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A paralisia cerebral pode ocorrer nos períodos pré, peri e pós-natal,

causa lesões no sistema nervoso central (SNC) e tem como


principal alteração o comprometimento motor, alterações
biomecânicas corporais podendo apresentar distúrbios cognitivos,
sensitivos, auditivos e visuais. Sua classificação depende do tipo e
da localização da alteração motora. Podendo ser: espástica,
discinética, atáxica, hipotônica e mista.

Classificação MACS – Manual Ability Classification System, este


qualifica em cinco níveis a capacidade residual da criança, bem
como a GMFCS.

A classificação da PC pode ser determinada de acordo com a


distribuição topográfica, o local do dano ou tipo motor e o nível de
funcionalismo. Sendo assim temos a hemiplegia, diplegia e
tetraplegia ou quadriplegia relacionadas à distribuição topográfica.
Quanto ao tipo motor temos a espástica, discinética ou atetósica.
atáxica, hipotônica e mista que estão relacionadas ao local da
lesão, e ligadas à funcionalidade temos a leve, moderada e grave. A
hemiplegia ocorre no membro superior e membro inferior do
hemicorpo acometido, a diplegia ocorre nos quatro membros
predominando nos membros inferiores, a tetraplegia ou quadriplegia
ocorre nos quatro membros, porém os membros superiores são
mais abalados7 . Já na espástica ocorre fraqueza muscular,
hiperreflexia, hipertonia, padrões motores defeituosos e diminuição
da habilidade

Os déficits ocasionados pela patologia limitam a interação da


criança com o meio que a cerca e a integralização social e escolar
da criança. Suas manifestações podem se diversificar no decorrer
do tempo, principalmente em relação ao tônus muscular, sendo que
a espasticidade causa retrações musculoesqueléticas,
deformidades, alteração nos padrões de marcha, dificultam os
cuidados com a higiene pessoal e outras mais

O tratamento fisioterapêutico é paliativo, devendo começar o mais


precocemente para que possa ser trabalhado a plasticidade
neuromotora, melhorando assim, a capacidade funcional através da
estimulação de movimentos
O objetivo funcional normalização do tônus muscular, inibir reflexos
anormais, ajustar movimentos normais, estimular a melhora da
independência, evitar contraturas, prevenir alterações posturais e
deformidades ósseas nas extremidades

Melhorar e a conservar do equilíbrio, a prevenir de atrofias,


retrações fibrotendíneas e deformidades esqueléticas,
recomendando o uso de órteses associado às terapias dando maior
ênfase aos resultados. As órteses, fornecem um grande recurso
terapêutico que proporciona o auxílio no deslocamento, no alinho
corporal, evitando e corrigindo imperfeições, aperfeiçoando a
marcha, auxiliando nas atividades da vida diária

É indispensável a atuação dos pais e/ou cuidadores em conjunto


com a equipe multiprofissional, para que aprendam como
desempenhar atividades terapêuticas em casa com a criança,
colaborando diretamente com as colocações terapêuticas para
alimentação, higiene e vestimenta possibilizando por meio destas
atividades básicas do dia-a-dia, o relacionamento costumeiro entre
os familiares

O fisioterapeuta assim como uma equipe multidisciplinar,


cuidadores e pais tem grande importância no tratamento de
pacientes com paralisia cerebral, pois através das técnicas
aplicadas e ensinadas aos cuidadores e pais, melhora-se o
desempenho nas habilidades funcionais, promovendo maior
independência nas atividades da vida diária.

DNM são doenças do sistema neuromuscular periférico, podendo


acometer o neurônio motor inferior, os nervos periféricos, as
junções mioneurais ou a fibra muscular.
caracterizam pela presença de fraqueza muscular, é avaliada pelas
Escalas de Vignos, Egen Klassifikation e MFM se destacam, pois permitem
avaliações objetivas referentes à função motora – tanto para atividades de
locomoção quanto para as de vida diária – ao quadro respiratório
instalado e se lida com o indivíduo como um todo

Prognóstico:

Fraqueza da musculatura de inervação bulbar ou da musculatura


respiratória podem causar tosse ineficaz (para limpeza das vias
aéreas), bem como hipoventilação alveolar crônica.
Disfunções de deglutição podem propiciar aspiração de conteúdo
gástrico e infecções de repetição. O progressivo desuso da caixa
torácica pode levar à redução da complacência do sistema
torácico e enrijecimento de suas articulações.

Fisioterapia: a distrofia muscular pode restringir a flexibilidade e


mobilidade das articulações, que podem se deformar

Objetivo funcional

exercícios de amplitude de movimento para manter as articulações


flexíveis, na área respiratória como os músculos respiratórios
enfraquecem, podem ser usados BiPAPs (aparelhos não invasivos
de respiração artificial) para melhorar a oferta de oxigênio durante a
noite

Para as crianças é indicada uma atuação lúdica e funcional, o que torna o


tratamento menos exaustivo6,9. É essencial saber evidenciar o limite de
cada paciente, de maneira a não acelerar o processo de fadiga muscular,
na qual a degeneração das fibras musculares aconteceria mais
rapidamente e atuaria de maneira antagônica ao objetivo proposto

A fisioterapia utiliza várias técnicas com o objetivo de manter a


elasticidade do pulmão e parede torácica, e promover o
crescimento adequado dos pulmões.

O objetivo primordial da fisioterapia é manter a independência


com mobilidade funcional e respiratória, possibilitando a
realização das atividades de vida diária.
Entre os objetivos secundários estão: prescrever exercícios
apropriados, educar o paciente e os familiares, minimizar as
deficiências por meio de adaptações, prevenir as complicações
relacionadas à imobilidade e eliminar doenças neuromusculares.

https://blogfisioterapia.com.br/o-papel-da-fisioterapia-na-
abordagem-das-doencas-neuromusculares/

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