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O Beneficio da hidroterapia no tratamento de pacientes


portadores de Paralisia Cerebral: Uma Revisão Bibliográfica

Bruna Medeiros Hernandes¹


Bruna.hernandes.fisio@gmail.com
Dayana Priscila Maia Mejia²
dayana_giovanna@hotmail.com
Pós-graduação em Pediatria e Neonatologia – Faculdade FASAM

Resumo
A paralisia cerebral (PC) é definida como uma alteração da postura e do movimento,
permanente, mas não imutável. Resulta de um distúrbio no cérebro não progressivo,
devido a fatores hereditários, eventos ocorridos durante a gravidez, parto, período
neonatal ou durante os primeiros dois anos de vida. Consiste num distúrbio do
movimento e/ou postura, persistente, mas não invariável, podendo surgir nos primeiros
anos de vida por lesões não progressivas do cérebro imaturo. Podem estar presentes
distúrbios associados como cognitivos, sensoriais e de comunicação. A utilização da
abordagem hidroterapêutica torna-se viável em vários aspectos estruturais, funcionais
e sociais no processo de reabilitação.A piscina terapêutica oferece oportunidades
estimulantes para os movimentos mais difíceis e complexos, pois forças diferentes agem
na água. Os efeitos de flutuabilidade, metacentro e das rotações fornecem campo para
as técnicas especializadas. A hidroterapia proporciona ao paciente portador de
paralisia cerebral ganhos sensório- motores. A utilização da abordagem
hidroterapêutica torna-se viável em vários aspectos estruturais, funcionais e sociais no
processo de reabilitação.
Palavas-chave: Paralisia cerebral; Fisioterapia; Hidroterapia.

1.Introdução
Stanley (2000) afirma que a Paralisia Cerebral (PC) descreve um grupo de desordens do
desenvolvimento do movimento e postura, causando limitação da atividade, que são
atribuídos a distúrbios não progressivos que ocorrem no desenvolvimento do cérebro
fetal ou infantil até o segundo ano de vida pós-natal. As desordens motoras da PC
podem frequentemente estar acompanhadas por distúrbios sensoriais, cognição,
comunicação, percepção, comportamental, desordens epiléticas, dentre outros prejuízos.
De acordo com Grenwood (2005) a etiologia da PC é multifatorial e geralmente não é
estabelecida devido à dificuldade de precisar a causa e o momento exato da lesão. No
entanto, a etiologia compreende aspectos pré-natais (malformações do sistema nervoso
central, infecções congênitas e quadros de hipóxia), perinatais (anóxia perinatal) e pós-
natais (meningites, infecções, lesões traumáticas e tumorais) (GARNE,2008;
BLAIR,2006;CANS,2007).
Morris(2007) descreve que o quadro clínico da paralisia cerebral é caracterizado por
uma disfunção predominantemente sensório-motora, com alterações do tônus muscular,
da postura e da movimentação voluntária e involuntária. Dentre os tipos de alterações de
tônus a forma espástica é a mais frequente, sendo caracterizada por hipertonia muscular
associada à persistência de reflexos posturais primitivos que alteraram os padrões de
movimento e todo o organograma de aprendizagem e aquisição motora (PATO,2002;
KELLY,2005).
Apesar do carácter não progressivo, alguns autores observam a presença do aspecto
mutabilidade na Paralisia Cerebral, onde o repertório motor sofre alterações devido ao
processo maturacional, ao aprendizado e a influência do meio (BORGES,2005).

1. Aluna Pós- Graduanda em Fisioterapia em Pediatria e Neonatologia


2.Fisiterapeuta Especialista em Metodologia do Ensino Superior e Mestre em Bioética e Direito em Saúde
2

Atualmente, tem-se utilizado o termo Encefalopatia Crônica Não Progressiva ou Não


