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Incontinência urinária

Disciplina: Aparelho Urogenital


Docente: Bruna Amorin
Acadêmicos: Alana Brunoro, André Luis Pereira Maia, Gabrielle Brasil, Marcos Jardim,
Rafael Zucatti, Tainara C. Bassani
❖ Definição
De acordo com a International Continence Society (ICS), incontinência urinária (IU) é
definida como uma condição na qual ocorre queixa de qualquer perda involuntária de
urina.
❖ Tipos: A IU é classificada em três tipos principais:
❖ Incontinência Urinária de Esforço (IUE), quando ocorre perda de urina durante algum
esforço que aumente a pressão intra-abdominal, como tosse, espirro ou exercícios
físicos;

❖ Urge-incontinência ou Incontinência Urinária de Urgência (IUU), caracterizada pela


perda de urina acompanhada por forte sensação de urgência para urinar;

❖ Incontinência Urinária Mista (IUM), quando há queixa de perda associada à urgência


e também a esforços.
❖ Causas
❖ Edução da função ovariana após a menopausa;
❖ Envelhecimento natural das fibras musculares;
❖ Obesidade;
❖ Gravidez;
❖ Infecções não tratadas;
❖ Bebidas;
❖ Remédios que atuam como diuréticos.
❖ Sintomas
❖ Incapacidade de urinar;
❖ Dor relacionada com o facto da bexiga estar cheia;
❖ Enfraquecimento progressivo do jato urinário;
❖ Fuga de urina;
❖ Infecções frequentes da bexiga;
❖ Fisiopatologia

❖ Enfraquecimento dos músculos da bexiga principalmente;


❖ Músculos detrusor, esfíncter interno e externo;
❖ SNC/SNA.
❖ Fatores de risco
❖ Idade: a probabilidade de ter incontinência aumenta com a idade;
❖ Sexo: a incontinência urinária é, pelo menos, duas vezes mais comum em mulheres
que em homens;
❖ Obesidade: o peso extra aumenta a pressão sobre a bexiga e os músculos ao redor,
o que os enfraquece;
❖ Outras doenças: doenças neurológicas ou diabetes podem aumentar o risco de
incontinência.
❖ Diagnósticos
❖ Exame de urina: para detectar se alguma anormalidade, como infecções ou presença
de sangue;
❖ Exame urodinâmico: avalia as várias fases do ato de produzir, transportar, reter e
excretar urina;
❖ Cistoscopia: exame endoscópio das vias urinárias baixas;
❖ Cistografia: procedimento diagnóstico que utiliza imagens de raio-x para examinar a
dinâmica urinária da bexiga;
❖ Ultrassom: abdominal e pélvico.
❖ Especialistas que podem diagnosticar uma
incontinência urinária são:

❖ Clínico geral;
❖ Urologista;
❖ Ginecologista;
❖ Geriatra.
❖ Tratamentos
❖ Medicamentoso: remédios, como, Oxibutinina, Trospium, Solifenacin, Estrogênio ou
Imipramina, por exemplo, prescritos pelo médico, como forma de reduzir as contrações
da bexiga ou melhorar a ação do esfíncter da uretra, diminuindo os episódios de perda
involuntária da urina;
❖ Cirúrgico: As cirurgias podem variar de simples dilatação da uretra a complexos
procedimentos de reconstrução da bexiga e uretra, passando por cirurgias para
desobstrução da próstata e sofisticados procedimentos endoscópicos;
❖ Fisioterápico: exercícios especiais que ajudam a reforçar a musculatura da região
pélvica;
❖ A Fisioterapia como tratamento
A fisioterapia consiste em fortalecer os músculos do assoalho pélvico para impedir a perda involuntária
da urina. Há vários métodos na fisioterapia para o tratamento, como, por exemplo:

