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ATENDENTE DE FARMÁCIA:

O ELO ENTRE A FARMÁCIA E O CLIENTE

O aumento de estabelecimentos farmacêuticos e a exigência dos clientes por


melhor atendimento são responsáveis pela valorização do profissional que atua nessa
área.

O curso prepara o participante com os conhecimentos necessários para


atendimento a clientes, organização, entrada e saída de produtos farmacêuticos,
contribuindo para o bom funcionamento desses estabelecimentos.

O Atendente de Farmácia atua sob a supervisão do Farmacêutico, prestando informações


sobre o uso correto dos medicamentos prescritos pelo médico ou cirurgião dentista. A
agilidade do Balconista é a grande aliada para o atendimento mais eficiente.

ATENDENTE = “RELAÇÕES PÚBLICAS” DA FARMÁCIA


ATRIBUIÇÕES DO BALCONISTA DE FARMÁCIA

 Informar a falta de produtos que são procurados e não estão sendo comprados;
 Sugerir mudanças sobre a quantidade de produtos expostos nas prateleiras e
estoque de produtos que são mais vendidos;
 Colocação de preço nos produtos, observando se o preço está correto e legível, se
não está sendo colocado sobre o número do lote ou validade;
 Buscar constante atualização sobre fórmulas, bulas, indicações e contra-indicações
dos medicamentos;
 Controlar a entrada e saída de produtos, conferir, repor e arrumar mercadorias;
 Ter conhecimento sobre as medicações e laboratórios que o produzem;
 Abordagem do cliente e bom atendimento.

QUANTO MAIS VOCÊS CONHECER SOBRE OS PRODUTOS QUE ESTÁ VENDENDO,


MAIOR CONSCIÊNCIA TERÁ DA IMPORTÂNCIA DO SEU TRABALHO!!!!
CONCEITOS

Farmácia: estabelecimento de manipulação de fórmulas, de


comércio de drogas, medicamentos, insumos e correlatos,
compreendendo o de dispensação e o de atendimento
privativo de unidade hospitalar ou de qualquer outra
equivalente de assistência médica.

Drogaria: estabelecimento de dispensação de drogas,


medicamentos, insumos e correlatos em suas embalagens
originais.

Dispensário de Medicamentos: setor de fornecimento de


medicamentos industrializados, privativo de pequena
unidade hospitalar.

Distribuidora de Medicamentos: estabelecimento que exerça


direta ou indiretamente o comércio atacadista de drogas,
medicamentos em suas embalagens originais, insumos
farmacêuticos e correlatos.

Posto de Medicamentos e Unidades Volantes:


estabelecimento destinado exclusivamente á venda de
medicamentos em suas embalagens originais, de relação
elaborada pelo Órgão Sanitário Federal, para as localidades
desprovidas de Farmácias e Drogarias.
Farmácia Privada: dispensa medicamentos com fins lucrativos.

Farmácia Hospitalar: estabelecimento que fica dentro de uma unidade hospitalar.

Ervanaria: estabelecimento que dispensa plantas medicinais.

Farmácia Pública: dispensa medicamento sem fins


lucrativos.

Indústria Farmacêutica: responsável por produzir medicamentos. É uma atividade


licenciada para pesquisar, desenvolver, comercializar e distribuir drogas farmacêuticas.

Farmácia de Manipulação: local onde se preparam fórmulas conforme a prescrição


médica ou necessidade do paciente.

IMPORTÂNCIA DA FARMÁCIA
NO SISTEMA DE SAÚDE

SINTOMA MÉDICO DIAGNÓSTICO FARMÁCIA

A Farmácia possui grande importância no Sistema de Saúde atual, cabendo a ela


inclusive a correta orientação quanto aos riscos da automedicação e do uso correto dos
medicamentos.

“Uso de medicamento sem a prescrição, orientação e / ou


acompanhamento do médico ou dentista.”
(Portaria n° 3916/98 – Política Nacional de Medicamentos)
A presença do Farmacêutico e Balconista é fundamental para poder avaliar de forma
efetiva todas as necessidades do paciente, sanar dúvidas e transmitir segurança e
confiabilidade.

O ambiente das Farmácias deve proporcionar condições para que os serviços


atendam as premissas da humanização, do uso racional de medicamentos, da educação
em saúde e da educação permanente dos profissionais de saúde.

Boa parte dos esforços dos profissionais da saúde pode ser prejudicada, se no
comércio farmacêutico não houver profissionais qualificados e bem orientados
tecnicamente, a fim de prestar uma correta dispensação de medicamentos e produtos.

O balconista de farmácia será o profissional responsável por várias etapas da


organização dos estabelecimentos farmacêuticos.

ORGANIZAÇÃO E
FUNCIONAMENTO DE FARMÁCIA

A sinalização das categorias e dos produtos deve estar no campo de visão dos
clientes, facilitando a identificação. “Quando o consumidor entra na loja, precisa ter uma
visão geral do que há dentro dela.
Alguns produtos merecem uma exposição adicional, além do ponto natural na loja.
Isso acontece quando estão em promoção, ou em fase sazonal, ou ainda quando a dupla
exposição é próxima de uma categoria correlata;

Devem ficar na altura dos olhos os produtos mais lucrativos, as marcas líderes e os
que passam imagem de inovação para a categoria;

Abaixo da linha dos olhos ficam os produtos de primeiro preço. Acima, dependendo
da altura, as gôndolas servem apenas para espelhar a prateleira de baixo;

No início do fluxo ficam os itens mais lucrativos e no final, aqueles geradores de
visitas na loja. Exemplo: no início da seção de produtos infantis de verão podem ficar
os acessórios, depois a perfumaria e, por último, as fraldas;

No caso de produtos grandes, os cestões podem ser uma boa opção.
Para farmácias pequenas, horizontalizar a exposição abaixo dos correlatos é uma
boa saída e, para as maiores, ao contrário, pode-se verticalizá-los ao lado dos
correlatos.

SETORES OU CATEGORIAS DE PRODUTOS

- Medicamentos isentos de prescrição;


- Medicamentos sob prescrição;
- Saúde e Higiene bucal;
- Nutrição e Dietética;
- Ortopedia e Fisioterapia;
- Geriatria;
- Produtos para Diabéticos;
- Primeiros socorros e outros cuidados;
- Saúde e Beleza;
- Produtos Oftálmicos.

Critérios básicos de organização de uma Farmácia

Toda farmácia trabalha com milhares de remédios, que envolvem diferentes


fabricantes e diversas apresentações, o que
torna fundamental a organização de prateleiras e
gôndolas para facilitar a procura de cada
remédio.
Por isso, existem várias formas
padronizadas para melhor organizar uma
Farmácia. Ela começa pela separação dos
medicamentos e outros produtos de acordo com
o laboratório, a ordem alfabética e o grupo em
que se enquadra, seguindo a forma de apresentação:

 Grupo de comprimidos, drágeas, cápsulas, pastilhas e pílulas;


 Grupo de ampolas injetáveis;
 Grupo de medicamentos líquidos, em suspensão, geléias, spray, gotas e xaropes;
 Grupo de cremes, pomadas, pós, supositórios e granulados;
 Grupo de envelopes de comprimidos ou pós que podem ser vendidos de forma
avulsa ou em embalagem múltipla;
 Grupo de medicamentos de venda controlada.

A compra de medicamentos geralmente é feita pelo proprietário, gerente ou


comprados da Farmácia.

PEDIDO DISTRIBUIDO
RA

Programação: Estimar quantidades a serem adquiridas, para atender determinada


demanda de serviços, em um determinado período de tempo, garantindo a quantidade
necessária para atender a população.
A partir desta programação é que se realiza a solicitação dos medicamentos e
produtos por via eletrônica ou por telefone.

Recebimento e Conferência de mercadoria: Ato em que se verifica a compatibilidade


dos produtos solicitados e recebidos, ou seja, se os medicamentos entregues estão em
conformidade com a solicitação. O recebimento e conferência devem ser realizados em
um local apropriado e feito por um funcionário treinado, que confira o nome, lote, validade
e fabricante, se veio de acordo com o solicitado. Avaliado se a mercadoria está igual ao
que veio descrito na nota e em bom estado de conservação.
EMBALAGEM

A embalagem e o rótulo dos produtos têm a responsabilidade de transmitir tudo o


que possa interessar sobre o produto. Algumas vezes são os únicos canais de informação
disponíveis sobre o produto. No caso dos medicamentos, as embalagens devem conter
informações obrigatórias, estabelecidas por regulamentos técnicos publicados pela
Anvisa.

Armazenamento: Deve ser feito de acordo com a classificação de cada medicamento:


geladeira, armário dos controlados, no estoque ou na área de vendas.
 Deve considerar as especificações do fabricante, garantindo: integridade,
qualidade, segurança e eficácia.
 Ambiente limpo, protegido da luz, umidade e calor, preservando a integridade
química, física e microbiológica.
 Alguns exigem refrigeração, estes devem ser obedecidas as especificações.
O armazenamento correto é importante para posterior inventário / balanço, que é
a contagem física dos estoques para verificar se a quantidade de produtos estocada está
em conformidade com a quantidade registrada no sistema.

Os produtos que chegarem por último, ou seja, os mais atuais, deverão ser
colocados atrás dos produtos que já estão nas prateleiras. O armazenamento das
medicações deve ser feito de acordo com a classificação geral dos medicamentos e em
ordem alfabética para auxiliar na dispensação correta.

 Medicamentos sob Refrigeração: devem ser armazenados em geladeira


exclusiva para medicamentos e com controle diário da temperatura, que
deve ser entre 2° e 8°C.

 Medicamentos OTC = Over The Counter (sobre o balcão)


MIP = Medicamento Isento de Prescrição: são aqueles
medicamentos que a venda é sem prescrição médica, que pode
ficar ao alcance dos clientes.

 Medicamentos Tarjados: Possuem tarja vermelha “Venda sob prescrição


médica”; não ficam ao alcance do cliente, tem que ser solicitado ao
funcionário da farmácia.
 Medicamentos Controlados: Pertecem a Portaria 344/98, seguem um
rigoroso controle, com retenção da receita. São armazenados em armários
com chave.
Possuem tarja vermelha ou preta.
“Venda sob prescrição médica.
O abuso deste medicamento pode causar dependência”.

Dispensação: É a entrega dos medicamentos juntamente com as informações que


garantam a utilização correta destes produtos.
O balconista precisa conhecer muitos detalhes sobre os medicamentos, como a
composição, reações adversas mais comuns e interações, para auxiliar o Farmacêutico
na dispensação adequada.

O processo de dispensação, de forma geral segue as seguintes etapas:


* Acolhimento do usuário;
* Atendimento e recebimento da prescrição;
* Verificação da alidade da prescrição;
* Separação do medicamento;
* Checagem da receita com o medicamento a ser dispensado;
* Anotações necessárias ao processo de informação;
* Entrega do medicamento;
* Orientações ao paciente.

O paciente deve ser orientado de algumas informações importantes, que farão


diferença para a saúde dele, entre elas estão:
 Conferir junto com o paciente todas as medicações solicitadas na receita e
separadas pelo balconista;
 Orientar quanto a utilização correta do medicamento, como dose, horário,
estipulados na receita;
 Orientar sobre a forma correta de armazenar cada medicamento;
 Nunca tomar medicamento vencido;
 Não abrir as cápsulas, nem quebrar comprimidos sem autorização e orientação
médica.

