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AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA DE PARTICIPANTES DE GINÁSTICA DE

ACADEMIA NAS MODALIDADES DE JUMP E STEP DOS MUNICÍPIOS DE


JOAÇABA E HERVAL D’ OESTE - SC

Autora: VIVIANE MACHADO DA SILVEIRA 1


Orientadora: MARLY BARETTA2

RESUMO
Introdução: As pessoas têm cada vez menos tempo para se exercitar, com isso podem surgir
diversos fatores de risco associados às doenças crônico-degenerativas-não-transmissíveis. O
exercício físico assume um papel preventivo e terapêutico em relação à promoção de saúde. As
academias tornam-se então uma opção para a população, que adere ao exercício físico, com o
intuito de obter melhoria em seu bem estar físico e mental. Objetivo: Avaliar a composição
corporal de mulheres de 20 a 59 anos de idade praticantes das modalidades de ginástica em
academia: jump ou step. Metodologia: Foram investigadas voluntárias nas academias nas
cidades de Joaçaba e Herval d’ Oeste. A amostra foi dividida em 2 grupos de acordo com as
modalidades praticadas. As medidas de dobras cutâneas foram realizadas com plicômetro e o
protocolo adotado para os cálculos foi o proposto por Petroski (1995) modificado no livro de
Fernandes Filho (4 dc) para mulheres de 18 a 66 anos. Resultados: A média de idade encontrada
foi de 36,7 anos (+ 12,18). Em relação ao %G 43,3% (n=13) foram classificadas como excelente
e 33,3% (n= 10) classificaram-se com bom percentual. O tempo mínimo de participação nas aulas
de academia encontrado foi de 12 meses e o máximo de 300 meses. Constatou-se que 53,3%
(n=16) realizam atividade física além das modalidades investigadas onde foram relatadas também
atividades de musculação, dança, caminhada, hidroginástica e natação. Conclusão: Diante dos
resultados pode-se perceber que as mulheres praticam atividade física por iniciativa própria, que
tem uma alimentação balanceada, a maioria delas possui curso superior. Percebeu-se também que
a maioria das mulheres que praticam step está com o percentual de gordura classificado como
bom 10% (n=3) e excelente 26,7% (n=8), e praticam essa modalidade há mais tempo se
comparadas com as praticantes de jump. As mulheres praticantes de jump apresentam o
percentual de gordura com classificação média 10% (n=3), bom 23,3 (n=7) e excelente 16,7
(n=5).

Palavras-chave: Composição Corporal. Ginástica. Mulheres. Avaliação Antropométrica.

1
Graduanda em Educação Física: UNOESC campus de Joaçaba; vivimds@yahoo.com.br
2
Mestre em Saúde Coletiva: UNOESC campus de Joaçaba; marly.baretta@unoesc.edu.br
1 - INTRODUÇÃO

Compreendendo que no contexto da sociedade atual as pessoas têm cada vez menos
tempo de se exercitar, comer ou se relacionar, acredita-se que fazer exercício físico é uma prática
extremamente saudável e que deve ser estimulada. O estresse das grandes cidades, questões
ligadas ao sedentarismo, má alimentação, entre outros fatores, são elementos que propiciam às
pessoas a buscarem meios de aliviar as tensões do dia-a-dia, e a realização de atividades físicas é
um meio de buscar a qualidade de vida desejada (VIANA, 2005/2006).
A vida moderna tende a ser pouco saudável, uma vez que provoca estresse e estafa, nos
indivíduos agravada por uma alimentação inadequada e pela não regularidade na prática de
exercícios físicos. Com todos esses fatores mencionados, a qualidade de vida da população fica
bastante abalada, tanto em nível físico quanto psicológico. Cada vez mais pessoas no mundo são
completamente sedentárias, sendo, justamente, estas as que mais teriam a ganhar com a prática
regular de atividade física, seja como forma de prevenir doenças, promover saúde ou sentir-se
melhor (TAHARA, SCHWARTZ e SILVA, 2003).
O sedentarismo não representa apenas um risco pessoal de enfermidades, tem um custo
econômico para o indivíduo, para a família e para a sociedade (PITANGA, 2004).
A literatura tem mostrado cada vez mais que a prática de atividade física é fator relevante
na prevenção primária e como suporte terapêutico de várias doenças. O estilo de vida sedentário
é um entre os diversos fatores de riscos associados à etiologia das doenças crônicas não-
transmissíveis (MASSON, 2005).
A busca de uma melhor qualidade de vida nos últimos anos fez aumentar o número de
pessoas preocupadas com a redução de peso corporal. Muitos indivíduos procuram atividades
físicas regulares como forma alternativa de tratamento para esta situação (FILARDO e LEITE,
2001).
O exercício físico pode assumir o papel preventivo ou terapêutico em relação à promoção
de saúde. No primeiro aspecto ele é prescrito e orientado a fim de promover adaptações
fisiológicas que venham diminuir a probabilidade de surgirem disfunções orgânicas que possam
contribuir para o aparecimento das doenças crônico-degenerativas-não-transmissíveis, o
terapêutico refere-se em promover melhorias das funções afetadas e dificultar o surgimento de

