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FISIOTERAPIA

AQUÁTICA EM
PEDIATRIA
Karla Roberta Campesi
■ Toda criança necessita de estímulo motor que a motive realizar movimentos benéficos
próprios ao seu desenvolvimento.

■ No caso de crianças atípicas, esses estímulos são ainda mais importantes e por isso elas
devem frequentar a fisioterapia.

■ A terapia na água, ou hidroterapia infantil, pode ser uma maneira eficaz e lúdica de
conquistar o desenvolvimento e divertir a criança.
AUTISMO

■ Diferentemente de outras condições que serão abordadas neste artigo, o


Transtorno do Espectro Autista (TEA) não apresenta déficit motor. Contudo, sabe-se que suas
implicações limitantes englobam, principalmente, áreas da comunicação, comportamentais e de
socialização.
■ Mas para além de fatores psicossociais, indivíduos diagnosticados com autismo demonstram também
atraso nas atividades motoras finas e grossas, no equilíbrio e dificuldade em imitar movimentos.
■ A hidroterapia infantil, então, se torna essencial em termos de reduzir o estresse, auxiliar na
manutenção de noites de sono mais tranquilas, estimular a confiança entre a criança, o profissional e
o ambiente, organizar o comportamento e desenvolver a coordenação motora.
■ Para estes pacientes, fisioterapeutas utilizam constantemente, ferramentas como imagens gráficas de
incentivo e interação (pictogramas) e o sequenciamento de movimentos visando a ampliação das
séries de exercícios dia a dia.
PARALISIA CEREBRAL

■ A Encefalopatia Crônica Não Evolutiva (ECNE) está ligada a uma lesão no cérebro imaturo, mas é
importante ressaltar que ela não é progressiva, ou seja, não vai se agravar com o tempo, ao
contrário do que muitas pessoas imaginam.
■ Entretanto, as alterações no funcionamento e no controle muscular podem levar a alterações
ortopédicas que, por sua vez, podem se acentuar com o crescimento da criança.
■ Dessa forma, a hidroterapia se apresenta como uma alternativa multidisciplinar
surpreendentemente interessante que, através de métodos específicos desenvolvem a
movimentação segura e independente, a recuperação da condição musculoesquelética, em certos
casos, o condicionamento pré e pós-cirúrgico, eficiência no relaxamento, alívio de dores e redução
do estresse físico e emocional.
■ Eventualmente, a hidroterapia infantil também pode oferecer benefícios ao sistema
cardiorrespiratório infantil já que, por vezes, atua fortalecendo sua eficiência respiratória.
FISIOTERAPIA
AQUÁTICA EM
TRAUMATO-
ORTOPEDIA
■ O tratamento realizado por meio da fisioterapia aquática ortopédica tem se popularizado
por conta dos incríveis benefícios agregados.

■ A técnica ajuda na reabilitação dos pacientes com problemas de mobilidade, com


imersão na água.

■ Com o peso reduzido, é possível movimentar os membros sem causar incômodos ou


dores.
LOMBALGIA

■ A hidroterapia é cada vez mais usada para o tratamento de doenças da coluna vertebral.
■ É considerada bem-sucedida porque diminui os níveis de dor, uma vez que reduz as forças de
compressão articular.
■ A percepção da ausência de peso experimentada na água parece eliminar ou reduzir
drasticamente a proteção muscular do corpo.
■ Isso resulta na diminuição do espasmo muscular e da dor que podem ocorrer nas atividades
funcionais diárias do paciente.
■ O objetivo primário da hidroterapia é ensinar o paciente a usar a água como uma modalidade
para melhorar o movimento e o condicionamento físico.
■ Em seguida, juntamente com outras modalidades e tratamentos terapêuticos, a hidroterapia pode
tornar-se um elo a mais na cadeia de recuperação do paciente.
ARTROPLASTIA DE QUADRIL

■ O exercício em meio aquático promove a recuperação funcional, proporcionando


ao paciente um ambiente que lhe permita uma maior habilidade e
independência para realizar diferentes tarefas.
■ Os benefícios encontrados na literatura quando a hidroterapia são vários, como
por exemplo, a diminuição do quadro doloroso e da sobrecarga de peso nas
articulações, aumento da autoestima, alívio das tensões, melhora da circulação
sanguínea, relaxamento, aumento da amplitude de movimento, aumento da
força muscular e flexibilidade, diminuição da ansiedade e aprendizado de novas
habilidades.
FISIOTERAPIA
AQUÁTICA EM
NEUROLOGIA
■ Devido ao empuxo, juntamente com a temperatura da água, os pacientes neurológicos
se beneficiam com a hidroterapia.
■ Esses princípios da água reduzem o tônus, auxiliam o relaxamento e alívio da dor.

■ Os pacientes são capazes de realizar exercícios de grandes amplitudes e de maior


velocidade.
■ O treino de marcha é favorecido pela diminuição da ação da gravidade anulando o risco
de quedas o que melhora a autoconfiança do paciente.
■ O calor da água ajuda a estimular e manter o estado de alerta do paciente.
ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL

■ Exercícios cardiovasculares realizados em hidroterapia fortalecem o coração e os pulmões, o que aumenta


a capacidade geral de resistência e cardio, facilitando atividades como caminhar percursos maiores ou
subir escadas sem cansaço excessivo.
■ A hidroterapia pode gerar um enorme impulso de otimismo, dado que trabalhar no meio aquático reduz o
peso do corpo e permite mais mobilidade, ajudando as pessoas a sentirem-se mais capazes e
independentes novamente.
■ A temperatura da água e as técnicas de relaxamento utilizadas pelo profissional de saúde, como o Watsu,
promovem o relaxamento e bem-estar geral do utente.
■ Mesmo os movimentos mais simples exigem que as pessoas empurrem a água ao seu redor e essa
resistência constante torna a hidroterapia um treino mais intenso e também uma ótima maneira de
aumentar a força muscular.
■ Esta terapia aperfeiçoa o uso de músculos e articulações, dado que reduzimos as dores, a espasticidade e
outros factores, para que possam ter uma maior amplitude de movimento.
LESÃO MEDULAR

■ A terapia aquática nos casos de trauma medular é indicada:

■ onde há alterações no tônus muscular,


■ perda ou dificuldade de movimentos,
■ contraturas,
■ perda de equilíbrio ou das reações de proteção e
■ déficit na coordenação e associação de movimentos.

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