PACIENTE BEM ORIENTADO

É PACIENTE SATISFEITO!!

FRACIONAMENTO DE MEDICAMENTOS
É a individualização da embalagem de um medicamento para viabilizar a
dispensação de medicamentos ao usuário na quantidade estabelecida na quantidade pela
prescrição médica
O fracionamento não pode significar contato do medicamento com o meio externo.

Os medicamentos controlados não podem ser


fracionados!!!
BULA
Principal instrumento que permite ao paciente
saber com exatidão como usar de forma segura e
como evitar os riscos do consumo de medicamento.

Informações encontradas nas bulas de


medicamentos são, geralmente, divididas e
organizadas segundo os tópicos:

 Nome do medicamento: nome como o medicamento é conhecido, sem levar em


conta o fabricante.
 Formas e Fórmulas: composição do medicamento; xarope, cápsulas.
 Informações ao paciente: orientações como, prazo de validade, como armazenar.
 Indicações: para que serve, em que casos deve-se usar.
 Informação técnica ou propriedades: indica a ação que o medicamento vai causar
no organismo.
 Contra-indicação: indica problemas, sintomas, doenças que se o paciente
apresenta antes do uso do medicamento, não deverá usar.
 Precauções: cuidados que se deve tomar durante o uso do medicamento.
 Reações adversas: efeitos que podem ocorrer após o uso do medicamento.
 Interações medicamentosas: problemas que podem ocorrer, quando se
administram dois medicamentos ao mesmo tempo.
 Posologia: indica dose do medicamento a ser administrada; algumas citam dose
máxima que não pode ser ultrapassada.
 Superdosagem: indica o que fazer no caso de uma intoxicação.
 Nome do fabricante: consta o nome, registro no Ministério da Saúde, nome do
Farmacêutico.
O BALCONISTA PRECISA
SABER FAZER CÁLCULO

Regra de três simples


É um
processo prático para resolver problemas
que envolvam quatro valores dos quais
conhecemos três deles. Devemos,
portanto, determinar um valor a partir dos
três já conhecidos.

EX: Se numa receita médica consta que o paciente deve receber 100mg de um
medicamento, mas o mesmo encontra-se somente na apresentação de
250mg/5ml, qual o volume deve ser administrado ao paciente?

250mg______5ml 250mg X = 5ml * 100


100mg______X 250mg X = 500ml
X = 2ml

EX: Uma pomada a 2% significa que cada 100g contém 2g de fármaco, ou seja,
2%.
Quanto de fármaco está contigo em 15g da mesma pomada?

100g_____2g 100g X = 2g * 15
15g______X 100g X = 30g
X = 0,3g

Informações Básicas sobre Dosagens!!!


1g = 1000mg 1% = 100g ----1g fármaco
1lt = 1000ml
SIGLAS – MEDICAMENTOS

XR (Liberação Estendida): Tem como objetivo manter a liberação do Fármaco


por um período maior de tempo. Neste tipo, a liberação é suficientemente lenta
para que seja possível estender o intervalo entre as doses por duas vezes ou
mais.
EX: Efexor XR, Cipro XR, Glifage XR, Alenthus XR, Frontal XR.

SR (Liberação Sustentada): Permite uma rápida liberação de uma dose ou


fração do princípio ativo, seguida de uma liberação gradual da dose restante, por
um período de tempo prolongado, ou seja, ação rápida e duradoura.
EX: Voltaren SR, Indapen SR

BD: Significa duas vezes em um dia. Os medicamentos com a sigla BD, portanto,
devem ser tomados 2 vezes ao dia. São medicamentos que, em versões
“normais”, devem ser tomados 3 vezes ao dia (a cada 8 horas), e nas versões
BD, apenas 2 vezes (a cada 12h), o que facilita a adesão ao tratamento e a
correta utilização destes medicamentos.
EX: Amoxil BD, Clavulin BD, Velamox BD

AP: Ação Prolongada EX: Tylenol AP

LP: Liberação Prolongada EX: Biofenac LP

DI: Desintegração Instantânea EX: Biofenac DI

CD: Controle da liberação do princípio ativo. EX: Angipress CD

SL: Sub-Lingual EX: Feldene SL


É a área da Farmácia que estuda como as substâncias químicas interagem com os
sistemas biológicos. Como ciência nasceu em meados do século XIX. Se essas
substâncias tem propriedades medicinais, elas são referidas como "substâncias
farmacêuticas". O campo abrange a composição de medicamentos, propriedades,
interações, toxicologiae efeitos desejáveis que podem ser usados no tratamento de
doenças.

Esta ciência engloba o conhecimento da história, origem, propriedades


físicas e químicas, associações, efeitos bioquímicos e fisiológicos, mecanismos de
absorcão, biotransformação e excreção dos fármacos para seu uso terapêutico ou não.
CONCEITOS
Droga: substância que modifica a função fisiológica com ou sem intenção benéfica.

Matéria-prima com finalidade medicamentosa.


Pode ser de origem vegetal,
animal ou mineral!!!

Excipiente ou Veículo: são substâncias que auxiliam ao medicamento a ter a devida Forma
Farmacêutica.
São empregados para proteger o Fármaco. Cuidado para não reagir!!!!
EX: Cloreto de Sódio; Óleo Mineral, Água.
Excipiente Veículo

Fármaco: qualquer substância capaz de atuar no organismo, seja em sentido benéfico ou


maléfico.
Apresenta duplo sentido: Substância que mesmo em pequenas quantidades,
provoca alteração á saúde ou conduz a morte.
Medicamentos

Princípio Ativo ou Sal: substância que possui a propriedade farmacológica, provocando a


ação terapêutica no organismo.
Remédio: todo meio utilizado para curar ou aliviar doenças, sintomas, desconforto e mal-estar.
Substância animal, vegetal ou mineral; procedimentos; Fé ou crença utilizados em benefício da
saúde.

Medicamentos: todo fármaco isolado ou em associação, adicionado de substâncias que lhe


conferem tamanho, forma, estabilidade e outros fatores, com finalidade profilática, curativa,

paliativa ou para fins de diagnósticos.


Medicamento Simples Medicamento Composto

TODO MEDICAMENTO É UM
REMÉDIO, MAS NEM TODO REMÉDIO É UM MEDICAMENTO!!!!

MEDICAMENTO REMÉDIO
Medicamento Homeopático: medicamentos preparados a partir de substâncias que são
submetidas a triturações sucessivas ou diluições seguidas de uma forma de agitação ritmada.
Com finalidade preventiva ou curativa a serem administrados conforme a terapêutica
homeopática.
CURA = “SEMELHANTE CURA SEMELHANTE”

Medicamento Alopático: medicina tradicional, que utiliza


medicamentos que vão produzir no organismo doente uma reação contrária aos sintomas que
apresenta.
CURA = “CONTRÁRIOS SÃO CURADOS POR CONTRÁRIOS”

Medicamento Fitoterápico: utiliza-se exclusivamente


derivados de droga vegetal.
São aqueles preparados com
substâncias ativas presentes na planta, sem inclusão
de substâncias isoladas ou de outras origens.
Caracterizado pelo conhecimento da eficácia
e dos riscos de seu uso, assim como a constância da sua
qualidade.
Plantas Medicinais X Medicamentos Fitoterápicos
Plantas Medicinais são espécies vegetais que contém em sua composição substâncias que
ajudam no tratamento de doenças ou que ajudam a melhorar a condição de saúde da pessoa.

Os Medicamentos Fitoterápicos são produtos industrializados, obtidos de plantas medicinais.


Os cuidados são os mesmos destinados aos outros medicamentos:
* Buscar informações com os profissionais de saúde.
* Informar ao seu médico qualquer reação desagradável que aconteça enquanto estiver usando
plantas medicinais ou fitoterápicos.
* Observar cuidados especiais com gestantes, lactantes, crianças e idosos.
* Informar ao seu médico se está utilizando plantas medicinais ou fitoterápicos, principalmente
antes de cirurgias.
* Adquirir fitoterápicos apenas em farmácias e drogarias autorizadas pela Vigilância Sanitária.
* Seguir as orientações da bula e rotulagem.
* Observar a data de validade e nunca tomar medicamentos vencidos.
* Seguir corretamente os cuidados de armazenamento.
* Ter cuidado ao associar medicamentos, o que pode promover a diminuição dos efeitos ou
provocar reações indesejadas.
* Desconfiar de produtos que prometem curas milagrosas

FINALIDADE DO USO DE MEDICAMENTOS


Ação Terapêutica: tudo aquilo que promove bem estar e saúde.
Pode ser uma Ação Curativa ou Paliativa

Ação Curativa: ação de curar uma determinada doença.


Ação Paliativa: alivia os sintomas.

Ação Profilática: ação que previne as doenças. Ex: Vacina

Fins Diagnósticos: realização de exames.

AÇÃO DO MEDICAMENTO NO ORGANISMO

Ação Local: o medicamento age no local onde foi aplicado, não


atingindo a corrente sanguínea.

Ação Sistêmica: o medicamento precisa passar pela corrente sanguínea para chegar ao local
de ação.
DOSEAMENTO
A quantidade de medicamento administrado
necessária para exercer o seu efeito terapêutico, ao nível dos
princípios ativos, denomina-se dose. É possível diferenciar vários
tipos de dose:
 Dose terapêutica: refere-se à quantidade utilizada em
cada administração, dose ideal;
 Dose diária: corresponde à quantidade de princípio ativo que deve ser
administrada ao longo de 24 horas;
 Dose mínima: é a menor dose recomendada para que o medicamento exerça os
seus efeitos;
 Dose máxima: é a maior dose recomendada que o organismo suporta, para que
o medicamento exerça seu efeito benéfico, sem apresentar efeitos colaterais;
 Dose letal: dose acima da máxima, que mata;
 Dose de ataque: dose maior que se usa em determinado tipo de tratamento, para
atacar de maneira mais rápida;

IDEAL MATA

NOMES DOS MEDICAMENTOS


Todos os medicamentos têm várias denominações diferentes.
 Nome químico: nome que descreve a estrutura química, do princípio ativo que
constitui o medicamento, na maioria das vezes longo e muito complexo, difícil de
recordar e até de pronunciar;
Ácido (2S)-1-[(2S)-2-metil-3-sulfanilpropanoil] pirrolidino-
2-carboxílico

 Nome genérico: mais curto e simples de recordar, que costuma ser o


oficialmente para cada fármaco, nome dado de acordo com a DCB, sem levar em
conta o fabricante;
 Nome comercial: nome registrado, selecionado pela empresa fabricante.
É o caminho pelo qual o medicamento é colocado em contato com o organismo. Podendo ser :

VIA ORAL
A administração de medicamentos por via oral é a mais comum e segura; não
requer técnica estéril na sua preparação, nessa via os medicamentos podem ser na
apresentação de comprimidos, drágeas, cápsulas ou líquidos;
* São absorvidos principalmente, no estômago e intestino;
* Menos probabilidade de intoxicação;
* Distribuição do Fármaco é lenta;

VIA RETAL
São receitados quando a pessoa não pode tomar o medicamento por
VO, em pacientes inconscientes ou em criança pequena; é administrado em forma
de supositório.
* Usado tanto para drogas de ação local como de ação
sistêmica;
* Indicado para pacientes que apresentam vômito e náusea;
* Pode-se observar leve efeito laxativo após o uso dos
supositórios;
* Utilizada quando a via venosa for de difícil acesso; pois apresenta irritação local e absorção
irregular;
Desvantagens:
* Contra indicado em pacientes que apresentam sangramento retal ou diarréia, devido a
absorção incompleta;
* Causa desconforto no paciente
* Não pode ser administrado em pacientes com dor abdominal não diagnosticada. Pois nos
quadros de apendicite, pode provocar rompimento do apêndice.