Evolutiva para deixar bem claro seu caráter persistente, mas não evolutivo, apesar das
manifestações clínicas poderem mudar com o desenvolvimento da criança e com a
plasticidade cerebral (BARBOSA, 2010).
Segundo Rotta (2002) a expressão Paralisia Cerebral (doravante PC) é definida como
“seqüela de uma agressão encefálica, que se caracteriza, primordialmente, por um
transtorno persistente, mas não invariável, do tono, da postura e do movimento, que
aparece na primeira infância e que não só é diretamente secundário a esta lesão não
evolutiva do encéfalo, senão devido, também, à influência que tal lesão exerce na
maturação neurológica”.
Bonomo (2007) afirma que os distúrbios presentes na PC caracterizam-se por desordens
do desenvolvimento do movimento e da postura, causando limitação das atividades
funcionais (PASTRELLO,2009) e prejuízo de controle sobre os movimentos pelas
modificações adaptativas do comprimento muscular. Podem estar presentes distúrbios
associados como cognitivos, sensoriais e de comunicação (GOMES, 2001).
De acordo com Madeira e Piovensana (2002) a incidência de ECNPI em países
desenvolvidos é cerca de 1,5 a 2,5 por 1.000 nascidos vivos. Estima-se que no Brasil
esse número de casos seja maior, devido às circunstâncias precárias da saúde geral,
especialmente os cuidados voltados à gestante e ao recém-nascido (MADEIRA, 2009;
GOMES, 2001).
Alves(2007) cita que dentre as possibilidades de reabilitação motora, destaca-se a
hidroterapia que graças às particularidades presentes no meio líquido, é capaz de
proporcionar à criança com PC uma variedade de benefícios, tais como: a facilitação
para aquisição postural e controle dos movimentos, a adequação tônica, o ganho de
amplitude de movimento, da força muscular, da estimulação sensorial, do equilíbrio, da
coordenação motora, da dinâmica respiratória e da socialização.
A hidroterapia é um dos métodos terapêuticos mais antigos utilizados para o
gerenciamento de disfunções sensório-motoras e físicas. As propriedades de suporte,
assistência e resistência da água favorecem os fisioterapeutas e pacientes na execução
de programas voltados para melhora da amplitude de movimento, recrutamento
muscular, exercícios de resistência e no treinamento de deambulação e equilíbrio
(ORSINI, 2008).
As propriedades de suporte, assistência e resistência da água favorecem os
fisioterapeutas e pacientes na execução de programas voltados para melhora da
amplitude de movimento, recrutamento muscular, exercícios de resistência e no
treinamento de deambulação e equilíbrio (ORSINI, 2008).
Os exercícios terapêuticos e a água aquecida atuam em diversos sistemas do corpo
humano seja o sistema cardíaco, muscular, respiratório, endócrino entre outros, levando
a alterações fisiológicas (KABUKI, 2007).
Biasoli (2011) defende que os efeitos físicos da água que fornecem estas vantagens são
a densidade relativa que determina a capacidade de flutuação; a força de empuxo que é
a força de sentido oposto ao da gravidade; a tensão superficial que atua como resistência
ao movimento; a pressão hidrostática que consiste na pressão sobre o que está imerso e
depende diretamente da profundidade da imersão.
As forças físicas da água agindo sobre um organismo imerso, provocam alterações
fisiológicas extensas, afetando quase todos os sistemas do organismo. Os efeitos
fisiológicos podem somar-se aos desencadeados pela prática de exercício físico na água,
tornado as resposta mais complexas. ( CAROMANO, 2002)
A água promove um ambiente agradável e lúdico para as crianças e adolescentes com
PC, principalmente para aquelas com níveis de maior comprometimento motor. Estudos
vêm relatando que realizar atividade na água pode aumentar potencialmente a
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confiança, motivação e interesse por facilitar tarefas que fora da água são difíceis ou até
mesmo impossíveis de serem realizadas (GORTER,2011).
Esses benefícios estão relacionados com os princípios fundamentais da hidrodinâmica e
termodinâmica que envolvem as características específicas da água, como a densidade,
gravidade,pressão hidrostática, flutuação, tensão superficial, calor específico,
viscosidade, fluxo e efeitos de resistência.
Borges(2007) afirma que fisioterapia aquática tem valor efetivo na reabilitação destas
crianças por proporcionar numerosos benefícios, sendo um deles a flutuação, que
facilita ao portador de deficiência física manter-se em ortostatismo sem uso de órteses.
Os benefícios psicológicos também estão presentes através da sensação de maior
liberdade proporcionada pela possibilidade de atividades motoras não realizáveis em
solo.

