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Porto Alegre
2018
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Porto Alegre
2018
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RESUMO
Introdução: O exercício físico compreende uma atividade física planejada que proporciona a
melhora da aptidão física para a saúde, auxiliando na redução da dor e na prevenção de
agravos de lombalgias. No entanto, pode ocorrer a exacerbação da dor por exercícios de alta
intensidade, com fins competitivos ou sem orientação adequada. Objetivo Geral: Comparar a
ocorrência, a intensidade e a frequência da dor lombar; os hábitos comportamentais, a
incapacidade e cinesiofobia de praticantes e não praticantes de exercício físico. Metodologia:
A amostra será consecutiva, oriunda do Projeto de Extensão Avaliação Postural para a
Comunidade, entre os anos de 2015 e 2018, constituída por 102 indivíduos, divididos em
grupo praticante (GP) e grupo não praticante (NP). Os dados de interesse serão coletados dos
questionários (1) BackPEI-A (Back Pain and Body Posture Evaluation Instrument for Adults);
(2) ODI (Oswestry Disability Index); e FABQ-Brasil (Fear Avoidance Beliefs Questionnaire).
Para análise estatística serão utilizados os testes t independente ou Mann-Whitney, sendo o
nível de significância 0,05. Resultados esperados: Entendemos que os resultados possam
favorecer maior atenção quanto à avaliação e tratamento das crenças de medo e evitação.
Entendendo a dor como uma construção biopsicossocial, ao divulgar nossos resultados,
visamos estimular a prática do exercício físico associada ao tratamento da dor lombar, para
promover a melhora de aspectos físicos e mentais.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO................................................................................................................. 4
2 OBJETIVOS...................................................................................................................... 5
2.1 Objetivo Geral.................................................................................................................. 5
2.2 Objetivos Específicos....................................................................................................... 5
5 METODOLOGIA............................................................................................................ 10
5.1 Delineamento de estudo................................................................................................. 10
5.2 População e amostra...................................................................................................... 10
5.3 Instrumentos................................................................................................................... 11
5.4 Coleta de dados................................................................................................................ 11
5.5 Análise de dados............................................................................................................ 11
6 ASPECTOS ÉTICOS..................................................................................................... 12
7 CRONOGRAMA ............................................................................................................ 12
8 ORÇAMENTO ................................................................................................................. 13
REFERÊNCIAS................................................................................................................... 14
ANEXO I – BackPEI-A (Back Pain and Body Posture Evaluation Instrument for 17
Adults...................................................................................................................................
1 INTRODUÇÃO
2 OBJETIVOS
3 REVISÃO DE LITERATURA
A lombalgia pode ser determinada como sintoma de dor na altura da cintura pélvica,
que pode resultar de uma só causa, ou de várias, podendo existir significativas correlações
entre elas (BERNARD, 1993). A maioria delas, é frequentemente atribuída a fatores
mecânicos, associados às deficiências musculares. Dessa forma, vários pesquisadores
atribuem a lombalgia a uma vida sedentária, pois a inatividade física estaria relacionada direta
ou indiretamente com dores na coluna, considerando a combinação da aptidão
musculoesquelética deficiente e uma ocupação que exija da região (BANKOFF et al., 1994)
Alguns dos mecanismos responsáveis pela cronicidade da dor são os mecanismos
endógenos inibitórios de controle álgico que ocorrem devido ao aumento dos mecanismos
excitatório de controle da dor, ou pela perda/ineficácia dos sistemas inibitórios. (SOUZA,
2009). Outra teoria para a dor lombar é a de que o déficit de força possa sobrecarregar outras
estruturas lombares, levando à diminuição da coordenação do movimento. Assim, pessoas
mais fracas ficam mais expostas a lesões durante a realização determinadas tarefas, enquanto
pessoas pouco flexíveis, têm dificuldade de manter as várias posturas, estressando os discos
vertebrais (CHEREN, 1992).
Por ser um dos estímulos mais repulsivos em animais e humanos, a dor está
diretamente ligada ao medo. O termo cinesiofobia é utilizado para definir o medo excessivo
do movimento, que resulta de sentimentos de vulnerabilidade à dor ou reincidência da lesão; e
a catastrofização é considerada um dos principais precursores desse medo. Assim, não se sabe
se o medo do movimento é secundário à experiência da dor lombar crônica, ou se é um dos
determinantes. A percepção desses pacientes quanto à atividade física e à relação com a dor,
se apresentam de forma equivocadas e tornam a percepção de sua capacidade física menor do
que o desempenho real (WADDELL et al., 1993; CROMBEZ et al., 1999; LINTON, 1998).
Um instrumento para avaliar o medo e a evitação de atividades físicas ou laborais é
o questionário FABQ-Brasil (versão brasileira do Fear Avoidance Beliefs Questionnaire). É
um instrumento validado, dividido em duas subescalas, que se propõem a avaliar os medos e
as crenças relacionadas ao trabalho (FABQ-Work) e às atividades físicas (FABAQ-Phys).
Cada uma das subescalas possui um escore, onde escores maiores que 15 para a escala de
atividades físicas e 34 para a escala de trabalho são indicadores potentes para a crença de
medo e evitação de atividade físicas e laborais (ABREU et al., 2008).
