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A Esclerose Múltipla é uma doença inflamatória

crônica, desmielinizante e degenerativa, do sistema


nervoso central que interfere na capacidade de
controlar a visão, a locomoção, a bexiga, o intestino e
o equilíbrio.
A perda de bainha de
mielina que envolve o
nervo origina vários
sintomas, porque a
transmissão dos impulsos
nervosos é atrasada ou
bloqueada, uma vez que
tem agora de ser efetuada
continuamente ao longo de
toda a fibra nervosa. Uma
área onde a mielina foi
destruída é
denominada lesão ou placa
.
TIPOS DE ESCLEROSE MÚLTIPLA

 Recorrente Remissiva - manifestação clínica de


surtos , remissões ou exacerbações - seguidos por
períodos de remissão com recuperação completa ou
quase completa.

 Secundariamente Progressiva - resulta da


evolução da forma anterior Surto/Remissão, por isso se
chama secundariamente progressiva, nesta fase, os
surtos continuam, mas a recuperação torna-se
incompleta.

 Primariamente Progressiva - Os doentes cuja


incapacidade se agrava continuamente sem surtos,
remissão ou recuperação, sofrem de Esclerose Múltipla
primariamente progressiva.
 A maioria dos casos é diagnosticada em adultos
jovens, sendo raros os diagnósticos em pessoas
com mais de 50 anos. Na Europa, os países
escandinavos são os mais afetados. A presença da
doença em um familiar representa uma possível
predisposição genética: a probabilidade de se vir a
manifestar a doença é 15 vezes maior, neste caso.

 Estimam-se mais de um milhão de casos mundiais


diagnosticados, dos quais 450 mil só na Europa.
No Brasil 10 em cada 100 mil habitantes tem a
doença.
 Estima-se que mais de 2.5 milhões de pessoas sejam
afetadas pela esclerose múltipla no mundo todo.

 No Brasil, estima-se que existam cerca de 25 mil


pessoas com esclerose múltipla (15 pessoas a cada 100
mil), sendo que a região sudeste apresenta o maior
número de casos diagnosticados.
A Esclerose Múltipla
continua a ser um dos
mistérios da medicina, não
é uma doença evitável ou
curável, embora já existam
medicamentos que, apesar
de não curarem, modificam
de forma benéfica a sua
evolução.
CAUSAS

 Fatores Ambientais e Genéticos


 Vírus
 Aspectos Imunológicos
LESÕES NO CERÉBRO

 Visão dupla

 Falta de força e de sensibilidade nos membros

 Falta de controlo dos movimentos finos das mãos

 Desequilíbrio

 Alterações na memória

 Fadiga
LESÕES NA MEDULA ESPINHAL

 Entorpecimento e fraqueza dos


membros
 Perturbações da bexiga
 Espasticidade
 Rigidez e sensação de membros
pesados, dormência, dores, comichão
 Dificuldades de locomoção
 Observação dos sinais clínicos

 IRM (Imagens por Ressonância Magnética)

 Exame de LCR por punção lombar


MEDICAMENTOS

 Relaxantes Musculares

 Imunossupressores
 Imunomoduladores
 Quimioterapia
 Fisioterapia

 Hidroterapia
 Terapia Corporal
 Psicoterapia
 No passado, os exercícios físicos eram
evitados por pessoas com EM, com o
propósito de evitar o aparecimento da fadiga.

 Consequência, muitos indivíduos tornaram-


se descondicionados prematuramente devido
à inatividade, tornando frequentes os sinais
de osteoporose e episódios de quedas.
 Atualmente, os benefícios de atividades
físicas passaram a ser percebidos e os
programas de reabilitação tornaram-se parte
fundamental do tratamento da EM.

 Eficácia de tratamento visando:


- treinos aeróbicos,
- intervenções para melhora de força
- equilíbrio
- marcha.
Programas de exercícios planejados e
individualizados :
 aumentam a mobilidade,
 melhoram o desempenho nas atividades
diárias,
 reduzem a fadiga,
 prevenir complicações decorrentes da
doença.
Em geral, as intervenções têm como objetivo
ajudar o paciente a alcançar independência
funcional com segurança, dentro de casa e na
comunidade, proporcionando qualidade de vida.
 A abordagem da fisioterapia vai variar
durante o curso da doença.