2.Referencial Teórico

2.1 Paralisia Cerebral


Little, em 1843, descreveu, pela primeira vez, a encefalopatia crônica da infância, e a
definiu como patologia ligada a diferentes causas e características, principalmente por
rigidez muscular. Em 1862, estabeleceu a relação entre esse quadro e o parto anormal.
Freud, em1897, sugeriu a expressão paralisia cerebral, que, mais tarde, foi consagrada
por Phelps, ao se referir a um grupo de crianças que apresentavam transtornos motores
mais ou menos severos devido à lesão do sistema nervoso central, semelhantes ou não
aos transtornos motores da Síndrome de Little (ROTTA,2002).
Designa um grupo de afecções do SNC da infância que não têm caráter progressivo e
que apresenta clinicamente distúrbios da motricidade, isto é, alterações do movimento,
da postura, do equilíbrio, da coordenação com presença variável de movimentos
involuntários.
A definição mais adotada pelos especialistas é de 1964 e caracteriza a PC como “um
distúrbio permanente, embora não invariável, do movimento e da postura, devido a
defeito ou lesão não progressiva do cérebro no começo da vida.”
A Paralisia cerebral não é uma doença: é ao contrario, uma categoria de deficiência que
inclui pacientes com um tipo de problemas: distúrbios crônicos não progressivos de
movimentos ou da postura com início precoce prematuro. Os locais anatômicos de
envolvimentos, os graus de deficiências motora associadas às disfunções e as causas são
heterogênicos. A paralisia Cerebral frequentemente está associada com dificuldades
neurológicas, incluindo o retardo mental (TECKLIN, 2002).
Ratliffe(2002) classificou a paralisia cerebral de acordo com a qualidade do tônus
muscular ou do movimento ,do padrão do comprometimento motor e, às vezes,
pela sua gravidade.
As desordens motoras no indivíduo com PC são variadas e complexas. Os déficits
primários incluem anormalidades do tônus muscular, prejuízo no balanço e
coordenação, diminuição de força e perda do controle de movimentos seletivos,
refletindo muitas vezes no aparecimento tardio ou, até mesmo, no não aparecimento de
alguns padrões motores maduros (MURLEY,2009;GILLETTE,2008).

2.2 Classificação
As pessoas com paralisia cerebral podem ser classificadas, de acordo com a
característica clínica mais dominante, em espástico, discinético e atáxico (CANS, 2007).
A paralisia cerebral espástica caracteriza-se pela presença de tônus elevado (aumento
dos reflexos miotáticos, clônus, reflexo cutâneo plantar em extensão – sinal de Babinski
e é ocasionada por uma lesão no sistema piramidal (SCHOLTES, 2006). A
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espasticidade é predominante em crianças cuja paralisia cerebral é consequente do


nascimento pré-termo, enquanto que as formas discinéticas e a atáxica são frequentes
nas crianças nascidas a termo (HIMPENS, 2008).
A paralisia cerebral discinética caracteriza-se por movimentos atípicos mais evidentes
quando o paciente inicia um movimento voluntário produzindo movimentos e posturas
atípicos; engloba a distonia (tônus muscular muito variável desencadeado pelo
movimento) e a coreoatetose (tônus instável, com a presença de movimentos
involuntários e movimentação associada); é ocasionada por uma lesão do sistema
extrapiramidal, principalmente nos núcleos da base (corpo estriado – striatum e globo
pálido, substância negra e núcleo subtalâmico).A paralisia cerebral atáxica caracteriza-
se por um distúrbio da coordenação dos movimentos em razão da dissinergia,
apresentando, usualmente, uma marcha com aumento da base de sustentação e tremor
intencional; é ocasionada por uma disfunção no cerebelo.Os quadros de espasticidade
devem ser classificados também quanto à distribuição anatômica em unilateral (que
engloba as anteriormente classificadas como monoplégicas e hemiplégicas) e bilateral
(que engloba as anteriormente classificadas como diplégicas, triplégicas,
quadri/tetraplégicas e com dupla hemiplegia) (ROSENBAUM, 2007).

2.3 Incidência
Segundo Edelmuth, apud Rotta (2002), os estudos epidemiológicos de PC mostram
dados variáveis. Em 1950, Illingworth considerou 600 mil casos nos Estados Unidos,
aos quais se juntam, mais ou menos, 20 mil por ano. A incidência em países
desenvolvidos tem variado de 1,5 a 5,9/1.000 nascidos vivos. Não existe pesquisa
específica e oficial no Brasil a respeito da incidência de portadores de deficiências
física, sensorial ou mental. surgem no Brasil, 17.000 novos casos de PC ao ano.
Segundo ZANINI, (2009), estudos epidemiológicos do oeste da Austrália , Suécia,
Reino Unido e dos Estados Unidos têm relatado taxas de PC em 2,0 e 2,5 por 1.000
nascidos vivos, isso verificado em países desenvolvidos. Em contrapartida, nos países
subdesenvolvidos a incidência é maior, com um índice de 7 por 1.000 nascidos vivos.
No Brasil, os dados estimam cerca de 30.000 a 40.000 novos casos por ano . A origem
das causas para o desenvolvimento da PC pode ocorrer durante o período pré-natal,
perinatal ou pós natal, mas evidências sugerem que 70% a 80% sejam de origem pré-
natal. As causas podem ser congênitas, genéticas, inflamatórias, infecciosas, anóxicas,
traumáticas e metabólicas. O baixo peso ao nascimento e a prematuridade aumenta
significativamente a possibilidade de uma criança desenvolver PC.