❖ Exercícios de Kegel: servem para combater a perda involuntária de urina, porque tonificam e
fortalecem o músculo chamado Pubiococcígeo, localizado no assoalho pélvico.
Para realizar estes exercícios deve esvaziar a bexiga, fazendo xixi, e depois deverá deitar de barriga
para cima e fazer essa contração 10 vezes seguidas, e depois deve descansar por 5 segundos.
Depois deve-se fazer mais 9 repetições dessa série, totalizando 100 contrações.
❖ A Fisioterapia como tratamento
❖ Eletroestimulação: A eletroestimulação é um outro recurso em que o aparelho é colocado
dentro da vagina ou em volta do pênis e este emite uma leve corrente elétrica, totalmente
suportável, que realiza a contração do períneo involuntariamente.
❖ Exercícios hipopressivos: são ideais para trabalhar o tônus de base da musculatura do
assoalho pélvico.Técnica que inclui a alteração na distribuição de pressões, aumentando o
tônus de base do períneo e conseqüentemente previne a IU.
❖ Terapia Comportamental: o paciente é orientado sobre a ingesta de líquidos durante o dia e a
noite, alimentos e bebidas que irritam o músculo da bexiga e regulares intervalos de micções.
❖ Cones vaginais: fortalecer o assoalho pélvico e melhorar a coordenação motora perineal.
❖ A Fisioterapia como tratamento
❖ Intervenção da enfermagem

A enfermagem que podem auxiliar no diagnóstico e controle da perda urinária contribuindo


para melhorar a qualidade vida dessas pessoas. Exames simples podem ajudar a(o)
enfermeira(o) a identificar os fatores de risco para a IU na população, assim como uma
anamnese de enfermagem detalhada com a realização de uma simples pergunta: você perde
urina quando tosse, espirra ou quando sente forte desejo de urinar?
❖ Intervenção da enfermagem

Além disso, a enfermagem pode auxiliar:

❖ Educação em saúde: Auxiliar o paciente na percepção e adaptação do ser incontinente;


❖ Suporte Emocional: Favorecer confiança e empatia na relação enfermeiro-paciente
incontinente;
❖ Tratamento Comportamental: Modificar o estilo de vida, Estimular exercício físico e
redução de peso corporal…
❖ Sistematização da assistência de enfermagem: Consulta de Enfermagem para
precoce investigação de sintomas urinários
❖ Relato de caso
❖ Paciente mulher, 66 anos, negra, casada, 70kg, 160cm, dona de casa, com IUE;
❖ 5 gestações, 4 partos vaginais e 1 aborto;
❖ Média de peso dos bebês 4,3kg
❖ Queixa principal
❖ Não consegue segurar urina;
❖ Início: aos 58 anos, após AVEI;
❖ Perda de urina aos mínimos esforços: espirrar, tossir, rir, andar;
❖ Ato miccional confortável, sem dor;
❖ Não bebia mais que 1 litro de líquidos por dia;
❖ Avaliação física
❖ Sensibilidade normal, contração perineal simétrica;
❖ Toque bidigital - Diminuição do tônus muscular das paredes laterais, anterior e posterior
( grau 2)
❖ Contração muscular de 1s e apresentou cistocele - GII
❖ Questionário (ICIQ-SF) - 17/21 pontos;
❖ Escala visual (0-10) - 10
❖ Tratamento
❖ 10 sessões de fisioterapia, 1 vez/semana, 60 minutos;
❖ Dividida em 4 partes:
❖ Reeducação dos hábitos de vida;
❖ Alongamentos AP e MMII;
❖ Cinesioterapia com exercícios para fortalecimento MAP;
❖ Aparelho BIOfeedback de pressão;
❖ Tratamento
BIOfeedback de pressão, 4 sessões;
❖ Tratamento
❖ 1º sessão: Orientação da anatomia e funcionamento da MAP; (difícil compreensão);
❖ 2º - 4º sessão: consciência corporal do AP, cinesioterapia do AP, orientação de
exercícios para realizar em casa;
❖ 5º - 10º sessão: alongamentos, cinesioterapia e orientações;
❖ Resultados
❖ Na 6º sessão, devido reeducação dos hábitos não perdia urina há uma semana,
ingerindo 1 litro a mais;
❖ Compreensão dos exercícios estava mais fácil;
❖ Após a 10º sessão uma reavaliação final (exame físico e questionário)
❖ Resultados
❖ Referências
❖ http://www.scielo.br/pdf/rbfis/v16n2/a04v16n2.pdf . Acesso em: 16/09/2018.
❖ http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302003000400031 . Acesso em:
16/09/2018.
❖ Artigo Cuidados de Enfermagem na Incontinência Urinária: um Estudo de Revisão Integrativa.
Acesso em: 16/09/2018.
❖ DA SILVA, GABRIELA et al, Tratamento Fisioterapêutico da Incontinência Urinária de Esforço -
Relato de Caso, Revista UNILUS, São Paulo, Vol. 11, Nº 25, 9 pág., 2014; (ISSN 2318-2083
(eletrônico))

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