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UNIJUÍ – UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO


RIO GRANDE DO SUL

DHE – DEPARTAMENTO DE HUMANIDADES E EDUCAÇÃO

CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DOS TREINAMENTOS AERÓBICO,


RESISTIDO E CONCOMITANTE PARA A REDUÇÃO DO PERCENTUAL
DE GORDURA CORPORAL EM MULHERES

CASSIANA JOHN DE MOURA

Ijuí – RS
2014
1

CASSIANA JOHN DE MOURA

ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DOS TREINAMENTOS AERÓBICO,


RESISTIDO E CONCOMITANTE PARA A REDUÇÃO DO PERCENTUAL
DE GORDURA CORPORAL EM MULHERES

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao Curso de Bacharelado em
Educação Física da Universidade
Regional do Noroeste do Estado do Rio
Grande do Sul (UNIJUÍ), como requisito
parcial para obtenção do grau de
Bacharelado em Educação Física.

Orientadora: Profª Mestre Stela Maris Stefanello Stefanello

Ijuí – RS
2014
2

AGRADECIMENTOS

Agradeço aos meus pais por investirem e acreditarem no


meu potencial, dando força e incentivando nos
momentos de maior dificuldade.
Agradeço ao apoio de meus irmãos e meu namorado, que
mesmo com tantas brigas apoiaram-me nos momentos
difíceis.
Agradeço aos meus amigos e as participantes da
pesquisa, que junto comigo empenharam-se em realizar
este desafio. A pesquisa.
Agradeço todos os professores do Curso de Educação
Física da UNIJUÍ, em especial aos professores Stela Maris
Stefanello Stefanello e Sidinei Pithan da Silva,
orientadores fundamentais para a realização desta
monografia.
Por fim, agradeço a todas as pessoas que de alguma
forma contribuíram, sem as quais não seria possível
concluir este trabalho.
3

“Por mais longe que seja a caminhada


o mais importante é dar o primeiro passo”.

(Vinícius de Moraes)
4

RESUMO

A pesquisa consiste na análise dos diferentes tipos de treinamentos (treinamento


aeróbico, treinamento resistido e treinamento concomitante) perante a diminuição do
percentual de gordura corporal em mulheres. Seu objetivo é investigar os diferentes
benefícios dos treinamentos e principalmente obter uma resposta para a tão
frequente procura em academias por mulheres que desejam a redução do tecido
adiposo. Sendo a pesquisa um estudo de caso/experimental, onde foram realizadas
entrevistas com quatro mulheres sedentárias e com idades entre 20 e 22 anos,
depois de selecionadas três destas entrevistadas deu-se início a anamnese,
avaliação antropométrica e encaminhamento com nutricionistas da Clínica de
Nutrição da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul
(UNIJUÍ), para acompanhamento mensal. Em seguida foi estipulado um método de
treino para cada participante sendo, treinamento aeróbico, treinamento resistido e
treinamento concomitante, as sessões de treino aconteceram três vezes na semana
em dias alternados durante o período de três meses. Os resultados não foram muito
significativos referentes à perda de peso corporal, o treinamento mais eficaz
expresso nesse estudo foi o treinamento aeróbico onde a participante eliminou -4,42
kg de gordura corporal, seguido do treinamento concomitante -3,8 kg e treinamento
de força -3,4 kg. O descomprometimento com a reeducação alimentar foi a chave
para a perda de peso não ser tão significativa.

Palavras-chaves: Treinamento aeróbico. Treinamento resistido. Treinamento


concomitante. Redução do percentual de gordura corporal.
5

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Participante A ............................................................................................ 24


Gráfico 2: Participante B ............................................................................................ 26
Gráfico 3: Participante C ............................................................................................ 27
6

LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Classificação da obesidade baseada no %GC .......................................... 34


Quadro 2: Tabela de classificação do IMC (kg/m2) .................................................... 34
Quadro 3: Normas para a proporção da circunferência da cintura e do quadril
(RCQ) ......................................................................................................................... 34
Quadro 4: Porcentagem de massa corporal magra .................................................... 34
7

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 8

1 REFERENCIAL TEÓRICO...................................................................................... 11
1.1 TREINAMENTO DE FORÇA ................................................................................ 11
1.2 TREINAMENTO DE FORÇA PARA MULHERES ................................................ 13
1.3 EXERCÍCIO AERÓBICO ...................................................................................... 14
1.4 TREINAMENTO CONCOMITANTE ..................................................................... 16
1.5 EMAGRECIMENTO: BENEFÍCIOS DA REDUÇÃO DO PESO CORPORAL....... 18

2 METODOLOGIA ..................................................................................................... 21
2.1 TIPO DE PESQUISA ............................................................................................ 21
2.2 AMOSTRA............................................................................................................ 21
2.3 INSTRUMENTOS E PERÍODO ............................................................................ 22

3 ANÁLISE DOS RESULTADOS .............................................................................. 24


3.1 PARTICIPANTE A: TREINAMENTO DE FORÇA ................................................ 24
3.2 PARTICIPANTE B: TREINAMENTO AERÓBICO ................................................ 25
3.3 PARTICIPANTE C: TREINAMENTO CONCOMITANTE ...................................... 26

CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................... 29

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 31

ANEXOS .................................................................................................................... 33
8

INTRODUÇÃO

A obesidade cresce em número alarmante em todo mundo. De acordo com a


Organização Mundial da Saúde (OMS) 12% da população mundial são considerados
obesos e afirma que a obesidade causa a morte de 2,8 milhões de pessoas por ano
juntamente com o sedentarismo que é responsável pelo quarto maior fator de risco
de mortalidade global, outras doenças como diabetes, hipertensão, colesterol
elevado e infarto do miocárdio são resultantes da obesidade e inatividade física.
Essa dupla é resultado de acomodação da população por parte da grande
facilidade de locomoção por meios de transportes que dispensam o caminhar,
comida rápida e muito gordurosa que favorecem uma dieta irregular levando a
malefícios para a saúde.
A percepção desses fatos ocorreu em meu local de trabalho, na academia
de musculação a qual recebe diariamente mulheres em busca do emagrecimento,
muitas ainda muito novas que acabaram de sair da adolescência e que já se
encontram em um grau de obesidade, que chegam com a seguinte pergunta: “O que
eu faço para perder a barriga?”.
Para responder melhor a questão foi realizada esta pesquisa, visando
exclusivamente o gênero feminino, primeiramente observando quais as condições
que levam a esse acentuado aumento de peso.
Através da realização desta pesquisa pretendeu-se compreender qual a
influência de cada modalidade de treinamento – Treinamento aeróbico/Treinamento
resistido/Treinamento concomitante – objetivando a redução do percentual de
gordura corporal em mulheres com idades entre 20 e 22 anos.
9

Analisar a redução do percentual de gordura corporal através do treinamento


resistido e os efeitos do treinamento aeróbico no processo de emagrecimento,
comparando os resultados dos processos de treinamentos através das avaliações
antropométricas e dobras cutâneas.
Segundo Bouchard e Blair (1999 apud GUEDES Jr., 2007) o sobrepeso e a
obesidade têm sido alvos de extrema preocupação mundial por parte da
comunidade científica relacionada à saúde e à qualidade de vida da população. A
mídia nos mostra cada vez mais doenças como hipertensão e diabetes aparecendo
em decorrência da obesidade.
Guedes Jr. (2007, p. 158) trás um esquema muito simples sobre o
desenvolvimento da obesidade e suas consequências para o ser humano.