2.4 Etiologia
Segundo Leite (2004) citou Salter (1985) as causas são inúmeras como o
desenvolvimento anormal do cérebro, anoxia cerebral peri natal associada a
prematuridade, lesões traumáticas do cérebro durante o nascimento pela demora no
parto ou por utilizar fórceps, eritroplastose por incompatibilidade do Rh, encefalites na
fase inicial do período pós- natal

2.5 Quadro Clínico da Paralisia Cerebral


Na observação clínica da paralisia cerebral, deve-se levar em consideração a extensão
do distúrbio motor, sua intensidade e, principalmente, a caracterização semiológica
desse distúrbio. Assim a paralisia cerebral apresenta várias formas clínicas.
a) Hemiplegia : É a manifestação mais frequente, com maior comprometimento do
membro superior; acompanha-se de sinais de liberação tais como espasticidade , hiper-
reflexia e sinal de Babinski. O paciente assume atitude em semiflexão do membro
superior, permanecendo o membro inferior hiperestendido e aduzido, e o pé em postura
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eqüinovara. É comum hipotrofia dos segmentos acometidos, sendo também possível a


ocorrência de outras hemi-hipoestesiaou hemianopsia.
b) Hemiplegia bilateral ( tetra ou quadriplegia) :
Ocorrem de 9 a 43% dos pacientes. Ocorrem lesões difusas bilateral no sistema
piramidal dando além da grave tetraparesia espástica com intensas retrações em
semiflexão, síndrome pseudobulbar (hipomimia, disfagia e disartria), podendo ocorrer
ainda microcefalia, deficiência mental e epilepsia.
c) Diplegia : Ocorre em 10 a 30 % dos pacientes, sendo a forma mais encontrada em
prematuros. Trata-se de um comprometimento dos membros inferiores, comumente
evidenciando uma acentuada hipertonia dos adutores, que configura em alguns doentes
o aspecto semiológico denominado síndrome de Little (postura com cruzamento
dos membros inferiores e marcha “em tesoura”). Há diferentes gradações quanto à
intensidade do distúrbio, podendo ser pouco afetado (tendo recuperação e bom
prognóstico – adaptam-se à vida diária); enquanto outros evoluem mal com graves
limitações funcionais. Os dados semiológicos são muito variáveis. No 1º ano de vida, a
criança apresenta-se hipotônica, evoluindo gradativamente para uma outra fase em que
se observa um quadro de distonia intermitente, com tendência ao opistótono quando
estimulada. Nos casos mais graves a criança pode permanecer num destes estágios por
toda a sua vida, porém geralmente passa a exibir hipertonia espástica, inicialmente
extensora e, finalmente, com graves retrações semiflexoras.
d) Discinesia : Atualmente é a mais rara, pois manifesta-se através de movimentos
involuntários, sobretudo distonias axiais e/ou movimentos córeoatetóides das
extremidades. No primeiro ano de vida este padrão costuma não estar definido, podendo
existir hipotonia muscular. Em geral, quando estes pacientes estão relaxados a
movimentação passiva é facilitada.
e) Ataxia : Igualmente rara. Inicialmente pode traduzir-se por hipotonia e, aos poucos,
verificam-se alterações do equilíbrio (ataxia axial) e, menos comumente, da
coordenação ( ataxia apendicular). Sua marcha se faz com aumento da base de
sustentação podendo apresentar tremor intencional.
f) Formas mistas : É a associação das manifestações anteriores, correspondendo,
geralmente, ao encontro de movimentos distônicos e córeo-atetóides ou à combinação
de ataxia com plegia (sobretudo diplegia). No total, cerca de 75% dos pacientes doentes
com paralisia cerebral apresentam padrão espástico.

