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RESUMO
ABSTRACT
Introduction; Cerebral Palsy (CP) is one of the main causes of chronic disability in
childhood, with motor disorders generally associated with disorders of sensitivity, perception,
cognition, communication and behavior. There are currently numerous treatment approaches
available for the rehabilitation of these patients. One of the most applied protocols today is
Therasuit and Pediasuit. Objective; to review in the current literature the effect of Therasuit
and Pediasuit therapeutic resources when applied to children with CP, such as evolution of
motor response, motor coordination and gait Methodology: A literature review was carried
out by means of a database search on the internet. Results; the Therasuit and Pediasuit
methods were shown to be effective in children with CP, showing improvement in gross
motor function, gait and posture. Conclusion: Therasuit and Pediasuit were identified as an
important therapeutic resource when associated with intensive care and the functional cage,
however, further studies are needed.
3 RESULTADOS
Por sua vez, Azevedo (2014) em estudo de caso, com um paciente de 3 anos,
com diagnóstico de ECNP do tipo tetraparesia espástica, GMFCS nível IV, avaliada
pelo instrumento GMFM88, destaca que após o término do protocolo do método
Therasuit, verificou-se aumento de percentil na dimensão A- (deitar e rolar) de
27,45%, para 43,13%.
Em estudo de caso realizado por Baille et. al. (2010), com duas crianças com
8 (indivíduo 1) e 7 anos (indivíduo 2) de idade, ambas diagnóstico de ECNP do tipo
diplegia espástica e classificadas com nível GMFCS III foram submetidas ao método
Therasuit. Cada criança apresentava objetivos funcionais distintos, deste modo o
participante 1 tinha como objetivo deambular sem o meio auxiliar (muleta
canadense) na comunidade e adquirir maior independência nas tarefas de
autocuidado, melhorando sua independência nas AVDs. O participante 2 tinha como
objetivos funcionais levantar-se do chão e deambular sem bastão a curtas
distâncias.
O desempenho motor das crianças que receberam a intervenção foi medido
pelo instrumento PEDI, GMFM (dimensões D e E) e análise tridimensional da
marcha. O instrumento PEDI tem por finalidade avaliar aspectos funcionais do
desenvolvimento em três áreas de desempenho: auto-cuidado, mobilidade e função
social. Tal avaliação foi realizada por meio de entrevista com pais/cuidadores aptos
a fornecer informações relacionadas ao desempenho da criança em casa. O
indivíduo 1 obteve melhora de 5% em seu escore no domínio de auto cuidado e
habilidade funcional. Já o indivíduo 2, obteve melhora de 1,1% no escore
relacionado ao domínio auto cuidado e habilidade funcional.
O resultado do instrumento PEDI sofre interferência da grande expectativa
dos pais (cuidadores) o que pode influenciar no resultado final da intervenção. As
famílias relatem diferenças mais visíveis, mas não pontuam mudanças mais sutís.
Avaliados pelo instrumento GMFM, dimensões D e E, o indivíduo 1, mostrou
melhora nas dimensões D (em pé) (escore inicial de 74% / escore final 77%) e E
(andar, correr e saltar) (escore inicial 56% /escore final 57%). O indivíduo 2 obteve
melhora apenas na dimensão D (em pé) (escore inicial 59% / escore final 64%). Os
escores obtidos nas dimensões D e E, não foram tão grandes como o esperado pelo
terapeuta, Após intervenção houve uma ligeira melhora no quadro geral global, nas
habilidades funcionais e na força. Não houve mudança a nível GMFM 66. Para
quantificar alterações e desempenho da marcha e padrões de movimento, o analise
tridimensional da marcha registrou o movimento durante a caminhada, pré e pós o
programa de TNMI. O fortalecimento muscular obtido através do método
proporcionou um melhor desempenho da marcha, aumento da velocidade da
marcha (alteração de até 0,18 m / s28), aumento da cadência (aumento de 6 e 8
passos / min6,28), melhora da velocidade de cadência, simetria, movimento articular
e postura.
No em tanto Neves (2012), em um estudo de caso, com uma criança diplégica
espástica e nível funcional GMFCS II, também se mostrou promissor. Neste caso foi
aplicado o protocolo do método Pediasuit por 70 horas, buscando identificar a
evolução neuromotora e melhora da marcha. Os métodos de avaliação utilizados
foram o GMFM para quantificar a capacidade motora, a goniometria do tornozelo
para determinar a ADM articular e o DEXA para avaliar a composição corporal.
Todos os instrumentos foram aplicados antes e após a intervenção.
Os resultados encontrados foram de melhora do percentual do GMFM com
escore inicial 66% e escore final 77,2% pós intervenção, com aumento de 11,2% na
pontuação total. Já o instrumento DEXA mostrou aumento de massa gorda (total -
0,093), aumento de 0,453 de massa magra e aumento de 0,005 de massa óssea.
