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SISTEMA DE ENSINO CONECTADO

BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA

DÉLIO PÉRICLES RODRIGUES MONTEIRO


IORRAM REIS RIBEIRO BERTO
JÚLIA NOLEDO SIMÕES
LUIS AUGUSTO MEDEIROS NAJAR FERNANDEZ
PATRICIA APARECIDA MACHADO DA SILVA
WAGNER MATTOS RIBEIRO

A PRÁTICA DE HANDEBOL PARA PESSOAS COM E SEM


DEFICIÊNCIA ACERCA DOS CONHECIMENTOS BIODINÂMICOS

Guarapari
2022
DÉLIO PÉRICLES RODRIGUES MONTEIRO
IORRAM REIS RIBEIRO BERTO
JÚLIA NOLEDO SIMÕES
LUIS AUGUSTO MEDEIROS NAJAR FERNANDEZ
PATRICIA APARECIDA MACHADO DA SILVA
WAGNER MATTOS RIBEIRO

A PRÁTICA DE HANDEBOL PARA PESSOAS COM E SEM


DEFICIÊNCIA ACERCA DOS CONHECIMENTOS BIODINÂMICOS

Trabalho de Educação Física apresentado a faculdade


Pitágoras Unopar como requisito parcial para a obtenção
de média do quinto semestre nas disciplinas de
Metodologia no Ensino do Handebol; Ciências
Morfofuncionais dos Sistemas Tegumentar, Locomotor e
Reprodutor; Medidas e Avaliação em Educação Física;
Atividades Físicas e Esportes Adaptados; Ciências
Morfofuncionais dos Sistemas Nervoso e
Cardiorrespiratório.

Professores: Marcio Teixeira


Cristiane Mota Leite
Alessandra Beggiato Porto
Eloise Werle de Almeida
Luana Cristine Franzine de conti

Tutor: Nelson Lopes Mendonça

Guarapari
2022
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 3
2 DESENVOLVIMENTO 4
2.1 SITUAÇÃO PROBLEMA 1 4
2.2 SITUAÇÃO PROBLEMA 2 6
3 CONCLUSÃO 7
REFERÊNCIAS 8
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1 INTRODUÇÃO

Essa produção textual tem como principal temática: A Prática de Handebol


Para Pessoas com e sem Deficiência Acerca dos Conhecimentos Biodinâmicos.
Trazendo uma reflexão pautada pelas inúmeras abordagens pedagógicas na
Educação Física, dando a possibilidade da construção de um texto dissertativo
argumentativo que evidencia a importância dos conhecimentos técnicos e também
sociais voltada para a modalidade do handebol para indivíduos com e sem
deficiência.
Desta forma, este presente trabalho é construído de forma breve e objetiva
com o intuito de agregar conhecimento e incentivar o uso do Handebol no currículo
escolar das instituições de ensino para assim aprimorar as habilidades já
desenvolvidas pelos alunos e promover a saúde e a preocupação com o físico e o
corpo, além de salientar que um bom desempenho no esporte também tem ligação
com inclusão de formas adaptadas para atender alunos com deficiências.
A mesma termina com as considerações finais levantando reflexões
salientando a importância do referido tema nos dias atuais e também para o
enriquecimento das pesquisas acerca da prática física e esportivas.
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2 DESENVOLVIMENTO