VIA TÓPICA
Refere-se a aplicação direta de um medicamento num local
específico do corpo onde exerce seus efeitos; aplicação na pele;
As formas farmacêuticas mais empregadas são:
- Soluções, Cremes, Pomadas, Óleos, Geléias;
- Adesivos transdérmicos: permite que o medicamento seja liberado de uma
forma lenta e contínua, durante horas ou dias;

VIA NASAL
Aplicação do fármaco dentro do nariz, usados para produzir efeitos locais.
Vantagens:
* Rápida absorção para algumas drogas;
* Minimiza a ocorrência de efeitos adversos;
Desvantagens:
* Irritação local e alergia;
* Absorção pobre;

VIA OFTÁLMICA
Em geral são aplicadas diretamente no olho, em forma de colírios ou pomadas;
possui efeito local.
É empregado para um número restrito de fármacos;
Possui pouca absorção;
Minimiza a ocorrência de efeitos indesejados;
VIA RESPIRATÓRIA
A administração dos medicamentos se dá através das vias
respiratórias diretamente aos pulmões, onde são absorvidos pela
circulação sanguínea. Poucas medicações existem por essa via, pois
precisam de monitoramento para garantir a dose certa, dentro do período indicado.
Também é usada em anestesiologia quando se empregam anestésicos gerais gasosos.

VIA PARENTERAL
Através do uso de medicamentos administrados por via injetável que possuem a
vantagem de fornecer uma via mais rápida, favorecendo assim a absorção.

Vantagens:
* Podem ser administradas em pacientes inconscientes ou que apresentam vômitos e náuseas;
* Podem ser produzidos efeitos locais ou sistêmicos, dependendo da via utilizada;
* Os problemas de obediência do paciente ao regime terapêutico são quase totalmente
evitados;
Desvantagens:
* Exige uma pessoa adequadamente treinada;
* Usualmente, há sempre alguma dor;
* A administração pode se tornar inconveniente quando as aplicações se tornam muito
frequentes;
* Os efeitos são difíceis de reverter;

INTRAMUSCULAR

A administração via intramuscular permite que


você injete o medicamento diretamente no músculo em graus
de profundidade variados; afastados de nervos e vasos
sanguíneos importantes. Esse tipo de administração provoca
um início de ação mais lento e de maior duração de ação e
sua absorção é usualmente completa.
É usado para administrar suspensões e
soluções oleosas, garantindo sua absorção em longo prazo.

Devemos estar atentos quanto a quantidade a


ser administrada em cada músculo.
ATENÇÃO: Não esquecer que esse volume irá depender da massa muscular do paciente,
quanto menos a dose aplicada, menor o risco de possíveis complicações.

A escolha do músculo utilizado vai depender do volume a ser aplicado:


1° escolha: vasto lateral da coxa – máximo de 5ml
2° escolha: glúteo (dorso glútea) – máximo de 5ml
3° escolha: deltóide (exceto em vacinas) – máximo 3ml

SUBCUTÂNEA
Na via Subcutânea ou Hipodérmica, os medicamentos são administrados no
tecido subcutâneo, entre a pele e o músculo. É usada para administração de vacinas,
anticoagulantes (heparina) e hipoglicemiantes (insulina).
O volume não deve exceder 1,0 ml – 1,5ml
É um tipo de aplicação geralmente indolor, feito com seringas específicas e agulhas curtas,
chamadas agulhas de
insulina.

Locais de
Aplicação: parte posterior dos
braços, parte anterior e lateral
externa das coxas e
abdômen e nádegas.

ENDOVENOSA
É a administração de medicamento diretamente na corrente sanguínea através de
uma veia.
A administração pode variar desde uma única dose até uma infusão contínua.
Como o medicamento ou a solução é absorvido imediatamente, a reposta do cliente também é
imediata.
Deve ser aplicada lentamente para se evitar mal estar, hipotensão, formigamento
e ondas de calor, fenômenos de origem nervosa que acometem pessoas ansiosas.
A injeção é geralmente indolor e deve ser aplicada somente por pessoa realmente
habilitada, podendo causar sérios problemas se for mal aplicada.
A intensidade e duração da atividade da droga dependem da dose administrada!!!
Indicam-se diluições em seringas de 10 e 20 ml, ou seja, com 10 ou 20 ml de
água destilada. Para medicamentos com altas concentrações, indicam-se diluições em frascos
de soluções salinas (Soro Fisiológico 0.9%) ou glicosadas (Soro Glicosado 5%).
Locais de Aplicação: Veias do Braço
Veias do dorso da mão
Veia do Pé
INTRADÉRMICA
Também chamada intracutânea ou
cutânea, é utilizada para testes alérgicos e algumas
vacinas. É aplicada na camada mais superficial da
pele, chamada derme.

Local de aplicação: geralmente é feita na parte interna


do antebraço, por ser de fácil acesso,
pouco pigmentado e com poucos pelos.

Formas de Apresentação da Medicação Injetável


 Aquosa (ex. Voltaren)
 Oleosa (ex. Perlutan)
 Líquida com pó em suspensão (ex. Benzetacil)
 Pó (ex. Despacilina e Omeprazol)
São as diferentes formas físicas que os medicamentos podem apresentar.
Pode existir várias formas físicas para um mesmo princípio ativo. PORQUE??

-Facilitar a administração;
-Garantir a precisão da dose;
-Proteger a substância durante o percurso pelo organismo;
-Facilitar a ingestão da substância ativa;
-Duração do efeito terapêutico;
-Praticidade na tomada do medicamento;
-Mascaramento de odor e sabor;
CLASSIFICAÇÃO DAS FORMAS
FARMACÊUTICAS

-Pós;
-Granulados;
-Comprimidos;
-Drágeas;
-Cápsulas;
-Supositórios;
-Óvulos;
-Pílulas;
-Pastilhas

PÓS

São misturas de Fármacos em forma seca,


finamente divididos. Pós para administração oral e
efervescentes: são geralmente administrados com ou em água.
Pode também ser deglutido diretamente. São apresentadas em
embalagens unitárias.
EX:
Fluimucil, Metamucil, Estomazil.
Vantagens:
- Possuem efeito mais rápido;
- Possui maior absorção gastro-intestinal;
- Facilidade de deglutição;
- Diminui o risco de irritações (tópico).
Desvantagens:
- Sabor e odor;
- Custos elevados;
As especialidades médicas que mais utilizam são a pediatria e a geriatria!!!!

GRÂNULOS
São constituídos por substâncias
medicamentosas associadas ao açúcar, dando aspecto
homogêneo.
Podem ser revestidos ou efervescentes.
As especialidades médicas que mais utilizam são a
gastroenterologia e a cardiologia!!!!

Vantagens:
- Mais agradável de ingerir que o pó;
- A posologia e facilmente mantida;
- Podem ser envolvidos com revestimentos protetores.

COMPRIMIDOS

São formas farmacêuticas obtidas por


compressão de pós, contendo fármaco e excipiente.
Podem variar em tamanho, forma, peso,
dureza, espessura, cor, dependendo do uso a que se
destinam e do fabricante.
A maioria é administrado via oral, mas também são destinados a administração
sub-lingual e vaginal.
Vantagens:
- Podem apresentar vincos e gravações;
- Dosagem correta e alto grau de precisão;
- Maior facilidade de administrar fármacos insolúveis em água;
- Menor sensação de sabor e odor desagradáveis;

- Permite controle na liberação do fármaco;


Desvantagens:
- Menor absorção se comparado as soluções;
- Podem provocar irritação na mucosa gástrica;
- Favorece a formação de complexos com alimentos;
- Impossibilidade de ajuste da dose;

Tipos de comprimidos:
- Tamponados - Efervescente - Vaginal - Mastigáveis e sublingual

DRÁGEAS
São comprimidos revestidos por uma ou mais camadas
de substâncias diversas , como açúcares, gomas, ceras,
plastificantes, corantes e até aromatizantes.
Possuem um revestimento gastro-solúvel e gastro-
resistente.

CÁPSULAS
São constituídos por invólucro de gelatina dura ou mole, de formas variáveis.
As cápsulas duras são constituídas de por duas partes cilíndricas, apresentando
comprimentos diferentes. A parte mais comprida serve para adicionar as substâncias
medicamentosas e a outra serve como tampa na qual se encaixa a primeira.
A cápsula mole é constituída apenas de uma parte que pode apresentar várias
formas. O invólucro é mais espesso que o da cápsula mole.
Geralmente os invólucros são formados, cheios e fechados em um único ciclo de
fabricação.
As cápsulas de liberação modificada podem ser tanto dura como mole. Seu
conteúdo ou invólucro, ou ambos, são preparados de tal modo que são suscetíveis de
modificar a velocidade ou o lugar de liberação de substâncias medicamentosas.

Geralmente o invólucro é feito de gelatina (cápsula dura) ou de gelatina adicionada de


emolientes como glicerina e sorbitol (cápsula mole), podendo ser opaco ou transparente e
corado ou incolor.
Vantagens:
- Administração de substâncias de sabor desagradável;
- Libertam, rapidamente os medicamentos depois da ingestão;
- Mais fácil deglutição do que os comprimidos;
- Possibilidade de desenvolvimento de liberação controlada.
Desvantagens:
- Por ser de fácil abertura, algumas pessoas com dificuldade para engolir cápsulas, acabam
retirando o pó e engolindo, fazendo com que muitas vezes o efeito seja alterado.

SUPOSITÓRIOS
São formas farmacêuticas destinadas á inserção em orifícios
corporais, nos quais amolecem, se dissolvem e exercem efeitos localizados
ou sistêmicos.
A via de administração é retal. Pode ser administrados em
pacientes inconscientes.
Desvantagem: Desconforto terapêutico.
Efeito local: anti-hemorroidais; laxativos; desinfetantes; anestésicos; antiinflamatórios;
Efeito sistêmico: analgésicos; espasmódicos; antiasmáticos; expectorantes; anti-eméticos;
antigripais; anti-reumáticos;
ÓVULOS
São preparações sólidas, como formato adequado, para aplicação vaginal.
Desvantagens:
- Pode ocorrer irritação na mucosa vaginal;
- Pode ocorrer absorção de substâncias que deveriam agir apenas no local de aplicação e o
mesmo passa a agir sistematicamente;

PÍLULAS
São preparações farmacêuticas pequenas de consistência
firme, sensivelmente esférica, e que se destinam a serem
deglutidas sem mastigar.
Seu peso varia de 0,1 a 0,5g.
Vantagens:
- Mascaram o cheiro e sabor desagradável;
- Pequeno volume e fácil administração;
- Resistentes as alterações pela luz, ar e umidade;

PASTILHAS Preparações farmacêuticas sólidas de formas


variadas, contendo substâncias aromatizantes, destinadas a se
dissolverem lentamente na cavidade oral sendo de uso local ou
sistêmico.São as formas farmacêuticas sólidas de maior aceitação
pelo paciente.
-Suspensão;
-Soluções;
-Xarope;
-Elixir;
-Emulsão;

SUSPENSÃO
Forma farmacêutica líquida que contém partículas
sólidas dispersas em um líquido, nas quais as partículas
não são solúveis.
São muito utilizadas por via oral, e também
para administração parenteral.
Apresentam-se geralmente prontas para uso. Além
dessas suspensões líquidas, existem granulados em
saches, possibilitando a fácil obtenção.