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novas complicações em indivíduos portadores dessas doenças já clinicamente manifestadas a fim
de reverter o quadro patológico (GUEDES e GUEDES, 1995).
Nos dias atuais as mulheres estão se deparando com a valorização de um padrão de
beleza, qual seja daquele corpo belo, jovem e sempre “em forma” a ser conquistado a partir de
múltiplas possibilidades de intervenção: dietas, cosméticos, medicamentos, cirurgias plásticas e a
realização de exercícios físicos. Além da busca da boa forma as mulheres procuram as academias
para a melhoria da saúde, e a busca de um espaço para praticar atividades em grupo para uma
melhor socialização. A atividade física é benéfica tanto no aspecto biológico, como também no
psicológico.
Assim as academias tornaram-se uma opção para a parcela da população, que adere ao
exercício físico, com o intuito de obter melhoria em seu bem estar físico e mental.
A prática regular das modalidades de caráter aeróbico oferecida nas academias é a terapia
de menor custo para a promoção de saúde e prevenção de doenças. Oferece como benefícios a
prevenção primária e secundária da doença cardiovascular e o controle da pressão arterial,
auxiliando também no controle das dislipidemias, na diminuição de nível de glicemia e no
tratamento da obesidade (MASSON, 2005).
Uma das modalidades escolhidas para este estudo é o jump e sua aula é realizada em um
pequeno trampolim elástico de um metro de diâmetro por 18cm de altura onde são realizados
movimentos coreográficos ritmados de correr e saltar que trabalham quase todos os grupos
musculares dando ênfase aos membros inferiores, glúteos, abdome e ombros. Com isso a
capacidade cardiovascular ficar fortalecida e a resistência muscular localizada de membros
inferiores aumentam. O sucesso dessa aula está relacionado, principalmente ao prazer e
motivação que esta atividade proporciona, além da obtenção ou manutenção dos níveis
adequados de condicionamento físico para a realização das tarefas do cotidiano (FURTADO,
SIMÃO e LEMOS, 2004).
A aula de jump pode ser praticada por alunos de qualquer idade e condicionamento, mas
há restrições apenas para pessoas que apresentam labirintite não medicada, grande instabilidade
nas articulações dos joelhos e tornozelos, incontinência urinária, grávidas e lactantes recentes.
Outra modalidade escolhida para complementar o estudo é o step que também é uma
atividade aeróbia com movimentos ritmados e coreografados realizados em uma plataforma
(banco) de madeira ou material sintético, com alturas que variam de 10 a 40 cm. As medidas

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desta plataforma também são variadas, ficando em torno de 70X30 cm. Apesar de esta
modalidade ter sido introduzida no Brasil no final da década de 80 e considerada como exercício
da década de 90, trata-se de uma reedição do banco sueco.
As academias de ginástica são os centros de atividades físicas onde se presta um serviço
de orientação, prescrição e avaliação física supervisionado diretamente por profissionais de
educação física para identificar e qualificar pessoas com excesso de peso ou que estão na média
ou abaixo do peso através da avaliação antropométrica.
O desenvolvimento de estudos envolvendo a composição corporal trouxe valiosas
informações para diversas áreas de conhecimento. Uma técnica de medida utilizada é a dobra
cutânea com o adipômetro, pois apresenta uma precisão aceitável nos resultados de estimativa de
densidade corporal e gordura corporal, que facilita a identificação seletiva de grande número de
pessoas com sobrepeso e obesidade (MARTINS, et al. 2001).
A mensuração das pregas cutâneas, por ser uma técnica simples e de fácil manuseio e,
sobretudo por apresentar alta fidedignidade, correlacionando-se otimamente com técnicas mais
sofisticadas, tem sido o método preferido dos pesquisadores na área do exercício físico e nos
esportes (FERNANDES FILHO, 2003).
O presente estudo tem como objetivo avaliar a composição corporal entre as participantes
de ginástica em academia das modalidades de jump e step.