2.1 SITUAÇÃO PROBLEMA 1

O termo deficiência física, também conhecida como deficiência motora, nos


leva a uma ideia errônea para uma pessoa sem mobilidade, sem qualquer
movimento, um ser humano preso na cadeira de rodas, porém o que poucos sabem
é que a deficiência nem sempre é de nascença, ela pode ter ocorrido devido a um
acidente, amputação, e diversos outros fatores.
Existem vários tipos de deficiência física, e seu grau de gravidade vai variar
de acordo com o que foi afetado, como a paraplegia (paralisia das pernas e da parte
inferior do tronco), paraparesia (grupo de doenças hereditárias raras que causam
franquezas gradual nas pernas), monoplegia (paralisia de um só membro ou grupo
muscular ), monoparesia(perda parcial das funções de um só membro), tetraplegia
(paralisia que atinge simultaneamente os quatro membros), tetraparesia (os quatro
membros tem fraqueza anormal), triplegia (perda total das funções motoras em três
membros ), triparesia (perda parcial das funções motoras em três membros),
hemiplegia (perda total das funções motoras de um hemisfério do corpo),
hemiparesia (fraqueza muscular ou paralisia parcial de um lado do corpo, seja
braços, pernas ou músculos faciais ), amputação(remoção total o parcial de um ou
mais membros do corpo), paralisia cerebral( ocorre devido ao desenvolvimento
anormal do cérebro) e ostomia (intervenção cirúrgica para facilitar a saída de fezes e
urina).
Uma lesão na medula espinhal – dano a qualquer parte da medula espinhal
ou nervos no final do canal espinhal (cauda equina) – geralmente causa mudanças
permanentes na força, sensação e outras funções do corpo abaixo do local da lesão.
É importante entender o que a medula espinhal faz: Funções Motoras -
direciona os movimentos musculares voluntários do seu corpo. Funções sensoriais –
monitora a sensação de toque, pressão, temperatura e dor. Funções Autonômicas –
regula a digestão, a micção, a temperatura corporal, a frequência cardíaca e a
dilatação/contração dos vasos sanguíneos (pressão arterial).
A integridade de uma lesão medular refere-se à gravidade da lesão ou dano
tecidual resultante. Uma lesão medular espinhal completa é quando a medula foi
afetada por completo, ou seja, a comunicação entre o cérebro e o corpo é perdida.
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Ela atinge todas as vias motoras ou sensitivas abaixo da lesão, sendo causada por
uma compressão grave, intensa deterioração vascular ou transecção completa. Em
contraste, uma lesão medular incompleta resulta em uma lesão que danifica apenas
parcialmente a medula espinhal, ou seja, vai depender da área da medula que foi
afetada, isso vai ditar o que o paciente consegue ou não exercer. Esse tipo de lesão
ocorre quando compromete algumas vias motoras ou sensitivas abaixo do nível da
lesão. Como uma lesão medular incompleta resulta em dano apenas parcial, existem
vias neurais poupadas. Isso permite alguma comunicação entre o cérebro e as áreas
abaixo do nível da lesão.
O individuo acometido por lesão medular tem alterações fisiológicas
significativas como, o choque medular que se determina pela diminuição sensorial,
motora e reflexiva abaixo do nível da lesão ,causando sensação de formigamento
ou perda de sensibilidade ao toque ,a trombose venosa profunda que é causada
pela formação de coágulos no interior das veias profundas ,a disreflexia autonômica
,a bexiga neurogênica causada pela falta de controle da bexiga ,sendo a
incontinência urinaria seu principal sintoma ,o intestino neurogênico que é quando
ocorre a perda da sensação de necessidade de evacuação ,a espasticidade que é o
aumento involuntário da contração muscular ,as ulceras por pressão que se
caracteriza pelo dano a pele causado quando há uma diminuição da circulação
sanguínea provocada pela pressão aplicada a uma área especifica , as dificuldades
respiratórias entre outras.
Nesse caso a prática esportiva e o treinamento de força para o paciente com
lesão da medula espinhal (LME) ajudam com enormes benefícios, melhorando o
desempenho das atividades diárias e promovendo o bem estar físico e social do
indivíduo. Logico que para garantir esses benefícios vai depender do volume, da
intensidade e o tempo de treinamento desse indivíduo. Por isso os profissionais de
saúde devem ter muito cuidado com o paciente com esse tipo de lesão, não
somente durante o processo de reabilitação, mas também durante a prática da
atividade física.
O exercício físico regular traz benefícios psicossociais, aumentando a
autoestima, aliviando o estresse, melhorando a autoimagem e bem estar, reduzindo
o isolamento, mantendo a autonomia e diminuindo a depressão em lesionados
medulares (NASCIMENTO e SILVA, 2007);
Para indivíduos com paraplegia, por exemplo, existem maiores opções de
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treino para os membros superiores, devido a sua condição, sendo possíveis