Os exercícios intensos com contrações musculares durante a terapia promoveram
crescimento da massa óssea aumentando sua densidade, e diminuição da
densidade mineral óssea (DMO). A Goniometria mostrou bons resultados com
aumento da ADM bilateral de tornozelo. Este estudo pode afirmar que houve
melhora significativa na função motora, composição corporal e amplitude de
movimento de tornozelo em resposta ao protocolo Pediasuit. Tal resultado gerou
impacto positivo na marcha do paciente, apresentando melhora clínica importante
nos aspectos: tempo de marcha (inicial 5 minutos e final 30 minutos) e velocidade de
marcha; inicial em 1 quilômetro por hora e posterior ao tratamento em 1,6
quilômetros por hora.
Budtinger (2018) relata um estudo de dois casos, ambos com diagnóstico de
PC, sendo J.S (9 anos) apresentando quadro de tetraparesia espástica GMFCS III, e
R.P. (5 anos), diparesia espástica, GMFCS II. O estudo foi realizado na APAE/RS –
na cidade de Porto Alegre onde foi aplicado o método Pediasuit como modalidade
de tratamento. Ambos obtiveram melhora da função motora grossa que foi avaliada
através do instrumento GMFM. O primeiro indivíduo apresentou melhora em todas
as dimensões do GMFM além da melhora da pontuação total que passou de 43,82
para 56,24 Já o segundo indivíduo submetido ao método de tratamento intensivo,
melhorou as dimensões B, D e E, obteve escore total inicial de 80,29 e escore total
de 85,08 pontos na avaliação final. Os resultados apontam que houve melhora de
12,42% (J.S.) e 4,79% (R.P.) no escore total dos indivíduos que foram submetidos
ao protocolo, mostrando melhora no desempenho motor. A TNMI associada ao
Pediasuit, promoveu um estímulo aferente sobre o sistema nervoso proprioceptivo,
procurando recuperar o atraso motor decorrente da PC.
Em estudo com criança com tetraparesia espástica, nível funcional GMFCS
IV, Azevedo (2014) relata que obteve melhora somente na dimensão A com
aumento no escore final de 15,68%. Nas outras dimensões o escore manteve-se
devido ao nível de comprometimento motor (nível IV).
TOPOGRAFIA MOVIMENTO
1 F 8 III DIPLEGIA ATETÓIDE
2 M 4 IV QUADRIPLEGIA MISTA
3 M 5 IV QUADRIPLEGIA ESPÁSTICA
4 M 3 III QUADRIPLEGIA ESPÁSTICA
5 M 6 II HEMIPLEGIA ESPÁSTICA
6 M 10 III QUADRIPLEGIA MISTA
7 M 9 II DIPLEGIA MISTA
8 M 6 III QUADRIPLEGIA ESPÁSTICA
Tabela 1 – Caracterização das crianças estudadas
As mesmas foram classificadas pelo GMFCS. Para avaliação da evolução dos
pacientes foi utilizado o instrumento GMFM afim de avaliar e mensurar a capacidade
motora das crianças com PC e detectar suas principais alterações. Todos (8
prontuários) obtiveram ganho no desempenho da função motora grossa geral,
mudanças em três das cinco dimensões, A (sentar), B (sentar), C (engatinhar,
ajoelhar). Da amostra com 8 crianças, 3 se destacaram com evoluções expressivas
(paciente número 5, 7 e 8) O paciente número 5 (hemiplegia espástica nível II
GFMCS) obteve o melhor resultado em todas as dimensões A, B, C, D, E, com
escore inicial total 73 e escore 83 após intervenção com ênfase na dimensão E
(escore inicial 44 e 65 escore final, 21% de aumento), paciente número 7 (diplegia
mista nível II) escore inicial 57 e escore final 67 totais, sendo o maior ganho na
dimensão C, passando de escore 15 inicial para escore final de 35, com melhora de
21%, e paciente número 8 (quadriplegia espástica nível III) com escore inicial 59 e
escore final 67 totais, sendo destaque na dimensão C escore inicial 71 e escore final
85, melhora de 14%. Os participantes obtiveram uma melhora estatisticamente
significativa após o uso do protocolo de TNMI Pediasuit, na função motora grossa,
com variação média do escore final de 53,08% para 55,14%.
De Oliveira (2018) relata em um estudo observacional longitudinal de caráter
quantitativo, onde 13 crianças com diagnóstico de ECNP foram avaliadas através do
instrumento GMFM e DEXA e submetidas a tratamento pelo protocolo Pediasuit.
Destas, 7 apresentavam quadro de quadriplegia e 6 eram diplégicas. O tratamento
fisioterapêutico foi traçado e aplicado de acordo com as necessidades de cada
indivíduo, estabelecidas por meio de metas funcionais observadas na avaliação da
GMFM-88. Após a intervenção. Os pacientes quadriplégicos apresentam ganhos
significativos no score GMFM88 na dimensão A- (deitar e rolar) com p= 0,017 total,
B- (sentar) p= 0,043 total. Os diplégicos apresentaram ganhos significativos na
dimensão D- (em pé) com p=0,043 total, com prováveis repercussões positivas
sobre composição corporal.
4. DISCUSSÃO
5. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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