Tecnologia

Sedentarismo e estresse

Obesidade

Doenças cardiovasculares e
Doenças metabólicas

Morbidez e morte

Fatores genéticos podem influenciar na obesidade, porém a inatividade


física acompanhada de uma alimentação não equilibrada aumenta o risco.
Guedes Jr. (2007, p. 159) observa que o fator determinante para o
emagrecimento é o balanço calórico negativo e apresenta três alternativas:
- diminuição da ingestão calórica;
- aumento do gasto calórico;
- diminuição da ingestão calórica e aumento do gasto calórico.
Neste estudo ficaremos com a terceira opção, submeter os sujeitos da
pesquisa a uma alimentação equilibrada com acompanhamento nutricional e um
aumento do gasto calórico através de modalidades de treinamentos já apresentadas.
10

No capítulo um será apresentado o referencial teórico onde sustento minha


pesquisa, abordando assuntos como o treinamento de força para mulheres,
exercícios aeróbicos e treinamento concomitante. O capítulo dois traz a metodologia
da pesquisa, descrevendo a classificação do estudo, desenvolvimento da pesquisa e
material utilizado. Em seguida, no capítulo três será apresentada a análise e
discussão sobre a respectiva pesquisa, os resultados alcançados.
11

1 REFERENCIAL TEÓRICO

1.1 TREINAMENTO DE FORÇA

A musculação também é conhecida como treinamento de força, exercícios


resistidos ou exercício contra resistência, “[...] é um método de treinamento
desportivo; cujo principal meio de treinamento são os pesos (barras, anilhas,
halteres etc.) e a principal capacidade física (motora) treinada é a força” (GUEDES
Jr.; SOUZA Jr.; ROCHA, 2008, p. 88).
O treinamento de força realizado com pesos é o mais popular no crescente
número de academias, com inúmeros benefícios para a saúde e estética que atrai
pessoas de todas as idades. O treinamento de força vai além de um aumento do
percentual da massa corporal magra, ele trás benefícios como:

- aumentar a massa muscular e a força;


- fortalecer tendões e ligamentos;
- evitar a perda de massa muscular decorrente da idade (a massa e a
força) muscular tendem a diminuir com a idade, sem o treinamento de
força, adultos perdem de 2,26 a 3,17 kg de músculos a cada década). A
atrofia muscular (perda) muscular ocorre primeiramente nas fibras
musculares que se movimentam mais rápida e bruscamente (fibras de
contração rápida ou brancas – aquelas envolvidas em atividades de
força e velocidade);
- aumentar a densidade óssea – mulheres acima de 35 anos perdem
cerca de 1% de massa óssea por ano, um processo que acelera após a
menopausa;
- aumentar a taxa metabólica (estudos mostram que o aumento de 1,36 kg
de músculo aumenta a taxa metabólica durante os períodos de descanso
em 7% e o requerimento diário de calorias em 15%. Em descanso, 453 g
de músculo queimam 30-50 kcal por dia apenas para manter sua
massa);
- reduzir a gordura corporal;
- melhorar o metabolismo da glicose (aumenta a suscetibilidade à insulina
e melhora a tolerância a glicose);
- reduzir a pressão sanguínea;
- reduzir o colesterol e outras gorduras no sangue;
- melhorar a aparência;
- melhorar a postura;
- reduzir as lesões;
- melhorar o bem-estar psicológico (BEAN, 1999, p. 5-8).

O treinamento de força aliado a uma alimentação balanceada intensifica


esses benefícios, além de presentear a ala feminina com a diminuição no grau da
celulite, no aparecimento de varizes, definição muscular (glúteos e coxas) e
12

decréscimo dos sintomas pré-menstruais (GUEDES Jr.; GUEDES, 1998; FLECK;


SIMÃO, 2008).
Para se beneficiar de tudo isso se deve ter um bom programa de
treinamento e orientações que respeitem as individualidades biológicas do
praticante. Conhecer e respeitar os princípios biológicos do treinamento é um bom
caminho para se alcançar os resultados desejados (GUEDES Jr.; SOUZA Jr.;
ROCHA, 2008).
Princípios biológicos do treinamento físico:

- princípio da conscientização;
- princípio da saúde;
- princípio da individualidade biológica;
- genótipo: características adquiridas até o nascimento; o potencial
genético é intransponível;
- fenótipo: influências externas a partir do nascimento que interferem no
indivíduo (GUEDES Jr. apud GUEDES Jr., 2007);
- princípio da adaptação;
- princípio da sobrecarga;
- princípio da continuidade/reversibilidade;
- princípio da variabilidade;
- princípio da interdependência volume e intensidade;
- princípio da especificidade (GUEDES Jr.; SOUZA Jr.; ROCHA, 2008).

O treinamento de força possui vários métodos de treinos e os princípios


biológicos ajudam a aplicar o melhor método de treinamento, avaliações e ajustes
para que os resultados sejam significativos.
Conscientizar os indivíduos sobre os motivos do treinamento e benefícios
para sua saúde leva a resultados mais expressivos. A individualidade biológica é um
fator determinante para o êxito do treinamento, deve-se ter um conhecimento tanto
das características particulares do aluno como da aptidão física que ele apresenta, a
avaliação física é uma ótima opção para obter resultados para aplicação de testes
como os de força máxima e flexibilidade.
Os princípios da adaptação, da sobrecarga, da continuidade/reversibilidade,
da variabilidade, da interdependência volume e intensidade e da especificidade são
importantes determinantes para o sucesso do indivíduo no treinamento, controles no
volume e intensidade podem nos dar o tempo em que o aluno suporta
tranquilamente uma aula aeróbica, por exemplo, e impõem limites também no
treinamento de força.
13

A continuidade do treinamento eleva positivamente os níveis de aptidão do


indivíduo, a prescrição do treinamento sempre deve obedecer as características
individuais do indivíduo, também é muito importante diversificar o treinamento, é um
estímulo para a continuidade da vida ativa.

