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Palestras Dr.

Felipe Fernandes Neurofuncional evolução

O que mudou ? final da década de 40 surgiu

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HISTORIA

Fisioterapia Neurofuncional, como é chamada nos dias de hoje, é bastante


difundida em nosso meio e surgiu no fim da década de 40 com alguns
pesquisadores como Rood, Kabat e Knott, Brunnstrom e Bobath

Antigamente, baseava-se apenas em informações empíricas e experiências


clínicas. Entretanto, atua hoje com base nos conceitos neurofisiológicos
obtidos após condutas bem sucedidas, pesquisas intensas e árduo trabalho,
direcionando-se o tratamento para a recuperação funcional mais rápida
possível para o paciente seja ele pediátrico, adulto ou geriátrico.

LEI DE APROVAÇÃO E DATA


O Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional – COFFITO reconhece
a Fisioterapia Neurofuncional como especialidade fisioterapêutica. Em 09 de dezembro de
1998 através da Resolução n°189, a especialidade passou a ser reconhecida pelo conselho.

CARACTERISTICAS DA ESPEC

A Fisioterapia Neurofuncional é a área de especialidade da Fisioterapia que


atua de forma preventiva, curativa, adaptativa ou paliativa nas sequelas
resultantes de danos ao Sistema Nervoso, abrangendo tanto o Sistema
Nervoso Central como o Periférico, bem como àqueles com doenças
neuromusculares (do neurônio motor, da placa motora e do músculo
propriamente dito – miopatias). O fisioterapeuta neurofuncional tem a
responsabilidade de avaliar o paciente, dar o diagnóstico cinético funcional,
prescrever o tratamento e realizá-lo. É responsabilidade deste profissional,
também, definir o momento da alta destes paciente.

AREAS DE ATUAÇÃO DA ESPECIALIDADE


A atuação profissional na Fisioterapia Neurofuncional inclui a busca por conhecimento para
melhor abordagem dos casos. É muito comum a utilização de diversos instrumentos para
realização de avaliações regulares, assim como no diagnóstico, prognóstico e tratamento. A
rotina do profissional pode abranger todos os níveis de atenção à saúde do usuário, visando
ações como:

· Prevenção · Proteção
· Intervenção · Recuperação
· Educação · Reabilitação
É possível exercer a função em ambientes como clínicas, centros de reabilitação, hospitais,
UTIs, centros desportivos adaptados, unidades de saúde, home care e até mesmo no domicílio
do paciente. .
Esse especialista pode atuar em hospitais, onde encontramos, por exemplo, pacientes com
esclerose múltipla em estágio avançado, em ambulatórios, em clínicas de uma forma geral e
também atuar como fisioterapeuta domiciliar.

CURIOSIDADES 1 E 2

Muitas das patologias neurológicas ainda não têm cura, como o Alzheimer, o Parkinson,
entre outras. Por causa disso, muitas pessoas questionam o motivo de fazer a
fisioterapia, já que permanecerão com a doença de um jeito ou de outro. Frente a essa
objeção que muitos pacientes apresentam, você precisa saber explicar com clareza qual
é a função da sua intervenção como profissional nesse caso. Um dos principais objetivos
do fisioterapeuta neurofuncional é retardar o comprometimento, oferecendo mais
qualidade de vida aos pacientes. Além disso, é importante também readaptar o indivíduo
à sua nova realidade, estimulando o convívio social que, muitas vezes, é perdido, pois as
pessoas que apresentam algumas das doenças mencionadas acima costumam se isolar.
Veja abaixo outros objetivos importantes:

 prevenir o desenvolvimento de doenças pulmonares, estimulando o movimento


do paciente caso ele tenha condições para tanto;
 diminuir os padrões patológicos que costumam se manifestar;
 prevenir possíveis deformidades e a espasticidade;
 trabalhar na manutenção ou aumento da amplitude de movimento;
 estimular a memória e habilidades cognitivas;
 realizar condutas que ajudem o paciente nas AVDs.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) constatou que as doenças


neurológicas são a principal causa de incapacidade no mundo. Desse
modo, a fisioterapia neurofuncional assume um papel relevante como
uma das principais formas de tratamento para as sequelas causadas por
essas doenças.

Ela busca tratar as alterações que ocorrem devido a afecções do sistema


nervoso, visando melhorar a qualidade e eficiência dos movimentos,
melhorar o jeito de caminhar, a estabilidade, reduzir a espasticidade, os
tremores, a fadiga e também busca conseguir para o indivíduo maior
autonomia e independência na sua vida diária.

Ente as afecções que ela trata incluem-se:

 as malformações cerebrais;
 o atraso neuromotor;
 os acidentes vasculares cerebrais (AVC);
 a paralisia cerebral;
 a paralisia facial;
 a síndrome de Down;
 a doença de Alzheimer;
 as lesões da medula espinhal;
 a esclerose múltipla;
 a esclerose lateral amiotrófica;
 outras distrofias musculares;
 a doença de Parkinson;
 as ataxias;
 o pé torto congênito;
 dentre outras.

É necessário que o profissional fisioterapeuta tenha um bom conhecimento das funções


cognitivas, sensoriais e motoras para formular um plano específico de tratamento. O
fisioterapeuta não deve perder de vista que o dano que está tratando, embora possa se
manifestar num músculo, por exemplo, se deve a alguma alteração do sistema nervoso e que é
sobre ela que ele deve atuar.

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