2 - MÉTODO

O estudo de característica transversal com abordagem quantitativa foi realizado com


mulheres adultas de 20 a 59 anos de idade praticantes de ginástica de academia nas modalidades
de jump ou step.
Foram avaliadas 30 mulheres da faixa etária deste estudo que realizam atividades de
academia nas cidades de Joaçaba e Herval d’ Oeste – SC, a pelo menos um ano. Participaram
somente voluntárias de três academias, em função de algumas academias não oferecerem aulas
destas modalidades, outras iniciaram com estas aulas a menos de um ano e também pelo fato das
aulas serem ministradas de forma mista com outras modalidades também envolvidas. As
participantes foram divididas em dois grupos de acordo com as modalidades de ginástica de
academia que praticam: jump ou step.

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Foi aplicado um questionário com questões sócio-demográficas (idade, escolaridade,
estado civil) e questões relacionadas ao estilo de vida (tempo de prática atividade física,
tabagismo, motivos que levaram à prática da ginástica em academia, hábitos alimentares).
A aplicação do questionário e a avaliação antropométrica foram realizadas pela própria
acadêmica autora deste estudo, nas academias de ginástica.
O questionário passou pelo processo para torná-lo cientificamente utilizável (Melo, 2000).
Para estimar a composição corporal foi adotado o método duplamente indireto de medida
de dobras cutâneas, utilizando um plicômetro da marca Sanny com precisão de medida de
0,1mm. O protocolo escolhido foi o de Petroski (1995) apud Fernandes Filho (2003). Faz parte
deste protocolo a aferição de 4 dobras cutâneas de mulheres de 18 a 66 anos de idade que inclui
os pontos de reparo sugeridos por Costa (2001). Os pontos de aferição das dobras são: axilar
média (AX), supra ilíaca (SI), coxa (CX) e panturrilha medial (PM). Para o cálculo do Percentual
de Gordura (%G) foi utilizada a fórmula de Siri (1961) apud Fernandes Filho (2003). Para
avaliar o %G foi utilizada a tabela de Pollock e Wilmore (1993) citada por Fernandes Filho
(2003).
Todas as medidas de dobras cutâneas foram realizadas três vezes não consecutivas, para
que não ocorresse acomodação do tecido adiposo. O resultado tornou-se a média entre elas. Estas
medidas foram efetuadas no lado direito do corpo, as dobras cutâneas foram pinçadas entre o
polegar e o indicador, após o pinçamento esperou-se aproximadamente 2 a 4 segundos para
efetuar a leitura (FERNANDES FILHO, 2003).
Para definir a massa corporal foi utilizada uma balança digital portátil marca PLENNA,
modelo MEA-07400, com capacidade até 150 kg com escala de 100g. O avaliado ficava
posicionado em pé, de costas para a escala da balança, no centro da plataforma, com os pés
afastados e descalços. Deveria-se manter ereto e com o olhar em um ponto fixo à sua frente,
usando o mínimo de roupa possível (FERNANDES FILHO, 2003).
Para determinar a estatura foi utilizada uma fita métrica fixada na parede, o avaliado
deveria estar descalço, em pé, na posição anatômica, pés unidos. A medida era feita com o
avaliado em apnéia inspiratória, e com a cabeça orientada segundo o plano de Frankfurt, paralela
ao solo (FERNANDES FILHO, 2003).
Antes da realização das medidas foram esclarecidos aos participantes do estudo os
objetivos da pesquisa e que seus nomes não serão divulgados.

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3 – RESULTADOS E DISCUSSÕES

Foram investigadas todas as mulheres com idade entre 20 e 59 anos que praticam jump ou
step nas academias de Joaçaba e Herval d’Oeste a mais de um ano. A população do estudo é
composta de 30 mulheres que apresenta média de idade de 36,7 anos (+12,18). A idade mínima
encontrada neste estudo foi de 19 anos e a máxima de 59 anos. Destas 30 mulheres, 18 praticam a
modalidade de jump e 12 praticam a modalidade de step (Tabela 1).
Um estudo realizado por Furtado, Simão e Lemos (2004) que investigou o consumo de
oxigênio, freqüência cardíaca e dispêndio energético nas aulas de jump Fit a idade média
encontrada foi de 26,9 (+7,2) anos apontando que as mulheres são mais jovens se comparadas às
praticantes de jump deste estudo que apresentaram média de idade de 30,72 (+9,63) anos. No
estudo de Grossl, et al. (2008) que avaliou a intensidade da aula de Power Jump por meio da
freqüência cardíaca em mulheres praticantes dessa modalidade mostra que a média de idade das
mesmas é de 21,7 anos (+ 1,9) indicando também que as mulheres são mais jovens do que as que
foram investigadas nas modalidades de step e jump.