1.2 TREINAMENTO DE FORÇA PARA MULHERES

O gênero feminino começa a se diferenciar a partir da puberdade, é quando


a hipófise anterior começa a secretar estrógeno, estimulando os ovários, o
desenvolvimento das mamas, alargamento da pelve e o acúmulo de gordura nas
coxas e quadril. Também é um dos responsáveis pelo crescimento ósseo. Já a
testosterona com maior incidência no gênero masculino ajuda na formação da
massa magra (músculo) e tecido ósseo (FLECK; SIMÃO, 2008; GUEDES Jr.;
SOUZA Jr.; ROCHA, 2008).
Mulheres têm característica ginoide pelo acúmulo de gordura na região do
quadril e os homens com acúmulo mais acentuado na região abdominal tem a
característica androide (FLECK; SIMÃO, 2008). Porém o gênero feminino apresenta
adaptações similares aos homens ao treinamento de força, a força feminina
concentrada nos membros inferiores praticamente se iguala aos membros
superiores masculinos, levando em consideração o nível de hemoglobinas baixo
decorrente da menstruação e maior frequência cardíaca, são algumas variáveis que
devemos levar em conta ao comparar os gêneros (FLECK; SIMÃO, 2008, p. 78).
“Mulheres possuem os membros superiores e inferiores mais curtos
comparados aos homens, com isso o centro de gravidade fica mais próximo ao chão
sendo assim mais equilíbrio” (GUEDES Jr.; SOUZA Jr.; ROCHA, 2008, p. 199).
Apesar das diferenças, homens e mulheres respondem similarmente ao
treinamento de força, “visto que as características fisiológicas do músculo em ambos
os sexos são as mesmas, não há razão sensível para os programas de treinamento
de força para mulheres serem diferentes daqueles dos homens” (FLECK; SIMÃO,
2008, p. 80). Morris et al. (1997); Sipila et al. (1995); Taaffe et al. (1995); Raso,
Matsudo e Matsudo (1995 apud GUEDES Jr., 2007) concordam que as alterações
na composição corporal com o aumento da massa magra e diminuição da massa
gorda parecem ser semelhantes entre homens e mulheres, quando submetidos ao
treinamento com pesos, partindo da adolescência até as idades mais avançadas.
14

A musculação por ser mais monótona e repetitiva muitas vezes afasta as


mulheres que por sua personalidade mais ativa procuram aulas mais dinâmicas e
agitadas como jump e spininng, que também trazem muitos benefícios à saúde e
condicionamento físico.
Porém a musculação tem suas particularidades, um estudo mostra, segundo
Gettmen e Pollock (1981 apud GUEDES Jr.; SOUZA Jr.; ROCHA, 2008) que um
treinamento em circuito de musculação aumentou em 8% o VO 2 nos participantes do
sexo feminino, enquanto no sexo masculino, o aumento foi de apenas 5%, além de
proporcionar o aumento da força e hipertrofia muscular, ganhos significativos na
força, saúde e estética corporal.
Para bons resultados o treinamento deve ser periodizado, ou seja, deve-se
ter um programa de treinamento de acordo com o objetivo do indivíduo, seja ele
resistência ou força muscular também deve ser observado o volume e a intensidade
adequados à aptidão do indivíduo. Variáveis necessárias para um bom
desempenho, entendendo essas poucas diferenças no treinamento de força
feminino e aplicando a periodização os resultados serão rapidamente visíveis.

1.3 EXERCÍCIO AERÓBICO

Considera-se exercício aeróbico todo esforço que possa ser mantido por um
longo período de tempo. Costumam ser, portanto, esforços de intensidade
leve ou moderada, definindo-se essa intensidade de acordo com a aptidão
individual. A caminhada, a corrida, a natação, o ciclismo e a ginástica
aeróbica são exercícios normalmente classificados como aeróbicos devido
ao tipo de exigência cardíaca e muscular que provocam, sendo possível a
sua prática prolongada (SABA, 2003, p. 106).

Quando o objetivo é diminuir o percentual de gordura corporal, evidencia-se


o treinamento aeróbico por facilitar a mobilização e a utilização dos ácidos graxos
como principal fonte energética (GUEDES Jr.; GUEDES, 1998). O exercício aeróbico
ajuda na melhora da capacidade cardiovascular e trabalha na prevenção da
arteriosclerose e hipertensão.

[...] o treinamento aeróbico fornece numerosos benefícios para os


praticantes de treinamento de força como:
- reduz a gordura corporal/mantém baixas as porcentagens de gordura
corporal;
- aumenta a capacidade do corpo de queimar gorduras durante os
exercícios e nos períodos de descanso;
15

- melhora a composição corporal;


- melhora o bem-estar cardiovascular (estamina);
- reduz o estresse e a ansiedade;
- melhora a confiança, a autoestima e o humor;
- reduz a pressão sanguínea, o colesterol e o risco de problemas
cardíacos (BEAN, 1999, p. 64).

Os exercícios aeróbicos quando praticados regularmente melhoram a


capacidade do corpo de queimar gordura como forma de energia, isso também
ocorre no período de descanso.

[...] Você não somente queima gordura extra quando pratica exercícios
aeróbicos como também no treinamento regular aumenta o número de
enzimas envolvidas no metabolismo de gordura, uma adaptação natural
com efeito a longo prazo no metabolismo de seu corpo.
Quanto mais treinado aerobicamente você estiver, mais porcentagem de
gordura você pode processar em qualquer intensidade de exercício. Assim
como você pode treinar seus músculos para se tornarem maiores e mais
fortes, você pode treinar seu sistema aeróbico para queimar gordura mais
eficientemente. Incluir esse tipo de treinamento em seu programa irá ajudá-
lo a adquirir e manter uma baixa porcentagem de gordura corporal e melhor
definição muscular (BEAN, 1999, p. 65).

Guedes Jr. e Guedes (1998, p. 214) apresentam algumas recomendações


básicas para as prescrições e as orientações dos exercícios aeróbicos direcionados
ao controle de peso corporal:
- frequência: de 3 a 5 sessões por semana, em dias alternados, quando
possível;
- intensidade: 40% a 65% da frequência cardíaca de reserva com base na
idade e na frequência cardíaca de repouso. Esforços de intensidade mais
baixa também podem produzir importantes benefícios em indivíduos de
menor condição aeróbica;
- duração: de 30 a 60 minutos de maneira contínua a cada sessão;
- tipo de atividade: preferencialmente caminhada, corrida, ciclismo e
natação, ou seja, exercícios físicos que envolvem grandes grupos
musculares.
Importante lembrar que cada indivíduo tem um tempo de adaptação, sendo
assim o treinamento também deve ser adaptado, por exemplo, para indivíduos com
menor resistência deve-se praticar uma caminhada com maior tempo de duração e
menor intensidade ajustando gradativamente de acordo com sua evolução.
16

Para um ganho significativo o treinamento não deve ter interrupções, ou


seja, manter ritmo, intensidade e principalmente a frequência (vezes na semana),
adequados para cada atividade seja o treinamento de força ou treinamento aeróbico.

1.4 TREINAMENTO CONCOMITANTE

Bean (1999, p. 64) apresenta a ideia que:

antigamente se acreditava que treinamento aeróbico era contraproducente


para um programa de treinamento de força, queimava os músculos e
dificultava ganhos em massa muscular. Este mito foi totalmente derrubado:
de fato, o treinamento aeróbico fornece numerosos benefícios para os
praticantes de treinamento de força como:
- reduz a gordura corporal/mantém baixas as porcentagens de gordura
corporal;
- aumenta a capacidade do corpo de queimar gorduras durante os
exercícios e nos períodos de descanso;
- melhora a composição corporal;
- melhora o bem-estar cardiovascular (estamina);
- reduz o estresse e a ansiedade;
- melhora a confiança, autoestima e o humor;
- reduz a pressão sanguínea, o colesterol e o risco de problemas
cardíacos.