Vantagens:
- Permite administração de altas doses do fármaco;
- Fácil deglutição, indicada para crianças e idosos;
- Mascara sabor e odor;
- Permite ajuste de dose pelo volume a ser administrado;
- Possibilidade de injeções intramusculares para liberação lenta e prolongada;
A suspensão pode vir pronta do laboratório, ou pode vir apenas o pó, onde tem
que se adicionar água destilada.
Após a reconstituição com água, a suspensão é estável por alguns dias (5-
10dias), que é o tempo necessário para o tratamento do paciente.

SOLUÇÕES

São preparações que contém um ou mais


fármacos dissolvidos em água, podendo ser administrados
por via oral ou parenteral.
Existem vários tipos de soluções:
-Orais -Injetáveis -Oftálmicas -Otológicas

Vantagens:
- Rapidez de absorção gastro-intestinal
- Facilidade de deglutição
- Homogeneidade da dose;
- Flexibilidade de doses.
Desvantagens:
- Dificuldade de armazenamento e transporte;
- Difícil acesso ao sistema de volume uniforme;
- A solubilização realça o sabor do fármaco.

XAROPE
Preparação farmacêutica aquosa que contém uma
grande quantidade de açúcar.
Forma líquida resultante da mistura de água e
açúcar, o que assegura a sua conservação e mascara as
características organolépticas desagradáveis.
Vantagens:
- Possibilidade de correção de sabor;
- Boa conservação;
Desvantagens:
- Não recomendado para diabéticos;

ELIXIR
São fármacos dissolvidos em água e álcool. O álcool
melhora a estabilidade do princípio ativo, e a água diminui o
conteúdo alcoólico.
Vantagem:
- Adequado para fármacos insolúveis em água, mas solúveis
em misturas hidroalcoólicas;
Desvantagens:
- Menos doce que o xarope;
- Menos efetivo no mascaramento do sabor;
- Alta graduação alcoólica, varia de 15 a 50%;

EMULSÕES
São preparações obtidas pela dispersão de duas fases
líquidas imiscíveis (água e óleo).
Vantagens:
- Possibilidade de misturas imiscíveis;
- Mascaramento de odor e sabor;
- Destinado tanto ao uso interno como externo;
-

Pomadas;
-Cremes;
-Gel;
-Pastas;
-Unguento;
-Emplastros;

POMADAS
As pomadas são preparações de consistência semi-
sólidas destinadas a serem aplicadas sobre a pele ou sobre certas
mucosas, a fim de exercer uma ação local ou de realizar a
penetração percutânea de princípios ativos.

Apresentam aspecto homogêneo, são constituídas por excipientes (simples ou


composto), nos quais são dispersos um ou mais princípios ativos.
Tem ação emoliente ou protetora;
Podemos classificar os tipos de pomadas de acordo com sua penetrabilidade:
 Pomadas epidérmicas: fraco ou nenhum poder de penetração;
 Pomadas endodérmicas: penetram na epiderme, atuando nas camadas mais
profundas, sem, contudo, que a penetração dos fármacos atinja a corrente sanguínea;
 Pomadas diadérmicas: penetram tão profundamente que são capazes de atingir a
corrente sanguínea.

Sua administração é de uso tópico, podendo ainda ser de aplicação:


- Vaginal - Oftálmica

As pomadas em geral, são contra indicadas em lesões agudas porque acabam


diminuindo a troca gasosa cutânea, acentuando o processo inflamatório.
A especialidade médica que mais utiliza as Pomadas é a DERMATOLOGIA!!

POMADA CREMOSA OU CREME


São emulsões semi-sólidas, contendo
substâncias medicamentosas, dissolvidas ou suspensas na
fase aquosa ou oleosa;
A maioria dos cremes são emulsões de óleo em
água, embora se preparem numerosos cremes de água em
óleo;
A administração é tópica;
Os cremes óleo/água, geralmente apresentam elevado poder de penetração na
pele;
São de fácil remoção da pele e da roupa por simples lavagem.
Os cremes água/óleo são menos penetrantes, possuem ação endodérmica ou
epidérmica usados como protetores cutâneos, e com seu alto teor de água se espalham
facilmente na pele;
São muito utilizados como veículos para fármacos antissépticos.
Vantagens:
- São mais bem aceitos pela pele que a pomada;
- De fácil aplicação;
- Desaparecem com a fricção.
Desvantagem:
- Possui efeito mais lento e mais intenso que a pomada.
POMADA GELÉIA OU GEL
Forma farmacêutica semi-sólida com um ou
mais princípios ativos que contém um agente gelificante e
possui grande quantidade de água em sua formulação, o que
proporciona uma absorção mais rápida se comparar com
creme e pomada.
O Gel em si não é absorvido pela pele, sendo
utilizado quando a pele do indivíduo for oleosa.

POMADA PASTOSA OU PASTA


Forma farmacêutica semi-sólida de consistência pastosa,
devido a grande quantidade de pós finamente dispersos no
excipiente.
Essa elevada concentração de pós, torna as pastas
completamente diferentes das pomadas propriamente ditas, pois,
apresentam um ligeiro efeito secante, absorvendo o suor cutâneo, não causando congestão de
tecidos, como ocorre com as pomadas.
São utilizadas para ações estritamente epidérmicas, já que o poder de penetração
dos fármacos é pequeno;
São especialmente empregados como veículo de fármacos anti-sépticos e
adstringentes;
Podem ser administrados em superfícies úmidas ou molhadas;
Possui menor atividade terapêutica se comparada com as pomadas!!!!

POMADA RESINOSA OU UNGUENTO

São pomadas mais resistentes, que


além da base contém uma resina, o que lhe confere
maior consistência.
São utilizados quando se quer um
maior tempo de atuação e um efeito de proteção
nas superfícies externas sem elasticidade.
Administração é tópica.

EMPLASTROS

Forma farmacêutica semi-sólida para aplicação


externa; Consiste de uma base adesiva contendo um ou
mais princípios ativos distribuídos em uma camada uniforme num
material sintético;
Destinado a manter o princípio ativo em contato com a
pele;
Possui uma firme consistência que amolece quando entra em contato com a
superfície cutânea, originando uma massa plástica e adesiva que pode apresentar ação
protetora e terapêutica.
MEDICAMENTO DE REFERÊNCIA
Medicamento registrado como inovação, cuja eficácia, segurança e qualidade
foram comprovadas cientificamente perante a ANVISA.
Quando produzido, a indústria desenvolve uma proteção patentária, onde por um
período de tempo tem a exclusividade de exploração do medicamento.

Servirá de parâmetro para registros de posteriores medicamentos Similares e


Genéricos, quando sua patente expirar. Pode ser dispensado quando a receita indicar o
nome genérico do fármaco (componente ativo do medicamento) ou o nome da marca do
produto de referência;
EX: Cilostazol 50mg = Cebralat

MEDICAMENTO GENÉRICO
Medicamentos produzidos após a expiração da proteção
patentária.
Possuem o mesmo princípio ativo, na mesma dose e na
mesma forma farmacêutica, sendo administrados na mesma via e
com a mesma indicação terapêutica do medicamento de referência,
com o qual deve ser intercambiável.
É a cópia do medicamento de referência, pois é submetido aos testes de
bioequivalência comprovando sua eficácia, segurança e qualidade. Agindo no nosso organismo
da mesma forma que o de referência.
Não possui nome de marca, somente a denominação química de acordo com a
Denominação Comum Brasileira (DCB).
Todo medicamento genérico traz na sua embalagem uma faixa amarela com o “G”
de Genérico em destaque e a identificação “Medicamento Genérico”.
Poderá ser dispensado quando a receita indicar o nome genérico do fármaco
componente ativo do medicamento, mas no caso de constar o nome de marca do produto de
referência, o genérico pode ser dispensado no lugar, desde que obedecendo a três pontos
fundamentais:
- Ser desejo do cliente,
- Não existir oposição formal (por escrito, na própria receita) - ocorrer mediante o
farmacêutico.
EX: Cilostazol 100mg

MEDICAMENTO SIMILAR
Aquele que contém o mesmo princípio ativo, mesma
concentração, forma farmacêutica, via de administração,
posologia e indicação terapêutica, podendo diferir do
medicamento de referência apenas nas características relativas
ao tamanho, forma do produto, prazo de validade, embalagem,
rotulagem, excipientes, devendo sempre ser identificado por
nome comercial ou marca.

Não foi submetido ao estudo de bioequivalência!!

EX: Neosaldina = Doralgina

Para saber se um medicamento é de referência ou é um similar, basta dar uma


olhadinha na lista de medicamentos genéricos disponíveis na farmácia (ou na página eletrônica
da Anvisa). A lista traz a relação de medicamentos de referência para cada fármaco que já
esteja liberado para cópia.

SIMILAR
#
REFERÊNCIA E
GENÉRICO
OS MEDICAMENTOS SEGUNDO O TIPO DE
PRESCRIÇÃO

Medicamentos Isentos de Prescrição (MIP): medicamentos que não necessitam de


prescrição, mas que devem ser utilizados corretamente, de acordo com a orientação de um
Farmacêutico.
A embalagem desses medicamentos não possui tarja.

Medicamento de Venda Sob Prescrição: devem ser prescritos pelo profissional Médico ou
Dentista; são divididos em dois grupos:
Sem retenção de receita: apresentam na embalagem uma tarja vermelha com o
seguinte texto:

“VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA”.

Com retenção de receita: apresenta na


embalagem tarja vermelha ou preta, contendo o
seguinte texto:
“VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA”.
Os medicamentos sujeitos á prescrição, somente podem ser dispensados mediante a
apresentação de receita médica ou odontológica.

É importante observar se a receita atende aos seguintes pontos:


-está legível,
-não contém rasuras,
-apresenta identificação do paciente,
-indica o local e a data da emissão,
-apresenta nome, assinatura e carimbo do médico ou dentista,

Apresentar os dados do medicamento como:


- nome,
-concentração do fármaco,
-forma farmacêutica,
- dose,
- quantidade
-duração do tratamento.

Entre os medicamentos que precisam de prescrição, alguns possuem um controle


especial do governo, devendo ter a sua prescrição retida no momento da compra.
É obrigatória e identificação do comprador e seu cadastro no sistema do SNGPC.