variadas formas de exercícios, inclusive participação em esportes em cadeira de
rodas como o basquetebol e o handebol.
Baseando se nos vários benefícios da atividade física regular uma
modalidade que vem ganhando cada vez mais adeptos é o handebol adaptado.
O handebol é um esporte coletivo e bem dinâmico, existe a modalidade
convencional do esporte e também a modalidade adaptada. O handebol de cadeira
de rodas (HCR). Esse esporte pode ser praticado por pessoas com deficiências
físicas por causas traumáticas ou congênitas; Nesse contexto vamos abordar o
handebol adaptado para cadeirantes, ou o handebol em cadeira de rodas (HCR).
No que se refere as principais adaptações do handebol de cadeira de rodas
(HCR) em relação à modalidade convencional é necessário entender que o
Handebol em Cadeira de Rodas (HCR) é um esporte coletivo adaptado praticado em
duas modalidades distintas: HCR7, que é uma adaptação do handebol de quadra e
é jogado com sete jogadores por equipe e HCR4, que é uma adaptação do handebol
de areia, jogado com quatro jogadores em quadra.
As adaptações gerais são poucas, são elas: a redução da trave com uma
barra de metal ou madeiras pois os goleiros jogam sentados. Fora isso a outra
diferença é que se joga em cadeiras de rodas e é necessário o domínio do manejo
da cadeira
Desenvolvido com caráter competitivo desde 2005, o esporte tem crescido
significativamente. Diante do panorama atual da modalidade, ferramenta foram
criadas e cada vez mais melhoradas para uma melhor inclusão igualitária, como a
classificação funcional.
A classificação funcional é uma parte única e integral do esporte para
pessoas com deficiência. O objetivo de classificação funcional é garantir uma
competição justa e equitativa em todos os níveis do esporte e permitir jogadores
competirem ao mais alto nível, independentemente das diferenças individuais de
função. Os sistemas de classificação estão em uso no esporte para pessoas com
deficiência desde 1940. os primeiros sistemas de classificação eram baseados em
diagnósticos médicos, como lesão medular, e não eram específicos para as
demandas funcionais únicas de cada esporte.
No entanto, mais recentes transições de classificação médica para sistemas
de classificação específicos do esporte resultaram em classificação funcional, onde
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a classe é baseada nas habilidades funcionais de um jogador específicas para as


exigências físicas de cada esporte único. Os sistemas de classificação funcional
garantem que os jogadores com uma combinação de deficiências ou movimentos
ausentes dos membros superiores e inferiores tenham a oportunidade de praticar o
esporte e que as estratégias e habilidades de equipes e jogadores concorrentes.
Contudo, a classificação funcional possibilita identificar as posições que cada
jogador poderia exercer com muito mais desempenho de acordo com as
características funcionais identificadas. O aprimoramento dos diferentes sistemas de
classificação funcional é constante, esta continua evolução é fundamental para
garantir que o nível de treinamento e a habilidade de cada indivíduo sejam os fatores
decisivos para o sucesso no esporte.
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2.2 SITUAÇÃO PROBLEMA 2

A avaliação física é um procedimento de extrema importância para ser feita a


prescrição correta de um determinado treino, visando de acordo com as
características e objetivos individuais de cada aluno/atleta sendo realizada para
qualquer treinamento seja ele para fins competitivos ou para fins de exercícios
físicos para a promoção a saúde ou estética. Na avaliação física o profissional
poderá então detectar vários fatores que influenciam e geram possíveis deficiências
de agilidade, mobilidade, força, equilíbrio, velocidade, potência e entre várias outras
capacidades físicas (atributo físico treinado ao organismo humano) que são
determinantes para uma má execução daquele determinado exercício ou ação seja
ele para objetivos de melhoria do exercício (promoção a saúde/estética), ou seja, ele
para uma ação de treinamento atlético (com objetivo de melhoria para preparação
de competições).
Porém a avaliação física esportiva que é destinada para atletas profissionais
ou amadores tem como visão trazer informações necessárias para que seja feita a
melhor prescrição para o programa de treinamento de pré-competição, pois afinal
todo atleta treina visando e se preparando sempre para próximas competições com
intuito de trazer melhores resultados, Sabemos que dentro da avaliação existe
vários métodos utilizados para correções e melhorias dos planos e eixos do corpo
para gerar e impulsionar o desenvolvimento e o melhor desempenho desses
atletas no treino visando sempre correção de movimentos e ações que acontece
dentro daquela determinada modalidade.
Em consequência disso sabemos que a avaliação física desses atletas
precisa-se ser totalmente personalizadas e voltadas para cada um deles com
fichas individuais, contendo nome, número, idade, altura, peso, IMC e todos os
resultados do teste que será realizada pelo profissional de educação física, de
forma clara para que seu treinador veja cada ponto a qual há necessidades de
trabalhados para melhoria do mesmo. Vejamos que por exemplo no handebol
todos os jogadores devem ter uma boa aptidão física voltada diretamente para a
modalidade em si e por isso é de extrema importância esses atletas terem
excelentes capacidades físicas de resistência aeróbia, agilidade, força, flexibilidade
e potência, tendo então todos os jogadores sendo: goleiro ,Armador central, meia
direita/esquerda ,ponta direita/esquerda ou pivô, seja independentemente da
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posição a qual eles ocupam.