Como citado anteriormente a maioria das pessoas perde aproximadamente


226,5 g de massa corporal magra ao ano, o treinamento de força vem desempenhar
um papel importante para o controle de peso corporal, pois previne a redução da
taxa metabólica decorrente da idade e mantém ou aumenta a massa corporal magra.

453 g de músculo queimam 30-50 kcal por dia apenas para manter sua
massa. O treinamento de força pode prevenir essa perda muscular, e como
mais músculos significa uma taxa metabólica mais alta, mais calorias serão
utilizadas para sua manutenção em vez de se converterem em gordura
(BEAN, 1999, p. 83).

Geliebter et al. (1997 apud FRANCISCHI; PEREIRA; LANCHA Jr., 2001)


verificaram em 65 mulheres e homens 20% acima do peso ideal (referido pelos
autores a partir dos dados norte-americanos da cia. metropolitana de seguros de
vida) os efeitos de dois tipos de treinamentos aliados a dieta por oito semanas. Para
isso, os voluntários foram distribuídos em três grupos: dieta apenas (fornecendo o
total de energia suficiente para atingir 70% da TMB, valor em média de 1286 + 281
kcal/dia) (D), dieta + treinamento de força (DF) e dieta + treinamento aeróbico (DA).
17

Também foi utilizada a densitometria por pesagem hidrostática para determinar a


composição corporal e a taxa metabólica de repouso (TMR) foi medida por
calorimetria indireta. Os resultados indicaram que a redução no tecido adiposo e no
peso total foi a mesma para todos os grupos, porém DF perdeu menos massa magra
que os outros: do peso total perdido, apenas 8% foi de tecido magro em DF,
enquanto em DA 20% do peso perdido era constituído de massa magra e em D esse
valor foi 28%. Os autores concluíram que o treinamento de força significativamente
diminui a perda de massa magra durante a restrição energética moderada, mas não
impede a queda na TMR. O exercício aeróbico aliado à dieta aumenta o VO2 máx,
mas não intensifica a perda de gordura.
Ross, Pedwell e Rissanen (1995 apud FRANCISCHI; PEREIRA; LANCHA
Jr., 2001), analisaram os efeitos do treinamento de força aliado à restrição
energética moderada (déficit de 1000 kcal/dia) em 14 mulheres obesas por 14
semanas. As alterações na composição corporal foram medidas através de imagens
por ressonância magnética e revelaram perda de tecido adiposo e nenhuma
modificação no tecido magro. A musculatura esquelética dos membros inferiores e
superiores foram preservadas. Também houve perda de peso total.
Os estudos citados anteriormente comprovam a eficiência na combinação do
treinamento de força com exercícios aeróbicos e controle da dieta. O treinamento de
força evita a grande perda de massa muscular decorrente da restrição alimentar e
exercícios aeróbicos e também contribui na manutenção do peso perdido.
Segundo Fleck e Kraemer (2006 apud GUILHERME; SOUZA Jr., 2006) para
efetivar o programa de emagrecimento dentro do treinamento de força pode-se
aplicar o método de treinamento em circuito, alterando o volume do treinamento,
aumentando a duração da sessão e ativando mais o sistema aeróbico, acarretando
em um maior gasto energético durante o exercício, porém ainda dentro das
características dos exercícios de força. [...] Ele consiste em uma sequência de
exercícios (estações) executado um após o outro, com um mínimo de descanso
entre eles, podendo ser realizado nos aparelhos de musculação.
Existem várias formas para conduzir este método de treinamento que tem
uma característica generalizada, podendo ser mais aeróbico ou anaeróbico,
intervalos ativos ou com apenas trinta segundos de descanso, trazendo um ótimo
gasto energético além de preservar as articulações de indivíduos com excesso de
peso.
18

Melanson et al. (2002 apud GUILHERME; SOUZA Jr., 2006) apresentaram


que durante um circuito de 60 minutos o gasto calórico chegou há uma média de
448 kcal. Neste estudo o gasto calórico do circuito chegou a ser estatisticamente
semelhante ao gasto calórico de uma atividade aeróbica praticada por 49 minutos.
Monteiro (2007) mostra um estudo realizado por Silipa et al. (1995) onde
compararam o treinamento aeróbico e o resistido e seus efeitos sobre a composição
corporal e a TMR.
Silipa et al. (1995) estudaram os efeitos do treinamento concorrente
intensivo em mulheres idosas durante 18 semanas sem intervenção nutricional. O
treinamento de força foi realizado 3-4 séries de 8-10 repetições, com 30 segundos
de pausa entre as séries, onde a intensidade de treino foi aumentada
progressivamente, 60, 70, 75% 1 RM. O treinamento aeróbico utilizou a caminhada e
step como formas de treino. A intensidade de treino também foi aumentada de forma
progressiva de 50% para 60-70% e para 80% da frequência cardíaca máxima de
reserva. Os resultados mostraram diminuição significante no percentual de gordura
após 18 semanas de treino de 31,9 para 29,2 com treinamento de força e 34,4 para
32,9 com treinamento aeróbico. A massa corporal também diminuiu
significativamente nos grupos de força e aeróbica, com 66,9 para 65,3 kg e 67,3
para 65,9 kg respectivamente.
Os resultados foram significativos se considerarmos que não houve
intervenção nutricional e o grupo era formado por mulheres idosas onde sabemos a
dificuldade do aumento da massa corporal magra e a diminuição do percentual de
gordura corporal.

1.5 EMAGRECIMENTO: BENEFÍCIOS DA REDUÇÃO DO PESO CORPORAL

Evidências científicas sugerem que indivíduos com sobrepeso ou obesos,


ao apresentarem reduções do peso corporal, diminuem proporcionalmente à
pressão arterial e o risco de aparecimento ou desenvolvimento da
hipertensão, reduzem níveis normalmente elevados de glicose sanguínea
associada ao diabetes, controlam concentrações plasmáticas de
lipoproteínas e de triglicerídeos relacionadas às doenças cardiovasculares e
diminuem o risco de ósteo-artrites e de disfunções quanto aos aspectos
psicoemocionais (GUEDES Jr.; GUEDES, 1998, p. 111).

Segundo o ACSM (2000 apud AÑEZ; PETROSKI, 2002) sabe-se que o


excesso de gordura corporal além de ser fator de risco para diversas doenças
19

prejudica o desempenho físico, pois limita os movimentos e induz à fadiga precoce


devido à sobrecarga que impõe ao organismo. A obesidade deve ser considerada
como um objetivo para intervenção independente, pois seus efeitos são exercidos
através de outros fatores de risco como a hipertensão, a hiperlipidemias e o
diabetes.
Conforme o New England Journal of Medicine (1978 apud GUEDES Jr.;
GUEDES, 1998, p. 112) mesmo que o indivíduo obeso ou com sobrepeso não
alcance os níveis desejados de gordura corporal ao reduzirem o peso corporal
podem retornar aos níveis normais de pressão arterial.
Para Guedes Jr. e Guedes (1998, p. 121) com a prática de atividades físicas
mais intensas ocorrem outras adaptações metabólicas interessantes para a redução
do peso corporal. Com um programa regular de exercícios físicos pode-se chegar a
uma redução de 10 kg de peso corporal em um ano sem grandes alterações no
consumo energético.