A longo prazo, a evitação pode apresentar desuso, depressão e aumento da
incapacidade. Dessa forma, o comportamento de evitação se baseia em antecipação de
consequências, onde o medo é geralmente uma dor mal-adaptada; que pode ser de relevância
específica para a incapacidade para o trabalho, sendo responsável por altos custos econômicos
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nas sociedades ocidentais (WADDELL et al., 1993; CROMBEZ et al., 1999; MIDDELKOOP
et al., 2011). Uma postura ativa, que permita o confronto com as atividades diárias, mesmo
com a dor, age como resposta adaptativa que pode conduzir à redução do medo e à promoção
de recuperação. No entanto, a passividade e a evitação leva a persistência ou exacerbação do
medo e até do quadro de dor (VLAEYEN; CROMBEZ, 1999).
O questionário validado ODI (Oswestry Disability Index), é composto por itens que
avaliam a funcionalidade e permitem mensurar a dor nas costas, além de identificar até que
ponto a dor nas costas e nas pernas afetam a capacidade de realizar as atividades de vida
diária (AVDs) (FAIRBANK et al., 1980). Sua escala possui dez questões com seis opções
para escolha, cujo valor varia de 0 a 5. O escore total é dividido por 50 se todos itens foram
respondidos, ou por 45, se não faltar resposta de um item, sendo o resultado multiplicado por
100. Tem-se o resultado com os valores classificados em incapacidade mínima (0 a 20%),
incapacidade moderada (21 a 40%), incapacidade severa (41 a 60%), inválido (61 a 80%), e
restrito ao leito ou exagerando seus sintomas (81 a 100%) (VIGATTO et al., 2007).
posturais. Tal como dormir por 6 horas ou menos, predispõe a lombalgia. Assim, o tempo de
sono adequado (aproximadamente oito horas) pode ser considerado um fator de proteção para
o desenvolvimento das alterações posturais, e consequentemente, a dor lombar(SEDREZ et
al., 2015; AUVINEN et al., 2010).
As alterações posturais que ocorrem no decorrer da vida, que inicialmente costumam
ser assintomáticas, podem progredir para a dor lombar, afetar a execução das AVDs e até
conduzir à incapacidade temporária. Assim, é importante monitorar a prática de exercício
físico, hábitos comportamentais, presença, frequência e intensidade da dor. Com essa
finalidade, o instrumento BackPei-A visa identificar e avaliar a presença de dor nas costas,
hábitos posturais e fatores de risco relacionados à presença da dor (CANDOTTI et al., 2017).
A partir desse questionário, é possível avaliar a postura em AVDs com base em
fotografias, que apresenta versões diferentes do mesmo instrumento para homens e mulheres.
A pontuação total gerada é de no máximo 10 pontos, e quanto maior o escore, menor a
exposição aos fatores de risco de dor. Logo, o BackPEI-A é pertinente para a avaliação da dor
nas costas e sua associação a fatores de risco, permitindo a averiguação de alguns dos hábitos
comportamentais, além de expressar a prática e frequência do exercício físico (CANDOTTI et
al., 2017).
4 PROBLEMA DE PESQUISA
4.1 HIPÓTESES
5 MATERIAIS E MÉTODOS
divididos em grupo praticante (GP) e grupo não praticante (NP). O tamanho da amostra foi
determinado por um cálculo amostral realizado no software G* Power 3.1.7, considerando a
família de testes t (média de dois grupos independentes), um tamanho de efeito médio
(α2=0,5), α = 0,05, β = 0,20 e alocação idêntica dos grupos, que resultou em um mínimo de
51 indivíduos em cada grupo.
Serão critérios de inclusão: adulto, com idade entre 18 e 59 anos e ter todos os dados
completos no banco de dados. Os critérios de exclusão serão: preenchimento incompleto ou
inadequado de algum dos questionários de avaliação e cirurgia prévia na coluna vertebral.
5.3 Instrumentos
▪ Questionário BackPEI-A - Back Pain and Body Posture Evaluation Instrument for Adults
(CANDOTTI et al., 2017) (ANEXO I)
▪ Questionário ODI - Oswestry Disability Index (VIGATTO et al., 2007) (ANEXO II)
▪ Softwares SPSS 20.0 (Statistical Package for Social Sciences) e Excel 2016.
No tratamento estatístico será utilizado o software SPSS versão 20.0. Inicialmente será
verificada a normalidade dos dados, utilizando o teste de Kolmogorov-Smirnof. Se a
normalidade for confirmada das variáveis numéricas, a comparação da intensidade da dor, dos
índices do ODI e do FABQ-Brasil será realizada pelo teste t independente. Caso não
confirmada a normalidade, será utilizado o teste de Mann-Whitney. As variáveis categóricas
(presença e frequência de dor, hábitos comportamentais, cinesiofobia e incapacidade) serão
comparadas pelo teste de Mann-Whitney. O nível de significância adotado será ≤ 0,05.
6 ASPECTOS ÉTICOS
7 CRONOGRAMA
8 ORÇAMENTO
Ansiamos que os resultados deste trabalho sirvam para favorecer uma maior atenção
quanto à avaliação e tratamento das crenças de medo e evitação, que influenciam na
percepção e modulação da dor, e nos níveis de incapacidade. Entendendo a dor como uma
construção biopsicossocial, visamos que o resultado deste trabalho possa estimular a prática
do exercício físico associada ao tratamento da dor lombar, em especial, quando na dor lombar
crônica, para promover a melhora de aspectos físicos e mentais.
A divulgação dos resultados desse trabalho será realizada através da participação em
eventos científicos e artigo em periódicos da área.
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APÊNDICE A
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ANEXO I
Questionário BackPEI-A - Back Pain and Body Posture Evaluation Instrument for Adults.
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21
ANEXO II
ANEXO III