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Fisioterapia nas principais

disfunções do idoso I
Prof.: Andrieli Bouvier

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A Fisioterapia, na saúde do idoso, pode desempenhar um papel importantíssimo
na promoção da saúde, prevenção de doenças, reabilitação de disfunções e
melhora na qualidade de vida, nas mais diversas áreas de atuação que
perpassam por clínicas, consultórios, unidades básicas de saúde, hospitais, entre
outros.

Todavia, proporcionar assistência fisioterapêutica à população idosa é


extremamente desafiador, pois o número de casos é muito variado (disfunções
musculoesqueléticas, neurológicas e cardiovasculares, que podem ser
encontrados em um único caso).

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Dentre as enfermidades que acometem a população idosa, a imobilidade
acarreta uma série de problemas e sequelas que podem agravar as condições de
saúde da pessoa idosa.

Assim, de maneira direta, podemos afirmar que o Fisioterapeuta deve estar


ciente das consequências adversas relacionadas à imobilidade prolongada,
como, por exemplo, a obstrução intestinal parcial, anormalidades nos níveis de
cálcio, úlceras de pressão e trombose venosa profunda, e defender a mobilidade
nas restrições impostas.

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A imobilidade é um processo dinâmico que envolve transições, desde ausência
de incapacidade à incapacidade intermitente e até a incapacidade contínua.

No entanto, a melhora dos níveis de incapacidade relacionados à imobilidade é


possível, dependendo do caso.

Precisamos considerar, também, o histórico de medicamentos, que podem ter


impacto significativo na mobilidade.

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Para estes casos são recomendados exercícios terapêuticos que promovam ou busquem
promover mobilidade nas articulações, baseados nas capacidades físicas e funcionais da
pessoa idosa, como:

• Mobilização passiva.
• Mobilização ativa.
• Alongamento muscular.
• Exercícios de resistência muscular.

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• Atividades executadas de
intensidade moderada, para que os
idosos ganhem confiança em sua
mobilidade e aumente a motivação
intrínseca em direção a uma
progressão mínima, focada na
utilização de vários sistemas
corporais para melhorar a
mobilidade e o nível de
independência funcional.

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• Outra condição que gera muita procura pelo atendimento fisioterapêutico são as
síndromes geriátricas (quedas, má nutrição, perda da visão, perda auditiva e
comprometimento cognitivo), elas geram um declínio funcional acentuado de
características multifatoriais (fatores médicos, psicológicos, sociais e ambientais) que
contribuem para o comprometimento do estado funcional, desta forma, o cuidado de
reabilitação deve abordar estes aspectos multifatoriais.
• Além disto, o ambiente em que o idoso está inserido influenciará nos programas de
reabilitação, que poderá ocorrer em ambulatórios, hospitais, asilos e domicílios.

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Assim como nos casos que discutimos acima, aqui o plano
de tratamento é adequado às necessidades da pessoa idosa,
mas de maneira geral os objetivos e as escolhas dos
métodos de tratamento são basicamente:

• Déficit de equilíbrio/cinesioterapia focada na melhora do controle postural e em


atividades funcionais.
• Déficit de força/cinesioterapia com exercícios ativos resistidos nas suas diferentes
formas de utilização.
• Déficit de amplitude de movimento/cinesioterapia com alongamentos e mobilizações
ativas, ativa-assistidas e passivas.
• Déficit de resistência muscular/cinesioterapia com exercícios que foquem mais
repetição e menos na carga.
• Déficit na marcha/treino de marcha com e sem obstáculos.
• Dor/recursos eletrotermofototerapêuticos específicos para cada fator causal da dor.

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• Foco claro na identificação e tratamento

Parâmetros
precoce de síndromes geriátricas.
• Envolvimento dos familiares e cuidadores na
específicos que formulação dos planos de cuidados.
• Assistência preventivas secundárias e
visam garantir terciárias como treino de equilíbrio.
• Avaliação periódica dos estados físico e
maior cognitivo com instrumentos de avaliação
padronizados.
eficiência: • Utilização de indicadores clínicos
importantes.

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• Os exercícios para a musculatura do assoalho pélvico diminuem a incontinência
urinária de estresse e a incontinência urinária mista, por meio da melhora do
fechamento uretral e do suporte dos órgãos pélvicos.
• Estes exercícios visam, também, ensinar os idosos a contraírem seus músculos do
assoalho pélvico em situações que provoquem perda de urina, principalmente, em
antes e após situações de maior pressão abdominal (tosse, espirro, levantar um objeto
pesado).
• Os exercícios para a musculatura do assoalho pélvico também são importantes no
tratamento da bexiga hiperativa.
• Estes exercícios precisam contemplar força, resistência, potência e coordenação, para
que o idoso consiga realizar os exercícios durante tarefas funcionais.

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• Outro método de tratamento utilizado é a estimulação elétrica, para promover a
contração dos músculos do assoalho pélvico e aumentar a pressão de fechamento
uretral.

• Todavia, ela deve ser utilizada de forma criteriosa e com cautela pelos vários efeitos
colaterais associados: irritação vaginal, dor, sangramento, infecção vaginal e infecção
do trato urinário.

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• Além disto, no espectro multidisciplinar, observamos também a utilização de
intervenções comportamentais, como o treinamento vesical, orientações sobre
mudança no estilo de vida, perda ponderal, administração de líquidos e redução no
consumo de cafeína, bem como intervenções farmacológicas.

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Atuações da Fisioterapia em
idosos com câncer.

• O papel central do Fisioterapeuta que atua na oncologia está na prevenção e/ou


minimização de possíveis complicações, controle e alívio de sintomas
(sensoriomotores, respiratórios ou vasculares) e manter ou melhorar as funções
musculoesqueléticas.
• Em idosos que necessitam de cuidados paliativos, o foco passa a ser em educar e
orientar os cuidadores e familiares, maximizar as habilidades funcionais e manter o
máximo de autonomia.

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Em linhas gerais, considerando a
condição de cada idoso, a assistência
fisioterapêutica perpassa basicamente
por:

• Cinesioterapia respiratória: exercício de propriocepção diafragmática, exercícios


respiratórios associados à cinesioterapia ativa de membros superiores, exercício de
inspiração máxima sustentada, exercício com inspiração desde o volume residual,
exercícios respiratórios com incentivador respiratório a fluxo ou volume, cinesioterapia
desobstrutiva e reexpansiva.
• Mobilização precoce das articulações.
• Transferências posturais.

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• Sedestação à beira do leito.
• Ortostatismo.
• Deambulação.
• Alongamentos.
• Eletroterapia: quando se quer estimular fibras nervosas periféricas, sensitivas e do sistema nervoso
autônomo.
• Termoterapia: crioterapia, agentes superficiais de calor, agentes de aquecimento profundo (diatermia por
ondas curtas, ultrassom e fonoforese) e hidroterapia.
• Drenagem linfática: quando possível.
• Mecanoterapia: tração, compressão e mobilização passiva contínua.
• Terapia manual: técnicas miofasciais, técnicas articulares, técnicas neurais.

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• Fim.

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