A prevenção da obesidade é relativamente simples e consiste em equilibrar


a ingestão calórica com o dispêndio energético. Se um indivíduo ingerir
3.000 kcal/dia e gastar 3.000 kcal/dia (incluindo o metabolismo basal) este
manterá seu peso corporal. Se o indivíduo ingerir 3.000 kcal/dia, mas
apenas gasta 2.000 certamente engordará e se o indivíduo ingere 3.000
kcal/dia e gasta 4.000 emagrecerá (AÑEZ; PETROSKI, 2002).

Segundo Swain e Leutholtz (2002 apud AÑEZ; PETROSKI, 2002) na


montagem da prescrição de exercício para o controle da gordura corporal, sempre
se deve considerar as quatro variáveis básicas dos exercícios aeróbicos: frequência,
intensidade, duração e tipo. Uma vez que o cliente tenha ingressado num programa
regular de exercícios aeróbicos, pode-se adicionar ao programa levantamento com
pesos. Contudo, o foco inicial deve ser o incremento do volume do exercício e do
gasto calórico, que pode ser mais bem conseguido pela realização de exercício
aeróbico. O treino de resistência pode resultar num pequeno incremento da massa
corporal magra, o que aumentará o gasto energético pelo incremento do
metabolismo de repouso, mas seu efeito é comparativamente pequeno.
Segundo o ACSM (1983 apud FRANCISCHI; PEREIRA; LANCHA Jr., 2001)
recomenda-se evitar uma perda de peso acima de 1 kg por semana e que este peso
seja praticamente só de gordura corporal e mínimo de massa magra conseguindo
sucesso no emagrecimento e evitando complicações médicas.
20

Com o objetivo desta revisão bibliográfica de mostrar que através de um


treinamento observa-se tanto com os exercícios aeróbicos e exercícios de força que
com periodização e respeitando os limites de cada indivíduo aliados a uma
alimentação equilibrada, podemos observar muitos benefícios em ambos para a
saúde, contribuindo para uma perda de peso saudável.
Conclui-se que para uma perda de peso são indicados os exercícios
aeróbicos, porém acabam também reduzindo massa corporal magra, entrando então
a importância do treinamento com pesos que auxilia no aumento da massa magra e
manutenção do peso perdido, [...] mais calorias serão utilizadas para sua
manutenção em vez de se converterem em gordura [...] (BEAN, 1999, p. 83),
acelerando o processo de emagrecimento.
21

2 METODOLOGIA

Neste capítulo abordaremos a metodologia da pesquisa, classificando-a e


também descrevendo todo o processo da mesma, será realizada uma breve
apresentação de cada participante com os devidos cuidados éticos para não
identificá-las, os instrumentos utilizados na pesquisa para realização das avaliações
também serão descritos com suas respectivas identificações de marca e modelo.

2.1 TIPO DE PESQUISA

As pesquisas em geral tem o objetivo de proporcionar respostas aos


problemas propostos. Segundo Gil (2010, p. 1) “[...] a pesquisa desenvolve-se ao
longo de um processo que envolve inúmeras fases, desde a adequada formulação
do problema até a satisfatória apresentação dos resultados”.
De acordo com o objetivo da pesquisa ela foi classificada como estudo de
caso de caráter experimental, pois consiste em aplicar métodos de treinamentos
diferenciados para cada sujeito participante e observação dos efeitos e causas das
variáveis de treinamento, objetivando a redução do percentual de gordura corporal.
“O estudo de caso é uma modalidade de pesquisa amplamente utilizada nas
ciências biomédicas e sociais. Consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou
poucos objetos, de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento [...]”
(GIL, 2010, p. 37).

2.2 AMOSTRA

O universo da pesquisa contou com uma amostra de três mulheres


sedentárias, com os níveis de percentual (%) de gordura corporal acima do ideal de
25 a 30% (NIDDK apud GUEDES Jr.; GUEDES, 1998) e com idades entre 20 e 22
anos da cidade de Ijuí – RS.
Participante A: Treinamento de força/resistido
Com 21 anos de idade, casada, mãe de um menino. Afastada da prática de
exercícios físicos há pelo menos dois anos, sem histórico de patologias na família,
com peso corporal de 77,0 kg no início da pesquisa, com 1 m e 61 cm de estatura,
IMC 29,71 kg/m2, 40,25% GC e RCQ 0,85, tempo de repouso de oito horas e
22

alimentação totalmente desequilibrada, ingerindo alimentos gordurosos diariamente


como, por exemplo: xis, pizzas, refrigerantes, etc.
Sessões de treinamento: alguns minutos de exercício aeróbico com a
finalidade de aquecimento muscular e articular, o restante do treino de exercícios
resistidos, treinamento funcional e alongamentos.
Participante B: Treinamento aeróbico
Com 20 anos de idade, solteira, professora. Afastada da prática de
exercícios físicos há pelo menos um ano e seis meses, com histórico de hipertensão
e colesterol elevado na família, peso corporal no início da pesquisa 125,0 kg, com 1
m e 64 cm de estatura, IMC 46,48 kg/m 2, 43,06% GC e RCQ 0,88, tempo de
repouso de seis a sete horas e alimentação exagerada, doces em grande
quantidade e muito tempo de intervalo entre as refeições.
Sessões de treinamento: parte principal de exercícios aeróbicos
(caminhada/corrida/spinning/jump), para finalizar abdominais e alongamentos.
Participante C: Treinamento concomitante
Com 22 anos de idade, casada, mãe de um menino e uma menina. Afastada
da prática de exercícios físicos há pelo menos dois anos, com histórico de
hipertensão e diabetes na família, peso corporal no início da pesquisa 105,4 kg, com
1 m e 68 cm de estatura, IMC 37,34 kg/m2, 42,10% GC e RCQ 0,91, tempo de
repouso de oito horas e alimentação exagerada, doces em grande quantidade e
alimentos como xis e pizzas várias vezes na semana.
Sessões de treinamento: o mais completo com exercícios de força,
exercícios aeróbicos e alongamentos.
As sessões de treinamentos personalizados foram realizadas na Academia
Fórmula Fitness de Ijuí, e também avaliações antropométricas, dobras cutâneas e
verificação da pressão arterial, as consultas para acompanhamento nutricional foram
realizadas na Clínica de Nutrição da Universidade Regional do Noroeste do Estado
do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ), também na cidade de Ijuí.