RECEITA DE COR BRANCA


É prescrita por Médicos ou Dentistas para a dispensação dos medicamentos que
necessitam de controle especial, devendo ser prescritos em duas vias, uma via ficando na
Farmácia e a outra com o paciente.
Deve-se ter cuidado com a receita, pois não pode ser vendido em receituário
branco comum, tem que ser de controle especial.

 É utilizada para a prescrição de medicamentos à


base de substancias constantes das listas “C1”
(outras substâncias sujeitas a controle especial),
“C2”(retinóicas) e “C5”(anabolizantes).O formulário
é válido em todo o território nacional, devendo ser
preenchido em 2(duas) vias. Terá validade de 30
(trinta) dias a partir da data de emissão.
- A prescrição poderá conter, em cada receita, três
substancias. A quantidade prescrita de cada substância
da lista “C1”, “C5” e suas atualizações é de 5 (cinco)
ampolas, e, para as outras formas farmacêuticas, a quantidade refere-se a 60 (sessenta) dias
de tratamento
RECEITA DE COR AZUL (B)
É uma receita numerada e controlada pela Vigilância
Sanitária, emitida pelo médico ou dentista, para dispensação de medicamentos
que podem causar dependência.
Prescrição de medicamentos á base de medicamentos da lista B1 e B2.

Válida apenas na unidade federativa que concedeu a numeração.


Válida por 30 dias após sua emissão.
Cada notificação pode conter, no máximo, 05 ampolas ou o suficiente para 60
dias de tratamento.

Nos campos UF, NÚMERO, IDENTIFICAÇÃO DO EMITENTE, DADOS DA


GRÁFICA, NÚMERO DA AUTORIZAÇÃO e a NUMERAÇÃO CONCEDIDA devem estar
impressas.

RECEITA DE COR AZUL (B2)

Para medicamentos relacionados nas listas B2 (Substâncias Psicotrópicas Anorexígenas).


EX: Sibutramina
Validade após prescrição: 30 dias.
Válida somente no estado emitente.
Quantidade Máxima / Receita: 30 dias de tratamento.

RECEITA DE COR AMARELA (A)


Prescrição dos medicamentos á base das substâncias das listas A1, A2 e A3.
Vale por 30 dias após a sua emissão.
Podem conter, no máximo, 5 (cinco) ampolas e para as demais formas
farmacêuticas de apresentação, a quantidade correspondente a 30 (trinta) dias de tratamento.

Pode ser prescrito acima das quantidades previstas, devendo o prescritor anexar justificativa indicando
com CID da doença ou diagnóstico, posologia, data e assinatura.
RECEITA DE COR BRANCA PARA RETINÓIDES
Notificação de Receita Especial Retinoides
Para medicamentos relacionados nas listas C2 (Subst. Retinoides de uso
sistêmico).
Validade após prescrição: 30 dias.
Quantidade Máxima/Receita: 30 dias de tratamento.
Limitado a 05 ampolas por medicamento injetável.
Deve vir acompanhada do Termo de Consentimento de Risco e Consentimento
Pós-Informação.

TABELA DE RECEITAS
A Farmácia Hospitalar é uma unidade clínica administrativa e econômica, dirigida
pelo profissional Farmacêutico, onde se desenvolvem atividades ligadas á produção, ao
armazenamento, ao controle, a dispensação e a distribuição de medicamentos e correlatos ás
unidades hospitalares, bem como a orientação de pacientes internos.

Os objetivos básicos da farmácia hospitalar são:

 Desenvolver, em conjunto com a Comissão de Farmácia e Terapêutica ou similar,


a seleção de medicamentos necessários ao perfil assistencial do hospital;

 Contribuir para qualidade assistencial prestada ao paciente, promovendo o uso


seguro e racional de medicamentos e correlatos;

 Estabelecer um sistema eficaz, eficiente e seguro de distribuição de


medicamentos;

 Implantar um sistema apropriado de gestão de estoques;

 Fornecer subsídios para avaliação de custos com a assistência farmacêutica e


para elaboração de orçamentos;

Funções da Farmácia Hospitalar

 Seleção de medicamentos e correlatos necessários ao hospital;

 Aquisição, conservação e controle dos medicamentos selecionados


estabelecendo níveis adequados para a aquisição por meio de um gerenciamento
apropriado de estoques. O armazenamento dos medicamentos deve seguir
normas técnicas para preservar a qualidade dos medicamentos;

 Manipulação, produção de medicamentos, seja pela indisponibilidade de produtos


no mercado, para atender prescrições especiais ou por motivos de viabilidade
econômica;
 Estabelecimento de um sistema racional de distribuição de medicamentos para
assegurar que eles cheguem ao paciente com segurança, no horário e na dose
adequada;

 Implantação de um sistema de informação sobre medicamentos para obtenção de


dados objetivos que possibilitem à equipe de saúde otimizar a prescrição médica
e a administração de medicamentos. O sistema deve ser útil na orientação ao
paciente no momento da alta ou nos tratamentos ambulatoriais ;

 Distribuir medicamentos por dose unitária e/ou individualizada para todas as


Unidades de Internação e Unidades de Apoio Propedêutico;

 Manter e controlar estoque-padrão de medicamentos e produtos farmacêuticos


utilizados na unidade de internação;

 Manipular soluções desinfetantes e distribuí-las na diluição de uso para todas as


unidades;

 Preparar, aditivar e controlar a qualidade das soluções de nutrição parenteral;

 Fracionar formas sólidas e líquidas para uso oral e/ou parenteral necessárias à
pediatria, unidade neonatal e pacientes especiais;

 Controlar a qualidade dos produtos manipulados e adquiridos, da matéria-prima e


do material de envase utilizados nas preparações manipuladas no hospital;

 Manter central de abastecimento farmacêutico e executar as atribuições e tarefas


inerentes ao controle físico e contábil necessários à prestação de contas no
hospital;

 Controlar, de acordo com a legislação vigente, medicamentos que podem levar a


dependência física e/ou psíquica ou que provoquem efeitos colaterais
importantes;

Funções do auxiliar de Farmácia Hospitalar:

 Prestação de apoio à equipe de enfermagem;

 Preparação de medicamentos (fracionamento e diluição);

 Organização dos medicamentos dentro da farmácia;


Esclarecimento de dúvidas sobre o uso de uma
determinada medicação;

 Preenchimento correto de receitas de medicamentos controlados;

 Recebimento de novos medicamentos e etiquetação dos mesmos;

Ferramenta utilizada no processo do uso de medicamentos para assegurar o uso correto


dos medicamentos e garantir a economia de recursos, sem interferir na qualidade.

A Padronização de Medicamentos tem como objetivos principais:

 A otimização do atendimento ao paciente através da seleção racional de medicamentos;

 A garantia da segurança na prescrição e administração do medicamento, reduzindo a


incidência de reações adversas;
 A disciplina do receituário e uniformidade da terapêutica para o estabelecimento de
protocolos criteriosos;

 A redução no custo da terapêutica, sem prejuízos para a segurança e a efetividade do


tratamento;

 A diminuição da quantidade de produtos;

 A redução dos custos com estoques de medicamentos que apresentem o mesmo fim
terapêutico;

 A agilidade na prescrição médica e no serviço da enfermagem;

 O uso exclusivo do medicamento que tenha valor terapêutico comprovado;

 A redução dos índices de erros de medicamentos;

 A redução no número de fórmulas e formas farmacêuticas;

 Melhoria de comunicação entre farmácia, equipe médica, pessoal de enfermagem e


seções administrativas, assim como a simplificação das rotinas de aquisição,
armazenamento, dispensação e controle.

Fatores Que Influenciam Na Padronização De Medicamentos

Características de atendimento: as características de atendimento de cada hospital


determinam fortemente o tipo de padronização.

Formas Farmacêuticas: devem ser compatíveis com as características da instituição.


Hospitais que tratam crianças e recém-natos devem possuir, em sua padronização, produtos
em formas que facilitem a sua administração e reduzam a possibilidade de erros de
administração.

Apresentações: a PM deve determinar a apresentação dos produtos normatizados para


uso em formas e embalagens que contribuam para a diminuição dos erros, facilitem
dispensação, armazenamento, manuseio e fracionamento, evitem uso inadequado, minimizem
contaminações e garantam menores preços.

Especialidades médicas na organização: os produtos, de acordo com os grupos


terapêuticos, as classes e as subclasses terapêuticas, devem ser adquiridos preferencialmente
para o tratamento dos pacientes internados em princípio, em função de patologias associadas
às especialidades médicas da organização.

Sistema de distribuição: a modificação ou implantação de um sistema de distribuição


depende da disponibilidade de equipamentos para fracionamento e da mão-de-obra, assim
como da infraestrutura do serviço de farmácia, para garantir o fornecimento do medicamento
certo, no horário determinado.

OBS: A padronização de medicamentos está sempre sujeita a questionamentos. Para inclusão


ou exclusão na padronização, a farmácia deve ser chamada a apresentar monografias sobre
os produtos, juntamente com uma descrição dos efeitos das mudanças propostas em relação à
qualidade, custos e eficácia/ineficácia da terapia.

MEDICAMENTOS NÃO PADRONIZADOS

As normas para aquisição devem ser definidas, no emprego dos critérios de


padronização.

Deve-se solicitar que seja comprovada absoluta necessidade de aquisição deste


fármaco, através de justificativa por escrito, a ser submetida à análise pelos membros da
Comissão.

Aos médicos deve ser exigido o preenchimento de formulários especiais, que


indiquem as razões para o uso de fármacos não padronizados, acompanhados da assinatura
pelos médicos chefes.
SISTEMAS DE DISPENSAÇÃO DE MEDICAMENTOS

Da mesma forma que uma Farmácia pública, uma Farmácia Hospitalar precisa estar
organizada para dispensar adequadamente os produtos que dispõe para os pacientes.

A escolha da forma de dispensação a ser adotada deve levar em consideração


características de cada Hospital, e os recursos disponíveis para sua implantação.

Um sistema hospitalar de dispensação de medicamentos deve ter alguns objetivos importantes,


dos quais destacamos:

 Uso racional de medicamentos;

 Redução de gastos com medicamentos;

 Aumentar o controle sobre o uso dos medicamentos, permitindo acesso do farmacêutico


às informações do paciente;

 Diminuição dos erros de administração de medicamentos;

 Aumentar a segurança para o paciente;

Sistema de Distribuição Coletivo

Distribuição baseada em reposição de quantidades fixas,


solicitadas por cada unidade de atenção médica.

Estas requisições são feitas em nome de setores, e não de


pacientes, gerando total descontrole do uso.

Vantagens:
* As movimentações do estoque são registradas com
facilidade;
* Custo de implantação muito baixo;
* Baixo número de colaboradores na farmácia;
* Horário de funcionamento da farmácia: reduzido.

Desvantagens:
* Maior quantidade de estoque imobilizado; formação de subestoques;
* Maior probabilidade de erros na medicação;
* Requer tempo de trabalho da enfermagem;
* Aumento dos gastos;
* Difícil integração do farmacêutico à equipe de saúde;
* Ausência de opções para intervir, de forma oportuna, em favor da racionalização da
terapia.
* Maior perda por deterioração, roubo, etc...;

Sistema de Distribuição por Dose Individualizada

É o sistema de distribuição baseado na prescrição médico do paciente.