2.6 Hidroterapia
A hidroterapia vem sendo indicada e utilizada por médicos e fisioterapeutas em
programas de reabilitação multidisciplinares, principalmente na área reumatológica. O
conceito do uso da água para fins terapêuticos na reabilitação teve vários nomes como:
hidrologia, hidrática, hidroterapia, hidroginástica, terapia pela água e exercícios na
água. Atualmente, o termo mais utilizado é reabilitação aquática ou hidroterapia (do
grego: “hydor”, “hydatos” = água / “therapeia” = tratamento).
Em muitas culturas o uso da água foi relacionado ao misticismo e às religiões. O uso da
hidroterapia como forma terapêutica data de 2400 a.C. pela cultura proto-indiana que
fazia instalações higiênicas. Era sabido que anteriormente, egípcios, assírios e
muçulmanos usavam a água com propostas curativas1,3. Há também documentação de
que os hindus em 1500 a.C. usavam a água para combater a febre. Arquivos históricos
constam que civilizações japonesas e chinesas antigas faziam menções de culto
(adoração) para a água corrente e faziam banhos de imersão por grandes períodos.
Homero mencionou o uso da água para tratamento da fadiga, como cura de doenças e
combate da melancolia. Na Inglaterra, as águas de Bath foram usadas anteriormente a
800 a.C. com propostas curativas.
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Em seu estudo, Fakaitis (2008), avalia e aborda as seguintes variáveis: força muscular,
amplitude de movimento, equilíbrio, coordenação, postura, habilidade, respiração e
função motora, utilizando como recursos cinesioterapia, mecanoterapia, eletroterapia,
termoterapia e técnicas manuais. Estimulam a habilidade do paciente para ser
independente e se reintegrar na comunidade ou retornar ao trabalho.
O enorme histórico dos tratamentos pela água faz da hidroterapia, um recurso
fisioterapêutico, de grandes benefícios aos tratamentos dos diversos tipos de patologias,
sejam elas ortopédicas, neurológicas, pediátricas, gineco-obstétricas e geriátricas.
Devido aos efeitos físicos e fisiológicos advindo da imersão do corpo em piscina
aquecida, é considerado um dos métodos terapêuticos mais antigos utilizados para o
gerenciamento de disfunções físicas. Possuindo efeitos fisiológicos relevantes que se
estendem sobre todos os sistemas e a homeostase. Tendo grandes benefícios no
tratamento de pacientes com distúrbios musculoesqueléticos, neurológicos,
cardiopulmonar, entre outros.
Degani(1998) cita métodos e técnicas utilizados:
 Método Halliwik: Criado por James Mac Millan em 1949 é uma metodologia
que, através de seu programa dos 10 pontos, ensina aos pacientes habilidades
diversas na água possibilitando movimentação segura e independente. Baseia-se
em princípios científicos e nas reações do corpo quando imerso na água.
 Método Bad Ragaz: Técnica que se desenvolveu nas águas termais da cidade
de Bad Ragaz, na Suíça, nos anos 30, aperfeiçoando-se na Alemanha, nos anos
50. É um programa de importância na recuperação da condição músculo-
esqueléticas, no condicionamento pré e pós-cirúrgico e em algumas afecções
reumáticas e neurológicas.
 Método Watsu: O Shiatsu na água (Water shiatsu - Watsu) é uma prática
pioneira de trabalho corporal que, desenvolvida por Harold Dull nos anos 80,
tem demonstrado alta eficiência no relaxamento, alívio de dores e redução do
estresse físico e emocional.
 Um misto dos métodos supracitados é utilizado amplamente na hidroterapia
convencional, e adaptado para cada individuo a ser tratado.

2.7Contra- Indicações:
 Febre: O ganho de calor pela água associada ao aumento do metabolismo pela
atividade física pode aumentar a temperatura corpórea.
 Infecções do trato urinário: Agentes químicos da piscina contribuirão para o
agravamento da infecção.
 Capacidade vital abaixo de 40% do valor mínimo esperado: A resistência que a
água proporciona no tórax do paciente pode dificultar a expansão pulmonar e
assim comprometer a oxigenação adequada.
 Infecções agudas de ouvido e de vias aéreas superiores: agentes químicos da
piscina quando inalados podem agravar o quadro infeccioso.
 Cardiopatias instáveis associada a PC: pacientes com patologias cardíacas sem
controle clínico e/ou medicamentoso, podem apresentar sistema cardíaco
incapaz de adaptar-se às respostas de mudanças vasculares produzidas pela
temperatura de água.

2.8 Restrições
 Ausência do reflexo de tosse: o terapeuta deve incentivar o controle respiratório
do paciente e permanecer sempre atento para que não haja afogamento durante a
terapia.
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 Alterações esfincterianas: a ausência do controle esfincteriano pode


proporcionar eventuais interdições do ambiente de trabalho. Orienta-se ao
cuidador a estimular e realizar manobras indicadas corretamente pelo médico ou
enfermagem antes do inicio das terapias.
 Alterações de sensibilidade ou déficit de regulação térmica: o paciente com
regulação térmica ineficaz pode apresentar riscos de choque térmico. Para que
isso não ocorra é necessário um resfriamento adequado antes de sair da piscina,
diminuir gradativamente a intensidade dos exercícios e a percentagem de massa
corpórea e imersão; reduzir correntes de ar, orientar banho morno.

