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Universidade do Estado do Rio Grande do Norte – UERN

Faculdade de Educação Física – FAEF


Componente Curricular: Morfofuncional II
Professor: Gleidson Mendes Rebouças

Lívia Maria Gomes de Medeiros

Resenha Crítica do artigo científico artigo “Prescrição de caminhada não


supervisionada, risco cardiovascular e aptidão física”

O artigo científico traz informações referente a um estudo feito em indivíduos que


praticam uma atividade física específica, ou seja, caminhada em um parque público, sem
supervisão do exercício mostrando resultados e benefícios relacionados a aptidão física e o
risco cardiovascular.
Inicia abordando que o sedentarismo é um estilo de vida adotado pelo homem devido
à facilidade que o mundo moderno tem proporcionado. Intervindo negativamente na aptidão
física e consequentemente diminuindo a força, flexibilidade, capacidade aeróbica e resistência
muscular, que está relacionada com o prevalecimento de doenças crônicas-degenerativas e
seus fatores de risco. Por esta razão, a atividade física é indicada na prevenção e no
tratamento desses fatores, melhorando a pressão arterial (PA), do colesterol total (CT),
glicemia e redução da obesidade. É preciso que a população esteja ativa para conseguir esses
benefícios e isso é uma questão discutida de como a população em massa seja praticante sem
se sujeitar a riscos da prática, sem sobrecarregar demasiadamente. Assim surgindo uma
importante estratégia que são os exercícios físicos não supervisionados.
Em seguida, aborda sobre a caminhada que é de fácil execução e praticidade, baixo
custo e baixo risco para saúde. Mostrando que estudos observam os benefícios da caminhada
não supervisionada no melhoramento da aptidão física e o controle dos fatores de risco
cardiovasculares (FRC), assim como os benefícios da caminhada supervisionada já bem
demonstradas. Verificando se os efeitos são efetivamente verificados na situação real de
intervenção de incentivo à prática de atividade física. O estudo do artigo tem como objetivo
avaliar a eficiência ou efeito da instrução individualizada da caminhada, sem
acompanhamento da execução, sobre os FRC e a aptidão física de pessoas que frequentam um
parque público.
O método aplicado nesse estudo foi através de pessoas (adultos e idosos) que
participavam de um projeto chamado “Exercício e Coração” realizado em um parque no
município de São Paulo, que tem como objetivo estimular e auxiliar na prática segura da
atividade física melhorando a qualidade de vida e manutenção da saúde da população com
relação à orientação não-supervisionada da atividade física. Entre os anos 2001 e 2010, por
1030 voluntários. No qual, 204 retornaram para reavaliação e dentre eles 186 compareceram
para reavaliação no prazo de dois meses e 18 meses desde a avaliação inicial. Onde os
participantes, de forma consciente, assinaram um termo que permitiu a utilização dos seus
dados no presente estudo, respondendo às entrevistas sobre seus dados pessoais e de saúde,
onde fizeram medidas antropométricas, metabólicas, pressão arterial e testes de aptidão física.
Depois da avaliação receberam uma prescrição de que deveriam caminhar três dias na
semana, por 30 minutos em uma intensidade leve e moderada, com exercícios de alongamento
antes e depois das caminhadas, sendo que as três primeiras sessões foram monitoradas, para a
orientação da execução correta da prescrição. E logo após de dois a quatro meses retornaram
para reavaliação, contudo muitos não retornaram ou demoraram mais tempo.
As entrevistas foram realizadas com questões sobre os dados pessoais, dados clínicos e
o histórico de atividade física praticada; como também foram feitas medidas antropométricas
que constaram a medida de peso, estatura, circunferências da cintura e do quadril; cálculos
dos índices de massa corporal e cintura-quadril. As medidas metabólicas constarão de coleta
de sangue para a avaliação de colesterol total e da glicemia de jejum; para as medidas da
pressão arterial, o método auscultatório, realizado três vezes após cinco minutos de repouso
sentado. Também foram realizados testes de aptidão física, a aptidão aeróbica (marcha
estacionária), muscular (flexão de cotovelos para o fortalecimento de membros superiores e
inferiores) e de flexibilidade (ombros e lombar).
A análise dos dados foi feita em duas etapas. Na 1° análise foram avaliados os efeitos
da caminhada não supervisionada sobre as variáveis hemodinâmicas, metabólicas,
antropométricas e de aptidão física da amostra total, e a 2° analise os efeitos da caminhada
não supervisionada em subgrupos que se mostravam com fatores de risco cardiovasculares
alterados na avaliação, sendo analisado exclusivamente o fator que estava alterado.
Com relação aos resultados, observou-se um alto risco cardiovascular na população
devido à alta prevalência de doenças e fatores de risco cardiovasculares relatados pelos
voluntários. Aos que possuíam fatores de risco cardiovasculares, apenas a pressão arterial
diastólica diminuiu entre avaliação e reavaliação e com relação às variáveis relacionadas à
questão da aptidão física, só a execução da força de membros superiores não melhorou
consideravelmente na reavaliação. Nos subgrupos alterados tiveram diminuições
consideráveis, tanto a PA sistólica quanto diastólica, colesterol total e o excesso de peso.
Na discussão sobre os principais resultados do estudo foi efetivada a prescrição
individualizada de caminhada sem supervisão da prática, melhorando aptidão física da
amostra em geral e trazendo benefícios específicos sobre os fatores de risco cardiovasculares
em pessoas que apresentavam os fatores alterados. Para aptidão física os efeitos foram o
aumento da capacidade aeróbica, flexibilidade lombar e de ombros e a força muscular de
membros inferiores das pessoas que usufruem do parque, atestando condições reais de
intervenção e sem controle de atuantes variáveis, com um aumento na aptidão com
treinamento não supervisionado, melhorando e incentivando através dos benefícios obtidos
em condições reais de atuação populacional. Uma variável que pode ser considerada é que
mesmo não havendo aumento da resistência de membros superiores, sustenta a pressuposição
dos efeitos positivos encontrados nas outras capacidades físicas resultantes da intervenção
realizada. Para os fatores de risco cardiovasculares, promoveu efeitos somente na diminuição
da pressão arterial diastólica após o período de intervenção, trazendo essa ausência devido aos
baixos níveis iniciais tendo em vista a mostra como um todo.
Considerando o presente estudo, os autores trouxeram informações importantes, pois
mostraram benefícios para pessoas que praticam caminhada em parques públicos, mesmo não
sendo monitoradas durante a execução da atividade. Melhorando a aptidão física como para
os fatores de risco cardiovasculares, apesar de que não houve mudanças relevantes, mas
mesmo sendo pouco trouxe algum benefício para os hipertensos. O estudo feito pelo artigo foi
relevante mesmo tendo outros estudos que mostram alguns efeitos significativos que se
complementam e trazem comparações.
Apesar dos índices glicêmicos não serem significativos, para sua redução foi proposto
a introdução nutricional para a dieta glicêmica, influenciando buscar positivamente melhorias
nos efeitos dos níveis glicêmicos em indivíduos que possuem níveis elevados.
Sobre o excesso de peso e obesidade mostrou uma grande tendência a redução da
massa corporal e do IMC. Um dos pontos positivos foi o incentivo do programa (Exercício e
Coração) a pratica de atividade física para a população em locais públicos.

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