Neste caso, a farmácia já recebe as solicitações de medicamentos através de uma


transcrição de prescrição médica feita pela enfermagem, ou mesmo através de um pedido
médico, só que sem esquema posológico rígido.

Vantagens:
* A prescrição médica pode ser revisada pelo farmacêutico;

* Maior controle sobre o material estocado, a Farmácia centraliza o estoque;

* Permite calcular para cada paciente o gasto com medicamentos durante a internação;

* Redução potencial de erros de medicação;

* Aumento da integração do farmacêutico à equipe de saúde;

* Menor quantidade de perdas e desvios.

Desvantagens:

* Aumento da necessidade de recursos humanos e infraestrutura da Farmácia


Hospitalar, tempo integral;

* Todos os inconvenientes da transcrição das prescrições médicas;

* Requer excesso de tempo de trabalho da enfermagem;

* Falta de controle sobre a deterioração, perdas, desvios, etc...;

* Nem sempre há devolução de medicamento não utilizado.

Sistema de Distribuição por Dose Unitária

Sistema de dispensação que apresenta inúmeras vantagens em relação aos outros


modelos, principalmente pelo controle que
proporciona à Farmácia, no que se refere ao
consumo de medicamentos.

Neste sistema os medicamentos são


dispensados de acordo com a prescrição
médica, sendo separados e identificados pelo
nome do paciente,nº do leito e horário de
administração.
Objetivos:

 Garantir a adequada terapia famacológica;

 Cumprir a prescrição médica evitando erros;

 Prover o acompanhamento farmacoterapêutico;

 Diminuir erros de medicação;

 Favorecer a correta administração dos medicamentos;

 Dar suporte para a implantação da farmácia clínica;

 Aumentar a qualidade assistencial do paciente.

Vantagens:

 Segurança na farmacoterapia: otimizada;

 Redução dos custos;

 Disponibiliza maior tempo para a enfermagem se dedicar ao paciente;

 Promove a Instituição: qualidade;

Desvantagens:

 Custo de implantação, embora seja facilmente recuperado a curto ou médio prazo;

 Investimento em contratação de colaboradores e treinamento.

O armazenamento é uma etapa importante para assegurar a qualidade dos medicamentos,


através das condições de estocagem adequadas.

Inclui algumas atividades importantes como:

 Recepção: ato de examinar e conferir os produtos quanto a quantidade e


documentação;

 Estocagem ou guarda: organização dos produtos em áreas previamente definidas,


permitindo rapidez e segurança;

 Segurança: proteção dos produtos contra roubos, perdas e danos;

 Conservação: manutenção das características dos produtos, durante o período de


estocagem;
 Controle de estoque: monitoramento das movimentações e registros de entrada e saída
de produtos;

 Entrega ou dispensação: entrega de produtos de acordo com as necessidades dos


pacientes, garantindo condições adequadas de transporte, preservação de identificação
até o paciente.

Para que o armazenamento funcione da melhor maneira é preciso que tenha alguns
aspectos:

- Estrutura física;

- Estrutura organizacional;

- Estrutura funcional;

- Serviço de manutenção de equipamentos.

Recebimento e Estocagem de Materiais e Medicamentos

Recebimento de medicamentos: No ato do recebimento, cada entrada deve ser examinada


quanto a sua documentação e fisicamente inspecionada para se verificar suas condições,
rotulagem, tipo e quantidade.

Se for o caso de recebimento de um produto com mais de um lote de fabricação, ele


deve ser subdividido em quantos lotes forem necessários e estocados dessa forma. Os lotes
que forem submetidos a amostragem ou os julgados passíveis de análise, devem ser
conservados em quarentena até decisão do Controle de Qualidade.

Recebimento: é o ato de conferência em que se verifica se os


produtos entregues estão em conformidade com o que foi solicitado. A
área de recebimento deve ser diferente da área de estocagem,
devendo ter procedimentos padrões.

Nesta etapa é verificado os aspectos administrativos e especificações técnicas de cada


medicamento ou material.

Estocagem: Toda e qualquer área destinada a estocagem de medicamentos deve ter


condições que permitam preservar suas condições de uso.
Nenhum medicamento poderá ser estocado antes de ser oficialmente recebido e nem
liberado para entrega sem a devida permissão,

Os estoques devem ser inventariados periodicamente e qualquer discrepância


devidamente esclarecida,

Os estoques devem ser inspecionados com freqüência para verificar-se qualquer
degradação visível, especialmente se os medicamentos ainda estiverem sob garantia de
seus prazos de validade.

Medicamentos com prazos de validade vencidos, devem ser baixados do estoque e


destruídos, com registro justificado por escrito pelo farmacêutico responsável, obedecendo
o disposto na legislação vigente.

A estocagem, quer em estantes, armários, prateleiras ou estrados, deve permitir a fácil


visualização para a perfeita identificação dos medicamentos, quanto ao nome do produto,
seu número de lote e seu prazo de validade.

A estocagem nunca deve ser efetuada diretamente em contacto direto com o solo e nem
em lugar que receba luz solar direta

As áreas para estocagem devem ser livres de pó, lixo, roedores, aves, insetos e
quaisquer animais.

Para facilitar a limpeza e a circulação de pessoas, os medicamentos devem ser


estocados à distância mínima de 1 (um) metro das paredes.

A movimentação de pessoas, escadas e veículos internos nas áreas de estocagem deve


ser cuidadosa para evitar avarias e comprometimento e/ou perda de medicamentos.

A liberação de medicamentos para entrega deve obedecer a ordem cronológica de seus


lotes de fabricação, ou seja, expedição dos lotes mais antigos antes dos mais novos
Estocagem de medicamentos de temperatura ambiente: Para os medicamentos que não
podem sofrer variações excessivas de temperatura, devem ser observadas as seguintes
recomendações:

O local de estocagem deve manter uma temperatura constante, em torno de 15 a 25°C;

As medições de temperatura devem ser efetuadas de maneira constante e segura, com
registros escritos,

Deverão existir sistemas de alerta que possibilite detectar defeitos no equipamento de ar


condicionado para pronta reparação.
Estocagem de medicamentos refrigerados: são aqueles que necessitam ficar em
temperatura de 2 a 8°C.

Deve ser estocado em uma geladeira de uso exclusivo para medicamentos, com
termômetro especial e ser registrada a temperatura diariamente.

Oscilações na temperatura podem causar alterações no medicamento,na forma


farmacêutica e na composição.O medicamento tem que estar em perfeitas condições, desde a
embalagem até o frasco ou ampola.

Tem medicamentos que possuem o mesmo princípio ativo, mas de laboratórios


diferentes, onde um precisa de refrigeração e outro não.
O controle de temperatura também deve ser monitorado, no mínimo duas vezes ao dia,
através de termômetros de máximas e mínimas, preferentemente digitais e calibrados
anualmente

O armazenamento de medicamentos deve seguir sempre as orientações do fabricante,


quanto à temperatura e umidade. Quando não existir a condição ideal, por exemplo,
medicamentos que devem ser armazenados entre 8° e 15°C, consultar o fabricante sobre a
possibilidade de armazenar entre 2° e 8° C.

Termômetro
de ambiente

Termômetro
de geladeira

Estocagem de medicamentos controlados: precisam estar em área isolada das


demais, somente podendo ter acesso a ela o pessoal autorizado pelo farmacêutico responsável
da Farmácia.

Os registros de entrada e de saída desses medicamentos, devem ser feitos de acordo


com a legislação sanitária específica, sem prejuízo daquelas que foram determinadas pela
própria administração do almoxarifado.

Só podem ser dispensados se prescritos pelo médico, na prescrição e no receituário de


notificação padrão de cada medicamento.
CONTROLE DE ESTOQUE

Estoques são quantidades de produtos mantidos em disponibilidade para serem


utilizados de acordo com as necessidades.

Tem como objetivo, manter informações confiáveis sobre níveis e movimentações físicas
e financeiras dos estoques necessários para atender a demanda do Hospital.

De acordo com cada Hospital é feito o balanço de todos os produtos contidos na


Farmácia, seja anual ou mensal.

DESCARTE DE PRODUTOS

O descarte de material ou medicamento deve ser feito quando os mesmos estiverem


vencidos ou deteriorados.

Deve existir procedimentos descritos para cada tipo de produto descartado, pois os
medicamentos não podem ser eliminados no esgoto pois podem contaminar a água e transmitir
bactérias;

Os produtos vencidos, antes de serem recolhidos, devem ser mantidos em lugares


seguros e identificados, para que não sejam utilizados indevidamente.

DISPENSAÇÃO

É a principal função da Farmácia, o atendimento de forma segura e eficiente dos itens


necessários para os pacientes e unidades hospitalares.

Este processo inicia-se a partir da solicitação dos produtos por parte dos médicos, a fim
de suprir as necessidades desses produtos por um determinado período de tempo ou em
atendimento a uma prescrição médica.

Seja qual for o tipo de dispensação, esta deve garantir:

* Rapidez na entrega;

* Segurança;

* Registros;

* Transporte

* Sistema de distribuição especial (Antibiótico e Geladeira).

ETAPAS DO PROCESSO DISTRIBUIÇÃO E DISPENSAÇÃO DE MEDICAMENTOS


1) Receber e verificar a validade da prescrição : Ao receber a prescrição, o dispensador deve
verificar se ela contém as exigências legais como:

- Nome do paciente;

- Nome dos medicamentos;

- Dose e posologia;

- Duração do tratamento;

- Data da prescrição;

- Assinatura e carimbo do médico.

2) Compreender e interpretar a receita ou prescrições:

 Ler a prescrição, e só dispensar os medicamentos se não houver duvidas sobre o que


está sendo prescrito,

 Interpretar corretamente qualquer abreviação usada por quem prescrever,

 Observar se a dose prescrita é adequada ao paciente (observar sexo e idade),

 Executar corretamente qualquer cálculo da dose e efetuar a entrega de quantidade


suficiente para o tratamento completo. Conferir o cálculo sempre que possível.

3) Identificação do medicamento: Se a receita estiver correta , o dispensador vai até a


prateleira, identifica o medicamento, a concentração , a forma farmacêutica, os aspectos físicos
e a embalagem do mesmo.

Só após confirmar que todos estes itens estão corretos, ele retira o medicamento da
prateleira e parte para o registro da ação.

4) Registrar a ação executiva: Registrar as dispensações é essencial para controle do estoque


existente. Este controle também é útil caso venha a ocorrer algum problema entre
medicamento/paciente.

Todas as receitas, provenientes do atendimento devem ser em duas vias, neste caso o
dispensador retém e arquiva a 2º via, devolvendo a 1º via à enfermagem. Em seguida deve dar
baixa da quantidade dispensada do medicamento.
5) Expedir os medicamentos aos pacientes com instruções e orientações claras: Após
certificar-se de que todas as especificações estão corretas, o dispensador coloca o
medicamento num saquinho e o entrega para enfermagem, com instruções claras.

A dispensação não é um processo simples. Ela exige das pessoas envolvidas


habilidades e atitudes específicas como:

- Conhecimento sobre os medicamentos fornecidos (uso comum, dose recomendada, vias de


administração, efeitos colaterais, interações, cuidados na armazenagem e habilidade em
cálculo).

