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UNIVERSIDADE PAULISTA -UNIP

BACHALERADO EM FIOTERAPIA
DICIPLINA: PSICOLOGIA APLICADA À FISIOTERAPIA

THIAGO SILVA \ ANDERSOM MATOS


ROGERIO \ JAMAIRA
MIRIAN \ SAYMO
JECIANE

TRABALHO DE PSICOLOGIA

RIO BRANCO -AC


JUNHO 2022
FORMAS DE TRATAMENTO A UM PACIENTE COM AVC NA FIOTERAPIA

Doença cerebrovascular é um termo genérico que se refere a qualquer doença que


afete os vasos sanguíneos encefálicos. O termo geral para esses problemas é conhecido
como Acidente Vascular Encefálico (AVE) ou AVC (Acidente Vascular Cerebral
O AVC pode causar sintomas breves, transitórios ou déficits duradouros, causando
mudanças drásticas com consequências que durarão a vida toda.
O AVC pode ocorrer no cérebro, tronco encefálico, cerebelo ou na medula espinhal
e pode ser classificada em isquêmica ou hemorrágica

Principais Sintomas do AVC

Os principais sintomas que se manifestam no início de um AVC são:

 Dor de cabeça forte e persistente, que surge de repente;

 Diminuição de força de um dos lados do corpo;

 Perda de sensibilidade de uma parte do corpo;

 Alteração da visão, especialmente de um olho;

 Dificuldade para falar ou entender o que os outros falam;

 Tontura, desequilíbrio, falta de coordenação ao andar ou queda súbita;

 Dificuldade para engolir.

Fases do AVC

Existem 3 fases que ocorrem logo após um AVC que são conhecidos como os 3
estágios de recuperação pós AVC. São eles:

 Estágio flácido – Ocorre uma hipotonia onde há perda motora geral e


sensorial severa. Todo o hemicorpo do paciente fica acometido e ele não
consegue se manter em pé por causa da fraqueza e hipotonia.
 Estágio de recuperação – Momento em que há uma evolução de hipotonia
para um tônus normal. Geralmente essa evolução acontece da região distal
para proximal.
 Estágio espástico – Evolução para hipertonia com espasticidade. Há uma
recuperação inicial dos movimentos proximais dos membros. O nível de
espasticidade vai variar de acordo com o nível e a extensão da lesão do
sistema nervoso central.

Tipos de Fisioterapia para o AVC


Respiratória

A fisioterapia respiratória para pacientes de AVC tem como objetivo manter a função
respiratória e prevenir complicações e a conduta varia de acordo com a fase em que
o paciente se encontra.

Fase aguda em pacientes inconscientes

Na fase aguda o objetivo é prevenir retenção e acúmulo de secreções, atelectasias e


broncopneumonias, utilizando manobras de higiene brônquica (percussão, vibração
e reexpansão pulmonar), drenagem postural e aspiração traqueal.

Mudanças de decúbito são necessárias para prevenção de escaras e para prevenir


contraturas articulares.

Fase aguda em pacientes conscientes

Os objetivos nessa fase são os mesmos da fase anterior: prevenir retenção e


acúmulo de secreções, prevenir atelectasias e prevenir pneumonias.

As manobras de higiene brônquica (vibração, vibro compressão, tapotagem,


aceleração do fluxo expiratório) podem ser utilizadas, mas agora com o paciente
consciente a retirada de secreções através da tosse espontânea pode ser realizada.
Exercícios ativos com o paciente sentado ou em pé fora do leito pode sem
realizados para um melhor processo de reabilitação.

Exercícios respiratórios e com incentivadores podem ser utilizados para


fortalecimento de músculos expiratórios.

Motora

A conduta na fisioterapia motora também varia de acordo com a fase do AVC em


que o paciente se encontra:

Fase aguda em pacientes inconscientes

Os objetivos nessa fase são:

 Manter ou ganhar amplitude de movimento

 Prevenir e/ou tratar subluxação de ombro

 Prevenir contraturas e deformidades

 Prevenir úlceras de decúbito

 Prevenir trombose venosa profunda

Para manter e ganhar a amplitude de movimento alongamentos e mobilizações


passivas em todos os planos de movimentos são indicados.

As mobilizações passivas em membros inferiores e superiores também são


indicadas para manutenção da força muscular e para prevenção de trombose
venosa profunda.
Tipoias e órteses são indicados para manter a articulação glenoumeral posicionada
corretamente e tratar a subluxação de ombro.

Para prevenir as úlceras de decúbito, mudanças de decúbito devem ser realizadas a


cada 2 horas. Para ganhar amplitude de movimento, alongamentos em todos os
planos de movimento devem ser realizados, sempre respeitando a dor e o limite de
cada paciente.