2.3 INSTRUMENTOS E PERÍODO

A pesquisa ocorreu durante o período de três meses (agosto, setembro e


outubro de 2013), os instrumentos utilizados para a realização da mesma foram os
seguintes: aparelho de pressão arterial de pulso automático
23

(Medeqco/WRISTWATCH-6130), plicômetro clínico Cescorf, balança corpore Zeex


modelo Be-01, estadiômetro, fita métrica Cescorf, frequencímetro Oregon HR 102.
O estudo objetivou entender quais as diferenças do treinamento aeróbico,
treinamento resistido e treinamento concomitante para a diminuição do percentual de
gordura corporal em mulheres sedentárias. Comparando os resultados dos
processos de treinamentos, através das avaliações antropométricas e dobras
cutâneas que foram realizadas nos dias 08 de agosto – 08 de setembro – 08 de
outubro e 08 de novembro de 2013.
Após a coleta dos resultados das avaliações realizadas durante todo o
período da pesquisa, organizou-se um banco de dados, processando as
informações particulares de cada participante e dispondo em gráficos com a ajuda
de seus respectivos protocolos.
Os entrevistados foram comunicados que estavam participando de uma
pesquisa, e receberam um termo de consentimento livre e esclarecido. O qual os
informava que a pesquisa buscou analisar a influência dos treinamentos aeróbico,
resistido e concomitante para a redução do percentual de gordura corporal em
mulheres.
Foram tomados os devidos cuidados de não citar os nomes das
participantes relacionando-as com os resultados. As participantes da pesquisa a
realizaram por livre e espontânea vontade, sem que houvesse qualquer tipo de
pressão sobre estas. Caso desejassem desistir das sessões de treinamento, este
poderia ser feito a qualquer momento.
24

3 ANÁLISE DOS RESULTADOS

Nesse capítulo analisamos os resultados das quatro avaliações


antropométricas, realizadas durante os três meses da pesquisa, sendo que a
primeira avaliação foi realizada antes do início dos treinamentos estipulados para
cada participante e a cada mês completado realizou-se uma nova avaliação,
seguiremos a seguinte ordem: Participante A: treinamento de força; Participante B:
treinamento aeróbico e Participante C: treinamento concomitante. Os resultados
serão comparados com a ajuda dos seguintes protocolos:
- classificação da porcentagem de gordura corporal (NIDDK apud GUEDES
Jr.; GUEDES, 1998);
- classificação do índice de massa corporal (kg/m2) (CORBIN; LINDSEY,
1994);
- normas para a proporção da circunferência da cintura e do quadril (RCQ),
adaptado de Bray e Gray (1988, p. 432 apud HEYWARD; STOLARCZYK,
2000, p. 91);
- porcentagem de massa corporal magra (GUIDELINE, 2000).

3.1 PARTICIPANTE A: TREINAMENTO DE FORÇA

Gráfico 1: Participante A
25

O gráfico acima representa a evolução da participante A, que desenvolveu


durante os três meses da pesquisa o treinamento de força.
Ao iniciar a pesquisa a participante apresentava um grau de obesidade
mórbida com percentual de gordura corporal de 40,25% (NIDDK apud GUEDES Jr.;
GUEDES, 1998), e um total de 77 kg de peso corporal. Foi realizado um total de
quatro avaliações no decorrer do estudo, levando em consideração a drástica
mudança nos hábitos alimentares e a volta para a prática de exercícios físicos os
resultados não foram muito significativos, pois aconteceram muitos deslizes da
participante na parte alimentar, porém no treinamento mostrou muito empenho
chegando a perder um total de 4,5 kg no peso corporal total, sendo -3,4 kg de
gordura corporal perdidos e apenas -1,1 kg de massa corporal magra, chegando a
38,06% de gordura corporal, baixando o grau de obesidade mórbida para obesidade
elevada, segundo a tabela de classificação da obesidade baseada no %GC (NIDDK
apud GUEDES Jr.; GUEDES, 1998).
Segundo Bean (1999, p. 5-8) o treinamento de força aumenta a taxa
metabólica e ajuda a reduzir a gordura corporal, estudos mostram que o aumento de
1,36 kg de músculo aumenta a taxa metabólica durante os períodos de descanso em
7% e o requerimento diário de calorias em 15%. Em descanso, 453 g de músculo
queimam 30-50 kcal por dia apenas para manter sua massa.
A participante não obteve aumento da massa corporal magra, teve perda de
1,1 kg, certamente os deslizes na alimentação como fugir da dieta e também ficar
longos períodos sem se alimentar contribuíram para essa perda. Com a continuação
do treinamento e a conscientização sobre sua alimentação o quadro irá se reverter,
pois com os benefícios que conquistou com a diminuição do percentual de gordura
corporal sua autoestima aumentou e com isso buscará mais empenho de si própria.

3.2 PARTICIPANTE B: TREINAMENTO AERÓBICO

O gráfico 2 mostra a evolução da participante do treinamento aeróbico.


Segundo Bean (1999, p. 65):

Quanto mais treinado aerobicamente você estiver, mais porcentagem de


gordura você pode processar em qualquer intensidade de exercício. Assim
como você pode treinar seus músculos para se tornarem maiores e mais
fortes, você pode treinar seu sistema aeróbico para queimar gordura mais
eficientemente.
26

Com apenas 20 anos de idade e com o peso corporal de 125 kg e percentual


de gordura corporal de 43,06%, chegando ao grau de obesidade mórbida (NIDDK
apud GUEDES Jr.; GUEDES, 1998), com o treinamento de três meses a participante
conseguiu eliminar 7,8 kg sendo, -4,42 kg de gordura corporal e -2,38 kg de massa
corporal magra, chegando a 41,3% de gordura corporal, porém não saindo da
classificação de obesidade mórbida.
Muitos deslizes referentes à alimentação aconteceram durante este período,
o que foi relatado pela própria participante, que provavelmente comprometeram seus
resultados. Mesmo com resultados não tão significativos a autoestima da
participante aumentou muito que a levou a não parar com a atividade física.
Considerando o que Bean (1999, p. 65) citou anteriormente, nos próximos meses a
participante terá seu sistema aeróbico mais eficiente para a queima de gordura
corporal levando seu percentual de gordura corporal a baixar cada vez mais.

Gráfico 2: Participante B

3.3 PARTICIPANTE C: TREINAMENTO CONCOMITANTE

O gráfico abaixo representa a evolução da terceira participante que realizou


o treinamento mais complexo, o concomitante. Segundo Fleck e Kraemer (2006
apud GUILHERME; SOUZA Jr., 2006):
27

Para efetivar o programa de emagrecimento dentro do treinamento de força,


pode-se aplicar o método de treinamento em circuito, alterando o volume do
treinamento, aumentando a duração da sessão e ativando mais o sistema
aeróbico, acarretando em um maior gasto energético durante o exercício,
porém ainda dentro das características dos exercícios de força. [...] Ele
consiste em uma sequência de exercícios (estações) executado um após o
outro, com um mínimo de descanso entre eles, podendo ser realizado nos
aparelhos de musculação.

Seguindo a ideia, o treinamento foi elaborado com exercícios de força e os


períodos de descanso eram preenchidos com exercícios aeróbicos na forma de
circuito.
A participante iniciou com um percentual de gordura corporal de 42,1%, se
enquadrando no grau de obesidade mórbida, com um total de 105,4 kg de peso
corporal total, a participante encontrava muita dificuldade na parte aeróbica,
principalmente com sua respiração, o sedentarismo durante todo o dia e também a
dificuldade em manter a dieta comprometeram muito os resultados.
Apesar das dificuldades a participante conseguiu eliminar 5,4 kg de peso
corporal total, sendo -1,6 kg de massa corporal magra e -3,8 kg de gordura corporal,
mesmo assim sendo insuficiente para baixar o grau de obesidade mórbida.