FARMÁCIA DO CENTRO CIRÚRGICO


O centro cirúrgico é um setor localizado na instituição hospitalar composta por várias áreas
interligadas entre si, proporcionando ótimas condições para a realização do ato cirúrgico
seguro.

A Farmácia é responsável pela integridade e pela qualidade dos medicamentos e


materiais médico-hospitalares, bem como pela distribuição destes para as equipes que
atenderão ao paciente.

No Centro Cirúrgico, a Farmácia deve estar abastecida e trabalhar de forma que a


agilidade seja a grande arma para a dispensação, o controle e a cobrança dos materiais e
medicamentos utilizados nos procedimentos cirúrgicos.
A dispensação correta é realizada com a retirada do Kit pelo médico ou técnico de
enfermagem que ajudará na cirurgia.

Fases do Atendimento:

1- Antes da Cirurgia; 2- Durante a Cirurgia;

3- Depois da Cirurgia.

Antes da Cirurgia:

-Mapa Cirúrgico;

-Montar kit de acordo com as cirurgias do turno;

-Pedido de medicamentos controlados, de geladeira, entre outros;

-Pedido do carro de anestesia e do kit da cirurgia;

-Solicitação de produtos consignados;

Os kit’s são montados e armazenados na farmácia. Devem ser lacrados para que se
tenha um controle do que foi usado.

Deve ser impresso uma folha em 2 vias, uma fica na Farmácia e a outra com o médico.

Durante a Cirurgia:

Durante a cirurgia o médico ou o auxiliar vai anotando as medicações e materiais que


vão sendo usados.

Caso seja preciso algum produto além dos que foram no kit, o auxiliar vai até a Farmácia
e pede o que for necessário. Todo o material solicitado extra, deverá ser anotado para controle
de estoque e cobrança.

Depois da Cirurgia:

Após o término do procedimento, o auxiliar deve devolver o kit á farmácia, com tudo o
que não foi utilizado na cirurgia.

Cabe ao auxiliar, guardar o que sobrou do kit, ou refazê-lo para uma próxima cirurgia, se
assim for possível.

É importante ter um controle de estoque, para que na hora de montar os kit’s não faltem
os produtos necessários.

Deve-se fazer sempre os kit’s um turno antes do que o previsto para a realização da
cirurgia.

O carro de anestesia deve ser reposto depois de cada procedimento.

NUTRIÇÃO PARENTERAL
É uma solução estéril que é infundida por via endovenosa através de um
acesso venoso, para a administração total ou parcial dos nutrientes
necessários á sobrevivência do paciente, em regime hospitalar, ambulatorial
ou domiciliar.

É indicada em casos de pacientes que não podem receber alimentos


através do trato gastrintestinal.

Entre as principais indicações está a doença inflamatória intestinal;


pacientes com desnutrição; queimaduras graves; insuficiência hepática.A NP
é um procedimento que pode ser adaptado ás necessidades individuais de
cada paciente, podendo ser alterada em sua composição na medida da
variação das condições do paciente.

QUIMIOTERÁPICOS
São as drogas usadas na terapia do câncer.

A quimioterapia é o tratamento de doenças por meio de substâncias químicas que


afetam o funcionamento celular. Popularmente, o termo refere-se à quimioterapia
antineoplásica, um dos tratamentos do câncer, no qual são utilizadas medicações
antineoplásicas. Todos os medicamentos quimioterápicos devem ser preparados em uma
farmácia controlada pelo Departamento de Farmácia.

Esta deve possuir todos os itens necessários e uma


equipe treinada e disponível durante todo o tempo.

 Segundo a Norma da Vigilância, a área de preparo de


quimioterápicos deve dispor no mínimo de:
 Vestiário com roupas adequadas;

 Sala de preparo dos quimioterápicos;

 Local apropriado de armazenamento;

 Recipientes para descarte de vestimentas usadas;

 Equipamentos de Proteção Individual;

A decisão de prescrever a quimioterapia deve ser feita por um especialista com


experiência adequada. Deve ser feita em formulário de prescrição padronizada com detalhes
do regime e da administração.

Todas as prescrições de quimioterápicos devem passar por clínico qualificado para


assegurar que os cálculos, doses, vias de administração, tempo e programa estão corretos.
MANIPULAÇÃO

É um processo artesanal de obtenção de um determinado medicamento prescrito pelo


médico. Cada fórmula é preparada individualmente, seguindo-se determinadas técnicas e
utilizando equipamentos de precisão.

A manipulação trás segurança, porque segue as normas de Boas Práticas de


Manipulação determinadas pelo Ministério da Saúde. Além disso, a qualidade das matérias-
primas utilizadas e o processo de manipulação são rigorosamente controlados.

O medicamento manipulado é feito através da prescrição do médico, que adquire a


liberdade de receitar a dosagem exata que o tratamento requer, respeitando particularidades
como peso, idade, altura e condições físicas.

O medicamento manipulado é feito da mesma matéria-prima que é usada na indústria e


pode ser chamado também de medicamento magistral. Ele pode ser natural ou sintético. O
que difere os dois é a origem da matéria-prima, podendo ser respectivamente, extraída de
recursos naturais ou desenvolvida em laboratório.
FARMÁCIA DE
MANIPULAÇÃO

É um tipo de estabelecimento que visa fabricar e vender medicamentos para a


população. Para que os produtos sejam feitos com qualidade e com base numa fórmula
eficaz, é necessário que a manipulação fique por conta profissionais competentes na área.

A farmácia deve possuir no mínimo as seguintes áreas ou salas:


 Área ou Sala para as Atividades Administrativas: sala voltada para atividades
administrativas e arquivos de documentação.
 Área ou Sala de Armazenamento: necessita ter acesso restrito somente a pessoas
permitidas e ter competência suficiente para assegurar a estocagem ordenada das
diversas categorias de matérias-primas, materiais de embalagem e de produtos
manipulados.

Os produtos (matérias-primas, materiais de embalagem e produtos manipulados)


precisam ser armazenados sob condições apropriadas de modo a preservar a identidade,
integridade, qualidade e segurança dos mesmos.

Deve dispor de armário resistente e/ou sala


própria, fechados com chave ou outro dispositivo
que ofereça segurança para a guarda de
substâncias e medicamentos sujeitos a regime de
controle especial. Também é necessário ter
equipamentos seguros e protegidos para o armazenamento de
produtos inflamáveis, cáusticos, corrosivos e
explosivos.
Deve dispor de área ou local identificado para estocagem de matérias-primas, materiais
de embalagem.
As áreas e instalações devem ser adequadas e suficientes ao desenvolvimento
das operações, dispondo de todos os equipamentos e materiais de forma organizada e
racional, evitando os riscos de contaminação, misturas de componentes e garantindo a
sequência das operações.
A iluminação e ventilação devem ser compatíveis com as operações e com os
materiais manuseados.
 Área ou Sala de Controle de Qualidade: a farmácia deve dispor de área ou sala para as
atividades de controle de qualidade.

 Sala ou Local de Pesagem de Matérias-Primas: a


farmácia deve dispor de local específico para a
pesagem das matérias-primas, dotada de sistema de
exaustão, com dimensões e instalações compatíveis
com o volume de matérias-primas a serem pesadas,
podendo estar localizado dentro de cada sala de
manipulação.

 Sala (s) de Manipulação: devem existir sala(s) de manipulação, com dimensões que
facilitem ao máximo a limpeza, manutenção e outras operações a serem executadas e
totalmente segregados quando houver manipulação de:
-Sólidos;
-Semi-sólidos e líquidos;

A manipulação de substâncias voláteis, tóxicas, corrosivas, cáusticas e irritantes deve


ser realizada em capelas com exaustão.

 Área de Dispensação: local de guarda


de produtos manipulados e/ou
fracionados racionalmente
organizado, protegido do calor, da
umidade e da ação direta dos raios
solares.
 Sala de Paramentação: Precisa ser ventilada, preferencialmente com dois ambientes
(barreira sujo/limpo) e servindo como acesso às áreas de pesagem e manipulação. Deve
haver lavatório, com provisão de sabonete líquido e anti-séptico, além de recurso para
secagem das mãos.

 Sanitários: os sanitários e os vestiários devem ser de fácil acesso e não devem ter
comunicação direta com as áreas de armazenamento, manipulação e controle da
qualidade. Os sanitários devem dispor de toalha de uso individual (descartável),
detergente líquido, lixeira identificada com pedal e tampa.

 Área ou Local para Lavagem de Utensílios e Materiais de Embalagem: a farmácia deve


dispor de área específica para lavagem de materiais de embalagem e de utensílios
utilizados na manipulação.

 Depósito de Material de Limpeza (DML): os materiais de limpeza e germicidas em


estoque devem ser armazenados em área ou local especificamente designado e
identificado, podendo a lavagem deste material ser feita neste local;

A farmácia deve ser dotada dos seguintes materiais,


equipamentos e utensílios básicos:
 balança(s) de precisão, devidamente
calibrada, com registros e instalada em local que
ofereça segurança e estabilidade;
 vidraria verificada contra um padrão calibrado;
 sistema de purificação de água;
 termômetros e higrômetros;
 bancadas revestidas de material liso, resistente e de fácil
limpeza; lixeiras com tampa, pedal e saco plástico,
devidamente identificadas;

-
 armário fechado, de material liso, resistente e de fácil limpeza, para guarda de matérias-
primas e produtos sensíveis à umidade;

ETAPAS DA MANIPULAÇÃO DE FÓRMULAS


 Qualificação de Fornecedores:
 Recepção e Identificação de matéria-prima: Antes de liberar qualquer produto para uso,
são feitas inspeções detalhadas do mesmo. O produto é identificado e então
encaminhado para uma área de QUARENTENA.
As matérias-primas e embalagens são armazenadas de uma forma organizada,
sob condições ideais de temperatura e umidade, afim de se manterem dentro dos padrões de
qualidade, evitando qualquer alteração na qualidade do produto final.
 Controle de qualidade: O Controle de Qualidade realiza análises Físico-Químicas e
Organolépticas a partir de amostras coletadas de cada lote adquirido em nossos
fornecedores de insumos.
 Armazenamento: Deve possuir ambiente climatizado, com controle de umidade do ar e
temperatura, garantindo a manutenção das características originais dos insumos.
 Avaliação da prescrição: O receituário é conferido pelo profissional Farmacêutico, que
avalia as dosagens, a posologia, forma farmacêutica, o modo de uso e os cálculos.
 Manipulação de Fórmulas: Após a conferência técnica realizada por farmacêuticos, que
avaliam entre outros aspectos, as dosagens e interações, cada fórmula é enviada para
seu respectivo laboratório, onde ocorre a manipulação destas dentro dos critérios mais
rigorosos de qualidade.
 Controle de qualidade do produto acabado: São feitos alguns testes físicos e físico-
químicos específicos de formas farmacêuticas, como análise das características
organolépticas, Ph, viscosidade e no caso das cápsulas, análise do peso médio.
 Rotulagem / Conferência do Rótulo: As fórmulas quando prontas, seguem para o
processo de conferência de rotulagem, sendo esta mais uma etapa de verificação e
segurança para as fórmulas manipuladas.
 Dispensação: Etapa importante, onde o paciente é orientado quanto a forma de uso,
posologia e cuidados com o armazenamento. Essa é a melhor etapa para o paciente
sanar suas dúvidas com o farmacêutico.