 Não existem protocolos, mas sim a


necessidade de oferecer alternativas com
foco em queixas individuais.

 O fisioterapeuta deve estar atento a todos os


aspectos que podem interferir na mobilidade
e função do paciente.
 A fisioterapia tem como objetivo orientar
mudanças no estilo de vida, a prática de
atividades físicas ou outras atividades que
permitam que o indivíduo mantenha seu nível
funcional.
As orientações sobre mudanças no estilo de
vida relacionam-se :

 estratégias para minimizar a fadiga e o gasto


energético durante a realização de atividades
cotidianas,

 evitar que o indivíduo deixe de exercer


atividades sociais ou profissionais.
Dentre as atividades físicas que são orientadas,
estão:

-os treinos aeróbicos,

-programas de fortalecimento supervisionado,

-yoga e thai chi, tem sido destacados quanto


aos seus benefícios.
Os objetivos da fisioterapia são voltados para a
melhora da mobilidade.

Fatores que prejudicam a mobilidade de um


indivíduo com EM:
- a fraqueza muscular,
-perda de sensibilidade,
-alterações visuais,
- aumento de tônus muscular,
-encurtamentos musculares,
-dores,
-fadiga,
-alterações do equilíbrio,
-dificuldade para andar,
-disfunções urinárias
- Disfunções respiratórias
Os exercícios são também realizados para
melhorar o desempenho em tarefas
específicas, ou seja, movimentos funcionais
realizados nas atividades diárias, como :

 os treinos de independência durante


transferências (para a cadeira de rodas, por
exemplo);

 treinos de marcha e equilíbrio;

 situação cotidiana que o paciente encontre


alguma barreira.
É importante lembrar que a forma da
doença mais freqüente – é caracterizada por
episódios de surtos e remissões.
 Durante os momentos de surto aconselha-se
não realizar atividades físicas intensas, já que
esse é um período de maior fraqueza
muscular, muitas vezes com privação de sono
e outros fatores que poderiam interferir nos
ganhos promovidos pela reabilitação.

 O ideal é esperar pelo menos duas semanas


após o surto para retornar às atividades.
 Os fisioterapeutas são responsáveis por
indicar o uso de dispositivos auxiliares
adequados, tais como:
 bengalas;
 andadores;
 cadeira de rodas;
 órteses.
Esses dispositivos têm como objetivo
aumentar a independência funcional, a segurança e
minimizar a fadiga.
O avanço do tratamento medicamentoso
prolonga o tempo entre os surtos e retarda a
progressão da doença.

Os fisioterapeutas passam a ser parte


fundamental desse processo, auxiliando o
individuo a alcançar e manter sua capacidade
funcional e promovendo melhor qualidade de
vida ao paciente e seus familiares, tão
essenciais no tratamento.
Doença
 Progressiva
 Incurável
 Controlável com medicamentos e terapias
complementares
“ Esta é uma outra vida para mim – não a
que eu imaginava, mas ela é bela."

Lucy
Idade: 44
Cidade em que reside: Cidade do México, México
Aparecimento dos 1ºs sintomas: 1986
Primeiro sintoma constatado: Sensação de comichão
na palma das mãos e na planta dos pés, dormência e
problemas de visão
Data do diagnóstico: 1992
Início do tratamento: 1995
“Esta doença não me impedirá de fazer tudo
o que eu tenho que fazer. Se alguma coisa
me acontecer, eu me adaptarei e continuarei
com minha vida."
Tiago

Idade: 25
Cidade em que reside: Lisboa, Portugal
Aparecimento dos 1ºs sintomas: 2005
Primeiro sintoma constatado: Perda de audição e tontura
Data do diagnóstico: 2006
Início do tratamento: 2006
“ Precisamos fazer com que todos
entendam a ação desta doença e
como ela nos afeta, e aprender a
pedir ajuda."

Sonia

Idade: 23
Cidade em que reside: Toledo, Espanha
Aparecimento dos 1ºs sintomas: 2003
Primeiro sintoma constatado: Perda de
visão
Data do diagnóstico: 2004
Início do tratamento: 2005

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