Tabela 1: Idade das praticantes de jump e step (Joaçaba e Herval d’ Oeste, 2008).

Desvio
Modalidade n Mínimo Máximo Média
padrão
Jump 18 19 47 30,72 9,63
Step 12 29 59 45,67 10,08
Amostra 30 19 59 36,7 12,18

Na Tabela 2 são apresentadas as características sócio-demográficas das mulheres


verificando-se que a maioria delas 70% (n=21) convive com companheiro, 50% (n=15) possui
nível de formação superior e 46,7% (n=14) consideram sua alimentação balanceada.

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Tabela 02: Estado civil, formação e hábitos alimentares das participantes de jump e step de
(Joaçaba e Herval d’ Oeste, 2008).

Amostra Jump Step


Variável
n % n % n %
Estado Civil
Com Companheiro 21 70 10 33,3 11 26,7
Sem Companheiro 9 30 8 26,7 1 3,3
Total 30 100 18 70 12 30

Formação
Médio 12 40 8 26,7 4 13,3
Superior 15 50 8 26,7 7 23,3
Pós Graduado 3 10 2 6,7 1 3,3
Total 30 100 18 59,1 12 39,9

Hábitos Alimentares
Alimentação Balanceada 14 46,7 8 26,7 6 20
2 a 3x p/semana comete excesso 10 33,3 6 20,0 4 13,3
Não toma nenhum cuidado 6 20 4 13,3 2 6,7
Total 30 100 18 60 12 40

Na Tabela 3 são apresentadas informações sobre o % G das participantes deste estudo,


43,3% (n=13) foram classificadas como excelente e 33,3% (n= 10) classificaram-se com bom
percentual indicando que a amostra apresenta valores adequados, isto é, compatíveis com um
estilo de vida ativo e saudável. Comparando com o estudo de Filardo e Leite (2001) onde também
foi utilizado o protocolo de Petroski com quatro dobras sendo duas das dobras diferentes deste
estudo, verificou-se que 44,4% das mulheres foram classificadas com % G acima da média, o que
indica que o índice deste estudo é melhor. No estudo que analisou a influência fisiológica e
antropométrica de 12 semanas da prática de Jump Fit em mulheres verificou-se que a média de %
G encontrada depois das 12 semanas foi de 24,72% o que comprova que essas mulheres estão
dentro da média do %G (TEIXEIRA, 2004).
No estudo de Furtado, Simão e Lemos (2004) que investigou o % G encontrado foi de
(19,2% + 3,9) caracterizando as mulheres deste estudo com um bom percentual de gordura
enquanto neste estudo 43,3% foram consideradas com o %G excelente.

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Analisando o estudo de Grossl, et al. (2008) que avaliou a intensidade da aula de Power
Jump por meio da freqüência cardíaca em mulheres praticantes dessa modalidade mostra que o
%G encontrado nas mulheres é de 22,6 (+ 3,2) classificado como acima da média.

Tabela 3: % G das participantes de jump e step (Joaçaba e Herval d’ Oeste, 2008).

Amostra Jump Step


Classificação
n % n % n %
Excelente 13 43,3 5 16,7 8 26,7
Bom 10 33,3 7 23,3 3 10
Acima da Média 1 3,3 1 3,3 0
Média 3 10 3 10 0
Abaixo da Média 1 3,3 0 1 3,3
Ruim 2 6,7 2 6,7 0
Total 30 100 18 60 12 40

Para participar deste estudo um dos critérios de inclusão foi o tempo mínimo de
participação nas aulas das academias a pelo menos um ano. Assim o tempo mínimo encontrado
foi de 12 meses e o máximo de 300 meses (25 anos). Outro estudo sobre aderência e manutenção
da prática de exercícios físicos em academias de Tahara, Schwartz e Silva (2003) realizados com
mulheres em relação ao tempo que pratica atividade nas academias foi de pelo menos 48 meses
(26,67%) sendo o segundo valor encontrado de 36 meses de prática (20%).
Constatou-se também que o número mínimo de aulas praticadas durante a semana é de 1
(uma) vez por semana e o máximo de 4 (quatro) vezes por semana. Analisando com o estudo
sobre aderência e manutenção da prática de exercícios físicos em academias de Tahara, Schwartz
e Silva (2003) em relação à freqüência semanal o maior percentual de votos dos sujeitos da
pesquisa foi de quatro vezes semanais (33,33%), enquanto o segundo valor foi de cinco vezes por
semana (26,67%).