Gráfico 3: Participante C

As três participantes iniciaram a pesquisa na classificação de obesidade


mórbida, onde %GC > 40 (NIDDK apud GUEDES Jr.; GUEDES, 1998). Ao decorrer
do estudo as participantes conseguiram diminuir o percentual de gordura corporal,
28

mas somente a participante do treinamento de força conseguiu baixar de grau


chegando então à obesidade elevada. Levando em consideração as outras duas
participantes estavam com os níveis de gordura corporal muito elevado sendo a
participante B 43,06% GC e a participante C com 42,1% GC, o pouco que
conseguiram diminuir em percentual fez uma grande diferença no peso corporal
total, pois as participantes relataram melhora na resistência respiratória e
mobilidade, ou seja, mais leveza ao realizar tarefas simples como amarrar o
cadarço, caminhar etc.
29

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A pesquisa realizada com intuito de analisar as influências dos treinamentos


aeróbico, resistido e concomitante para a redução do percentual de gordura corporal
em mulheres comprovou que a base para a perda de peso saudável é a alimentação
adequada aliada com os exercícios físicos, cada participante da pesquisa foi muito
bem orientada nutricionalmente pela equipe da Clínica de Nutrição da UNIJUÍ
durante todo o período da pesquisa, porém o aproveitamento por parte das
participantes não foi significativo.
De acordo com o objetivo da pesquisa que visa analisar o treinamento mais
eficaz para a diminuição do percentual de gordura corporal, no presente estudo o
treinamento aeróbico se mostrou mais eficaz, pois a participante eliminou 7,8 kg,
sendo -4,42 kg de gordura corporal e -2,38 kg de massa corporal magra, seguido do
treinamento concomitante 5,4 kg de peso corporal total, sendo -3,8 kg de gordura
corporal e -1,6 kg de massa corporal magra e o treinamento de força onde a
participante eliminou 4,5 kg no peso corporal total, sendo -3,4 kg de gordura corporal
perdidos e apenas -1,1 kg de massa corporal magra.
Durante o estudo observamos que a dificuldade de perder peso é imensa,
muitos deslizes na dieta acontecem por familiares não entenderem a grandiosidade
de sua colaboração nessa luta tão grande contra a obesidade, muitas vezes também
por descuido da própria pessoa que está em crise com a balança não colaborar com
seu próprio corpo, não levar a sério sua saúde. Comprometimento é tudo.
Os exercícios físicos comprovam melhoras na estética e saúde trazendo
grandes benefícios a simples desconfortos corporais como a graves doenças
também.
30

A realização dessa pesquisa me fez crescer muito profissionalmente,


consegui compreender melhor o universo da academia em que estou inserida,
principalmente o treinamento feminino e a tão sonhada busca pelo corpo perfeito, é
muito gratificante poder ajudar as minhas “parceiras de treino” a ter uma vida mais
saudável e por que não dizer mais fácil, simples, pois sou uma participante ativa da
busca por respostas melhores ao meu corpo.
Este estudo abre portas para outras pesquisas que tenham como objetivo a
redução de gordura corporal, utilizando os treinamentos de força, aeróbico e
concomitante para esse público muito exigente “nós, mulheres”.
31

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AÑEZ, C. R. R.; PETROSKI, E. L. O exercício físico no controle do sobrepeso


corporal e da obesidade. Revista Digital, Buenos Aires, ano 8, n. 52, set. 2002.
Disponível em: <http://www.efdeportes.com/>. Acesso em: 14/12/2012.

BEAN, A. O guia completo de treinamento de força. 1. ed. São Paulo: Brasileira,


1999.

CORBIN, C. B.; LINDSEY, R. Concepts of physical fitness with laboratories.


Indianapolis: WCB Brown & Benchmark, 1994.

FARINATTI, P. T. V.; MONTEIRO, W. D. Fisiologia e avaliação funcional. Rio de


Janeiro: Sprint, 1992.

FLECK, S.; SIMÃO, R. Força: princípios metodológicos para o treinamento. São


Paulo: Phorte, 2008.

FRANCISCHI, R. P.; PEREIRA, L. O.; LANCHA Jr., A. H. Exercício, comportamento


alimentar e obesidade: revisão dos efeitos sobre a composição corporal e
parâmetros metabólicos. Revista Paulistana de Educação Física, São Paulo,
15(2):117-40, jul./dez. 2001. Disponível em: <http://www.portalsaudebrasil.com/
artigospsb/obes166.pdf>. Acesso em: 14/12/2012.

FURASTÉ, P. A. Normas técnicas para o trabalho científico: explicitação das


normas da ABNT. 16. ed. Porto Alegre: Dáctilo Plus, 2013.

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

GUEDES Jr., D. P. Musculação: estética e saúde feminina. 3. ed. São Paulo:


Phorte, 2007.

GUEDES Jr., D. P.; GUEDES, J. E. R. P. Controle do peso corporal: composição


corporal, atividade física e nutrição. Londrina: Mediograf, 1998.
32

GUEDES Jr., D. P.; SOUZA Jr., T. P.; ROCHA, A. C. Treinamento personalizado


em musculação. São Paulo: Phorte, 2008.

GUILHERME, J. P. F.; SOUZA Jr., T. P. Treinamento de força em circuito na perda e


no controle do peso corporal. Revista Conexões, v. 4, n. 2, 2006. Disponível em:
<http://www.luzimarteixeira.com.br>. Acesso em: 14/12/2012.

HEYWARD, V. H.; STOLARCZYK, L. M. Avaliação da composição corporal. São


Paulo: Manole, 2000.

POLLOCK, M. L.; WILMORE, J. H. Exercícios na saúde e na doença: avaliação e


prescrição para prevenção e reabilitação. 2. ed. Rio de Janeiro: Medsi, 1993.

SABA, F. Mexa-se: atividade física, saúde e bem-estar. São Paulo: Takano Editora,
2003.
33

ANEXOS
34

ANEXO A – Protocolos para Utilização na Pesquisa

Quadro 1: Classificação da obesidade baseada no %GC


Mulheres Homens
Leve 25-30 15-20
Moderada 30-35 20-25
Elevada 35-40 25-30
Mórbida > 40 > 30
Fonte: NIDDK (apud GUEDES Jr.; GUEDES, 1998).

Quadro 2: Tabela de classificação do IMC (kg/m2)


Classificação Masculino Feminino
Baixa 17,9 a 18,9 15,0 a 17,9
Zona ideal 19,0 a 24,9 18,0 a 24,4
Risco moderado 25,0 a 27,7 24,5 a 27,2
Risco elevado Acima de 27,8 Acima de 27,3
Fonte: Corbin e Lindsey (1994).

Quadro 3: Normas para a proporção da circunferência da cintura e do quadril


(RCQ)
Risco para a saúde
Sexo Idade Baixo Moderado Alto Muito alto
20-29 < 0,83 0,83-0,88 0,89-0,94 > 0,94
30-39 < 0,84 0,84-0,91 0,92-0,96 > 0,96
Homens 40-49 < 0,88 0,88-0,95 0,96-1,00 > 1,00
50-59 < 0,90 0,90-0,96 0,97-1,02 > 1,02
60-69 < 0,91 0,91-0,98 0,99-1,03 > 1,03
20-29 < 0,71 0,71-0,77 0,78-0,82 > 0,82
30-39 < 0,72 0,72-0,78 0,79-0,84 > 0,84
Mulheres 40-49 < 0,73 0,73-0,79 0,80-0,87 > 0,87
50-59 < 0,74 0,74-0,81 0,82-0,88 > 0,88
60-69 < 0,76 0,76-0,83 0,84-0,90 > 0,90
Fonte: Adaptado de Bray e Gray (1988, p. 432 apud HEYWARD; STOLARCZYK, 2000, p. 91).