Fase tardia

Na fase tardia todos os objetivos e condutas da fase aguda se mantém.

E aumentam-se os objetivos abaixo:

 Normalizar o tônus no hemicorpo acometido

 Treinar atividades de vida diária (AVD’s)

 Treinar marcha

 Treinar memória cinestésica

 Reaprendizado motor

Para controlar o tônus muscular, o uso do turbilhão com água aquecida é um


excelente recurso. O calor afeta o tônus por meio da inibição da atividade tônica. A
resposta ocorre logo após a imersão, facilitando a realização dos alongamentos.

Deve-se treinar as trocas posturais, sedestação, bipedestação, treino de auto


cuidados e treinos para as AVD’s tradicionais na vida do paciente, preservando as
limitações do membro acometido.

Para treinar a marcha são indicados exercícios nas barras paralelas, subidas e
descidas de rampas e degraus.
Para treino de memória cinestésica, exercícios sincronizados para membros
superiores, exercícios ativos ou ativos-assistidos com bastão, bola e na roldana.

E para estimular o reaprendizado motor, deve-se solicitar ao paciente que realize os


exercícios mentalizando o movimento.

Órteses podem ser indicadas para prevenção de contraturas em membros


superiores e para prevenção de contraturas e facilitação da marcha em membros
inferiores.

Pacientes com AVC possuem como sequelas lesões complexas, por isso a
fisioterapia aquática oferece uma abordagem única e versátil para o tratamento
dessas lesões e também de lesões secundárias.

Durante a terapia, o calor da água na piscina ajuda a aliviar a espasticidade, mesmo


temporariamente. Porém, enquanto a espasticidade está diminuída, o fisioterapeuta
pode realizar movimentos passivos com maiores amplitudes de movimento e menor
desconforto para o paciente, possibilitando um maior ganho da amplitude articular.

Os movimentos passivos devem ser realizados de forma lenta e rítmica, começando


pelo tronco e alterações distais. A maior dificuldade nesse caso é manter uma
fixação estável para o paciente e terapeuta. Dependendo do caso, um segundo
fisioterapeuta pode ser necessário para auxiliar a terapia.

Quando a força muscular está ausente, movimentos passivos podem ser utilizados
para manter a amplitude das articulações. É importante tentar alcançar a amplitude
de movimento completa, porém a dor do paciente deve ser respeitada e o
alongamento deve ser realizado até o máximo que o paciente permitir.
Quando a força muscular começar a retornar os movimentos passivos devem ser
substituídos por exercícios ativos.

Pacientes hemiplégicos geralmente têm prejuízo ou perda dos reflexos posturais. A


redução da espasticidade e o aumento de força muscular na fisioterapia aquática
melhoram os reflexos posturais do paciente.

O paciente deve ser sempre orientado a empregar os membros afetados


precocemente em relação à sustentação e suporte de peso (quando possível) para
diminuir a hiperatividade do lado sadio.

Por causa da boa sustentação que a água proporciona pelo princípio da flutuação,
os pacientes são facilmente manipulados e observados pelo terapeuta que os
acompanha. Isso permite que o paciente possa se mover de uma maneira mais
independente com menos apoio do terapeuta, aumentando sua capacidade
funcional.

As propriedades físicas da água favorecem a movimentação voluntária e adoção de


diversas posturas, facilitando também a realização de alongamento muscular com
alívio da dor.

A liberdade de movimento dentro da piscina proporciona ao paciente alegria e


satisfação, já que dessa forma os pacientes são capazes de realizar atividades que
não podem ser possíveis em terra, estimulando-os a continuar o tratamento.

UM Indivíduos que apresentam lesões neurológicas ocasionadas pelos AVC


apresenta alterações funcionais e físicas que podem alterar de forma significativa a
qualidade de vida destas pessoas.
A reabilitação desses indivíduos se dá através de uma equipe multidisciplinar que é
capaz de avaliar e efetuar intervenções de modo coordenado e com conhecimento a
respeito da incapacidade, para proporcionar um reaprendizado das atividades
cotidianas, funções orofaríngeas, comunicação, linguagem e psique.

A fisioterapia é importante para trabalhar a reinserção desses pacientes no contexto


social, pois é responsável pela realização do diagnóstico fisioterapêutico e pelo
tratamento específico, trabalhando também na orientação ao paciente, cuidador e
seus familiares.

O fisioterapeuta tem um papel fundamental na reabilitação de pacientes com AVC


em todas as fases da reabilitação, contribuindo para um correto posicionamento,
prevenção de quedas, auxílio a marcha e melhora da qualidade de vida, permitindo
que esses pacientes possam realizar o máximo possível de suas atividades de vida
diária dentro das limitações trazidas pelo AVC.

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