação do cliente e verifica o nome do paciente, medicamento,
dosagem e forma de uso. Após verificar a disponibilidade do produto, ele faz a
dispensação. Caso contrário, faz o pedido do medicamento solicitado. Durante o
atendimento, ela verifica a validade do medicamento e a embalagem. Dependendo
do medicamento e da forma de uso, ele escreve na caixa o modo de usar (número e
horário dos medicamentos), para melhor entendimento do paciente.
A dispensação de medicamentos controlados é de responsabilidade do
farmacêutico, onde ele recebe as receitas e realiza o procedimento necessário para
tal dispensação. Esse processo requer a documentação do cliente e o
preenchimento de alguns dados. No final, o farmacêutico assina antes de dispensar
o medicamento. Quando é chegada novas mercadorias, estas são levadas para a
sala do farmacêutico, onde o mesmo dá entrada dos produtos no estoque. Conforme
dito anteriormente, os medicamentos são armazenados em um armário trancado e
somente ele tem acesso à eles.
Ao procurar por um medicamento, é sempre oferecido ao cliente o
medicamento genérico (caso haja), substituindo, se for o caso, o medicamento
prescrito. Neste ato, é informado ao paciente sobre as diferenças entre os
medicamentos, onde fica a critério dele optar pelo genérico ou não.
As receitas são sempre lançadas no dia seguinte à venda no SNGPC. No
ato do lançamento, é feito uma conferência na receita, onde verifica se a venda foi
realizada corretamente, bem como o lote e a validade para não correr risco de venda
errada de medicamento.

4 - ATIVIDADES DESENVOLVIDAS:

Durante o estágio, tive a oportunidade de atuar juntamente com o


farmacêutico técnico responsável na gestão do estabelecimento, auxiliando na
contabilização de número de medicamentos que tínhamos disponíveis divididos por
classes, a gestão de cada classe era feita em momentos distintos, pois, os
medicamentos são dispostos em três categorias diferentes, sendo elas:
medicamentos de referência, similar e genérico. Onde são organizados nas
prateleiras em ordem alfabéticas de laboratórios. Auxilie na estocagem e
dispensação de medicamentos.
Para cada classe, devido a sua diferente demanda há uma forma de
compra especifica, toda compra e venda é sistematizada e, para um controle mais
correto, todo medicamento que é adquirido é verificado lote e data e, sua nota fiscal
é emitida e lançada no sistema, tudo isso antes mesmo do medicamento ser
colocado nas prateleiras para serem comercializados.
Nos primeiros dias de estagio, meu campo de atuação foi em um balcão,
onde realizei a dispensação de medicamentos que não exigiam um controle especial
de acordo com a RDC N° 138. Estes medicamentos que foram dispensados ao
longo do meu estágio são conhecidos como MIP’s, que são os medicamentos que
podem ser dispensados pelo profissional farmacêutico sem a necessidade de um
receituário médico.
Após alguns dias auxiliando na dispensação dos medicamentos, tive a
oportunidade de participar da gestão de medicamentos que precisavam ser
encomendados para o dia seguinte. Toda parte de encomenda dos medicamentos
era feita por meio online, lá contamos com alguns programas dos distribuidores e
após analisar o melhor preço, escolhíamos em qual distribuidor seria realizado a
encomenda. Essa encomenda era realizada em suma para medicamentos de
referência. Os medicamentos similares e genéricos, por terem uma demanda maior
são encomendados semanalmente, buscando sempre um melhor preço para
atender os clientes com excelência e preço acessível.
Além de toda experiência com medicamentos, tive a experiência de
colocar em pratica as experiência obtidas em aplicação de injetáveis, glicemia
capilar e aferição de pressão, tendo assim um contato maior com o paciente e
obtendo experiências que melhoram o meu desempenho pessoal e profissional.

5 – CONCLUSÃO:

O período de estágio na farmácia proporcionou-me uma experiência


nova e importante, principalmente na gestão farmacêutica. Os conhecimentos para
além da base academia permitiram-me aumentar o conceito da disciplina. A
gestão de administração deve ter uma boa administração para que não falte
medicamentos no estoque e, nem tenha medicamentos vencendo nas
prateleiras, algo que pude trabalhar o meu lado profissional. Também foi
trabalhado meu lado pessoal em como melhorar o meu relacionamento com o
paciente, pois tem um impacto imenso enorme na qualidade do atendimento.

6 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

1. OLIVEIRA, Maria Auxiliadora; BERMUDEZ, Jorge Antonio Zepeda; OSÓRIO-


DE-CASTRO, Claudia Garcia Serpa. Assistência farmacêutica e acesso a
medicamentos. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2007. Disponível em:
<https://books.google.com.br/books?id=z-
vmAgAAQBAJ&printsec=frontcover&hl=pt-
BR&source=gbs_ge_summary_r&cad=0#v=onepage&q&f=false> Acesso em:
24 nov 2020.
2. BRASIL. Conselho Regional de Farmácia de São Paulo. Orientações sobre
elaboração de manual de boas práticas e POPs. 8 mar. 2017a. Disponível
em: <http://www.crfsp.org.br/orienta%C3%A7%C3%A3o-
farmac%C3%AAutica/641-fiscalizacaoparceira/farm%C3%A1cia/8363-
fiscalizacao-parceira-7.html.> Acesso em: 24 nov 2020.

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