Sabemos que Existem vários testes de avaliação das mais complexas de alto
custo até as mais simples de baixo custo podendo ser utilizadas de forma eficiente
dentro do handebol, sendo potência de salto vertical: teste da tabua de 30cm,força:
testes com arremessos para avaliar a força do braço ,velocidade: teste de 50metros,
,flexibilidade: teste de sentar e acalcanhar, agilidade: passo lateral, dobras cutâneas:
para avaliação prática da composição corporal do atleta, circunferência dos punhos,
braços, antebraços, coxas e panturrilhas: para medir a circunferência dos mesmos,
Métodos e testes esses que podem ser feitos para atletas que estão em fase de pré-
competição para assim poder começar a prescrição e mudança ,correção e melhoria
de cada atleta para esse campeonato que se aproxima.
Dessa forma, com base nas necessidades voltadas para o handebol, a
proposta do texto acima foi direcionada para sugerir uma bateria de testes para
acompanhar e avaliar o desenvolvimento desses atletas dentro da modalidade
citada, levando em consideração que os mesmo testes podem ser utilizados não
apenas para atletas de alto rendimento, mas também para trabalhos em escolas
com crianças, adolescentes e jovens.
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3 CONCLUSÃO

Com a realização desta produção textual foi possível compreender que o


conhecimento fisiológico e sociológico é de muita importância até mesmo dentro do
campo ao qual se insere o profissional da área da educação física.  Afinal, é preciso
conhecimento teórico e, além disso, ter ética e respeito assim como pensar em
meios de promover a diversidade e a importância da atividade física para todos os
indivíduos.
Contudo, claramente o Handebol é uma modalidade esportiva muito
interessante que podem agregar muitos benefícios para o seu praticante, mas que
também tem espaço para a sua adaptação voltada para pessoas com deficiência.
Ademais, a prática do Handebol é uma forma de também promover a inclusão social
por meio da educação física.
Logo, pode-se definir que o debate a respeito da inclusão social ainda é um
campo vasto o qual muito irá se produzir a respeito disso, então é preciso se dar
visibilidade as produções de pessoas que sabem como realmente é sofrer algum
tipo de preconceito devido a suas capacidades físicas e também promover políticas
públicas e sociais que possibilitem cada vez mais a expansão da inclusão social dos
alunos e da sociedade de forma geral.
A proposta da temática deste semestre foi proporcionar ao aluno uma
oportunidade de demonstrar os conhecimentos adquiridos no decorrer das aulas e
pesquisas bibliográficas disponibilizadas, trazendo reflexões importantíssimas sobre
handebol e práticas inclusivas nas atividades físicas.
O estudo feito para a execução desta produção textual também trouxe à tona
novos conceitos, meios, estratégias e autores, o que muito acrescentou a esta
elaboração e também tornou o período de pesquisa também um momento de estudo
aprofundado.
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REFERÊNCIAS

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modalidade. Conexões, 13(3), pp.195-212. 2015. Disponível em:
https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/conexoes/article/view/
8640878/8415acesso em 17 abril 2022.

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Barueri, Sp: Manole, 2008. 660 p.

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Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536326856/

Acesso em: 17 abril 2022.

MENEZES, R. P. O ensino dossistemas defensivos do handebol: considerações


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2010. Disponível em: https://www.revistas.ufg.br/fef/article/view/7269/6673 acesso
17 abril 2022.

MINISTÉRIO DA SAÚDE Secretaria de Atenção à Saúde Departamento de


Ações Programáticas Estratégicas. DIRETRIZES DE ATENÇAO À PESSOA COM
LESÃO MEDULAR. 1. ed. 2013 Brasília-DF.

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o sistema cardiorrespiratório, como também, na qualidade de vida de
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Acesso 17 abril 2022.

RODRIGUES, F. B.; ROCHA, V. M. da. O impacto do basquetebol em cadeira de


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SOUZA, E. F.; PEREIRA, J. L. Medidas e Avaliação. Curitiba: InterSaberes, 2019..

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