2.9 Objetivos Terapêuticos


O objetivo principal da reabilitação é minimizar as sequelas da patologia e proporcionar
maior grau de independência do individuo nas atividades cotidianas. A fisioterapia
aquática deve fazer parte deste programa por apresentar benefícios únicos que
proporcionam ao paciente satisfação e motivação durante seu processo terapêutico.
1)Adequação das respostas motoras: inclui adequação do tônus de postura e de
movimento. As alterações do tônus proporcionam atraso no desenvolvimento sensório-
motor normal.
2)Estimular seletividade dos movimentos: os pacientes com paralisia cerebral tipo
espástico apresentam alterações no controle seletivo dos movimentos devido a ausência
do sinergismo entre músculos agonistas e antagonistas.
3) Prevenir contraturas: alguns músculos no portador de PC do tipo espástico,
frequentemente apresentam retrações musculares, como é o caso dos músculos
gastrocnêmios, isquitibiais, íliopsoas, adutores das coxas e reto femoral( músculos bi-
articulares).
4)Promover equilíbrio: as reações de equilíbrio e proteção apresentam-se deficitárias,
resultando em dificuldade durante a realização de atividades dinâmicas. Muitas vezes o
movimento é realizado de forma associada a padrões de fixação para manutenção de
postura.
5) Melhorar a dinâmica respiratória: em pacientes com comprometimento motor
grave como o tetraparético, é comum acometimento dos músculos respiratórios.
6) Conscientização corporal: o movimento funcional é muitas vezes alterado pela
assimetria corporal. A hidroterapia tem efeito positivo na percepção da imagem corporal
quando se utiliza o efeito metacêntrico durante suas atividades.

3.Métodos
Trata-se de revisão de literatura. Foi embasada por meio de pesquisa bibliográfica, que
conforme Fachim (2001), consiste em um conjunto de conhecimentos que conduz o
leitor ao tema e a reprodução e utilização dessas informações coletadas. A busca dos
artigos foi realizada nas bases de dados eletrônicos como o Scientific Electronic Library
Online – Scielo e Biblioteca Virtual em Saúde - Bireme. A busca dos artigos ocorreu
mediante os seguintes descritores: Fisioterapia em Pediatria, Paralisia Cerebral e
Hidroterapia. Foram previamente selecionados 23 artigos na língua portuguesa
publicados no período de 2000 a 2015 e utilizou-se todos para a construção do
referencial teórico, cujo conteúdo, atendia os critérios de inclusão determinados para
alcançar o objetivo estabelecido.

4.Resultados e Discussão
Bonomo (2007) afirma que os distúrbios presentes na PC caracterizam-se por desordens
do desenvolvimento do movimento e da postura, causando limitação das atividades
funcionais (PASTRELLO,2009) e prejuízo de controle sobre os movimentos pelas
8

modificações adaptativas do comprimento muscular. Podem estar presentes distúrbios


associados como cognitivos, sensoriais e de comunicação (GOMES, 2001).
Segundo Araújo, Formiga & Tudella (2004), apesar da Paralisia cerebral (PC) tratar-se
de uma desordem eminentemente motora, é comumente acompanhada de outros
distúrbios, como crises convulsivas, distúrbios de inteligência, alterações sensoriais,
problemas emocionais ou familiares associados. O dano neurológico é muitas vezes
manifestado por incapacidade diversa e, em função deste nível de complexidade, o seu
tratamento deve ser planejado individualmente para que se possa efetuar uma correta
escolha de estratégia terapêutica. Assim, ao realizar o seu trabalho profissional o
fisioterapeuta destaca-se pela sua atuação direta na reabilitação física, a qual exige o
conhecimento de técnicas que podem ter influências benéficas na reabilitação.
Para Mancini (2004) a paralisia cerebral (PC) pode acometer os indivíduos de diferentes
maneiras, por meio de alterações neuromusculares, com alterações de tônus, com a
persistência de reflexos primitivos, rigidez e espasticidade. Tais alterações geram
padrões de movimentos anormais que podem comprometer o desempenho funcional
dessas crianças. A PC pode interferir na interação das crianças em contextos relevantes,
por exemplo, na aquisição e desempenho de marcos motores básicos como rolar, sentar,
andar e também em atividades de vida diária, como tomar banho, vestir-se, locomover-
se e alimentar-se.
Borges (2005) acrescenta ainda que a hipertonia é a causa mais importante de
deformidades na Paralisia Cerebral (PC), criando um desequilíbrio muscular entre os
músculos espásticos e seus antagonistas fracos. Este desequilíbrio muscular gera
alterações na mecânica respiratória e favorece o encurtamento da musculatura
inspiratória, enquanto que a musculatura abdominal apresenta-se tensa e
enfraquecida.O pescoço encurtado e a postura elevada dos ombros contribuem pra a
manutenção da elevação do tórax com projeção do osso esterno durante o ciclo
respiratório.
Duarte(2004) relata que a hidroterapia vem crescendo como modalidade de fisioterapia.
As técnicas desse modelo de tratamento baseiam-se em conceitos de fisiologia e
biomecânica. Utilizam as propriedades físicas da água como o empuxo, a pressão
hidrostática, a turbulência e a densidade substancialmente distinta da densidade do ar.
Ruoti(2000) acrescenta que eficácia da hidroterapia na reabilitação de pacientes
neurológicos é plena quando a água é aquecida a uma temperatura agradável ao
paciente, na faixa de 32 a 33°C. O calor da água propicia a redução do tono,
temporariamente, permitindo assim, o manuseio adequado para educação motora e
habilitação funcional.
Lianza (2001) alerta que ao perceber os primeiros sinais de anormalidades do
desenvolvimento, é importante tentar antecipar a formação de padrões patológicos,
impedindo-os de se formarem, e evitar que as condutas da criança fixem esses
padrões.O tratamento precoce é importante porque aproveita as etapas de maturação no
sistema nervoso em desenvolvimento, com estimulação e aproveitamento da inervação
recíproca, utilizando o potencial da plasticidade neuroaxonal da arquitetura cerebral.
Bryanton (2006) descreve que as atividades físicas tem se demonstrado um meio eficaz
na melhora da mobilidade em portadores de Paralisia Cerebral. A água pelo Principio
de Arquimedes, exerce uma força de baixo para cima igual ao volume deslocado
subtraindo o seu peso, e isto tende a promover uma flutuação, que seria utilizada para
proporcionar um maior relaxamento e fortalecimento inicial para os músculos mais
fracos, maior mobilidade articular, um stress biomecânico menor, auxílio e resistência
aos movimentos, uma vez que diminui a sobrecarga mas por outro lado tem uma
resistência maior do que a do ar (DI MAIS,2003).
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Larzen(2002) e Mellandra(2005) citam que a abordagem hidroterapêutica oferece