Ao receber uma receita, os farmacêuticos, analisam-na antes de enviá-la para a


produção. Nas receitas constam as quantidades exatas de cada substância a ser utilizada.
É possível manipular remédio para inúmeras finalidades, por enquanto não são
manipulados remédios contra câncer e Aids. Aproximadamente 30% dos manipulados são
para tratamentos dermatológicos, o restante fica distribuído para ginecologia,
gastroenterologia, endocrinologia.

Vantagens dos medicamentos manipulados:


 Possível obter tratamentos personalizados, apenas com a manipulação os remédios são
produzidos exatamente com as necessidades do paciente;
 Além disso, os medicamentos são produzidos no local e não industrializados como os
medicamentos vendidos nas farmácias comuns, isso possibilita a junção de dois
medicamentos;
 Preço mais barato;
 Nas fórmulas elaboradas para as crianças é possível fabricar os medicamentos na
dosagem certa, com tamanhos menores, em forma de xarope, o que facilita o consumo;

 Associação de Medicamentos: Há doenças que precisam ser tratadas com vários


medicamentos ao mesmo tempo. Para facilitar o tratamento, o médico ou dentista pode
prescrever uma fórmula para ser manipulada, que possibilite a associação de várias
substâncias necessárias;
 Medicamentos não disponíveis: Alguns tratamentos requerem medicamentos que não
existem no mercado. Caso a farmácia de manipulação tenha a matéria-prima, poderá
atender a prescrição, manipulando o produto;
 Rótulo Personalizado : Os seus dados constam no rótulo do medicamento que foi
prescrito e preparado para você, evitando riscos, como o de troca ou consumo
inadequado por outras pessoas.

Uma característica importante dos medicamentos manipulados é a flexibilidade


encontrada em dispensá-los de formas variadas. A tecnologia dos laboratórios de manipulação
atuais permite que um mesmo princípio ativo seja apresentado conforme as necessidades
específicas de cada indivíduo, os meios de comercialização mais comuns são:
 Cápsulas;
 Creme, gel e pomada;
 Balas de colágeno;
 Sachês solúveis;
 Sabonetes;
 Shampoos

 Xaropes
 ComprimidosPastilhas
efervescentes
 Entre outros

O prazo de validade de cada medicamento corresponde ao período de tratamento para


o qual foi manipulado, considerando a posologia indicada. Portanto, o medicamento não deve
ser utilizado após seu vencimento, uma vez que os ativos terão os efeitos assegurados até a
data de validade especificada no rótulo.

COMO DEVE SER UMA RECEITA MÉDICA

Deve seguir as recomendações dos Códigos de Ética Médica e Farmacêutica, das Leis
Sanitárias e do Código de Proteção e Defesa do consumidor.
 Nome e número do médico ou dentista prescritor e número do Conselho Regional
correspondente.
 Nome e endereço do paciente
 Uso
 Fórmula com os nomes das substâncias ativas, segundo a D.C.B (Denominação
Comum Brasileira)
 Quantidade total desejada do produto.
Posologia: modo de usar o produto
Carimbo e assinatura do médico ou dentista.
Endereço e telefone do consultório do prescritor.
COMO DEVE SER O RÓTULO DO MEDICAMENTO MANIPULADO

 Nome do paciente e do médico/ dentista prescritor.


 Número de registro na farmácia, datas de manipulação e de validade do produto.
 Descrição da fórmula, com os nomes das substâncias ativas, segundo a DCB, com as
respectivas dosagens.
 Uso.
 Quantidade solicitada do medicamento.
 Posologia: modo de usar o produto.

Nome, endereço, CNPJ e telefone da farmácia; nome e número de inscrição no Conselho


Regional de Farmácia.

Além dos dados contidos na receita, o rótulo


deve informar qual é a apresentação específica
do produto: creme, pomada, loção, cápsula,
etc., e, se necessário, conter informações
complementares, como: Agite antes de usar,
conserve em geladeira ou outras (podendo ser
em etiquetas).

Existem medicamentos manipulados prontos, sem identificação do paciente, nome do médico,


orientações de como tomar.
MEDICAMENTOS CONTROLADOS

Os medicamentos que são controlados pela Portaria SVS n 344/98, do Ministério da


Saúde, somente podem ser manipulados mediante a receita e/ou a notificação branca ou
colorida: (azul ou amarela) expedida pelo médico ou dentista, que fica retida na farmácia.

Para manipular esse tipo de medicamento, a farmácia deve


possuir uma licença especial concedida pelo Ministério da Saúde.

O rótulo do produto deve vir acompanhado de uma etiqueta vermelha, preta ou branca,
conforme a classe terapêutica a que o medicamento pertence.
Laboratório de Formas Farmacêuticas Sólidas:

É o local onde são manipulados os medicamentos de


forma Sólida, como os pós e cápsulas.

Principais aspectos na manipulação de Sólidos:

-Pesagem: O manipulador confere se a ordem de manipulação está de acordo com a receita e


o rótulo, separa atenciosamente os potes dos componentes que serão utilizados;
procede-se a pesagem individual de cada componente da formulação, conferindo o peso
descrito na ficha de pesagem com o indicado na balança;
A pesagem deve ser precisa e cuidadosa. O manipulador deverá pesar cada substância
separadamente, tarando a balança a cada operação. A quantidade do excipiente a ser pesada
deve ser determinada de acordo com o tamanho da cápsula a ser utilizada.

Após o término da pesagem da formulação, inclusive do excipiente proceder com a


trituração do medicamento. A ordem de
manipulação deve conter orientação sobre o
tamanho e cor de cápsulas a serem utilizadas.

- Trituração: O manipulador seleciona a ordem de manipulação junto com a receita de acordo


com o horário de entrega ao cliente; confere o rótulo e a requisição de acordo com a receita;
verifica se existe alguma anotação em relação a
matéria-prima ou orientação técnica de manipulação;
Transfere o pó para o tamis de malha
adequado, adaptada ao seu suporte com papel
manteiga e tamisa o pó com pistilo, pressionando-o contra
o tamis em movimentos circulares e de vai e vem até o
esgotamento do pó.

Verte o pó depositado sobre o papel manteiga contido


no suporte para o gral de porcelana, tritura várias vezes.
-Encapsulação: O encapsulador seleciona a formulação previamente homogeneizada, a ser
encapsulada, por ordem de prazo de entrega prometido ao cliente.
Encapsula a fórmula utilizando as placas necessárias de acordo com o tamanho de
cápsula a ser utilizado; Verte as cápsulas para a embalagem adequada e a rotula - preenche
os registros necessários.

Conferência: O farmacêutico confere o medicamento com a


Ordem de Manipulação, rótulo e receita.

 Controle de qualidade: As cápsulas devem passar pelo controle de uniformidade de


doses unitárias, conforme o descrito na Farmacopéia Brasileira IV. "A uniformidade das
doses unitárias de formas farmacêuticas pode ser determinada por dois métodos:
variação de peso e uniformidade de conteúdo".
Laboratório de Formas Farmacêuticas Semi-sólidas e Líquidas:

Este laboratório realiza a manipulação de fórmulas magistrais nas


formas farmacêuticas pastosas e líquidas : pomadas, cremes, loções, géis,
emulsões, xaropes, suspensões, xampus e sabonetes líquidos, soluções
aquosas e hidroalcoólicas.

Para cada tipo de fórmula manipulada, existe um critério específico de acordo com as
suas especificações. As formulações de uso tópico são feitas seguindo as boas práticas de
manipulação, verificando e registrando o PH final das formulações, incompatibilidades
farmacotécnicas, viscosidade e estabilidade das mesmas.

Possui um rígido controle de qualidade na preparação de soluções para uso interno,


levando em consideração a compatibilidade do fármaco com o veículo, a solubilidade do
mesmo nos veículos, para garantir total estabilidade da preparação farmacêutica.
Controle de Qualidade

A qualidade é construída durante o processo produtivo e não simplesmente testada no


produto final. É um atributo básico e essencial para garantir a eficácia e segurança de qualquer
medicamento seja ele magistral ou industrializado.

O medicamento magistral ideal é aquele manipulado corretamente; capaz de atender a


finalidade médica para a qual foi prescrito e que seja incapaz de produzir efeitos indesejáveis
sobre o organismo humano direta ou indiretamente; decorrente da falta ou erros de
padronização de dosagens, qualidade da matéria-prima, na
uniformidade, estabilidade ou por falhas nos procedimentos farmacotécnicos.

Manipular um medicamento com qualidade não significa apenas prepará-lo na dose


correta, com uniformidade, estabilidade e características organoléptica adequada. É preciso
também comprovar que o mesmo apresenta conformidade para tais atributos. Esta
comprovação é de fato efetivada através dos ensaios de controle de qualidade.

É preciso que todas as etapas envolvidas no processo magistral sejam controladas e


monitoradas de forma a assegurar a qualidade do produto final. O monitoramento do processo
produtivo magistral pode ser realizado através do controle da qualidade de matérias-primas e
embalagens, de amostras de produtos acabados das diversas formas farmacêuticas
preparadas, do controle do ambiente de manipulação, dentre outros parâmetros que
funcionam como indicadores deste processo.

A partir da resolução RDC 33/2000 a farmácia magistral deve possuir na sua infra-
estrutura uma área ou local de controle de qualidade devidamente equipado para a realização
de testes básicos para o controle de qualidade de matéria-prima e produto acabado, como a
determinação dos caracteres organolépticos, solubilidade, pH, peso, volume, ponto de fusão,
densidade, peso médio, teor alcoólico, viscosidade, entre outros.

Os testes de controle de qualidade, incluindo os testes básicos devem ser realizados por
profissionais qualificados, como farmacêuticos, químicos ou técnicos com conhecimento em
química analítica.
CORRELATOS

São substâncias, produtos, aparelhos ou acessórios, cujo uso ou aplicação esteja


ligado á defesa e proteção da saúde individual ou coletiva, á higiene pessoal ou de
ambientes, ou a fins diagnósticos e analíticos, os cosméticos e perfumes, e ainda, os
produtos dietéticos, óticos, de acústica médica, odontológicos e veterinários.

Para estabelecer o que se pode vender em uma farmácia ou drogaria, existe uma
resolução (RDC) que contém listas de produtos que podem ser vendidos nestes
estabelecimentos e os que não podem também.

Dentre os produtos permitidos encontramos medicamentos, plantas medicinais,


cosméticos, perfumes e produtos de higiene pessoal, mamadeiras, lixas de unha, alicates,
barbeadores, brincos estéreis, desde que o estabelecimento preste serviço de perfuração
de lóbulo auricular, lactantes, etc.
ANVISA:

Equipamentos e materiais de saúde ou "produtos correlatos" são aparelhos,


materiais ou acessórios cujo uso ou aplicação esteja ligado à defesa e proteção da
saúde individual ou coletiva, à higiene pessoal ou de ambientes, ou a fins diagnósticos
e analíticos, os cosméticos e perfumes, e, ainda, os produtos dietéticos, ópticos, de
acústica médica, odontológicos e veterinários.

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