Quadro 4: Porcentagem de massa corporal magra


Classificação MCM Homem Mulher
Baixo < 81 < 77
Ideal 87-92 83-88
Saúde 81-86 77-82
Fonte: Guideline (2000).
35

ANEXO B – Anamnese

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO:

Nome: _____________________________________________ Idade: _________


Sexo: ____________ Data de nascimento: __/__/__ Estado civil: _____________
Filhos: ( ) Não ( ) Sim Nº de filhos: ___________________________________
Profissão: ______________________________ Fone: ______________________

1. Você pratica exercícios físicos? ( ) Sim ( ) Não


Qual(is) e há quanto tempo? ____________________________________________

2. Você já teve alguma lesão praticando exercícios físicos? ( ) Sim ( ) Não


Qual? ______________________________________________________________
Há quanto tempo e em que atividade(s)? __________________________________

3. Ao praticar exercícios físicos, você sente?


( ) Dor no peito ( ) Falta de ar ( ) Dor nas articulações
( ) Tontura ( ) Dor muscular ( ) Dor na coluna vertebral
( ) Cansaço anormal/desconforto

4. Apresenta algum problema de coluna? ( ) Sim ( ) Não


Qual? ______________________________________________________________
Especifique o tratamento indicado pelo seu médico? _________________________

5. Apresenta alguma patologia?


Respiratório(s): ( ) Sim ( ) Não Qual(is)? _______________________________
Circulatório(s): ( ) Sim ( ) Não Qual(is)? _______________________________
Cardíaco(s): ( ) Sim ( ) Não Qual(is)? Outro(s)? ________________________

6. Apresenta:
Diabetes ( ) Tipo _________ Hipertensão ( ) Pressão baixa ( )
Palpitação ( ) Alergia ( ) Qual? _________________________
36

7. Ingere algum medicamento controlado? ( ) Sim ( ) Não


Quais? _____________________________________________________________
Qual objetivo de uso? _________________________________________________
Alguma precaução em relação a este(s) medicamento(s)? ____________________

8. Já realizou algum tipo de cirurgia?


( ) Hérnia de disco ( ) Ortopédica
( ) Apêndice ( ) Cesariana
( ) Outras. Quais? ___________________________________________________
Há quanto tempo? ____________________________________________________

9. Histórico familiar:
( ) Cardiopatia ( ) Hipertensão

10. Fatores de risco para doença coronariana:


( ) Fumo ( ) Sedentarismo ( ) Hipertensão arterial

11. Qual a sua carga horária diária de trabalho? ____________________________

12. Tempo de repouso? _______________________________________________

13. Você tem conhecimento de algum outro problema médico não perguntado que
possa influenciar na sua prática de exercícios físicos?
( ) Sim ( ) Não
Caso tenha, qual(is)? _________________________________________________
37

ANEXO C – Cuidados Éticos

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Você está sendo convidado(a) para participar, como voluntário, em uma


pesquisa. Após ser esclarecido(a) sobre as informações a seguir, no caso de aceitar
fazer parte do estudo, assine ao final deste documento, que está em duas vias. Uma
delas é sua e a outra é do pesquisador responsável. Em caso de recusa você não
será penalizado(a) de forma alguma. Em caso de dúvida você pode procurar o
Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Regional do Noroeste do Estado do
Rio Grande do Sul.

INFORMAÇÕES SOBRE A PESQUISA

Título do projeto: Análise da influência do treinamento aeróbico,


treinamento resistido e treinamento concomitante para a redução do percentual de
gordura corporal em mulheres sedentárias da cidade de Ijuí – RS
Pesquisadora responsável: Cassiana John de Moura
Telefone para contato: (55) 9171-8966
A pesquisa consiste na análise dos diferentes tipos de treinamentos
(treinamento aeróbico, treinamento resistido e treinamento concomitante) perante a
diminuição do percentual de gordura corporal em mulheres. Seu objetivo é perceber
os diferentes benefícios dos treinamentos e principalmente obter uma resposta para
a tão frequente procura em academias por mulheres que desejam a redução do
tecido adiposo. Sendo a pesquisa um estudo de caso/experimental, serão realizadas
entrevistas e após aulas personalizadas onde cada participante terá uma
modalidade de treinamento durante toda a pesquisa. Os sujeitos participantes da
pesquisa serão três mulheres com idades entre 20 e 25 anos, sedentárias que
estejam sem praticar exercícios físicos há no mínimo um ano. Em um primeiro
momento será realizado uma entrevista com as participantes na qual será observada
a rotina de trabalho, hábitos alimentares e tempo disponível. No segundo momento
38

serão realizadas avaliações antropométricas e dobras cutâneas e encaminhadas


para um acompanhamento nutricional, os acompanhamentos e avaliações serão
realizadas mensalmente. Em seguida será estipulado um método de treino para
cada participante sendo, treinamento aeróbico (TA), treinamento resistido (TR) e
treinamento concomitante (TC), as aulas serão três vezes na semana em dias
alternados durante o período de três meses. Enfim, será realizada a análise dos
resultados quanto qual a influência dos diferentes treinamentos perante a redução
do percentual de gordura corporal.
Os sujeitos participantes do projeto não sofrerão nenhum risco, prejuízo ou
desconforto. No entanto os benefícios serão imensos, principalmente para a melhora
na saúde e qualidade de vida das participantes.
O período previsto de duração do projeto será de três meses (agosto a
outubro). Será garantido sigilo absoluto da identidade dos participantes. Tendo
liberdade absoluta de retirar o consentimento de participação em qualquer tempo.

Cassiana John de Moura


Pesquisadora responsável

CONSENTIMENTO DA PARTICIPAÇÃO DA PESSOA COMO SUJEITO

Eu, ________________________________________________, RG/CPF/nº


de prontuário/nº de matrícula __________________________, abaixo assinado,
concordo em participar do estudo __________________________________, como
sujeito. Fui devidamente informado e esclarecido pelo pesquisador
______________________________ sobre a pesquisa, os procedimentos nela
envolvidos, assim como os possíveis riscos e benefícios decorrentes de minha
participação. Foi-me garantido que posso retirar meu consentimento a qualquer
momento, sem que isto leve a qualquer penalidade ou interrupção de meu
acompanhamento/assistência/tratamento.

Local e data: ________________________________________________________


Nome e assinatura do sujeito ou responsável: ______________________________
39

Presenciamos a solicitação de consentimento, esclarecimentos sobre a pesquisa e


aceite do sujeito em participar.

Testemunhas (não ligadas à equipe de pesquisadores):


Nome: ________________________________ Assinatura: ____________________
Nome: ________________________________ Assinatura: ____________________

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