propriedades fisiológicas, psicológicas e funcionais para o processo de reabilitação,
propriedades descritas na literatura como eficazes em várias outras patologias.
Entretanto, ainda são insuficientes os estudos sobre a real atuação da abordagem
hidroterapêutica em indivíduos com ECNPI.
Campion (2000) acrescenta que a água ainda estimularia a circulação periférica,
facilitando o retorno venoso e melhoraria a respiração, oferecendo um efeito
massageador, estimulando uma melhor contração muscular o que promoveria uma
melhora na postura. Ruoti (2000) afirma que o conjunto de respostas cardiovasculares à
imersão, incluindo bradicardia, vasoconstrição periférica e desvio preferencial do
sangue para áreas vitais, é coletivamente conhecido como reflexo de mergulho. O
reflexo de mergulho ocorreria de várias maneiras, inclusive durante exercícios e terapias
aquáticas. Uma resposta imediata à imersão em água fria seria o aumento do
metabolismo, evidenciado por um aumento no consumo de Oxigênio.
Melandra (2007)diz que a água apresenta um meio desconhecido para a criança
proporcionando muitas vezes medo e dificultando a fase inicial do tratamento. Esta
etapa de adaptação deve ser respeitada e o terapeuta contribui para a interação
transmitindo segurança para a criança.
Queiroz(2007) relata que outar dificuldade que exige atenção do terapeuta é ausência de
controle cervical. O terapeuta deve permanecer sempre atento para evitar incidentes
desagradáveis, como a imersão inesperada da face do paciente.
Kelly(2005) diz que a água se apresentaria como um meio único para a realização de
exercícios, e algumas respostas ao exercício na água seria melhores do que aquelas em
terra para portadores de Paralisia Cerebral. Durante o exercício dinâmico leve e
moderado na água, o metabolismo seria basicamente aeróbico promovendo uma
melhora na respiração.
Os exercícios terapêuticos e a água aquecida atuam em diversos sistemas do corpo
humano seja o sistema cardíaco, muscular, respiratório, endócrino entre outros, levando
a alterações fisiológicas (KABUKI, 2007).
Moura e Silva (2005) defendem que a reabilitação em meio aquático tem valor efetivo
no tratamento de portadores de paralisia cerebral, pois promove benefícios a esses
indivíduos, como, por exemplo, facilita o ortostatismo, por meio da flutuação.
Para Kelly(2005) as atividades com a água na altura do peito, haveria um aumento da
pressão hidrostática nas paredes do peito e abdominais durante a respiração. A água faz
resistência respiração, principalmente em pacientes com baixa capacidade vital, dentre
outros. Atividades aquáticas aliadas a exercícios respiratórios como respiração na água
(fazer borbolhas) são benéficos aos pacientes que tenham problemas respiratórios.
De acordo com Freitas (2005) a água é utilizada para facilitar, resistir ou suportar
movimentos e proporciona ao paciente maior capacidade para manter-se em posição
ortostática, entre outros benefícios. Este é um valioso recurso de tratamento que
promove relaxamento, facilitando o alongamento e a mobilização das articulações. É
também utilizado para o aumento da força muscular, melhora do equilíbrio e
coordenação e treino de marcha.
As propriedades da água oferecem aos profissionais opções de tratamento que seriam
difíceis ou impossíveis de se executar no solo (COLBY; KISNER, 2005). Segundo
Campion (2000), na hidroterapia, o paciente consegue atingir habilidades que podem ser
difíceis no solo trazendo efeitos psicológicos favoráveis e duradouros, que elevam a
autoconfiança e independência que se transfere para o seu dia-a-dia.
Kabuki(2007) descreve que a frequência cardíaca é caracterizada pelo numero de vezes
que o coração se contrai e relaxa, ou seja, o numero de vezes que o coração bate por
minuto. E o mesmo ainda ressalta que a frequência cardíaca aumenta com a elevação da
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temperatura e como resultado do exercício, o aumento é proporcional á temperatura da