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Tabela 4: Tempo em meses e número de vezes semanais que as participantes realizam atividade
de jump e step (Joaçaba e Herval d’ Oeste, 2008).
Desvio
Variável N Mínimo Máximo Média
padrão
Tempo em Meses
Jump 18 14 120 35 25,01
Step 12 12 300 138 93,16
Total 30 12 300 76,2 79,32

Vezes por Semana


Jump 18 2 4 2,78 0,54
Step 12 1 3 2,25 0,75
Total 30 1 4

Quando foram questionadas se praticavam outra atividade física além das modalidades
selecionadas para este estudo, 53,3% (n=16) responderam que realizam pelo menos mais uma
atividade física durante a semana.
Constatou-se que 53,3% (n=16) realizam atividade física além das modalidades descritas
onde foram relatadas as atividades de musculação, dança, caminhada, hidroginástica e natação.
Informaram não praticar nenhuma outra atividade física além das investigadas neste estudo
46,7% (n=14) das mulheres (Tabela 5).
No estudo sobre aderência e manutenção da prática de exercícios físicos em academias de
Tahara, Schwartz e Silva (2003) em relação às modalidades mais praticadas foram relatadas a
musculação (40%) e atividades aeróbias (corrida, caminhada) com 30% da preferência.

Tabela 5: Realização de outra atividade física (Joaçaba e Herval d’ Oeste 2008).

Amostra Jump Step


Classificação
n % n % n %
Sim 16 53,3 7 23,3 9 30
Não 14 46,7 11 36,7 3 10
Total 30 100 18 60 12 40

Todas as entrevistadas relataram não fumar e que no último ano não sofreram nenhuma
lesão decorrente da prática das modalidades de jump ou step.

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4 – CONCLUSÕES

Diante desse trabalho pode-se verificar que as mulheres praticam as modalidades de jump
e step nos municípios de Joaçaba e Herval d’Oeste - SC por iniciativa própria, que tem uma
alimentação balanceada, e a maioria delas possui formação em curso superior.
Percebeu-se também que as mulheres que praticam step estão com o percentual de
gordura classificado como bom e excelente, e praticam essa modalidade a mais tempo se
comparadas com as praticantes de jump. Analisando com as mulheres que praticam jump o %G
está classificado como médio, bom, e excelente. Este estudo mostra que as mulheres praticantes
destas modalidades possuem um estilo de vida ativo e saudável.
Também é importante considerar a prática de outra modalidade que a maioria das
mulheres participantes desse estudo realiza o que nos indica que as mesmas estão preocupadas
com sua saúde e bem estar.
Sugere-se que sejam realizados novos estudos para esclarecer a possível variabilidade dos
% G das praticantes das diversas modalidades oferecidas nas academias de ginástica.

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5 – REFERÊNCIAS

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FURTADO, E.; SIMÃO, R. e LEMOS, A. Análise do consumo de oxigênio, freqüência cardíaca


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Esporte. 2004; 10 (5): 371-375.

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Leopoldo, Rio Grande do Sul, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro. 2005; 21(6):
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MELO, S. I. L. Instrumento de medida: construção e validação. Florianópolis: CEFID /


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PITANGA, F. J. G. Epidemiologia da atividade física, exercício físico e saúde. São Paulo, 2.


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TAHARA, A. K.; SCHWARTZ, G. M.; SILVA, K. A. Aderência e manutenção da prática de


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TEIXEIRA, V. C. L. Estudo da influencia fisiológica e antropométrica de 12 semanas da prática


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VIANA, L. G. Psicologia do esporte em uma academia de ginástica. Este trabalho é fruto do


relatório de atividades do estágio curricular Obrigatório realizado no período de 2005.2 e 2006.1.
Universidade Federal do Ceará, Brasil. (no prelo).

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