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Portadores de AVC
O Que é AVC?
Epidemiologia
É uma síndrome neurológica que acomete com predominância pessoas
adultas e idosas, considerada umas das maiores causas de mortalidade no
mundo e com grande relevância em internações. A maior ocorrência acontece
depois dos 65 anos, dobrando a cada década após os 55 anos de idade.
O AVC pode ter três grupos de fatores de risco, são:
● Modificáveis: HAS, tabagismo e diabetes mellitus;
● Não Modificáveis: idade, gênero e raça;
● Grupo de Risco Potencial: sedentarismo, obesidade e alcoolismo;
Considerada a segunda maior causa de morte no mundo, com
aproximadamente 6,15 milhões de casos por ano, ou seja, cerca de 10% de
todos os óbitos no mundo. Sendo que mais de 85% das mortes ocorre em
países não desenvolvidos ou em desenvolvimento.
Aqui no Brasil, o AVC continua em primeiro lugar como a doença que mais
mata ou deixa o indivíduo incapaz, são registrados em média 108 casos a
cada 100 mil habitantes.
Os dados de 2014 mostram que o gênero masculino é o mais acometido,
cerca de 20% a mais que o gênero feminino. Porém, os idosos são os que
mais sofreram de AVC, neste grupo, portanto, as mulheres sofreram mais de
derrame cerebral do que os homens.
Doenças citadas acima como fatores de risco contribuem para que esse
número aumente. Por isso, um programa de conscientização de mudança de
estilo de vida se faz necessário.
Objetivo
Demonstrar que o treinamento de força nos portadores de Acidente Vascular
Cerebral traz benefícios e que muitos estudos já comprovaram que não há
prejuízo ao tônus muscular ou acentuação dos padrões anormais de
movimento como muitos afirmam. A reabilitação após o AVC significa
amparar o paciente a usar plenamente toda sua capacidade, a retomar sua
vida anterior adaptando-se a sua situação atual.
Os objetivos e os benefícios para o treinamento de força são:
● Aumento da força;
● Aumento da mobilidade articular;
● Crescimento na ativação neural;
● Melhora da função;
● Melhora da autoestima;
● Melhora a perfomace funcional;
● Melhora a flexibilidade muscular;
Fraqueza Muscular
A flacidez é caracterizada como perda do movimento voluntário, ou seja,
após o AVC há uma perda do tônus muscular, conhecida como paralisia
flácida. Não há nenhuma resistência ao praticar o alongamento na
musculatura. E essa etapa pode durar dias e até semanas. Logo depois o
tônus muscular irá aumentar sucessivamente e a espasticidade será
suscitada.
A espasticidade deve ser prevenida com a reabilitação, através de exercícios
específicos, porém, isso não quer dizer que alguns pacientes não irão
desenvolvê-la. Cerca de 40% dos pacientes que tiveram um AVC progrediram
com espasticidade, quando não tratada corretamente resulta em:
● Deformação postural;
● Dor intensa;
● Redução na mobilização;
● Menor qualidade de vida;
● Comprometimento funcional;
● Maior dependência do cuidador;
Alguns fatores podem agravar o quadro como:
● Infecções urinárias;
● Úlceras de pressão;
● Retenção urinária;
● Imobilidade;
● Micoses;
Para tratar a espasticidade além dos medicamentos como relaxantes
musculares a reabilitação deve ser prioritária.
A fraqueza muscular é um fator limitante em paciente pós-AVC, pois a mesma
não possui capacidade de gerar força muscular normal. Geralmente isso
ocorre devido a mudanças fisiológicas no músculo plégico que faz a força
diminuir. Estudos mostram que a atrofia muscular é decorrente da perda dos
efeitos tróficos centrais, da atrofia neurogênica, do repouso excessivo no leito
durante a fase alta do AVC, da perda de unidades motoras e do estilo de vida
sedentário.
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Os Melhores Exercícios Para Portadores de AVC
Ombros
Faça de uma a duas vezes ao dia:
● Flexão de ombro: Pegue um peso, sustente o braço esticado e
levante-o, sem flexionar o cotovelo, sobre a sua cabeça, em seguida
abaixe. Repita o exercício mais 10 vezes. Faça do outro lado o mesmo
exercício;
● Abdução de ombro. Pegue um peso, sustente o braço reto. Levante o
braço à altura do seu ombro. Volte o braço para a posição inicial.
Repita 10 vezes e então faça com o outro braço;
● Sentado, segure o bastão com ambas as mãos esticadas para frente.