água e a severidade do exercício. No sistema cardiovascular há um conjunto de
respostas á imersão, incluindo bradicardia, vasoconstrição periférica (período inicial),
vasodilatação após alguns minutos imersos, e desvio de sangue para as áreas vitais,
influenciam na pressão arterial corpórea em imersão.
Diante dos prejuízos ocasionados por essa patologia, a fisioterapia aquática apresenta
benefícios únicos que proporcionam ao paciente maior grau de independência indivíduo
nas atividades cotidianas (KELLY,2005). Os benefícios da reabilitação motora são
visualizados tanto do ponto de vista psicológico quanto físicos. Os efeitos psicológicos
são sucesso e senso de realização, melhora da autoimagem, desenvolvimento da
independência, bem estar, oportunidade para auto-expressão, criatividade, socialização e
recreação. Por sua vez, os efeitos físicos incluem melhora do condicionamento físico,
alívio da dor, relaxamento muscular, melhora da propriocepção, aumento das
amplitudes de movimento, fortalecimento muscular, melhora da capacidade respiratória,
melhora do equilíbrio, coordenação e independência funcional (CAMPION,2000).
Melandra (2007) diz que no tratamento da paralisia cerebral do tipo espástica,
atividades dinâmicas estimulam as reações de equilíbrio e proteção. Saltitar alternando
membros inferiores, correr atrás de um objeto jogado na água. O trabalho com
turbulência também favorece o treino de equilíbrio e o terapeuta pode graduar a
intensidade do esforço físico.
A temperatura da água irá favorecer a terapia aliviando a dor, reduzindo os espasmos,
relaxando a musculatura, e facilitando dessa forma a transferência e marcha de
pacientes com déficit muscular, explorando exercícios para preparar o paciente a
realizar os movimentos em terra, (CAROMANO, 2002).
Em Morris (2000), encontramos que a Hidroterapia é um recurso que vem crescendo no
Brasil e começa a ser aceito como opção de tratamento para a Paralisia Cerebral.
Devido às propriedades físicas da água, a movimentação voluntária e adoção de
diversas posturas podem ser facilitadas e os exercícios de alongamento muscular podem
ser realizados com alívio da dor e melhora da funcionalidade, além de facilitar os
exercícios respiratórios, o treino de marcha e, principalmente, as atividades
recreacionais. (CAMPION, 2000).
Melandra (2007) diz que as respostas motoras em pacientes com paralisia cerebral do
tipo piramidal, normalmente são a longo prazo, contudo, o treino adequado facilitará
obtenção da habilidade necessária para controle corporal.
A hidroterapia vem se destacando na área de reabilitação neurológico devido o
dinamismo natural da água que sustenta o corpo atuando como um suporte parcial de
peso. E auxiliado pelos benefícios de seu aquecimento, esta terapia contribui na
mobilização de articulações, movimentos simples e caminhadas sem que haja maior
esforço pelo paciente.

Conclusão
A criança portadora de Paralisia Cerebral exibe os resultados complexos de uma lesão
do cérebro ou de um erro do desenvolvimento cerebral. À medida que a criança cresce e
evolui, outros fatores se combinam com os efeitos da lesão para agravar as deficiências
funcionais. Esses fatores fazem parte dos efeitos da falta de atividade sobre a
flexibilidade do sistema osteomuscular assim como os efeitos que uma série de
atividade muscular limitada e estereotipada exercem sobre o sistema nervoso. É
possível com a hidroterapia, e outros tratamentos, obter uma melhor independência na
realização das atividades de vida diária. A hidroterapia possui propriedades que trazem
benefícios para o sistema cardiovascular proporcionando alterações renais,
musculoesqueléticas, respiratórias, e aos sistemas nervosos centrais e periféricos.
11

Mesmo observando que os resultados são benéficos é preciso que o profissional fique
atento as contra- indicações e restrições do tratamento.

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