Eleve ambos os braços acima da cabeça fiquem nesta posição por 15
segundos e relaxe. Repita 5 vezes;
● Deitado de costas com os braços estendidos para cima. Erga os
ombros como se estivesse empurrando o teto para cima, sem levantar
a cabeça. Fique nesta posição por 5 segundos, repita 10 vezes o
procedimento;
Cotovelos
● Extensão do cotovelo: incline-se levemente para frente e sustente o
cotovelo atrás do corpo. Erga o peso atrás, mantendo o cotovelo reto e
então flexione. Faça 10 vezes e mude de lado;
● Flexão do cotovelo: pegue um peso e flexione o cotovelo e depois o
estique. Faça 10 vezes em cada lado;
● Deite-se de costas com o braço para cima, fixando o cotovelo com a
outra mão. Deixe que o peso de seu antebraço vá flexionando o
cotovelo lentamente até sentir alongar. Mantenha por 5 segundo
aproximadamente e faça mais 10 repetições;
● De pé com o braço estendido para baixo e polegar para frente. Flexione
o cotovelo e mantenha nesta posição por 5 segundo. Faça 10
repetições;
Braço/ Rotação
Faça pelo menos uma vez ao dia:
● Rotações externas: Segure uma faixa elástica nas mãos. Inicie o
exercício com os cotovelos flexionados a 90 graus contra o corpo. Abra
os braços movendo as mãos para os lados. Faça 10 repetições;
● Rotações internas:Amarre a outra extremidade da faixa numa
maçaneta. Então, mantendo os cotovelos em 90 graus, empurre a outra
extremidade na direção do seu abdômen. Faça 10 repetições;
Pulso (punho)
São ótimos exercícios, porque faz o levantamento de peso e este tipo de
atividade contribui para a formação de tecidos ósseos, tornando-os mais
forte. Esses exercícios também melhora a corrente sanguínea, aumenta a
massa muscular e a força;
● Segure os pesos com as mãos, com os seus cotovelos flexionados a 90
graus. Vire a palma da mão para cima e para baixo. Faça 10
repetições;
● Com as palmas das mãos para baixo, segure um peso em cada mão e
flexione o cotovelo a 90 graus. Mova o pulso para cima e para baixo,
enquanto mantém o cotovelo estático. Faça 10 repetições;
● Segure a mão dobrando o punho para baixo até alongar. Mantenha por
cerca de 5 segundos e repita mais 5 vezes;
Joelho
Faça de uma a duas vezes ao dia:
● Deitado de costas com a perna esticada e o joelho da outra perna
flexionado. Eleve a perna esticada até a altura da outra flexionada.
Mantenha nesta posição por 10 segundos, desça lentamente. Faça
pelo menos mais três vezes;
● Continue deitado e com uma faixa elástica no calcanhar, eleve a perna
do solo até ficar totalmente esticada. Fique nesta posição por 10
segundos, volte devagar e repita mais 5 vezes;
Tornozelo
Faça pelo menos duas vezes ao dia:
● Sentado numa cadeira com o pé apoiado no chão, eleve o calcanhar
sem tirar os dedos do chão, mantenha nesta posição por 5 segundos e
repita mais 10 vezes;
● Sentado no solo com uma faixa ao redor do pé, puxe a ponta do pé
para o seu corpo até alongar. Repita mais 10 vezes;
Pescoço
Faça de uma a duas vezes ao dia:
● De pé com a postura alinhada, dobre o pescoço para frente encostando
o queixo no tronco, fique nesta posição por 5 segundos e faça mais 10
repetições;
● Sentado, olhar para frente, dobre o pescoço para um lado, mantenha
por 5 segundos e depois para o outro lado, repita 10 vezes;
Coluna
Faça pelo menos uma vez por dia:
● Fique de pé com o braço sobre a cabeça, incline-se para a direita até
sentir alongar, repita o movimento do outro lado. Faça 10 repetições de
cada lado;
● Deitado de costas, puxe o joelho em direção ao peito, à outra perna fica
esticada encostada no chão. Repita 10 vezes em cada perna;
Cuidados e Restrições
● Exercícios na esteira devem ser evitados, opte por caminhada ou
exercícios na ergométrica;
● O instrutor físico deve esclarecer ao paciente/aluno as particularidades
entre exercício físico e esporte. Estas elucidações permitem-lhe fundar
a escolha do tipo de atividade mais adequada, considerando-se tanto
as suas preferências como as suas limitações;
● O professor deve ter conhecimento necessário a respeito da patologia e
condições clínicas do paciente/aluno, para que ele possa aplicar a
correta intervenção e programas de rotina de treinamento para o aluno.
Destacando que a meta principal é que os benefícios sejam maiores
que os riscos, adaptando a frequência cardíaca de treinamento (FCT)
das atividades conforme os resultados de testes de consumo máximo
de oxigênio (VO²Máx).
Conclusão
Referências
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